terça-feira, 24 de julho de 2012

OLIMPO....terra de mitos e sonhos

Eles reinaram por milhares de anos desde os tempos dos aqueus na Grécia até Constantino em Roma como as mais poderosas deidades do mundo.

Quer adaptadas de outras regiões ou autóctones estes deuses e deusas até hoje tem um lugar especial na cultura ocidental tendo inclusive seus culto ressurgido com o advento da bruxaria moderna.

Estamos falando dos olímpicos, talvez o mais famoso dos panteões pagãos(a rivalizar com ele teríamos pelo menos dois panteões o hindu e o egípcio dentre os grandes panteões) ou no mínimo o mais influente na cultura ocidental.

Vejamos agora um pouco desta empolgante história e do lugar sagrado a partir de onde governavam o mundo... 

O OLIMPO...





Genealogia das divindades gregas


Seres do Cosmo

Segundo a mitologia grega havia as seguintes classes de seres:
  • Deuses (engloba os que nasceram imortais, titãs, monstros, ninfas...havia também alguns que seriam desta classe, mas que eram mortais como os gigantes e certas ninfas; alguns de vida longa eram chamados de macrobióis).
  • Daímones (intermediários entre deuses e homens).
  • Heróis ou semideuses filhos de um deus e um mortal, considerados semelhantes aos deuses, alguns após a morte eram divinizados.
  • Homens.

[editar]Criação

A origem dos deuses e criação do Universo:

[editar]Primeira Geração

Os filhos dos seres primordiais:
    • Gaia + Tártaro
      • Tifão- mais terrível monstro mitológico, tocava os céus com a cabeça, os braços estendidos tocavam o ocidente e o oriente, as espadas possuíam serpentes, dedos tinham dragões, era alado e da cintura para baixo era coberto de víboras; foi gerado por Gaia para derrotar Zeus, o que por pouco não conseguiu.
    • Gaia + Pontos
      • Nereu- o velho do mar, primitiva divindade do mar.
      • Taumas
      • Fórcis
      • Ceto
      • Euríbia
      • As ninfas Napéias elementares dos vales e selvas.
      • As ninfas Oréades elementares das montanhas e colinas.
      • As ninfas Dríades elementares dos carvalhos, sua vida dependia da vivência da árvore.
      • As ninfas Hamadríades elementares dos carvalhos, faziam parte da árvore com ela nascendo.
    • Nix gerou com Erebus:
      • Éter (Luz Celestial ou Ar)
      • Hemera (Luz Terrena ou Dia)
      • Moro (destino)
      • Momo (sarcasmo) deus que deu a Zeus a idéia de ensejar a Guerra de Tróia para controlar o excesso populacional na Terra.
      • Tânatos (Morte)
      • Hipnos (Sono)
      • Nêmesis (deusa da vingança, do castigo, da Ética)
      • Éris (Discórdia)
      • Geras (Velhice)
      • Deusas Hespérides (personificam a tarde)
      • Queres (Devastação, acompanhavam os vivos representando o tipo de morte que teriam)
      • Moîras (tecem, enrolam e cortam os fios do destino/da vida) [as vezes são indicadas como filhas de Zeus e Têmis]
        • Cloto (tece / passado - nascimento)
        • Láquesis (enrola / presente - vida)
        • Átropos (corta / futuro - morte)

[editar]Segunda Geração

A era dos titãs:
Urano depois de criado por Gaia passa a ser seu marido e protetor, sempre deitado sobre ela, gerando vida nela, copulando-a periodicamente com a chuva. Urano e Gaia geraram as criaturas: osTitãs e as Titânidas, os Ciclopes, e os Hecatonquiros. Após ser criado Urano passa a ser o primeiro senhor do Cosmos, não demorando a se tornar também seu primeiro tirano.

[editar]Titãs

[editar]Titânides

[editar]Ciclopes

Monstruosos seres de um olho apenas, responsáveis por forjar os relâmpagos.

[editar]Hecatonquiros

Filhos de Gaia e de Urano.Seres também monstruosos, que possuíam cem braços sem forma e cinquenta cabeças que saem de seus ombros, auxiliaram Zeus a destronar Cronos.

[editar]Filhos do Sêmen de Urano

Quando Cronos castrou seu pai, na revolta dos Titãs, seu Sêmen caiu em Gaia a fecundando, que gerou em diferentes tempos:
  • Gigantes (Alcioneu, Efiates, Porfírio, Encélado...), gerados por Gaia para derrotar Zeus, pois Gaia se enfureceu quando este prendeu os titãs no tártaro, podiam ser mortos se atacados por um deus e um mortal simultaneamente (geralmente Herácles).
  • As Ninfas Melíades
O sêmen que caiu do "céu" fecundando Nix.
O sêmen que caiu no mar se desenvolveu em Tálassa deusa primordial do mar gerando:
  • Afrodite (a deusa do Amor). Foi para o Olimpo, com a vitória de Zeus, onde era a divindade mais antiga, casou-se com Hefesto
Mitos mais modernos fizeram de Afrodite filha de Zeus e Dione e mãe de Eros. Dione seria filha de Tálassa e Urano.
Com Hermes gerou:
Com Ares gerou:
    • Harmonia deusa da concórdia que casou com Cadmo, rei de Tebas
com Apolo gerou:
    • Himeneu deus das Núpcias e do casamento.
Afrodite com o mortal Anquises gerou:

[editar]Fórcis + Ceto

  • Gréias (três velhas que compartilha um só olho e um só dente)
  • "Górgonas" seres alados com serpentes na cabeça, transformavam com seu olhar os seres vivos em pedra.
    • Ésteno
    • Euríale
    • Medusa (a única que era realmente uma górgona sendo mortal, as outras o eram por associação).
  • Equidna ("a mãe de todos os monstros")

[editar]Taumas + Electra (oceânide)

[editar]Crisaor + Calírroe (Oceânide)

  • Gerião (gigante de três troncos a partir da cintura).

[editar]Nereu e Dóris

[editar]Reinado dos Titãs

Em uma revolta organizada por Gaia contra a tirania de Urano, que devolvia seus filhos à Terra tirando-os do Céu, pois tinha medo de ser destronado, Cronos castrou seu pai Úrano que perdeu seu poder. Assim Cronos passou a reinar no mundo, com seus irmãos, os Titãs. Nesse momento, os Ciclopes e Hecatonquiros já haviam sido presos no Tártaro por Úrano.

[editar]Terceira Geração

Domínio dos filhos dos titãs.
Cronos, sabendo que seria destronado por um de seus filhos, devorava a todos logo que nasciam. Réia, sua esposa, o enganou e escondeu o mais novo, Zeus, que foi criado escondido pela ninfaAlmatéia e pelos Curetes. Quando cresceu libertou seus irmãos do corpo de Cronos através de uma erva dada por Métis, libertou os Ciclopes e os hecatonquiros - que imortalizou - e, unido a todos estes, realizou a titanomaquia, a luta contra os titãs, que vencidos foram jogados no Tártaro. Após isto teve que vencer duas ameaças enviadas por Gaia: os gigantes, contra os quais realizou a gigantomaquia com a ajuda de Héracles e o terrível Tifão contra a qual travou a mais difícil e derradeira batalha. Depois de tudo Zeus assim se torna o novo senhor do cosmo.

[editar]Filhos de Céos e Febe

[editar]Filhos de Oceanus e Tétis (Titânide)

os Rios com variados elementos geraram:

[editar]Filhos de Hipérion e Téia

  • Helios (Sol, condutor da carruagem do Sol, o que tudo vê)
  • Selene (Lua)
  • Eos (Aurora)

[editar]Astreu e Eos

  • Zéfiro (Vento Oeste, Brisa Primaveril)
  • Bóreas (Vento Norte, frio e úmido)
  • Notus (Vento Sul, quente e seco)
  • Eurus (Vento Leste)

[editar]Filhos de Céos e Euríbia (não-titã)

[editar]Filhos de Jápeto e Ásia (Oceânide)

Também eram considerados titãs
  • Atlas (Zeus, triunfante, na titanomaquia -luta contra os gigantes- castigou seus inimigos lançando-os no Tártaro, a região mais profunda do Hades, para que de lá nunca fugissem. Porém Atlas foi condenado a sustentar para sempre o céu sobre a Terra, sendo representado segurando o globo terrestre. Segundo algumas versões foi posteriormente libertado de seu fardo e tornou-se guardião dos Pilares de Hércules -o Estreito de Gibraltar. Outra versão conta que Perseu o petrificou mostrando-lhe a cabeça que havia arrancado da Medusa, transformando-o nos Montes Atlas.
  • Menecio
  • Epimeteu
  • Prometeu (trouxe o fogo de Zeus à Terra, tornando os homens seres inteligentes que puderam evoluir e distinguir-se dos outros animais, por isso foi condenado por Zeus a ficar acorrentado nos montes do Cáucaso, onde um abutre comia seu fígado todos os dias. Por ser Prometeu imortal, o seu fígado se regenerava pela noite, para ser comido no dia seguinte. Herácles o libertou mais tarde. É atribuído a Prometeu a criação dos homens a partir do húmus da terra.

    • Idades do Homem, a raça humana após criada teria passado pelas seguintes idades:
      • Idade de Ouro - Após a morte se transformavam em Daímones Epictonicos, intermediários entre os deuses e os Homens que agiam sobre a terra.
      • Idade de Prata - Após a morte se transformavam em Daímones Hipoctonicos, intermediários entre os deuses e os Homens que agiam sob a terra.
      • Idade de Bronze - Após a morte iam para o Hades e lá permaneciam (em Tártaro, Campos Elísios ou Campo das Lágrimas).
      • Idade dos Heróis -Após a morte os heróis Justos iam para a Ilha dos Bem-Aventurados onde viviam como deuses governados por Cronos sem contato com os vivos, alguns se tornaram deuses ao irem para o Olimpo; os heróis injustos iam para o Hades, junto com os humanos normais.
      • Idade de Ferro - até hoje - Após a morte iam para o Hades e lá permanecendo no seu estrato médio -o Érebos - onde purgavam a vida terrena como sombras - , os considerados justos iam para os Campos Elíseos - paraíso onde ficavam 1000 anos até se apagar o que de terreno havia neles - , depois disto esqueciam toda a sua existência e segundo alguns reencarnavam e segundo outros realizavam metempsicose - encarnar em outros seres vivos) os Injustos iam para as sombras do Tártaro para toda a eternidade).

[editar]filhos da Equidna e Tifão

  • Ortro (cão monstruoso de Gerião).
    • Cérbero (cão gigantesco de três cabeças, guardião do mundo inferior).
    • Hidra de Lerna (serpente que se tivesse uma cabeça cortada cresciam duas no lugar).
  • Quimera (com cabeça de leão, torso de cabra e parte posterior de dragão ou serpente, morta pelo herói Belerofonte).
  • Ládon (dragão das Hespérides que guardava os Pomos-de-Ouro).
    • Ethon (pássaro que devorava o fígado de Prometeu).

