De todas as passagens enigmáticas da Bíblia esta provavelmente é a que desperta maiores debates por conter, na visão de muitos, diversos elementos ufológicos e estes no sentido tecnológico do termo...
Toda visão de per si entretanto é de facto e de direito ufológica pois mesmo se encarada como espiritual os seres e objetos representados são em suma e ultima instância extraterrestres, seja lá como se compreenda e se defina tal termo na cabeça de quem tem contacto com ele. Assim, partindo desta premissa passemos a analisar o texto de Ezequiel apesar de já adiantar que tenho um apreço pela visão cabalística do termo mais do que qualquer outra.
Imagem by Simon Wong
E aconteceu no trigésimo ano, no quarto mês, no quinto dia do mês, que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus.
No quinto dia do mês, no quinto ano do cativeiro do rei Jeoiaquim,
Veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do Senhor.
Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo.
E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem.
E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas.
E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus pés como a planta do pé de uma bezerra, e luziam como a cor de cobre polido.
E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas.
Uniam-se as suas asas uma à outra; não se viravam quando andavam, e cada qual andava continuamente em frente.
E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro.
Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas por cima; cada qual tinha duas asas juntas uma a outra, e duas cobriam os corpos deles.
E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam.
E, quanto à semelhança dos seres viventes, o seu aspecto era como ardentes brasas de fogo, com uma aparência de lâmpadas; o fogo subia e descia por entre os seres viventes, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos;
E os seres viventes corriam, e voltavam, à semelhança de um clarão de relâmpago.
E vi os seres viventes; e eis que havia uma roda sobre a terra junto aos seres viventes, uma para cada um dos quatro rostos.
O aspecto das rodas, e a obra delas, era como a cor de berilo; e as quatro tinham uma mesma semelhança; e o seu aspecto, e a sua obra, era como se estivera uma roda no meio de outra roda.
Andando elas, andavam pelos seus quatro lados; não se viravam quando andavam.
E os seus aros eram tão altos, que faziam medo; e estas quatro tinham as suas cambotas cheias de olhos ao redor.E, andando os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles; e, elevando-se os seres viventes da terra terra, elevavam-se também as rodas.
Para onde o espírito queria ir, eles iam; para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se elevavam defronte deles, porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.
Andando eles, andavam elas e, parando eles, paravam elas e, elevando-se eles da terra, elevavam-se também as rodas defronte deles; porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.
E sobre as cabeças dos seres viventes havia uma semelhança de firmamento, com a aparência de cristal terrível E debaixo do firmamento estavam as suas asas direitas uma em direção à outra; cada um tinha duas, que lhe cobriam o corpo de um lado; e cada um tinha outras duas asas, que os cobriam do outro lado.
E, andando eles, ouvi o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, um tumulto como o estrépito de um exército; parando eles, abaixavam as suas asas.
E ouviu-se uma voz vinda do firmamento, que estava por cima das suas cabeças; parando eles, abaixavam as suas asas.
E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de trono havia uma figura semelhante a de um homem, na parte de cima, sobre ele.
E vi-a como a cor de âmbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele.
Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava.
Ezequiel 1
Bem... como disse, minha forma de enxergar este texto é a cabalística e é assim que farei a seguir mas não descarto nada...inclusive entendo e estudo tranquilamente a versão tecnológica dos dias atuais.
1. E aconteceu...Ezequiel 1.1-3...
Ezequiel estava entre os cativos de seu povo às margens de um chamado rio Quebar...ou Chebar significa abundante(https://www.bibliatodo.com/pt/dicionario-biblico/quebar) ou, um rio abundante...e isto nos fala muito do interior dele naquele momento...Ezequiel estava pleno, cheio da Presença...deveria estar orando, meditando, praticando exercícios espirituais para ter contacto com o Sagrado, estava tentando compreender da perspectiva Deste a situação sua e de seu povo...as visões e o contacto com o divino em si e além de si requer um ponto de maturação da busca e é neste ponto que os olhos se abrem, os sentidos interiores despertam para o que esta mais além do véu.
Ezequiel estava em um ponto geográfico específico, em um tempo específico mas assim como o local o tempo se torna um canal do sagrado para compreendermos sua visão...o trigésimo ano nos revela que havia se passado o equivalente de 30 ou fatorizado 3 da diáspora judaica ...
O 3 é um número que nos fala do triângulo e da Trindade, um número que nos faz focar na divindade, o que se manifestará ao profeta. Um 3 seguido de um 0 nos fala do Infinito que esta simbologia representa; Deus como Mistério último do Ser...Pai, Mãe e Filho Rostos do Transcendente, do Infinito, do Sagrado...a Pessoalidade divina a se revelar contém em si o mistério da trindade e o mistério do próprio Infinito.
