O menino que fui me observa do retrato desbotado na parede ...sentado na cadeira, deitado na cama com a perna boa ancorando a enferma ou frente à tela que revela imagens do mundo, dos humanos, do universo e da encenação da vida!
Quem de fato é este cara pergunta a Criança?
Mais de 56 anos nos separam no tempo e no espaço... parece até que somos um outro e não um.
De fato o coração mudou... a mente outra é...a alma com certeza tem angústias outras, desejos outros, medos diferentes, amores que escapam definições...
Mas...
Há algo perene...
Um fio, uma linha que não se rompe...
Que me fará criança de novo?
O bebé cósmico de um novo tempo e mundo?
Será possível uma nova geração trazendo a lume o melhor daquela criança e o melhor deste cara estranho, absurdo que me tornei?
Uma geração neste caudal de transmutação e transformação que envolve qual membrana cada parte da Terra?
Renascimento é uma iguaria saboreada pelos eleitos dizem!
Entretanto para ser eleito há antes que ser eleitor!
Há que saber escolher primeiro para ser escolhido!
Com Deus não se barganha, com a Vida não se faz trocas, com o Ser não há mistificações e protelações.
Estamos No Tempo e Na Hora!
A Criança distante em 1964 contempla o homem em 2021 mas vê muito mais além. Antes do primeiro ano terrestre ela esta mais na longa cadeia passada do Ser que presente neste presente insano onde está inserido este cara, neste redemoinho que redefine o próprio tecido espaço/tempo que lhe sacode a pele, a carne,os nervos, os ossos, as entranhas e a alma... e então a criança sente um tremor pois aquela alma também é sua.
E assim... deste lugar privilegiado a Criança antevê mais além da dor deste cara neste momento... no Momentum em que vive e observa a criança ora e decreta silenciosamente ... poderosamente...
E o Céu diz Assim É...
Pax et Lux
Valter Luis(Taliesin)
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