[editar]Filhos de Cronos e Réia

  • Héstia (deusa virgem da lareira e do lar, responsável pelo Fogo e pelo bom funcionamento da casa, representada pela lareira).
  • Posídon (deus dos Mares, das águas subterrâneas, dos terremotos e dos cavalos, e o terceiro filho dos titãs Cronos e Réia e irmão de Zeus e Hades, seu símbolo é o tridente).
  • Deméter (deusa da Agricultura e da colheita, da vegetação, responsável pelas estações do ano).
  • Hades, também chamado geralmente de Plutão (deus do Mundo Inferior - o Mundo dos Mortos - era também deus das riquezas).
  • Hera (rainha dos deuses, deusa dos amores verdadeiros, protetora das mulheres e do casamento e do nascimento. É irmã e esposa de Zeus, e mãe dos deuses Hefesto e Ares).
  • Zeus (rei dos deuses e rei do Olimpo, senhor do Universo, representa a ordem e a vitória da humanidade sobre as forças selvagens da natureza - representadas pelos Titãs, distribui o bem e o mal, governa toda a humanidade e os imortais, o seu símbolo é o trovão e a águia).
  • Da união de Cronos com a ninfa Filira, nasceu o centauro treinador de heróis Quíron.

[editar]Casamentos de Zeus

Zeus teve diversos amores e filhos (muitas vezes, Zeus se relaciona com Mortais).
- com Métis (Sabedoria) sua primeira esposa:
    • Atena (deusa da sabedoria, da justiça, das batalhas, da vitória; nascida das têmporas de Zeus, depois que este engoliu Métis grávida, com medo de que a filha fosse mais poderosa que o pai, mesmo assim, depois de algum tempo Atena nasceu).
- com Têmis (Eqüidade, das leis):
- com Eurínome (Beleza e Alegria de Viver):
- com Mnemósine (Domínio das Artes):
- com Leto (Dia e Noite) os gêmeos:
    • Apolo (deus do Sol, da luz e dos oráculos e mânticos, também da música, da poesia e da profecia além de protetor das musas. deus muito belo, personificava o ideal grego de beleza masculina).
      • Esculápio, filho da mortal Corônis com Apolo, grande médico morto por Zeus pois estava ressuscitando os mortos, após sua morte foi divinizado se tornando o deus da cura e medicina.
      • Himeneu, deus das Núpcias e do casamento, filho de Apolo com Afrodite.
    • Artemis (deusa da Lua e da caça, da castidade, dos animais selvagens).
- com Deméter (deusa da da fecundidade da terra)
    • Corá ou Perséfone (deusa relacionada a fecundidade da terra, esposa de Hades, passava quatro meses com do ano com o marido causando o outono/inverno, pois sua mãe Deméter entrava em luto e a terra não produzia, o restante do ano ela voltava ao Olimpo ficando com sua causando o primavera/verão.
- com Hera (Hierogamia - o Grande Casamento):
    • Hebe (Juventude, imortalidade).
    • Ares (Deus da Guerra, dos Deus das batalhas, Seu símbolo era o cão ou o abutre. Pai de Rômulo e Remo, que fundaram Roma).
    • Hefestos (deus dos ferreiros, dos metais, da metalurgia, do fogo, criador das Tecnologias, Suas forjas depois de derrubado do Olimpo por Zeus foram colocadas no monte Etna, onde era auxiliado pelos Ciclopes).
- com Maia (Conhecimento do Visível e do Invisível):
    • Hermes (mensageiro dos deuses, deus do comércio, o seu símbolo era o caduceu - hoje alguns acham que é o símbolo da medicina, mas erroneamente, pois o símbolo da medicina é o cajado de Asclépio, que se difere principalmente no fato de ter apenas uma serpente, diferente do cetro de Hermes que possui duas, segundo a semiologia médica), também era o protector dos ladrões, viajantes e mercadores
- com a mortal Alcmena (Força e Destemor):
    • Heracles ou Hércules (O Grande Herói), depois da sua morte foi divinizado, indo para o Olimpo onde se casou com a deusa Hebe.
- com a semideusa Semele (vinho e Alegria)

[editar]Outros casamantos de deuses

  • da nereida Tétis e como mortal Peleu, nasceu o herói Aquiles
  • Belerofonte: filho de Posídon, matador da Químera.
  • de Posídon com a mortal Etra, nasceu Teseu o matador do Minotauro.

[editar]Outros deuses

  • Sabázio, filho de Zeus e Perséfone, com culto e atribuições semelhantes a Dionísio, era essencialmente oriental, não fazendo parte, propriamente, do panteão grego.
  • Adônis era um jovem de grande beleza que nasceu das relações incestuosas que o rei Cíniras, de Chipre, manteve com a sua filha Mirra. A deusa grega Afrodite, apaixonou-se por ele, e o deus Ares, amante de Afrodite, ao saber envia um javali para o matar. Após sua morte foi divinizado tornado-se deus da vegetação que morre no Inverno (descendo aos infernos e juntando-se a Perséfone) e regressa à Terra na Primavera (para juntar-se a Afrodite.)



O Monte Olimpo é na mitologia ocidental um lugar tão importante quanto o Éden bíblico.
A sede, o trono dos deuses e deusas que entre 1500 AC a 300 AC dominaram a Europa a partir da Grécia e nos mil anos seguintes reinaram sobre quase todo o mundo conhecido  com o império romano através de seus nomes latinos.

Vejamos um pouco do lar destes deuses e deusas gloriosos


MONTE OLIMPO

Monte Olimpo (em gregoΌλυμπος, também transliterado como monte Ólimpos em mapas modernos, Óros Ólimbos) é a mais alta montanha da Grécia, com 2917 m de altitude máxima e 2355 m de proeminência topográfica. O Monte Olimpo é uma das mais altas montanhas da Europa, em altitude absoluta da base até o topo. Está situado a 40°5'N 22°21'E, a cerca de 100 km de distância de Salônica, segunda maior cidade da Grécia. Localiza-se próximo do Mar Egeu, na Tessália.
O seu ponto mais alto é designado Mitikas. O Monte Olimpo é reconhecido pela sua flora, a qual é muito rica, sobretudo devido à presença deespécies endêmicas.
Qualquer um que queira escalar o Monte Olimpo começa a partir da cidade de Litochoro, que acabou também por receber o nome Cidade dos Deuses, devido à sua localização próxima à base do Monte Olimpo.
Olimpo é um nome popular para montanhas em todo o mundo. Além do Monte Olimpo na Tessália, há na Grécia mais quatro com esse nome: naMísia, na Cilícia, na Arcádia e na Élida.[1] Ainda há um com o mesmo nome e que é o ponto mais alto da ilha de Chipre (Monte Olimpo), um na antiga região da já extinta região de Frígia, e outros dois nos estados norte-americanos de Utah e Washington, além de um vulcão em Marte (Olympus Mons).

[editar]Na mitologia grega

Na mitologia grega, o Monte Olimpo é a morada dos Doze Deuses do Olimpo, os principais deuses do panteão grego. Os gregos pensavam nisto como uma mansão de cristais que estes deuses (como Zeus) - habitavam. Sabe-se também, na mitologia grega, que, quando Gaia deu origem aos Titãs, eles fizeram das montanhas gregas, inclusive as do Monte Olimpo, seus tronos, pois eram tão grandes que mal cabiam na crosta terrestre. A etimologia de Olimpo é desconhecida, mas possui grandes traços de semelhança com a cultura pré-indo-europeia. Também é muito falado na série de livros e filmes "Percy Jackson e os Olimpianos"
Modelo 3D do Monte Olimpo

Referências

  1.  "Dicionário da Mitologia Greco-Romana" - 1973 - Abril S.A. Cultural e Industrial














Vejamos  agora um texto que enfoca diretamente cada um de alguns dos grandes deuses e deusas gregos


OS DEUSES - MITOLOGIA GREGA
 

O que é Mitologia Grega
Mitologia grega são as narrativas relacionadas aos mitos dos gregos antigos consideradas, pelo cristianismo, como meras ficções alegóricas.O mito grego explica as origens do mundo e os pormenores das vidas e aventuras de uma ampla variedade de Deuses, Deusas, heróis, heroínas e outras criaturas mitológicas.

Como Surgiu

Esses mitos ficaram conhecidos através de uma extensa coleção de narrativas que constituem a literatura grega e também na representação de outras artes, como a pintura e esculturas da Grécia Antiga.
Na literatura, os poemas épicos Ilíada e Odisséia (ambos atribuídos a Homero e que focam sobre os acontecimentos em torno da Guerra de Tróia, destacando a influência de deuses e de outros seres), e também a Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, ambos produzidos por Hesíodo.Os mitos também estão preservados nos Hinos homéricos, em fragmentos de poemas do Ciclo Épico, na poesia lírica, no âmbito dos trabalhos das tragédias do século V a.C., nos escritos de poetas e eruditos do Período Helenístico e em outros documentos de poetas do Império Romano, como Plutarco e Pausanias.
A principal fonte para a pesquisa de detalhes sobre a mitologia grega são as evidências arqueológicas que descobrem e descobriram decorações e outros artefatos, como desenhos geométricos em cerâmica, datados do século VIII a.C., que retratam cenas do ciclo troiano e das aventuras de Hércules.
Prometeu Carregando Fogo, por Jan Cossiers: preservado pelo século XVII, o mito de Prometeu é considerado humanista a partir do momento que ele rouba fogo divino e compartilha com os humanos.
Foto: Wikimedia Commons, um acervo de conteúdo livre da Wikimedia Foundation
Sucedendo os períodos Arcaico, Clássico e Helenístico, Homero e várias outras personalidades aparecem para completar as provas dessas existências literárias.
O Mito 

Tudo se inicia com o Caos: o vazio primitivo e escuro que precede toda a existência. Dele, surge Gaia (a Terra), e outros seres divinos primordiais: Eros (atração amorosa), Tártaro (escuridão primeva) e Érebo. Sem intermédio masculino, Gaia deu à luz Urano, que então a fertilizou. Dessa união entre Gaia e Urano, nasceram primeiramente os Titãs: seis homens e seis mulheres (Oceano, Céos, Créos, Hiperião, Jápeto, Téia e Reia, Têmis, Mnemosine, Febe, Tétis e Cronos); e logo os Ciclopes de um só olho e os Hecatônquiros (ou Centimanos). Contudo, Urano, embora tenha gerado estas divindades poderosas, não as permitiu de sair do interior de Gaia e elas permaneceram obedientes ao pai. Cronos, "o mais jovem, de pensamentos tortuosos e o mais terrível dos filhos", castrou o seu pai com uma foice produzida das entranhas da mãe Gaia e lançou seus genitais no mar, libertando, assim, todos os irmãos presos no interior da mãe. A situação final foi que Urano não procriou novamente, mas o esperma que caiu de seus genitais cortados produziu a deusa Afrodite, saída de uma espuma da água, ao mesmo tempo que o sangue de sua ferida gerou as Ninfas Melíades, as Erínias e os Gigantes, quando atingiu a terra. Sem a interferência do pai, Cronos tornou-se o rei dos deuses com sua irmã e esposa Reia como cônjuge e os outros Titãs como sua corte.