O quarto mês 4 nos fala de duas coisas interessante e que depois se derramaram em significados por toda a visão...4 é o número do universo...norte, sul, leste, oeste....as 4 direções espaciais e a quarta dimensão a temporal...Depois o 4 nos fala do Pai, Mãe, Filho e Filha...primeiro o Pai Y, o Yode e Ain o Nada conceitual; depois a Mãe H, o He e Ain Soph o Espaço, ou Útero Ilimitado; depois o Filho V, o Vau e Ain Soph Aur a Luz Ilimitada; a Vida per si e por fim a Filha H, o segundo He e Etz Ha'Chaim a Árvore da Vida, A Vida que se manifesta como consciências...
O quinto dia 5 nos fala das quatro direções espaciais do universo mais seu centro...e no centro o Homem Perfeito...o Humano perfeito...Macho/Fêmea...Adam Kadmon, Eva Original...a Imago Dei sublime de onde tudo procede...a imagem revelada na Árvore da Vida e a Vida consciente manifesta nesta, expressada nesta desde os graus menores até aos mais vastos conscienciais. o ano também é o quinto de escravidão do rei Jeoiaquim o que, fazendo um paralelo, simboliza todos os cativos já que é seu rei...
Vemos um quadro onde humano e natureza em seu entorno jaz sob o poder da escravidão. Ezequiel, seu rei e seu povo estão no número da auto consciência universal, o 5, presos e escravos na terra dos caldeus...isto nos fala do espaço e do tempo escravizados por entidades antagônicas ao processo evolutivo...a terra dos caldeus em verdade é toda a Terra, é todo o tempo humano os quais foram escravizados pelos arcontes, pelos seres dissociativos que se expressaram a partir da Queda, um referencial que nos diz que eles só tiveram poder de agir porque foram convidados a isto pela própria escolha humana...
Se Judá e seu rei não tivessem decaído não estariam sob o poder dos caldeus, se a humanidade não tivesse decaído não estaria sob o poder dos arcontes...Ezequiel contudo encontra plenitude em meio ao deserto, encontra abundância em meio a escravidão...ele dos cativos é o único que tem a visão...à ele se abrem os céus em visão, ele é o único que não deveria estar ali e contudo esta porque neste estar de si tem a cura para o Mal que o circunda. Ezequiel é o protótipo do Iniciado que se encontra no mundo. Talvez seu lugar enquanto sintonia não seja ali, mas ele pode sintonizar ali a verdadeira abundância, pode sintonizar o portal sagrado e mais...PODE SER ESTE PORTAL...e se tornar assim um referencial para todos os que estão ali. Sobre ele age "A Mão do Senhor"...um eufemismo para a abundância que traz dentro de si e que como um portal manifesta este dentro de si para fora em visões e revelações. Ele, um filho de sacerdote, talvez quem sabe um deles, torna-se o canal por meio do qual "A Mão do Senhor" há de se manifestar, há de agir. "A Mão do Senhor" nos Salmos é um eufemismo também para O Messiah, a expressa encarnação do poder de Deus entre os humanos (Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.
O Senhor enviará o cetro da tua fortaleza desde Sião, dizendo: Domina no meio dos teus inimigos.
O teu povo será mui voluntário no dia do teu poder; nos ornamentos de santidade, desde a madre da alva, tu tens o orvalho da tua mocidade.
Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.
O Senhor, à tua direita, ferirá os reis no dia da sua ira.
Julgará entre os gentios; tudo encherá de corpos mortos; ferirá os cabeças de muitos países.
Beberá do ribeiro no caminho, por isso exaltará a cabeça.
Salmos 110:1-7)... ou seja; diante do rei humano e falho, o messias fracassado que foi Jeoiaquim revela-se O Homem Perfeito...O homem Divino, O Adam Kadmon em forma humana; O Messiah Supremo disposto a cumprir em Si todos os mistérios que Ezequiel irá presenciar. A Palavra do Senhor também nos fala desse Messiah, ele é em Si esta Palavra, o cumprimento Dela em todas as esferas do Ser.
2...A Carruagem...Ezequiel 1. 4-24...
O norte geográfico para os antigos hebreus era onde estava o trono de YHVH(E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
Isaías 14:13) ...obviamente isto é uma forma de se situar no mistério...Deus não tem espaço, nem lugar definido para Si e para aquilo que significa seu trono mas no norte de Israel(ainda que Ezequiel não estivesse em Israel mas na Mesopotâmia) estava o monte Hermom conhecido portal divino por onde, segundo o mito, desceram ou caíram os anjos...diferente do que pensa muitos intérpretes, o lugar não era sagrado por causa dos anjos caídos e sim porque era um portal por onde se manifestavam os poderes de Deus na Terra(Deuteronômio 4.47 onde Hermom é identificado como o Monte Siom original ou monte de Deus, Salmo 42.6 onde o salmista procura Deus, Salmo 89.12 onde Tabor e Hermom 'louvam" ao Senhor ou seja; são portais para a manifestação de Deus, Salmo 133.3 onde desce o orvalho ou energia divina sobre toda a cadeia de Siom original e está a vida eterna... ). Ainda que Deus esteja em todo lugar existem lugares que tem mais sutilidade, onde é mais fácil contatar as energias divina e Hermom era um destes lugares. Como Ezequiel falava de uma perspectiva profética é sintomático que toda esta manifestação venha do norte de onde estava e como analisamos todo o espaço em que estava de forma cabalística podemos também ver desta mesma forma este norte, como do Hermom de Deus, onde descem as entidades que vem de seu Centrum...tanto as que ele envia quanto as que saem de sua presença por quaisquer motivos outros.
