As Linhagens do Santo Graal
3 - A Dinastia Saint-Clair/Sinclair
Provavelmente no subterrâneo das conspirações os Sinclair (Saint-Clair) sejam das ditas famílias do Graal a mais citada nos últimos tempos em livros. Não significa ser contudo a mais importante delas. Para falar a verdade quem esta de fora deste caldo tem muitas teorias mas poucas provas de fato. Os estudiosos (muitos se arvorando sutilmente serem do meio) costumam escrever livros tão espetaculosos, com genealogias complexas e intrincadas e muito difíceis de serem verificadas que o melhor a se fazer é ler com muito boa vontade mas sempre que possível não descuidando de uma pesquisa mais extensiva e pormenorizada e em casos de dados conflitantes ou nebulosos deixar margem à hipótese somente tudo o que foi creditado como verdade.
Os Sinclair são a formatação anglo-saxônica de Saint-Clair ou ainda St. Clair e Sanctclare. Eram descendentes de uma família de nobres normandos com base em Lothiam desde 1162 DC. O primeiro registro de um nobre com este sobrenome (apelido) na Escócia contudo em relação com Roslim remonta a 1330 DC com Henrique I Sinclair, Conde das Órcades e Barão de Roslin. O castelo e a igreja de Roslin aliás, alimentam todo tipo de discussão, real ou fantasiosa sobre a questão do Santo Graal partindo desde que a igreja em verdade é um retrato menor do Templo de Salomão com diversos tipos de significados geométricos e figurativos em suas paredes até de que guarda ou guardou sob suas fundações a própria arca da aliança ou alguma relíquia misteriosa de impacto definitivo para revelar a verdadeira realidade sobre Cristo.
Os Sinclair provavelmente (não é uma certeza) chegaram às regiões escocesas junto com William O Conquistador em 1066 DC. Alguns autores os apresentam como descendentes de Rollo O Conquistador Viking com a princesa francesa carolíngia Poppa, com quem casou e herdou como Duque toda a Normandia que ganhou este designativo exatamente de Rollo o viking. Laurence Gardner em seu interessante livro sobre A Linhagem do Santo Graal apresenta relato de que este ramo descendente de Rollo muda de sobrenome para Saint-Clair ou Santa Luz o que, segundo ele, seria um reflexo do suposto segredo que ocultavam. Outro livro interessante sobre o assunto é O pergaminho perdido de Andrew Sinclair e ainda deste autor A espada e o Graal. Ainda de Gardner vale conferir O Legado de Maria Madalena. Enquanto Sinclair obviamente puxa a brasa na sua sardinha ou seja, mais para mostrar a singularidade dos Sinclair (inclusive em suposta viagem às Américas por um dos seus ancestrais 100 anos antes de Colombo) Gardner apesar de citar a família foca seus escritos mais em defender outro suposto ramo do Graal, um que ele entende mais importante os Stewart ou Stuart... não só como um dos mais puros ramos da linhagem mas os “legítimo” governantes da Grã-Bretanha, principalmente da Escócia.
O que encontramos de fato contudo é mais uma ligação MUITO estreita da família com as origens modernas da maçonaria. SE tomar-se e partir-se do ponto que como uma sociedade discreta esta seja um tentáculo visível do veio oculto que supostamente vela a linhagem teria muito sentido tal ligação. Escritores como Robert Lomas e Christopher Knight por exemplo, desenvolvem isto em livros como; A Chave de Hiram e mais precisamente; O Livro de Hiram, tema o qual depois Lomas desenvolveu sozinho em Girando a Chave Templária onde, segundo ele, teria abordado com mais fidelidade ainda(será que Knight destoava um pouco dele?) as verdades sobre a maçonaria, principalmente escocesa(em menor escala a inglesa) e a relação real, verdadeira dos Sinclair com a mesma.
Estranho que, em minhas pesquisas, a não ser as referências que lembrava nestes escritos, não encontrei praticamente um site interessante sobre os Sinclair... mesmo estes textos que coloquei aqui eu considero mais genérico, menos ligado em torno da mítica que se formou em torno deste apelido. Não sei se os autores de tais sites e textos quiseram de fato se distanciar do mito em si ou se simplesmente nada sabiam ou pouco sabiam dele mas o pior não é nem isto. Não encontrei um texto que seja que trate da origem da família em França ou Normandia a não ser o que lembro, Gardner cita em seus livros. Na internet mesmo nada. Nem no passado e nem agora no presente. Entretanto sobre o ramo escocês e até onde vi único real, tem algumas coisas. Encontrei muito mais facilidades em encontrar textos sobre Os Silva e Os Merovíngios, dois ramos da linhagem já enfocados em textos anteriores aqui nos últimos 15 dias por mim do que sobre eles. Isto é bom ou ruim? Resultado de falseamentos e exageros ou ao contrário... uma bela ocultação? Bem intrigante não? Achei que seria “mamão com açúcar” escrever sobre eles, bem mais que as suas linhagens anteriores e suei bem mais e fiz um texto bem mais enxuto, e não necessariamente no bom sentido do termo.
Pax et Lux
Valter Luis (Taliesin)
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