Quando Cronos tomou o lugar de Urano, tornou-se tão perverso quanto o pai. Com sua irmã Reia, procriou os primeiros deuses olímpicos (Héstia, Deméter, Hera, Hades, Posídon e Zeus), mas logo os devorou enquanto nasciam, pelo medo de que um deles o destronasse. Mas Zeus, o filho mais novo, com a ajuda da mãe, conseguiu escapar do destino e travou uma guerra contra seu progenitor, cujo vencedor ganharia o trono dos deuses. Ao final, com a força dos Cíclopes, a quem libertou do Tártaro, Zeus venceu e condenou Cronos e os outros Titãs na prisão do Tártaro, depois de obrigar o pai a vomitar seus irmãos. Para a mitologia clássica, depois dessa destituição dos Titãs, um novo panteão de deuses e deusas surgiu. Entre os principais deuses gregos estavam os olímpicos cuja limitação de seu número para doze parece ter sido uma idéia moderna, e não antiga que residiam no Olimpo abaixo dos olhos de Zeus.
Nesta fase, os olímpicos não eram os únicos deuses que os gregos adoravam: existiam uma variedade de divindades rupestres, como o deus-cabra Pã, as ninfas Náiades (que moravam nas nascentes), Dríades (espíritos das árvores) e as Nereidas (que habitavam o mar) , deuses de rios, Sátiros e outras divindades que residiam em florestas, bosques e mares. Além dessas criaturas, existiam no imaginário grego seres como as Erínias (ou Fúrias) (que habitavam o submundo), cuja função era perseguir os culpados de homicídio, má conduta familiar, heresia ou perjúrio.
Para honrar o antigo panteão grego, compôs-se os famosos hinos homéricos (conjunto de 33 canções). Alguns estudiosos, como Gregory Nagy, consideram que os hinos homéricos são simples prelúdios, se comparado com a Teogonia, onde cada hino invoca um deus. No entanto, os deuses gregos, embora poderosos e dignos de homenagens como as presentes nestes hinos, eram essencialmente humanos (praticavam violência, possuíam ciúme, coléra, ódio e inveja, tinham grandezas e fraquezas humanas), embora fossem donos de corpos físicos ideais. De acordo com o estudioso Walter Burkert, a definição para essa característica do antropomorfismo grego é que "os deuses da Grécia são pessoas, e não abstrações, idéias ou conceitos". Independentemente de suas formas humanas, os deuses gregos tinham muitas habilidades fantásticas, sendo as mais importantes: ter a condição de ser imúne a doenças, feridas e ao tempo; ter a capacidade de se tornar invisível; viajar longas distâncias instantaneamente e falar através de seres humanos sem estes saberem. Os gregos consideravam a imortalidade que era assegurada pela alimentação constante de ambrosia e pela ingestão de néctar como a característica distintiva dos deuses.

Os Principais DeusesHere
Afrodite era a deusa grega da beleza e do amor. Originário de Chipre, o seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas. Foi identificada como Vênus pelos romanos.
Afrodite nasceu quando Urano (pai dos titãs) foi castrado por seu filho Cronos, que atirou seus testículos ao mar, que começou a ferver e a espumar, esse efeito foi a fecundação que ocorreu em Tálassa, deusa primordial do mar. De aphros ("espuma do mar"), ergueu-se Afrodite e o mar a carregou para Chipre. Por isso um dos seus epítetos é Kypris. Assim, Afrodite é de uma geração mais antiga que a maioria dos outros deuses olímpicos. Em outra versão (como diz Homero), Dione é mãe de Afrodite com Zeus, sendo Dione, filha de Urano e Tálassa. Após jogar seus testículos ao mar Zeus percebeu que algo acontecia no mar,e foi ai que Afrodite ergueu-se das espumas. O atributo de Afrodite era o espelho, pois ela era muito bonita.

Após destronar Cronos, Zeus ficou ressentido, pois, tão grande era o poder sedutor de Afrodite que ele e os demais deuses estavam brigando o tempo todo pelos encantos dela, enquanto esta os desprezava a todos. Como vingança e punição, Zeus fê-la casar-se com Hefesto, o deus coxo, (segundo Homero, Afrodite e Hefesto se amavam, mas pela falta de atenção, Afrodite começou a trair o marido para melhor valorizá-la) que usou toda sua perícia para cobri-la com as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas. Isso não foi muito sábio de sua parte, uma vez que quando Afrodite usava esse cinto mágico, ninguém conseguia resistir a seus encantos.

Conta-se que Hefesto estabeleceu sua forja às bases do Etna, na Sicília, o que ocasionava longas jornadas fora de casa. Enquanto isso, sua esposa partilhava o leito com seu amante Ares todas as noites, tendo porém como vigia, Aléctrion, amigo de Ares. Certo dia, o sentinela dormiu em seu posto e Hélio, o Sol que a tudo vê, pilhou o casal em adultério, avisando Hefesto em seguida. Traído, o deus teceu uma rede fina onde logrou prender os dois amantes e os expôs aos deuses que deles se escarneciam.
Venceu o célebre concurso de beleza que resultou na guerra de Tróia . Ocorreu que Éris, a Discórdia, ferida em seu orgulho por não ter sido convidada para as núpcias de Peleu e da nereida Tétis, lançou entre Hera, Afrodite e Atená , presentes à solenidade, uma maçã de ouro com os seguintes dizeres: “Para a mais bela”. Instalada a polêmica, Zeus, que não queria se comprometer, designou como árbitro a Páris , o filho de Príamo, rei de Tróia para decidir qual das três era a mais bela. Vaidosas as deusas, ofereceram seus dotes ao juiz na tentativa de ser a vencedora. Atená lhe ofereceu em troca da vitória toda a sabedoria do mundo. Hera por sua vez, lhe entregaria o poder sobre o Universo no caso de ser a eleita. Mas foi Afrodite, tendo prometido a Páris o amor de Helena, considerada a mais bela das mortais, a vencedora do concurso.
Seus amores extraconjugais não param por aí. Com Adônis , filho de Esmirna, teve um grande romance tragicamente interrompido pela morte prematura do rapaz, vítima dos ciúmes de Ares.
Alguns de seus filhos são Hermafrodito (com Hermes), Eros (deus do amor e da paixão), Anteros (com Ares, a versão mais aceita ou com Adônis, versão menos conhecida), Fobos, Deimos e Harmonia (com Ares), Himeneu, (com Apolo), Príapo (com Dionísio) e Enéias (com Anquises). Os diversos filhos de Afrodite mostram seu domínio sobre as mais diversas faces do amor e da paixão humana. Afrodite sempre amou a alegria e o glamour, e nunca se satisfez em ser a esposa caseira do trabalhador Hefesto. Afrodite amou e foi amada por muitos deuses e mortais. Dentre seus amantes mortais, os mais famosos foram Anquises e Adônis, que também era apaixonado por Perséfone, que aliás, era sua rival, tanto pela disputa pelo amor de Adônis, tanto no que se diz respeito de beleza. Vale destacar que a deusa do amor não admitia que nenhuma outra mulher tivesse uma beleza comparável com a sua, punindo (somente) mortais que se atrevessem comparar a beleza com a sua, ou, em certos casos, quem possuisse tal beleza. Exemplos disso é Psiquê e Andrômeda.
Fonte: pt.wikipedia.org
Fonte: algosobre.com.br
Apolo é um deus na mitologia grega, filho de Zeus e Leto, e irmão gémeo de Artemis. Numa época mais tardia foi identificado com Helios, deus do sol e, por arrastamento, a sua irmã foi identificada como Selene, Diana ou Cíntia deusa da lua. Mais tarde ainda, foi conhecido como uma divindade solar. Figura complexa e enigmática, que transmitia aos homens os segredos da vida e da morte, Apolo foi o deus mais venerado no panteão grego depois de Zeus, o pai dos céus.
Apolo e sua irmã gêmea Ártemis (identificada pelos romanos com Diana) eram filhos de Zeus e Leto, da estirpe dos Titãs. Segundo a lenda, os dois nasceram na ilha de Delos, outro dos lugares importantes de seu culto, onde Leto se havia refugiado, perseguida pelo implacável ciúme de Hera, esposa de Zeus.
Apolo, com um ano de idade e armado de arco e flechas, perseguiu a serpente Píton, também inimiga de sua mãe, até o lugar sagrado de Delfos, e ali a matou.Zeus recriminou o filho pela profanação do santuário e, em memória da serpente, instituiu os Jogos Píticos. O poder de Apolo se exercia em todos os âmbitos da natureza e do homem.
Por isso, suas inovações eram múltiplas e variadas. Além de ser por excelência o deus dos oráculos e fundador de importantes cidades, sua proteção - e sua temível ira - abarcava desde a agricultura e o gado até a juventude e seus exercícios de ginástica, assim como os marinheiros e navegantes. Tinha poder sobre a morte, tanto para enviá-la como para afastá-la, e Asclépio (o Esculápio Romano), o deus da medicina, era seu filho. Considerado também o "Condutor das Musas", tornou-se deus da música por ter vencido o deus Pã em um torneio musical. Seu instrumento era a lira.
Apolo teve um grande número de amores, mortais e imortais, mas geralmente não foi correspondido, ou quando foi, alguma tragédia interrompeu o romance. Aqui são citados apenas alguns, lembrando que de acordo com as várias fontes podem ser encontradas versões divergentes de cada história. Ovídio disse nas Metamorfoses que o primeiro amor de Apolo foi Dafne, uma ninfa, mas o amor acabou frustrado por Eros, que lançando sua flecha de chumbo contra a ninfa, fê-la rejeitar o deus, enquanto que dirigindo sua flecha de ouro para Apolo, provocou-lhe intensa paixão. Teve motivos para isso, pois Apolo havia desdenhado da habilidade do deus do amor com o arco e gabado suas próprias vitórias. Depois de ser incansavelmente perseguida por Apolo, Dafne suplicou para seu pai para que fosse transformada em um loureiro. Apolo declarou então que o loureiro seria sua árvore sagrada. Os vencedores dos Jogos recebiam uma coroa de folhas de loureiro. Hermes e Apolo disputaram o amor de Quione, por sua grande beleza. Temeroso que Apolo a ganhasse, Hermes tocou seus lábios com o caduceu, fê-la dormir e a possuiu. Não obstante, Apolo, disfarçado de uma velha, penetrou no seu quarto e a amou também. De Hermes Quione concebeu Autólico, e de Apolo, Filamon, mas orgulhou-se demasiado disso, julgando-se mais bela que Ártemis. Então a deusa injuriada a matou. O pai de Quione, tomado pela dor, jogou-se de um penhasco, mas Apolo o transformou em uma águia feroz.
Corônis lhe deu como filho Asclépio, mas o traiu, e por isso morreu pela seta do deus ultrajado. Asclépio, tornando-se um mestre na arte de curar tão poderoso que podia ressuscitar os mortos, ameaçava com isso o poder soberano de Zeus, ultrajava Têmis e roubava súditos a Hades, pelo que foi morto pelo raio de Zeus. Para vingar-se, como não podia voltar-se contra seu pai, Apolo matou os Cíclopes, que haviam forjado os raios, e por isso foi castigado. Deveria ter sido desterrado para o Tártaro, mas graças à interferência de sua mãe o castigo foi comutado em um ano de trabalhos forçados como um mortal para o rei Admeto. Sendo bem tratado pelo rei durante sua expiação, Apolo ajudou-o a obter Alceste e a ter uma vida mais longa que a que o destino lhe reservara. Uma versão da história a amplia, e diz que enquanto Apolo estava entre os mortais ensinou-lhes a música, a dança e todas as artes e ofícios que tornam a vida mais agradável; ensinou às pessoas também os jogos atléticos, a caça, a contemplação da natureza e a percepção de suas belezas próprias, e todo o dia parecia um dia de festa. Os deuses, vendo que a vida na Terra se tornava mais aprazível que a sua, chamaram de volta Apolo para o Olimpo. Também disputou o amor de Marpessa com Idas, e Zeus ordenou que ela escolhesse entre ambos. Temendo ser rejeitada quando ficasse velha e perdesse sua beleza, ela decidiu por Idas. Desejou a princesa troiana Cassandra, e deu-lhe como presente o dom da profecia. Mesmo assim ela repudiou o deus, e Apolo a puniu fazendo com que ninguém acreditasse nela, embora suas profecias se revelassem depois sempre verdadeiras. Destino semelhante teve a Sibila de Cumas, que exigiu o prolongamento de sua vida em tantos anos quantos os grãos de areia que tinha na mão. Concedido o favor, ela negou seu amor, e então Apolo não revogou-lhe o dom, mas fez com que sua beleza e juventude não fossem preservadas ao longo de sua vida de milênios, envelhecendo até se tornar uma criatura horrenda, seca e encarquilhada, escondida dentro de um vaso, cujo único desejo era morrer. Entretanto, Apolo foi feliz com Cirene, uma ninfa, tendo o filho Aristeu, que se tornou uma deidade da vegetação e agricultura.
Outra lenda nos conta Apolo impediu a união de sua irmã Artémis com o jovem Orion por ciúmes. Estando em uma praia, Apolo desafiou Artémis a atingir, com a sua flecha, um ponto negro que indicava a tona da água, e que mal se distinguia, devido à grande distância. Ártemis, toda vaidosa, prontamente retesou o arco e atingiu o alvo, que logo desapareceu no abismo no mar, fazendo-se substituir por espumas ensangüentadas. Era Orion que ali nadava, fugindo de um imenso escorpião criado por Apolo para persegui-lo. Ao saber do desastre, Ártemis, cheia de desespero, conseguiu, do pai, que a vítima e o escorpião fossem transformados em constelação. Quando a de Órion se põe, a de escorpião nasce, sempre o perseguindo, mas sem nunca alcançar.
O culto de Apolo também teve grande amplitude em Roma. As numerosas representações que dele fizeram artistas de todos os tempos, tanto na antiguidade Greco-Romana como nos períodos Renascentista e Barroco, mostraram-no como um deus de beleza perfeita, símbolo da harmonia entre corpo e espírito.
Fonte: portalsaofrancisco.com.br
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Na mitologia grega, Ares é filho de Zeus (o soberano dos deuses) e Hera. Embora muitas vezes tratado como o deus olimpico da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada.