O vento tempestuoso é um dos veículos para grandes teofanias na Bíblia mas podemos interpretar aqui também como algo que se sucede DENTRO do profeta...seus chakras volteiam, seus sentidos se exaltam...um intenso barulho, um intenso efeito em todo o seu ser como o farfalhar do mais forte vento...
Entre o poderoso barulho do vento ele vê uma nuvem luminosa,dentro daquela nuvem escura, negra ele vê uma coluna de fogo vivo; muito forte, a combinação deste fogo com o negro da nuvem é que torna esta nuvem luminosa, resplandecente, e no centro daquilo tudo "uma coisa" como âmbar...assim é descrita a Mer-Ka-Ba a carruagem divina pelo profeta...mas veja...no mesmo instante que ele relata a visão como algo exterior a si, como vendo algo a chegar ele também sente em si todos estes efeitos. É como se a Merkaba estivesse em torno dele, como se ela fosse a carruagem que eleva o profeta para o reino divino...neste sentido ela não chega de fora, ela já é uma parte constituinte do profeta, em torno de si...vista meramente como algo externo ela levanta todas as hipóteses de ser qualquer coisa, inclusive uma nave espacial extraterrestre mas vista como a carruagem que eleva os corpos do profeta, que o leva aos mundos superiores ela ganha um outro significado e eu diria mais surpreendente e mais fantástico até do que quaisquer outros.
O âmbar é uma pedra dourada profunda e não tem cor mais significativa para representar A Glória de Deus...A cor do mel das abelhas, a cor da realeza...Deus em toda a sua grandeza aparece ao profeta e isto se dá a partir do Centrum que se torna o próprio profeta!
Os 4 Seres Viventes.... ele não nomeia estes seres aqui mas percebemos por outro relato(Depois olhei, e eis que no firmamento, que estava por cima da cabeça dos querubins, apareceu sobre eles uma como pedra de safira, semelhante a forma de um trono.
E falou ao homem vestido de linho, dizendo: Vai por entre as rodas, até debaixo do querubim, e enche as tuas mãos de brasas acesas dentre os querubins e espalha-as sobre a cidade. E ele entrou à minha vista.Ezequiel 10:1,2) que eles podem ser nomeados como querubins...estes seres tinham 4 rostos...mais uma vez uma referência ao número 4...4 entidades...4 rostos...cada uma simbolizava um elemento natural....o Touro a terra, a Águia o ar, o Leão o fogo e o Homem a água. O próprio ser em si era o quinto elemento o éter. Também podemos ver aqui uma expressão dos corpos humanos sendo o terrestre o físico, o aéreo o etérico, o pirotécnico o astral, o aquático o mental inferior e a junção destes todos o mental superior. Corporalmente estes seres tinham a aparência de um ser humano mas seus rostos denotavam uma quimera...somente um de seus rostos era humano...Estas visões vem do âmago, do centro onde o profeta se encontra e do qual ele é...o profeta é assim transportado pela carruagem da mesma forma que esta chega até ele...se ficássemos só numa visão exterior todo o mistério deu-se nas margens de um rio comum, em meio a um povo escravizado, numa terra específica, numa região específica, mas quando olhamos da perspectiva do abundante o profeta de facto é abduzido, levado do senso comum, das regiões comuns em que estava, primeiro para um novo estado de ser e deste para novas visões da criação. Os querubins são entidades de um mundo que acessado pelo profeta torna-se um canal de revelação para a cura das dores de seu povo. Este é o grande resultado de uma leitura cabalística do texto... Ele nos transportar para além do mistério visto para algo sentido que muda tanto o profeta como se torna um canal de mudança para tudo e todos que o rodeiam...a partir de então e em TODO o livro de Ezequiel vemos o resultado deste encontro do profeta consigo mesmo através de sua jornada na Merkaba, A Carruagem de Deus. Estes seres também tem 4 asas com estas se locomovem por todo o céu, em todas as direções, seus pés são pés direitos, de um tipo de formato só, tudo neles brilha, resplandece. Interessante os pés serem direitos tão somente e se assemelharem a patas de vaca isto pode revelar que estamos diante de uma estrutura e não de seres de facto, e aqui talvez os que veem uma máquina possam tem alguma razão, mas não se esqueçam, na leitura cabalística estas imagens trazem analogias, metáforas, não coisas ou seres de facto ou se muito "máquinas" como A Arca da Aliança que simbolizam os mundos acessados pelo profeta...