Os Romanos identificaram-no como o Marte, o deus romano da guerra e agricultura (que eles tinham herdado dos Etruscos), mas entre eles, Marte tinha uma estima mais alta.

Não era querido entre os outros Deuses, pois ele sempre foi violente e sanguinário. Embora também a meia irmã de Ares, Atena era uma deidade da guerra, a posição de Athena era de guerra estratégica enquanto Ares tendeu a ser a violência imprevisível da guerra. Os dois irmãos tinham uma rixa, que acabou culminando no frente-a-frente de ambos, junto das muralhas de Tróia, cada um dos quais defendendo um dos exércitos. Marte, protector dos troianos, acabou derrotado.

Ares, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da deusa Afrodite, e com ela teve um filhos. Na verdade tratava-se de uma relação adúltera, uma vez que a deusa era esposa de Hefesto, que arranjou um estratagema para os descobrir e prender numa rede enquanto estavam juntos na cama.
Em Esparta havia uma estátua do deus acorrentado, para mostrar que o espírito de guerra e vitória nunca deveria deixar a cidade

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Artemis
Na Grécia, Ártemis era uma deusa ligada inicialmente à vida selvagem e à caça. Durante os períodos Arcaico e Clássico, era considerada filha de Zeus e de Leto, irmã gêmea de Apolo; mais tarde, associou-se também à luz da lua e à magia. Em Roma, Diana tomava o lugar de Ártemis, frequentemente confundida com Selene ou Hécate, também deusas lunares.
O seu mito começa logo à nascença. Ao ficar grávida, a sua mãe incorreu na ira de Hera que a perseguiu a ponto de nenhum lugar, com receio da deusa rainha, a querer receber quando estava preste a dar à luz. Quando finalmente na ilha de Delos a receberam, Ilítia, filha de Hera e deusa dos partos, estava retida com a mãe no Olimpo. Letó esperava gêmeos, e Ártemis, tendo sido a primeira a nascer, revelou os seus dotes de deusa dos nascimentos auxiliando no parto do seu irmão gêmeo, Apolo. Também é conhecida como Cíntia, devido ao seu local de nascimento, o monte Cinto.
Deusa da caça e da serena luz, Ártemis é a mais pura e casta das deusas e, como tal, foi ao longo dos tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas. Zeus, seu pai, presenteou-a com arco e flechas de prata, além de uma lira do mesmo material (seu irmão Apolo ganhou os mesmos presentes, só que de ouro). Todos eram obra de Hefesto, o Deus do fogo e das forjas, que era um dos muitos filhos de Zeus, portanto também irmão de Ártemis. Zeus também lhe deu uma corte de Ninfas, e fê-la rainha dos bosques. Como a luz prateada da lua, percorre todos os recantos dos prados, montes e vales, sendo representada como uma infatigável caçadora.
Tinha por costume banhar-se nas águas das fontes cristalinas; numa das vezes, tendo sido surpreendida pelo caçador Acteon que, ocasionalmente, para ali se dirigiu para saciar a sede, transformou-o em veado e fê-lo vítima da voracidade da própria matilha.
Outra lenda nos conta que, apesar do seu voto de castidade, tendo ela se apaixonado perdidamente pelo jovem Orion, e se dispondo a consorciá-lo, o seu enciumado irmão Apolo impediu o enlace mediante uma grande perfídia: achando-se em uma praia, em sua companhia, desafiou-a a atingir, com a sua flecha, um ponto negro que indicava a tona da água, e que mal se distinguia, devido à grande distância. Ártemis, toda vaidosa, prontamente retesou o arco e atingiu o alvo, que logo desapareceu no abismo no mar, fazendo-se substituir por espumas ensangüentadas. Era Orion que ali nadava, fugindo de um imenso escorpião criado por Apolo para persegui-lo. Ao saber do desastre, Ártemis, cheia de desespero, conseguiu, do pai, que a vítima e o escorpião fossem transformados em constelação. Quando a de Órion se põe, a de escorpião nasce, sempre o perseguindo, mas sem nunca alcançar.
É representada, como caçadora que é, vestida de túnica, calçada de coturno, trazendo aljava sobre a espádua, um arco na mão e um cão ao seu lado. Outras vezes vêmo-la acompanhada das suas ninfas, tendo a fronte ornada de um crescente. Representam-na ainda: ora no banho, ora em atitude de repouso, recostada a um veado, acompanhada de dois cães; ora em um carro tirado por corças, trazendo sempre o seu arco e aljava cheia de flechas.
O absinto (Ártemisia absinthium L.) era uma das plantas dedicadas à deusa. O templo de Ártemis em Éfeso foi uma das sete maravilhas do mundo antigo

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Atena

Atena (ou Athená, em grego antigo) é a deusa grega da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa. Há também quem grafe o seu nome como Palas Atená. Frequentemente é associada a um escudo de guerra, à coruja da sabedoria ou à oliveira.
Zeus apaixonou-se por Métis, tendo sido ela sua primeira esposa. Contudo, foi advertido por sua avó Gaia de que Métis lhe daria um filho e que este o destronaria, assim como ele destronou Cronos e, este, Urano. Amedrontado, Zeus resolveu engolir Métis. Para tanto, utilizou-se de um fabuloso ardil. Convenceu sua esposa a participar de uma brincadeira divina, na qual cada um deveria se transformar em um animal diferente. Métis, desta vez, não foi prudente, e se transformou numa mosca. Zeus aproveitou a oportunidade e a engoliu. Todavia, Métis já estava grávida de Atena, e continuou a gestação na cabeça de Zeus, aproveitando o tempo ocioso para tecer as roupas da sua vindoura filha.
Um dia, durante uma guerra, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça, e Hefesto, o deus ferreiro e do fogo, lhe deu uma machadada na cabeça, de onde Atena saiu já adulta com elmo, armadura e escudo - este coberto com a pele de Amaltéia. Atena ensinou aos homens praticamente todas as atividades, como pesca, uso de arco-e-flecha, costurar (algo que ela fazia como ninguém),dançar, e, como havia saído da mente de Zeus, sua marca é a inteligência. Atena também é muitas vezes vista segurando em uma das mãos uma pequena imagem de Niké, a deusa da vitória.
Quando Atena e Posídon disputavam o padroado de uma cidade importante, estabeleceram um concurso: quem desse o melhor presente ao povo da cidade venceria. Posídon criou o cavalo,de grande utilidade e muito importante. Atena deu uma oliveira que produzia alimentos, óleo e madeira. Atena sagrou-se vencedora e a cidade recebeu o nome de Atenas. Atena desempenhou um papel importante no poema épico de Homero, a Ilíada e a Odisséia. Teve participação no julgamento de Páris, sendo uma das deusas rejeitadas, apoiou os gregos na Guerra de Tróia e atuou como padroeira de Odisseu durante toda a sua longa jornada.
Atena (ao que tudo indica), permaneceu virgem durante toda sua história, pois pediu aos Deuses Olímpicos para não se apaixonar, porque se ela tivesse filhos, teria de abandonar as guerras pela justiça e viver uma vida doméstica.
Há quem diz que Atena se envolveu com os heróis que acompanhava, e até mesmo com Ares, seu grande rival. Sendo tais boatos falsos ou verdadeiros, sabe-se que ela jamais teve romances com mulheres e jamais teve filhos com deuses, e seus romances com homens guerreiros são um mistério.
Outro julgamento importante em que teve participação especial foi no Areópago, quando julgou Orestes juntamente com o povo de Atenas e o absolveu dando o voto de desempate – o voto de Minerva, do seu nome romano.