As 4 Rodas... diante de cada um dos seres há não uma, mas 4 rodas, cada uma em relação a um dos rostos...como são 4 seres então temos 16 rostos e 16 rodas...fatorando o 16 temos 7 o número da perfeição, o mais famoso dos número divino. Ou seja, todo o mistério dos seres, todo o mistério das rodas estavam na coisa cor de âmbar, sustinham-na, faziam-na mover-se para todos os lados....as rodas rodeavam e rodeavam pelos 4 lados, para onde o espírito, ou o que faz com que a Merkaba se movimente coordena. Olhos preenchiam as rodas...estamos diante do mais poderoso símbolo da onisciência... aquilo que direciona e move o/a Iniciado(a...) A Merkaba como um carro, um corpo que eleva o profeta é a própria onisciência de Deus...seu saber incalculável que eleva o profeta e o leva a penetrar nos mistérios divinos.
Interessante que o texto se fixa muito mais na aparição dos seres do que na do próprio Deus...Gasta-se 20 versículos na descrição destes seres, destas rodas e no efeito que causam do que no próprio Deus em si. Temos então uma imagem do quanto todo aquele barulho, como toda aquela manifestação mexeu com Ezequiel. Dai porque podemos crer que estava perplexo porque todo o seu sistema de corpos desfilava ante ele....ele enxergava através de todas as dimensões do Ser, para ele uma visão cósmica de uma consciência cósmica fugia de adjetivos...até acalmar, até centrar-se em Deus todos os sentidos cambalearam igual os de um bêbado, e não deixa de estar embriagado por um vinho diferente..um vinho novo...um vinho sagrado...
4. O HOMEM DIVINO...Ezequiel 1. 25-28
Ezequiel ficou por muito tempo sob o impacto da Carruagem Divina...o transportar-se para outras realidades do Ser foi deveras traumático para si....demorou seus sentidos acostumar-se à consciência cósmica mas quando isto se deu ele ouviu dentro de si e por todo o seu redor uma voz calma, segura, tranquila que revelou a si o ser mais esplendoroso que imaginação alguma poderia criar. Imediatamente tudo silenciou, o barulho cessou, os seres acalmaram sua asas e por sobre o firmamento do objeto âmbar Deus se manifestou. O firmamento do objeto âmbar é descrito como um cristal terrível tal a grandiosidade de seu brilho mas o Ser que se manifesta é todo Ele em âmbar como a Carruagem em si. Este Ser é O Homem Perfeito, O Homem Divino é tanto perfeito Deus como perfeito Homem...é O Messiah e é de certa forma o próprio profeta, seu Eu Superior que fala e nos capítulos seguintes do livro esclarecerá sobre as coisas que vão acontecer com seu povo. O profeta ou o humano nele cai diante da aparição...tudo o que o liga a terra cessa, Ezequiel agora esta diante de uma nova realidade Aquele Ser simboliza Deus em si e além de si...é tanto ele no ser mais profundo quanto um Mistério que abarca todas as coisas e esta além de todas as coisas....dentro de si, fora de si...além de si....tudo em todos e além de tudo e todos...é assim que Ezequiel se sente ante aquele Ser...
Somente na leitura cabalística deste texto conseguimos abarcar tudo o que Ezequiel vivenciou...a forma como ele descreve o Ser... o resplendor do Ser transcende tudo o que termos humanos abarcam. Mesmo que entendêssemos aqui como um aliên e sua nave esta percepção de perda do senso humano normal para um outro estado de consciência que vemos em Ezequiel não encontra explicação comum. Pelo menos para uma aparição alienígena comum penso eu. SE for algo alienígena é de um tal estado do Ser que confunde e transmuta o próprio estado de Ser do profeta...isto tu não vês no povo que via a Nuvem no monte Sinai por exemplo, aqui o homem adentra a Nuvem, penetra o mistério e tudo em torno de si e dentro de si se transforma. É uma verdadeira metanoia mais que epifania...
Somente lendo com paciência todo o livro de Ezequiel podemos ver o quanto esta experiência mexe com todo o sensorial do profeta e mais além com o próprio senso de SER deste...
Lendo calmamente o texto tu podes se ver diante de uma nave intergalática se quiser mas se analisar as nuances ir mais além e ver uma Carruagem poderosa, uma Merkaba que trabalha e transmuta os próprios corpos do profeta e o leva através de diversos mundos interiores à compreensão da História de seu povo e de toda Humanidade, seu futuro glorioso através da ascensão na ou da Merkaba, através de todas as eras da História e futurologia humana e mais além, ao próprio universo e dimensões do Ser neste...
Claro, MUITO mais poderia ser dito aqui tanto da visão cabalística deste texto quanto de outras leituras mas o texto já esta muito extenso e vamos ficar por aqui. Contudo fica um desejo maior e uma frustração por não ter conseguido sequer arranhar as pontas do mistério...algo que um comentário VERSO POR VERSO, analisando tanto a visão cabalística como uma ou outra mais poderia ter melhor aproveitamento mais dai, QUEM SABE algum projeto futuro mais feito calmamente feito alcance um intento mais interessante.