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Cronos é um Deus grego, que corresponde ao Deus romano Saturno. Ele é representado como velho homem de cabelos brancos e barba longa.
Cronos (por vezes confundido com Chronos),é filho de Urano (o mais antigo de todos os deuses), mais jovem dos Titãs e pai de Zeus , Deméter , Hades , Héstia , Poseidon e Hera. Era associado ao tempo pelos gregos. Cronos representa a passagem dos deuses antigos (ciclopes e titãs) para os deuses Olímpicos (assim chamados por serem aqueles que habitavam o monte Olimpo), liderados por seu filho Zeus.
O mito diz que a esposa de Urano era Gaia (deusa da Terra) e que cada vez que Gaia tinha um filho, Urano o devolvia ao ventre de Gaia. Cansada disto, Gaia tramou com seu filho Cronos. Ela fez de seu próprio seio uma pedra em forma de lâmina e a deu para Cronos. Cronos esperou que Urano, seu pai, dormisse e o castrou. Atirou a genitália de Urano no mar, de onde brotou Afrodite, a deusa do amor.
Após isto, Cronos reinou entre os deuses, e casou com a sua irmã Réia, que lhe deu seis filhos (os Crónidas): três mulheres, Héstia, Deméter e Hera e três rapazes, Hades, Poseidon e Zeus.mas uma profecia dizia que ele seria enfim vencido por um filho. Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Réia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca. Quando Zeus cresceu, resolveu vingar-se de seu pai, e o destronou auxiliado por Prometeu.

Cronos, era a Divindade suprema da segunda geração de deuses da mitologia grega e titã do tempo, correspondente ao deus romano Saturno. A etimologia do seu nome é obscura. Poderá estar relacionada com "cornos", sugerindo uma possível ligação com o antigo demónio indiano Kroni ou com a divindade levantina El.

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Dionísio

Dioniso, Diónisos ou Dionísio era o deus grego equivalente ao deus romano Baco, das festas, do vinho, do lazer e do prazer. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus filho de uma mortal.
Ocorreu que Hera, que sentiu ciúme de mais uma traição de Zeus, instigou Semele a pedir ao seu amante (caso ele fosse o verdadeiro Zeus) que a mostrasse sua verdeira forma. Semele então pediu que Zeus atendesse a um pedido seu, sem saber qual seria, ela o fez fazer uma promessa pelo Estige, o voto mais sagrado, que nem mesmo os deuses podem quebrar. Ele concordou e quando soube do que se tratava imediatamente se arrependeu. Uma vez concedido o pedido teria que cumpri-lo. Ele então voltou ao Olimpo e demonstrou sua verdadeira forma, já sabendo de o que ocorreria. De fato, o corpo mortal de Semele não foi capaz de suportar todo aquele esplendor, e ela virou cinzas.
Assim, Dionisio passou parte de sua gestação na coxa de seu pai. Quando completou o tempo da gestação, Zeus o entregou em segredo a Ino (sua tia) que passou a cuidar da criança com ajuda das Dríades, das horas e das ninfas.Quando criança titãs fizeram dele pedaços, comendo tudo, menos seu coração. E esse último pedaço foi recebido por sua irmã Atena. Que o colocou no utero de sua mãe para que pudesse reviver.
Depois de adulto, ainda a raiva de Hera tornou Dionisio louco e ele ficou vagando por várias partes da Terra. Quando passou pela Frígia, a deusa Cíbele o curou e o instruiu em seus ritos religiosos.Sileno ensina a ele a cultura da vinha, a poda dos galhos e o fabrico do vinho.Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da uva. Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho.
Dionisio puniu quem quis se opor a ele (como Penteu) e triunfou sobre seus inimigos além de se salvar dos perigos que Hera estava sempre pondo em seu caminho. É considerado também o deus protector do teatro. Em sua honra faziam-se ditirambos na Grécia Antiga e festas dionisíacas.
Segundo o mito, Dionísio ordenou a seus súditos que lhe trouxesse uma bebida que o alegrasse e envolvesse todos os sentidos. Trouxeram-lhe néctares diversos, mas Dionísio não se sentiu satisfeito até que ofereceram o vinho.
O deus encheu-se de encanto ao ver a bebida, suas cores, nuances e forma como brilhava ao Sol, aomesmo tempo em que sentia o aroma frutado que exalava dos jarros à sua frente. Quando a bebida tocou seus lábios, sentiu a maciez do corpo do vinho e percebeu seu sabor único, suave e embriagador.
De tão alegre, Dionísio fez com que todos os presentes brindassem com suas taças, e ao som do brinde pôde ser ouvido por todos os campos daquela região. A parti daí, Dionísio passou a abençoar e a proteger todo aquele que produzisse bebida tão divinal, sendo adorado como deus do vinho e da alegria

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Eros

Eros era o deus grego equivalente em ao deus romano Cupido. Filho de Afrodite e de Ares, (o deus da guerra), andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. Teve um romance muito famoso com a princesa Psiquê, a deusa da alma.
Eros encarnava a paixão e o amor em todas as suas manifestações. Logo que nasceu, Zeus (pai dos deuses), sabedor das perturbações que iria provocar, tentou obrigar Afrodite a se desfazer dele. Para protegê-lo, a mãe o escondeu num bosque, onde ele se alimentou com leite de animais selvagens.

Eros era geralmente representado como um menino alado que carregava um arco e um carcás com setas. Os ferimentos provocados pelas setas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Outras vezes representavam-no vestido com uma armadura semelhante à que usava Ares, talvez para assim sugerir paralelos irónicos entre a guerra e o romance ou para simbolizar a invencibilidade do amor. Embora fosse algumas vezes apresentado como insensível e descuidado, Eros era, em geral, tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou imortais. No pior dos casos, era considerado malicioso pelas combinações que fazia, situações em que agia orientado por Afrodite.

Um certo dia, Afrodite estava admirando a terra quando avistou uma bela moça chamada Psique. Afrodite era uma deusa muito vaidosa e não gostava de perder em matéria de aparência, muito menos para uma mortal. Afrodite chamou Hermes e disse-lhe: "- Mande esta carta para Psiquê."

Quando Psiquê recebeu a carta ficou admirada, recebendo uma carta de uma deusa. Mas ficou muito decepcionada quando a leu. Na carta havia uma profecia clamada pela própria Afrodite. A profecia dizia que Psiquê ia se casar com a mais horrenda criatura. Psiquê ficou desesperada, foi contar para suas irmãs. Psique era muito inocente e nunca percebeu que suas irmãs morriam de inveja dela.

Enquanto isso, no Monte Olimpo, Afrodite chamou seu filho Eros: "- Meu caro filho, preciso de um grande favor seu. Quero que você vá a terra e atire uma de suas flechas de amor em Psique, e faça com que ela se apaixone pelo homem mais feio do planeta". Eros gostava muito de sua mãe e não quis contrariá-la. Então foi. Quando anoiteceu, Eros foi até a casa de Psique, entrou pela janela avistou um rosto perfeito, traços encantadores. Eros chegou bem perto para não ter a chance de errar o alvo (apesar de ter uma mira muito boa, mas estava encantado com a bela jovem). Se preparou para atirar, esticou o seu arco e quando ia soltar a flecha, Psiquê moveu o braço, e Eros acertou ele mesmo. A partir daquele instante Eros ficou perdidamente apaixonado pela jovem. Voltou para casa, mas não conseguiu dormir pensando na bela Psiquê.

No dia seguinte, Eros foi falar com Zéfiro (o vento oeste) e pediu para que transportasse Psique para os ares e a instalasse num palácio magnífico, onde era a casa de Eros. Quando a noite caiu, a moça ouviu uma voz misteriosa e doce: "- Não se assuste, Psiquê, sou o dono desse palácio. Ofereço a ti como presente de nosso casamento, pois quero ser seu esposo. Tudo que está vendo lhe pertence. E tudo que deseja será concebido. Zéfiro estará às suas ordens, ele fará tudo o que você quiser. Eu só lhe faço uma exigência: não tente me ver. Só sob esta condição poderemos viver juntos e sermos felizes".

Toda noite Eros vinha ver Psiquê, mas em uma forma invisível. A moça estava vivendo muito feliz naquele lindo palácio. Mas passando os dias Psiquê ficava cada vez mais curiosa para saber quem era seu marido. Certa noite, quando Eros veio ver Psiquê, eles se encontraram e se amaram. Mas quando Eros adormeceu, Psiquê escondida e em silêncio pegou uma lamparina e acendeu-a, e quando ela viu o belo jovem de rosto corado e cabelos loiros, ficou encantada. Mas num pequeno descuido ela deixou cair uma gota de óleo no braço do rapaz, que acordou assustado e, ao ver Psiquê, desapareceu. O encanto todo acabou, o palácio os jardins e tudo que havia em volta desapareceu, como num passe de mágica. Psiquê ficou sozinha num lugar árido, pedregoso e deserto.

Desconsolado, Eros voltou para o Olimpo e suplicou a Zeus que lhe devolvesse a esposa amada. O senhor dos deuses respondeu: "- O deus do amor não pode se unir a uma mortal". Mas Eros protestou. Será que Zeus que tinha tanto poder não podia tornar Psiquê imortal? O senhor dos deuses sorriu lisonjeado. Além do mais como poderia de deixar de atender a um pedido de Cupido, que lhe trazia lembranças tão boas? O deus do amor o tinha ajudado muitas vezes, e talvez algum dia Zeus precisaria da ajuda de Eros de novo. Seria mais prudente atender o seu pedido. Zeus mandou Hermes ir buscar Psique e lhe trouxesse para o reino celeste. Então Zeus, o soberano, transformou Psiquê em imortal. Nada mais se opôs aos amores de Eros e Psiquê, nem mesmo Afrodite, que ao ver seu filho tão feliz se moveu de compaixão e abençoou o casal.

Seu casamento foi celebrado com muito néctar, na presença de todos os deuses. As Musas (jovens encantadas, que eram acompanhantes do deus Apolo) e as Graças (jovens que representavam a beleza que acompanhavam a deusa Afrodite) aclamavam a nova deusa em meio a cantos de danças. Assim Eros viveu sua imortalidade com o ser que mais amou.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cupido
Hades

Na mitologia grega, Hades é o deus do submundo e das riquezas dos mortos. O nome Hades era usado freqüentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone filha de Deméter. É interessante observar que, ao contrário de seus irmãos Zeus e Posídon, que tiveram dezenas de filhos, Hades teve apenas uma filha, Macária, sendo poucas as tradições nas quais ele teve mais filhos.
Hades, filho de Cronos e de Réia, irmão de Zeus e Posídon.