Gratidão...
Valter Luis
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Toda visão de per si entretanto é de facto e de direito ufológica pois mesmo se encarada como espiritual os seres e objetos representados são em suma e ultima instância extraterrestres, seja lá como se compreenda e se defina tal termo na cabeça de quem tem contacto com ele. Assim, partindo desta premissa passemos a analisar o texto de Ezequiel apesar de já adiantar que tenho um apreço pela visão cabalística do termo mais do que qualquer outra.
E aconteceu no trigésimo ano, no quarto mês, no quinto dia do mês, que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus.
No quinto dia do mês, no quinto ano do cativeiro do rei Jeoiaquim,
Veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do Senhor.
Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo.
E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem.
E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas.
E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus pés como a planta do pé de uma bezerra, e luziam como a cor de cobre polido.
E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas.
Uniam-se as suas asas uma à outra; não se viravam quando andavam, e cada qual andava continuamente em frente.
E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro.
Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas por cima; cada qual tinha duas asas juntas uma a outra, e duas cobriam os corpos deles.
E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam.
E, quanto à semelhança dos seres viventes, o seu aspecto era como ardentes brasas de fogo, com uma aparência de lâmpadas; o fogo subia e descia por entre os seres viventes, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos;
E os seres viventes corriam, e voltavam, à semelhança de um clarão de relâmpago.
E vi os seres viventes; e eis que havia uma roda sobre a terra junto aos seres viventes, uma para cada um dos quatro rostos.
O aspecto das rodas, e a obra delas, era como a cor de berilo; e as quatro tinham uma mesma semelhança; e o seu aspecto, e a sua obra, era como se estivera uma roda no meio de outra roda.
Andando elas, andavam pelos seus quatro lados; não se viravam quando andavam.
E os seus aros eram tão altos, que faziam medo; e estas quatro tinham as suas cambotas cheias de olhos ao redor.E, andando os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles; e, elevando-se os seres viventes da terra terra, elevavam-se também as rodas.
Para onde o espírito queria ir, eles iam; para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se elevavam defronte deles, porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.
Andando eles, andavam elas e, parando eles, paravam elas e, elevando-se eles da terra, elevavam-se também as rodas defronte deles; porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.
E sobre as cabeças dos seres viventes havia uma semelhança de firmamento, com a aparência de cristal terrível E debaixo do firmamento estavam as suas asas direitas uma em direção à outra; cada um tinha duas, que lhe cobriam o corpo de um lado; e cada um tinha outras duas asas, que os cobriam do outro lado.
E, andando eles, ouvi o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, um tumulto como o estrépito de um exército; parando eles, abaixavam as suas asas.
E ouviu-se uma voz vinda do firmamento, que estava por cima das suas cabeças; parando eles, abaixavam as suas asas.
E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de trono havia uma figura semelhante a de um homem, na parte de cima, sobre ele.
E vi-a como a cor de âmbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele.
Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava.
Ezequiel 1
Bem... como disse, minha forma de enxergar este texto é a cabalística e é assim que farei a seguir mas não descarto nada...inclusive entendo e estudo tranquilamente a versão tecnológica dos dias atuais.
1. E aconteceu...Ezequiel 1.1-3...
Ezequiel estava entre os cativos de seu povo às margens de um chamado rio Quebar...ou Chebar significa abundante(https://www.bibliatodo.com/pt/dicionario-biblico/quebar) ou, um rio abundante...e isto nos fala muito do interior dele naquele momento...Ezequiel estava pleno, cheio da Presença...deveria estar orando, meditando, praticando exercícios espirituais para ter contacto com o Sagrado, estava tentando compreender da perspectiva Deste a situação sua e de seu povo...as visões e o contacto com o divino em si e além de si requer um ponto de maturação da busca e é neste ponto que os olhos se abrem, os sentidos interiores despertam para o que esta mais além do véu.
Ezequiel estava em um ponto geográfico específico, em um tempo específico mas assim como o local o tempo se torna um canal do sagrado para compreendermos sua visão...o trigésimo ano nos revela que havia se passado o equivalente de 30 ou fatorizado 3 da diáspora judaica ...
O 3 é um número que nos fala do triângulo e da Trindade, um número que nos faz focar na divindade, o que se manifestará ao profeta. Um 3 seguido de um 0 nos fala do Infinito que esta simbologia representa; Deus como Mistério último do Ser...Pai, Mãe e Filho Rostos do Transcendente, do Infinito, do Sagrado...a Pessoalidade divina a se revelar contém em si o mistério da trindade e o mistério do próprio Infinito.
O quarto mês 4 nos fala de duas coisas interessante e que depois se derramaram em significados por toda a visão...4 é o número do universo...norte, sul, leste, oeste....as 4 direções espaciais e a quarta dimensão a temporal...Depois o 4 nos fala do Pai, Mãe, Filho e Filha...primeiro o Pai Y, o Yode e Ain o Nada conceitual; depois a Mãe H, o He e Ain Soph o Espaço, ou Útero Ilimitado; depois o Filho V, o Vau e Ain Soph Aur a Luz Ilimitada; a Vida per si e por fim a Filha H, o segundo He e Etz Ha'Chaim a Árvore da Vida, A Vida que se manifesta como consciências...
O quinto dia 5 nos fala das quatro direções espaciais do universo mais seu centro...e no centro o Homem Perfeito...o Humano perfeito...Macho/Fêmea...Adam Kadmon, Eva Original...a Imago Dei sublime de onde tudo procede...a imagem revelada na Árvore da Vida e a Vida consciente manifesta nesta, expressada nesta desde os graus menores até aos mais vastos conscienciais. o ano também é o quinto de escravidão do rei Jeoiaquim o que, fazendo um paralelo, simboliza todos os cativos já que é seu rei...
Vemos um quadro onde humano e natureza em seu entorno jaz sob o poder da escravidão. Ezequiel, seu rei e seu povo estão no número da auto consciência universal, o 5, presos e escravos na terra dos caldeus...isto nos fala do espaço e do tempo escravizados por entidades antagônicas ao processo evolutivo...a terra dos caldeus em verdade é toda a Terra, é todo o tempo humano os quais foram escravizados pelos arcontes, pelos seres dissociativos que se expressaram a partir da Queda, um referencial que nos diz que eles só tiveram poder de agir porque foram convidados a isto pela própria escolha humana...
Se Judá e seu rei não tivessem decaído não estariam sob o poder dos caldeus, se a humanidade não tivesse decaído não estaria sob o poder dos arcontes...Ezequiel contudo encontra plenitude em meio ao deserto, encontra abundância em meio a escravidão...ele dos cativos é o único que tem a visão...à ele se abrem os céus em visão, ele é o único que não deveria estar ali e contudo esta porque neste estar de si tem a cura para o Mal que o circunda. Ezequiel é o protótipo do Iniciado que se encontra no mundo. Talvez seu lugar enquanto sintonia não seja ali, mas ele pode sintonizar ali a verdadeira abundância, pode sintonizar o portal sagrado e mais...PODE SER ESTE PORTAL...e se tornar assim um referencial para todos os que estão ali. Sobre ele age "A Mão do Senhor"...um eufemismo para a abundância que traz dentro de si e que como um portal manifesta este dentro de si para fora em visões e revelações. Ele, um filho de sacerdote, talvez quem sabe um deles, torna-se o canal por meio do qual "A Mão do Senhor" há de se manifestar, há de agir. "A Mão do Senhor" nos Salmos é um eufemismo também para O Messiah, a expressa encarnação do poder de Deus entre os humanos (Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.
O Senhor enviará o cetro da tua fortaleza desde Sião, dizendo: Domina no meio dos teus inimigos.
O teu povo será mui voluntário no dia do teu poder; nos ornamentos de santidade, desde a madre da alva, tu tens o orvalho da tua mocidade.
Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.
O Senhor, à tua direita, ferirá os reis no dia da sua ira.
Julgará entre os gentios; tudo encherá de corpos mortos; ferirá os cabeças de muitos países.
Beberá do ribeiro no caminho, por isso exaltará a cabeça.
Salmos 110:1-7)... ou seja; diante do rei humano e falho, o messias fracassado que foi Jeoiaquim revela-se O Homem Perfeito...O homem Divino, O Adam Kadmon em forma humana; O Messiah Supremo disposto a cumprir em Si todos os mistérios que Ezequiel irá presenciar. A Palavra do Senhor também nos fala desse Messiah, ele é em Si esta Palavra, o cumprimento Dela em todas as esferas do Ser.
2...A Carruagem...Ezequiel 1. 4-24...
Isaías 14:13) ...obviamente isto é uma forma de se situar no mistério...Deus não tem espaço, nem lugar definido para Si e para aquilo que significa seu trono mas no norte de Israel(ainda que Ezequiel não estivesse em Israel mas na Mesopotâmia) estava o monte Hermom conhecido portal divino por onde, segundo o mito, desceram ou caíram os anjos...diferente do que pensa muitos intérpretes, o lugar não era sagrado por causa dos anjos caídos e sim porque era um portal por onde se manifestavam os poderes de Deus na Terra(Deuteronômio 4.47 onde Hermom é identificado como o Monte Siom original ou monte de Deus, Salmo 42.6 onde o salmista procura Deus, Salmo 89.12 onde Tabor e Hermom 'louvam" ao Senhor ou seja; são portais para a manifestação de Deus, Salmo 133.3 onde desce o orvalho ou energia divina sobre toda a cadeia de Siom original e está a vida eterna... ). Ainda que Deus esteja em todo lugar existem lugares que tem mais sutilidade, onde é mais fácil contatar as energias divina e Hermom era um destes lugares. Como Ezequiel falava de uma perspectiva profética é sintomático que toda esta manifestação venha do norte de onde estava e como analisamos todo o espaço em que estava de forma cabalística podemos também ver desta mesma forma este norte, como do Hermom de Deus, onde descem as entidades que vem de seu Centrum...tanto as que ele envia quanto as que saem de sua presença por quaisquer motivos outros.