Segundo a lenda, o poder de Hades, Zeus e Posídon era equivalente. Hades era um deus de poucas palavras e seu nome inspirava tanto medo que as pessoas procuravam não o pronunciar.

Era descrito como austero e impiedoso, insensível a preces ou sacrifícios, intimidativo e distante. Invocava-se Hades geralmente por meio de eufemismos, como Clímeno (o Ilustre) ou Eubuleu (o que dá bons conselhos). Seu nome significa, em grego, o Invisível, e era geralmente representado com o elmo mágico que lhe dava essa habilidade, que ele ganhou dos ciclopes quando participou da titanomaquia contra os titãs. No fim da luta contra os titãs, vencidos os adversários, Zeus, Posídon e Hades partilharam entre si o universo, Zeus ficou com o céu, e a terra, Posídon ficou com os mares e Hades tornou-se o deus do inferno e das riquezas.

Como reinava sobre os mortos, Hades era ajudado por outras divindades, que serão mais tarde citadas. O nome Plutão "o rico" (pois era dono das riquezas do subsolo) ou "o distribuidor de riqueza", que se tornou corrente na religião romana, era também empregado pelos gregos, e apresentava um lado bom, pois era ele quem propiciava o desenvolvimento das sementes e favorecia a produtividade dos campos. Como divindade agrícola, seu nome estava ligado a Deméter e junto com ela era celebrado nos Mistérios de Elêusis que eram os ritos comemorativos da fertilidade, das colheitas e das estações. Hades teve uma amante cujo nome era Mente, que foi transformada por Perséfone em uma planta, hoje chamada de menta. Teve também outra amante, Leuce, porém antes do rapto de sua esposa.

Era também conhecido como o Hospitaleiro, pois sempre havia lugar para mais uma alma no seu reino. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, Hades não é o deus da morte, mas sim do pós-morte. Apenas Ares e Cronos estão relacionados com a prática da morte. Assim, Hades não é inimigo da humanidade, como o são Ares e Cronos. O deus raramente deixava seu mundo e não se envolvia em assuntos terrestres ou olímpicos. Deixou o seu reino apenas duas vezes; uma para raptar Perséfone, a quem tomou como esposa e outra para curar-se, no Olimpo, de uma ferida provocada por Héracles.

Na mitologia grega o Mundo dos mortos, chamado apenas de Hades, é o local no subterrâneo para onde vão as almas das pessoas mortas (sejam elas boas ou más), guiadas por Hermes, o emissário dos deuses, para lá tornarem-se sombras. É um local de tristeza.

No fim da luta dos deuses olímpicos contra os Titãs (a Titanomaquia), os deuses olímpicos saíram vitoriosos. Então Zeus, Posídon e Hades partilharam entre si o universo: Zeus ficou com os céus e as terras, Posídon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos. Os titãs pediram socorro a Érebo do mundo inferior; Zeus, então, lançou Érebo para lá também, assim tornou-se a noite eterna do Hades (Érebo também é outra designação do mundo inferior). 
Fonte:pt.wikipedia.org/wiki/Hades
Hefesto

Hefesto ou Hefaísto, era um deus da mitologia grega, filho de Hera e Zeus, conhecido como Vulcano na mitologia romana. Foi lançado aos mares devido à vergonha de sua mãe pela sua disformidade, foi, porém, recolhido por Tetis e Eurínome, filhas do Oceanus. Noutras versões, a sua fealdade era tal mesmo recém-nascido, que Zeus o teria lançado do Monte olimpo abaixo. A esse facto de deveria a sua deformidade, pois Hefesto era coxo.

Era a divindade do fogo, dos metais e da metalurgia, conhecido como o ferreiro divino. Hefesto foi responsável, entre outras obras, pela égide, escudo usado por Zeus em sua batalha contra os titãs. Construiu para si um magnífico e brilhante palácio de bronze, equipado com muitos servos mecânicos. De suas forjas saiu Pandora, primeira mulher mortal.

Este deus, o mais feio de todos casou-se com Afrodite , porém ela lhe foi infiel, tendo vários amantes dentre eles deuses e mortais. O seu principal rival era Ares (chamado de Marte em Roma), deus da guerra. Outra versão do mito conta que Afrodite o amava realmente, e suas traições refletiam as outras faces do amor (i.e. ela lhe queria causar ciúmes, ou tinha desejos passageiros).

Em certa altura, Hefesto preparou uma rede com que armadilhou a cama onde Afrodite e Ares mantinham uma relação adúltera. Deste modo o deus ferreiro conseguiu demonstrar a infidelidade da sua esposa, que no entanto foi perdoada por Zeus.

Hefesto forjou armas especiais para Eneias, filho de Afrodite de Anquises de Tróia e para Aquiles quando este havia emprestado para Pátroclo,que por sua vez a perdeu para Heitor.
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Vulcano_(mitologia)
Hera

Na mitologia grega Hera é a deusa da família e do ciúmes, equivalente a Juno, na Mitologia romana, irmã e esposa de Zeus, deusa dos deuses, que rege o casamento. Retratado como majestosa e solene, muitas vezes coroada com os polos (uma coroa alta cilíndrica usada por várias deusas.

Retratada como ciumenta e agressiva, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos. Um deles foi Hércules, filho de Zeus com a mortal Alcmena. A este declarou guerra desde seu nascimento. Com uma tentativa frustrada de matá-lo quando era apenas um bebê, Hera o submete a Euristeus, que o envolve em muitas aventuras perigosas que ficaram conhecidas como "doze trabalhos".

O único filho de Zeus que ela não odiava, antes gostava, era Hermes e sua mãe Maia, porque ficou surpresa com a sua inteligência. Hera era muito vaidosa e sempre quis ser mais bonita que Afrodite, sua maior inimiga.

Irmã e esposa de Zeus, a mais excelsa das deusas, é representada na Ilíada como orgulhosa, obstinada, ciumenta e rixosa. Na guerra de Tróia por ódio dos troianos, devido ao julgamento de Páris, ajudou os gregos.
Hera e Zeus tinham 4 filhos, Lucina (Ilítia), deusa dos partos e gestantes, Juventa (Hebe), deusa da juventude, Marte (Ares), deus da guerra e Vulcano (Hefesto), o artista celestial, que era coxo. Hera sentia-se tão aborrecida ao vê-lo que atirou-o para fora do céu. Outra versão diz que Zeus o jogou para fora, por este ter participado de uma briga do rei do Olimpo com Hera, deixando-o coxo com a queda.


Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Juno 
Hermes

Na mitologia grega, Hermes era o deus correspondente ao Mercúrio romano, e também era mensageiro ou intérprete da vontade dos deuses, (daí o termo hermenêutica). Era um dos 12 deuses do Olimpo. Filho de Zeus e de Maia, nasceu na Arcádia, revelando logo extraordinária inteligência.

Conseguiu livrar-se das fraldas e foi à Tessália, onde roubou parte do rebanho guardado por seu irmão Apolo, escondendo o gado em uma caverna. A seguir voltou para o berço, como se nada tivesse acontecido. Quando Apolo descobriu o roubo, conduziu Hermes diante de Zeus, que o obrigou a devolver os animais. Apolo, no entanto, encantou-se com o som da lira que Hermes inventara e ofereceu em troca o gado e o caduceu. Mais tarde, Hermes inventou a siringe (flauta de Pã), em troca de que Apolo lhe concedeu o dom da adivinhação.

Foi famoso também por ser o único filho que Zeus tivera que não era filho de Hera, que ela gostou, pois ficou impressionada pela sua inteligência.

Hermes era quem guiava as almas dos heróis ou pessoas importantes até o rio Estige, lugar que ligava o reino dos vivos com o reino dos mortos. Também considerado deus da eloqüência e patrono dos esportistas, é representado como um jovem de belo rosto, normalmente nu, vestido com túnica curta. Na cabeça tem um capacete com asas, calça sandálias aladas e traz na mão seu principal símbolo, o caduceu.

Pã foi fruto dos amores de Hermes com a ninfa Dríope. Ela não foi a única mortal nem a única deusa honrada pelos seus favores. Teve ainda como amantes, Acacalis, filha de Minos; Herse, filha de Cécrope; Eupolêmia; Antianira, mãe de Equion; Afrodite, a deusa do amor, com quem teve Hermafrodito; a ninfa Lara, náiade de Almon; e finalmente sua irmã, a deusa Perséfone, a quem pediu em casamento para Deméter, mãe da moça, que recusou o pedido. Mas foi Hermes quem tentou resgatar Perséfone do reino dos mortos quando ela foi seqüestrada por Hades.
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Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Hermes
Posêidon

Na mitologia grega, Poseidon também conhecido como Posídon ou Possêidon, assumiu o estatuto de deus supremo do mar, conhecido pelos romanos como Netuno e pelos etruscos por Nethuns. Também era conhecido como o deus dos terremotos e dos cavalos. Os símbolos associados a Posídon com mais freqüência eram o tridente e o golfinho.
A origem de Poseidon é cretense,[1] como atesta seu papel no mito do Minotauro. Na civilização minóica era o deus supremo, senhor do raio, atributo de Zeus no panteão grego, daí o acordo da divisão de poderes entre eles, cabendo o mar ao antigo rei dos deuses minóicos.

Como primeiro filho de Cronos e Réia era um dos principais deuses do Olimpo e, de acordo com certas tradições, é irmão mais velho de Zeus. Primordialmente Zeus terá obrigado seu pai Cronos a regurgitar e restabelecer a vida aos filhos que este sistematicamente engolia, e entre os salvos está Poseidon, explicando assim Zeus como o irmão mais novo.
Poseidon fora criado entre os Telquines, os demónios de Rodes. Quando atinge a maturidade, ter-se-á apaixonado por Hália, uma das irmãs dos Telquines, e desse romance nascem seis filhos e uma filha, de nome Rodo, daí o nome da ilha de Rodes.

Em uma famosa disputa entre Poseidon e Atena para decidir qual dos dois seria o padroeiro de uma cidade importante, estabeleceram um concurso: quem desse o melhor presente ao povo da cidade venceria. Posídon criou o cavalo,de grande utilidade e muito importante. Atena deu uma oliveira que produzia alimentos, óleo e madeira. Atena sagrou-se vencedora e a cidade recebeu o nome de Atenas.
Na Ilíada, Poseidon aparece-nos como o deus supremo dos mares, comandando não apenas as ondas, correntes e marés, mas também as tempestades marinhas e costeiras, provocando nascentes e desmoronamentos costeiros com o seu tridente. Embora seu poder pareça ter se estendido às nascentes e lagos, os rios, por sua vez, têm as suas próprias deidades.