O vento tempestuoso é um dos veículos para grandes teofanias na Bíblia mas podemos interpretar aqui também como algo que se sucede DENTRO do profeta...seus chakras volteiam, seus sentidos se exaltam...um intenso barulho, um intenso efeito em todo o seu ser como o farfalhar do mais forte vento...
Entre o poderoso barulho do vento ele vê uma nuvem luminosa,dentro daquela nuvem escura, negra ele vê uma coluna de fogo vivo; muito forte, a combinação deste fogo com o negro da nuvem é que torna esta nuvem luminosa, resplandecente, e no centro daquilo tudo "uma coisa" como âmbar...assim é descrita a Mer-Ka-Ba a carruagem divina pelo profeta...mas veja...no mesmo instante que ele relata a visão como algo exterior a si, como vendo algo a chegar ele também sente em si todos estes efeitos. É como se a Merkaba estivesse em torno dele, como se ela fosse a carruagem que eleva o profeta para o reino divino...neste sentido ela não chega de fora, ela já é uma parte constituinte do profeta, em torno de si...vista meramente como algo externo ela levanta todas as hipóteses de ser qualquer coisa, inclusive uma nave espacial extraterrestre mas vista como a carruagem que eleva os corpos do profeta, que o leva aos mundos superiores ela ganha um outro significado e eu diria mais surpreendente e mais fantástico até do que quaisquer outros.
O âmbar é uma pedra dourada profunda e não tem cor mais significativa para representar A Glória de Deus...A cor do mel das abelhas, a cor da realeza...Deus em toda a sua grandeza aparece ao profeta e isto se dá a partir do Centrum que se torna o próprio profeta!
Os 4 Seres Viventes.... ele não nomeia estes seres aqui mas percebemos por outro relato(Depois olhei, e eis que no firmamento, que estava por cima da cabeça dos querubins, apareceu sobre eles uma como pedra de safira, semelhante a forma de um trono.
E falou ao homem vestido de linho, dizendo: Vai por entre as rodas, até debaixo do querubim, e enche as tuas mãos de brasas acesas dentre os querubins e espalha-as sobre a cidade. E ele entrou à minha vista.Ezequiel 10:1,2) que eles podem ser nomeados como querubins...estes seres tinham 4 rostos...mais uma vez uma referência ao número 4...4 entidades...4 rostos...cada uma simbolizava um elemento natural....o Touro a terra, a Águia o ar, o Leão o fogo e o Homem a água. O próprio ser em si era o quinto elemento o éter. Também podemos ver aqui uma expressão dos corpos humanos sendo o terrestre o físico, o aéreo o etérico, o pirotécnico o astral, o aquático o mental inferior e a junção destes todos o mental superior. Corporalmente estes seres tinham a aparência de um ser humano mas seus rostos denotavam uma quimera...somente um de seus rostos era humano...Estas visões vem do âmago, do centro onde o profeta se encontra e do qual ele é...o profeta é assim transportado pela carruagem da mesma forma que esta chega até ele...se ficássemos só numa visão exterior todo o mistério deu-se nas margens de um rio comum, em meio a um povo escravizado, numa terra específica, numa região específica, mas quando olhamos da perspectiva do abundante o profeta de facto é abduzido, levado do senso comum, das regiões comuns em que estava, primeiro para um novo estado de ser e deste para novas visões da criação. Os querubins são entidades de um mundo que acessado pelo profeta torna-se um canal de revelação para a cura das dores de seu povo. Este é o grande resultado de uma leitura cabalística do texto... Ele nos transportar para além do mistério visto para algo sentido que muda tanto o profeta como se torna um canal de mudança para tudo e todos que o rodeiam...a partir de então e em TODO o livro de Ezequiel vemos o resultado deste encontro do profeta consigo mesmo através de sua jornada na Merkaba, A Carruagem de Deus. Estes seres também tem 4 asas com estas se locomovem por todo o céu, em todas as direções, seus pés são pés direitos, de um tipo de formato só, tudo neles brilha, resplandece. Interessante os pés serem direitos tão somente e se assemelharem a patas de vaca isto pode revelar que estamos diante de uma estrutura e não de seres de facto, e aqui talvez os que veem uma máquina possam tem alguma razão, mas não se esqueçam, na leitura cabalística estas imagens trazem analogias, metáforas, não coisas ou seres de facto ou se muito "máquinas" como A Arca da Aliança que simbolizam os mundos acessados pelo profeta...
As 4 Rodas... diante de cada um dos seres há não uma, mas 4 rodas, cada uma em relação a um dos rostos...como são 4 seres então temos 16 rostos e 16 rodas...fatorando o 16 temos 7 o número da perfeição, o mais famoso dos número divino. Ou seja, todo o mistério dos seres, todo o mistério das rodas estavam na coisa cor de âmbar, sustinham-na, faziam-na mover-se para todos os lados....as rodas rodeavam e rodeavam pelos 4 lados, para onde o espírito, ou o que faz com que a Merkaba se movimente coordena. Olhos preenchiam as rodas...estamos diante do mais poderoso símbolo da onisciência... aquilo que direciona e move o/a Iniciado(a...) A Merkaba como um carro, um corpo que eleva o profeta é a própria onisciência de Deus...seu saber incalculável que eleva o profeta e o leva a penetrar nos mistérios divinos.
Interessante que o texto se fixa muito mais na aparição dos seres do que na do próprio Deus...Gasta-se 20 versículos na descrição destes seres, destas rodas e no efeito que causam do que no próprio Deus em si. Temos então uma imagem do quanto todo aquele barulho, como toda aquela manifestação mexeu com Ezequiel. Dai porque podemos crer que estava perplexo porque todo o seu sistema de corpos desfilava ante ele....ele enxergava através de todas as dimensões do Ser, para ele uma visão cósmica de uma consciência cósmica fugia de adjetivos...até acalmar, até centrar-se em Deus todos os sentidos cambalearam igual os de um bêbado, e não deixa de estar embriagado por um vinho diferente..um vinho novo...um vinho sagrado...
4. O HOMEM DIVINO...Ezequiel 1. 25-28
Ezequiel ficou por muito tempo sob o impacto da Carruagem Divina...o transportar-se para outras realidades do Ser foi deveras traumático para si....demorou seus sentidos acostumar-se à consciência cósmica mas quando isto se deu ele ouviu dentro de si e por todo o seu redor uma voz calma, segura, tranquila que revelou a si o ser mais esplendoroso que imaginação alguma poderia criar. Imediatamente tudo silenciou, o barulho cessou, os seres acalmaram sua asas e por sobre o firmamento do objeto âmbar Deus se manifestou. O firmamento do objeto âmbar é descrito como um cristal terrível tal a grandiosidade de seu brilho mas o Ser que se manifesta é todo Ele em âmbar como a Carruagem em si. Este Ser é O Homem Perfeito, O Homem Divino é tanto perfeito Deus como perfeito Homem...é O Messiah e é de certa forma o próprio profeta, seu Eu Superior que fala e nos capítulos seguintes do livro esclarecerá sobre as coisas que vão acontecer com seu povo. O profeta ou o humano nele cai diante da aparição...tudo o que o liga a terra cessa, Ezequiel agora esta diante de uma nova realidade Aquele Ser simboliza Deus em si e além de si...é tanto ele no ser mais profundo quanto um Mistério que abarca todas as coisas e esta além de todas as coisas....dentro de si, fora de si...além de si....tudo em todos e além de tudo e todos...é assim que Ezequiel se sente ante aquele Ser...
Somente na leitura cabalística deste texto conseguimos abarcar tudo o que Ezequiel vivenciou...a forma como ele descreve o Ser... o resplendor do Ser transcende tudo o que termos humanos abarcam. Mesmo que entendêssemos aqui como um aliên e sua nave esta percepção de perda do senso humano normal para um outro estado de consciência que vemos em Ezequiel não encontra explicação comum. Pelo menos para uma aparição alienígena comum penso eu. SE for algo alienígena é de um tal estado do Ser que confunde e transmuta o próprio estado de Ser do profeta...isto tu não vês no povo que via a Nuvem no monte Sinai por exemplo, aqui o homem adentra a Nuvem, penetra o mistério e tudo em torno de si e dentro de si se transforma. É uma verdadeira metanoia mais que epifania...
Somente lendo com paciência todo o livro de Ezequiel podemos ver o quanto esta experiência mexe com todo o sensorial do profeta e mais além com o próprio senso de SER deste...
Lendo calmamente o texto tu podes se ver diante de uma nave intergalática se quiser mas se analisar as nuances ir mais além e ver uma Carruagem poderosa, uma Merkaba que trabalha e transmuta os próprios corpos do profeta e o leva através de diversos mundos interiores à compreensão da História de seu povo e de toda Humanidade, seu futuro glorioso através da ascensão na ou da Merkaba, através de todas as eras da História e futurologia humana e mais além, ao próprio universo e dimensões do Ser neste...
Claro, MUITO mais poderia ser dito aqui tanto da visão cabalística deste texto quanto de outras leituras mas o texto já esta muito extenso e vamos ficar por aqui. Contudo fica um desejo maior e uma frustração por não ter conseguido sequer arranhar as pontas do mistério...algo que um comentário VERSO POR VERSO, analisando tanto a visão cabalística como uma ou outra mais poderia ter melhor aproveitamento mais dai, QUEM SABE algum projeto futuro mais feito calmamente feito alcance um intento mais interessante.
Gratidão...
Valter Luis
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