Geralmente, Poseidon usava a água e os terremotos para exercer vingança, mas também podia apresentar um caráter cooperativo. Ele auxiliou bastante os gregos na Guerra de Tróia, mas levou anos se vingando de Odisseu, que havia ferido a cria de um de seus ciclopes.

Os navegantes oravam a ele por ventos favoráveis e viagens seguras, mas seu humor era imprevisível. Apesar dos sacrifícios, que incluíam o afogamento de cavalos, ele podia provocar tempestades, maus ventos e terremotos por capricho. Como Zeus, projetava seu poder e a sua masculinidade sobre as mulheres, tendo muitos filhos homens pois não podia ter filhas mulheres.

Considerando que as inúmeras aventuras amorosas de Poseidon foram todas frutíferas em descendentes, é de notar que, ao contrário dos descendentes de seu irmão Zeus, os filhos do deus dos mares, tal como os de seu irmão Hades, são todos maléficos e de temperamentos violentos. Alguns exemplos: de Teosa nasce o ciclope Polifemo; de Medusa nasce o gigante Crisaor e o cavalo alado, Pégaso; de Amimone nasce Náuplio; com Ifimedia, nascem os irmãos gigantes Oto e Efialtes (os Aloídas), que chegaram mesmo a declarar guerra aos deuses. Por sua vez, os filhos que teve com Halia cometeram tantas atrocidades que o pai teve de os enterrar para evitar-lhes maior castigo.

Casou ainda com Anfitrite, de quem nasceu o seu filho Tritão, o deus dos abismos oceânicos, que ajudou Jasão e os seus argonautas a recuperar o Velo de ouro.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Poseidon_(mitologia) 
Prometeu
Prometeu é um personagem da mitologia grega, um titã, filho do também titã Jápeto e de Ásia, também chamada de Clímene, filha de Oceano (segundo alguns autores, sua mãe seria Témis) e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio. Seu mito tem fonte em dois dos principais autores gregos, Hesíodo e Ésquilo.

É pai de Deucalião. Segundo uma outra tradição minoritária, Prometeu teria nascido da união entre Hera e de seu amante, o gigante Eurimedonte.
Foi o titã que criou os homens, com seu irmão Epimeteu, e que também roubou o fogo dos deuses para presentear às suas criações.

Segundo Hesíodo foi dado a Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la. Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc.

Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do barro. Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu. Este então roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias, regenerava-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.

Prometeu foi libertado do seu sofrimento por Hércules que, havendo concluído os seus doze trabalhos dedicou-se a aventuras. No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação.
A história foi teatralizada pela primeira vez por Ésquilo no século V a.C. com o título de Prometeus desmotes (Prometeu Agrilhoado/Acorrentado). Ao longo de séculos, vários autores retomaram a história de Prometeu e o colocaram como figura que representa a vontade humana por conhecimento (mesmo tendo que passar por cima dos deuses). A captura do fogo é visto como a busca do conhecimento pela ciência.
Dentre esses autores, o poeta romântico alemão Goethe escreveu um pequeno poema de 8 estrofes sobre a lenda de Prometeu intitulado de Prometheus (1774) Goethe descreve um homem extraordinário, que se nega a venerar deuses e, como ato de rebeldia, se prontifica a fazer homens segundo à própria imagem que não precisem venerar os deuses. Essa questão de rebeldia aos deuses e de criação de vida é um tema que permeia a sociedade moderna até hoje.

Alguns anos depois da publicação de seu poema, surgia na Inglaterra a figura de Frankenstein, ou o Moderno Prometeu, que é um ser criado de vários humanos que ganhou vida através de seu cientista. Porém essa liberdade de criar homens é muito discutida e não tem consenso geral da sociedade, como é o caso da clonagem, que começou com a ovelha Dolly e até hoje causa discussão entre as sociedade, sobre até onde o homem pode ir.

Goethe, em sua fase mais madura, parece mudar de opinião, pois escreve outro poema intitulado "Limite da Humanidade" (Grenzen der Menschheit) , onde faz elogios aos deuses e faz um reconhecimento da incapacidade humana. Além dos românticos, Prometeu também era um homem modelo de Marx.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Prometeu
Réia, na mitologia grega, era uma titã, filha de Urano e de Gaia. Na mitologia romana é identificada com Cibele, uma das manifestações da Deusa mãe, Magna Mater.

Irmã e esposa de Cronos, gerou Deméter, Hades, Hera, Hestia, Posídon e Zeus, segundo a Teogonia de Hesíodo. Por ser mãe de todos deuses do Olimpo, é conhecida como Mãe dos Deuses. É uma deusa relacionada com a fertilidade.

Devido a um oráculo de Urano, que profetizara que Cronos seria destronado por um dos filhos, este passou a engolir todos os filhos assim que nasciam. Réia decidiu que isto não ocorreria com o sexto filho. Assim, quando Zeus nasceu, Reia escondeu-o numa caverna no Monte Ida em Creta ao cuidado dos assistentes curetes posteriormente sacerdotes e, no lugar do filho, deu a Cronos uma pedra enrolada em panos. Cronos engoliu-a, pensando ser o filho.

Há diversas versões sobre quem criou Zeus. Algumas relatam que ele foi criado por Gaia; outras, por uma ninfa (Adamantéia ou Cinosura); segundo uma outra versão, foi nutrido por uma cabra (Amaltéia). Ao atingir a idade adulta, Zeus destronou o pai, forçou-o a vomitar os irmãos e assumiu o Olimpo.

Seguindo a ascensão do filho Zeus ao status de rei dos deuses, ela contestou uma parte do mundo e acabou refugiando-se nas montanhas, onde cercou-se de criaturas selvagens. Geralmente, é associada a leões ou a uma biga puxada por leões.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Reia
Urano

A castração de Urano: afresco por Giorgio Vasari e Cristofano Gherardi, c. 1560 (Sala di Cosimo I, Palazzo Vecchio).

Urano (em grego antigo Ouranos, ‘céu’, ‘firmamento’, latinizado como Uranus) era um deus grego que personificava o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua mãe. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica, e o deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica.

A maioria dos gregos considerava Urano como um deus primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação. Cícero afirma, em De Natura Deorum ("Da Natureza dos Deuses"), que ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era filho da noite, Nix.
Seu equivalente na mitologia romana é Caelus ou Coelus - do qual provém caelum (coelum), a palavra latina para "céu".

Segundo o mito da criação do Olimpo, relatado por Hesíodo na Teogonia, Urano veio todas as noites cobrir a Terra (Gaia), mas ele odiava as crianças que ela gerava. Hesíodo refere, como descendentes de Urano, os Titãs, seis filhos e seis filhas, os gigantes de cem braços (Hecatônquiros) e os gigantes com um só olho, os Ciclopes.

Urano aprisionou os filhos mais novos de Gaia no Tártaro, nas entranhas da Terra, causando grande dor a Gaia. Ela forjou uma foice e pediu aos filhos para castrarem Urano. Apenas Cronus, o mais jovem dos Titãs, concordou. Ele emboscou seu pai, castrou-o e lançou os testículos cortados ao mar.
Do sangue derramado de Urano sobre a Terra nasceram os Gigantes, as três Erínias, as Melíades, e segundo alguns, os Telquines.

A partir dos testículos lançados ao mar nasceu Afrodite. Alguns dizem que a foice ensanguentada foi enterrada na terra e daí nasceu a fabulosa tribo dos Feácios.

Depois de Urano ter sido deposto, Cronus re-aprisionou os Hecatônquiros e os Ciclopes no Tártaro. Urano e Gaia profetizaram que Cronus, por sua vez, estava destinado a ser derrubado por seu próprio filho, e assim o Titã tentou evitar essa fatalidade devorando os seus filhos. Zeus, graças a artimanhas de sua mãe Reia, conseguiu evitar este destino.

Estes antigos mitos de origens distantes não constam em cultos na Hellenos (Kerenyi, p. 20). O papel de Urano é o de um deus derrotado de um tempo anterior ao tempo real.

Depois da sua castração, o céu não veio mais para cobrir a Terra à noite, cigindo-se ao seu lugar, e "a geração original chegou ao fim" (Kerenyi). Urano foi raramente considerado como antropomórfico, à parte a genitália do mito da castração. Ele era simplesmente o céu, o qual foi concebido pelos antigos como uma grande cúpula ou tecto de bronze, sustentada (ou mantida a girar num eixo) pelo Titã Atlas. Em expressões arcaicas, nos poemas homéricos, ouranos às vezes é uma alternativa a Olimpo, como a casa dos deuses. Uma ocorrência óbvia seria o momento, no final da Ilíada I, quando Tétis sobe do mar para pleitear com Zeus: "e logo pela manhã, ela elevou-se para saudar Ouranos-e-Olimpo e ela encontrou o filho de Cronos…"

"'Olimpo' é utilizado quase sempre como casa, mas ouranos muitas vezes refere-se ao céu natural acima de nós, sem qualquer sugestão de deuses vivendo lá," William Sale comentou; Sale concluiu que a primeira sede dos deuses era o actual Monte Olimpo, tendo a tradição épica no tempo de Homero mudado a sua residência para o céu, ouranos.

Pelo sexto século, quando a "Afrodite celestial" estava a ser distinguida da "Afrodite comum do povo", ouranos significava apenas a própria esfera celeste.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Urano_(mitologia)
Zeus
Zeus (transl. Zeús), na mitologia grega, é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão. Seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho e o cetro. Zeus frequentemente era mostrado pelos artistas gregos em uma de duas poses: ereto, inclinando-se para a frente, com um raio em sua mão direita, erguida, ou sentado, em pose majestosa.

Zeus era filho de Cronos e Reia, o mais novo de seus irmãos. Na maioria das tradições ele era casado com Hera - embora, no oráculo de Dodona, sua consorte seja Dione, com quem, de acordo com a Ilíada, teve uma filha, Afrodite. É conhecido por suas aventuras eróticas, que resultaram em muitos descendentes, entre deuses e herois, como Atena, Apolo e Artêmis, Hermes, Perséfone (com Deméter), Dioniso, Perseu, Hércules, Helena, Minos e as Musas (com Mnemósine). Com Hera teria tido Ares, Hebe e Hefesto.

Seu equivalente na mitologia romana era Júpiter, e na mitologia etrusca era Tinia. Já se especulou sobre uma possível ligação com Indra, divindade da mitologia hindu que também tem um raio como arma.

Zeus sempre foi considerado um deus do tempo, com raios, trovões, chuvas e tempestades atribuídas a ele. Mais tarde, ele foi associado à justiça e à lei. Havia muitas estátuas erguidas em honra de Zeus, a mais magnífica era a sua estátua em Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Originalmente, os Jogos Olímpicos eram realizados em sua honra.

Durante muito tempo quem governou a Terra foi Urano (o Céu). Até que foi destronado por Cronos, filho de Urano e pai de Zeus. Então Urano profetizou que Cronos também seria destronado por um de seus filhos. Cronos era casado com Réia, e quando seus filhos nasciam ele os devorava. Assim aconteceu com Hera, Hades, Posídon, Héstia e Demeter. Quando nasceu o sexto filho, Réia decidiu salvá-lo, com a ajuda de Gaia (a Terra) que desgostava Cronos porque ele aprisionou os Hecatônquiros no Tártaro, temendo seu poder, esses gigantes possuíam cem braços e cinquenta cabeças.

Gaia leva Réia para parir secretamente esse filho na Caverna de Dicte (em outras versões foi no Monte Ida) em Creta. Lá Reia dá seu filho que se chama Zeus (tesouro que reluz) aos cuidados de Gaia e das Ninfas da Floresta (em outras versões Zeus fica com os centauros), Zeus cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando ela morreu, ele usou a sua pele para fazer um escudo conhecido por Égide. Logo Réia retorna ao Palácio de Cronos, local onde Reia e seu esposo viviam e enrola em panos uma pedra e começa a fingir um parto, depois dá ao seu marido esse embrulho e ele o engole achando ser o sexto filho. Em outras versões Réia dá um potro a Cronos.

Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai. Zeus disfarçou-se de viajante, dando-lhe a Cronos uma bebida que o fez vomitar todos os filhos que tinha devorado, agora adultos. Após libertar os irmãos, iniciou a guerra Titanomaquia. Cronos procurou seus irmãos para enfrentar os rebeldes, que reuniram-se no Olimpo. A guerra duraria 100 anos até que seguindo um conselho de Gaia, Zeus liberta os Hecatônquiros, então os deuses olímpicos venceram e aprisionaram os titãs no Tártaro, em outras versões os aprisionaram embaixo de montanhas. Então partilhou-se o universo, Zeus ficou com o céu e a Terra, Posídon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos.

Zeus casou-se primeiro com Métis, a deusa da prudência, quando Métis estava grávida de Atena, Gaia profetizou que este filho iria destronar seu pai Zeus, como havia acontecido com Cronos e com Urano, e que isso era um ciclo eterno. Zeus, temendo que isto acontecesse, montou uma armadilha: fez uma brincadeira com Métis, no qual eles se metamorfoseavam, Métis não foi prudente e aceitou, em algum momento Métis se metamorfoseou em uma mosca e foi engolida viva por Zeus, isso não adiantaria de nada, pois depois a cabeça de Zeus cresceria assustadoramente e Atena nasceria adulta da cabeça de Zeus, a profecia de Gaia estava errada.

A segunda esposa de Zeus foi Têmis, uma titã, deusa da justiça, as Moiras levam Têmis até Zeus para se tornar sua segunda esposa, e as Moiras profetizam que Zeus tem muito a aprender com Têmis, que é tão sábia quanto Métis.

O matrimônio com Têmis acabaria e Zeus se casaria finalmente com sua irmã Hera. Apesar de casado com Hera, Zeus tinha inúmeras amantes. Usava dos mais diferentes artifícios de sedução, como a metamorfose em qualquer objeto ou criatura viva, sendo dois dos mais famosos o cisne de Leda e o touro de Europa. Assim sendo, teve muitos filhos ilegítimos com deusas (Apolo e Artémis) e mortais, que se tornaram proeminentes na mitologia grega; Hercules e Helena (de Tróia), por exemplo. Hera é ciumenta e perseguia as amantes e os filhos bastardos de Zeus.
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Zeus

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OS DEUSES OLÍMPICOS


SUA ETIMOLOGIA E HERANÇA

Eliana da Cunha. Lopes (FGS)

Os doze deuses mais importantes da Grécia antiga, os olímpicos, formavam uma grande família, sempre pronta a brigar entre si.
Todos os olímpicos moravam em um imenso palácio, construído bem acima do nível das nuvens, no topo do monte Olimpo, a mais alta montanha da Grécia.
Utilizaremos em nosso trabalho a etimologia e a herança legada por alguns dos nomes destes deuses.
OLIMPO-i
Olympus, -ī m. Olimpo, montanha entre a Macedônia e a Tessália.
Os principais deuses gregos residiam no Monte Olimpo, em grego Ólympos, nome de etimologia obscura.
ZEUS / JÚPITER
é o mais importante deus do Panteão helênico.
É o supremo deus dos gregos, nome derivado da raiz “DIEU-", que já encontramos no substantivo lat. dies (dia) -> nominativo singular. O substantivo latino deus deriva da raiz DEIEU-, que exprime a idéia de “luzir”, o Luminoso”.
No início da época imperial, a forma divus ficou com um sentido especial, tornando-se o título honorífico de um Imperador “endeusado”. divus Augustus (=Augusto[proclamado] deus).
Os humanistas e os renascentistas recorriam ao mesmo termo para designar um “santo” divus Paulus (=São Paulo).
Zeus é, na opinião dos antigos indo-europeus, o dominador do céu. Seus atributos são o relâmpago e o trovão. Corresponde-lhe em latim arcaico DIES - piter (=Pai da Luz),cujo nome passaria ao latim Juppiter.
É nos Poemas Homéricos que é criada a personalidade de Zeus, rei dos homens e dos deuses Deus que reina nas alturas luminosas do Céu. Na maior parte do tempo, Zeus permanece no cimo do Monte Olimpo.
KRÓNOS / SATURNUS
KRÓNOS, segundo a mitologia grega, era pai de Zeus.
Krónos palavra de origem pré-helênica, talvez, semítica. Pertence à primeira geração divina, a geração dos Titãs.
Krónos é anterior a Zeus e aos Olímpicos. Krónos, esposo de Rheia, devorara sucessivamente seus filhos Posídon e Hades, bem como suas filhas Hera, Deméter e Héstia.
O substantivo grego Khrónos deriva da raiz GHER-/GHOR-, que exprime a idéia de “abranger, abarcar”.
POSÍDON / NEPTUNO
o deus que reina nos mares, é uma das divindades olímpicas, filho de Crono e de Rhéia.
Poseidón (em grego); o nome deste deus apresenta diversas variantes:
Potidás, Poseidán e Poseidáon.
Patidás o primeiro elemento provém da raiz Pot-, que significa “poder” conseqüentemente “quem detém o poder; o dono, o senhor”.
O segundo elemento DA- é provavelmente de origem pré-helênica, que ocorre no nome composto de DE-METER (=Terra-Mãe).
Posídon teria, portanto, o significado de Senhor da Terra, ou segundo outra versão, seria o “dono [=marido] da [deusa] Terra”.
Desde os tempos da Ilíada, Homero o via como deus do mar, representando-o com o tridente- uma espécie de arpão com que os pescadores da magna Grécia apanhavam atuns e delfins.
Na poesia grega é freqüente o emprego do substantivo grego “pósis” (=marido), que deriva de pot-is (=quem possui). Encontramos a palavra no nome próprio Poseidón.
Para os romanos Posídon representa o seu deus Neptunus (Neptuno), cujo nome deve significar o “senhor” do [elemento] líquido.
Neptunus < NEBH-, -Tunus = “quem toma conta de”.
Ex. “Portunus” (= o senhor do porto)
“Nebh”.> substantivo latino nebula, - ae de f. névoa.
DEMÉTER / CERES
Deusa grega da agricultura, era filha de Krónos (=Saturno) e de Réia (Cibele). Em Roma, foi identificada como Ceres.
Há autores que relacionam o nome de Deméter com o substantivo grego “demos”, cujo sentido primitivo é o de “terra comunal”.
Outros autores, com mais razão, vêem na primeira sílaba da palavra o nome da deusa pré-helênica DA (=TERRA).
O nome Deméter significa “TERRA MÃE”.
Na época clássica, Deméter era venerado principalmente como deusa da terra cultivada.
Em Elêusis, cidade perto de Atenas, anualmente era celebrada uma festa em sua homenagem.
A mitologia latina a denomina CERES, cujo nome está relacionado com a raiz do verbo latino CRESCERE (cresco, -crevi, cretum 3ª conjugação) = crescer, brotar. De Ceres originou-se o adjetivo latino cerealis, -e = relativo ao trigo, relativo a Ceres, consagrado a Ceres. Há na língua portuguesa o adjetivo e no substantivo “cereal”.
HERA / JUNO
irmã e esposa de Zeus.
Héra relaciona-se com o substantivo grego héros (=herói), em que se encontra a raiz SERU-/SORU-, que exprime a déia de “guardar, (com) servar”, ocorre no verbo latino observare (observar) e (com) servare (=conservar, guardar), conservo, -as, -are, av, -atum.
Ex. Conservare imperium populi romani (=reconhecer o império do povo romano).
O sentido primitivo do vocábulo servus deve ser o “guardador, vigilante [do gado]. Como este trabalho, geralmente, era função dos criados não livres, o vocábulo SERVUS -i (masc.), adquiriu paulatinamente o sentido de ”escravo”e sendo este o seu sentido no latim clássico
Ex. Português Servo de Jesus.
O vocábulo latim “SERVUS” (=escravo) está em oposição a líber, -era, -erum-adjetivo (=livre, que está em liberdade)
Ex. líber laborum (=livre de trabalho) 8520/
ARES / MARTE
O nome do deus ÁRES está relacionado com o substantivo grego aré (=dano). O deus da guerra é o “Danador” [dos inimigos] ou O Vingador do dano sofrido.
Áres era um dos amantes de Afrodite. Para os romanos era o Deus MARS que originou na língua portuguesa MARTE. De MARS derivam-se as palavras portuguesas “marcial (=belicoso) que provém de bellum, -i=guerra e marciano (suposto habilitante do planeta Marte).
DE BELLO GALICO de César (sobre a guerra da Gália).
APÓLLON / APOLLO
É o deus da justa medida, do comedimento, da moderação.
É também o grande protetor das artes plásticas e da poesia épica. De Apollo formou-se o adjetivo latino “apollineus” (=apolíneo) termo usado na história da civilização e na psicologia desde Friedrich Nietzsche, que o aplicou à tragédia clássica dos gregos.
Ao finalizarmos este esboço, não poderíamos deixa de registrar que os romanos, uma vez conquistados pela cultura grega, muito contribuíram para a divulgação da mitologia grega no mundo ocidental. Entre os poetas que divulgaram esta mitologia, destacaremos o poeta latino Públio Ovídio Nasão em sua obra As Metamorfoses.
Referências Bibliográficas
BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia. Rio de Janeiro: Ediouro.
GRAVES, Robert. Deuses e heróis do Olimpo. Rio de Janeiro: Thex, 1992. 108 p.




Bem creio que estes 4 textos deram para termos uma ideia do Olimpo seus moradores e sua importância na cultura ocidental.























3 vídeos interessantes sobre o tema...OLIMPO e os deuses e deusas gregos...






Fonte Youtube


Abraços

Paz e Luz

VALTER TALIESIN


OM TAT SAT...

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