O BEIJO DAS ABELHAS
Um segredo sussurrado de uma flor,
Pela abelha real confidenciado.
Mel puro forma-se do beijo sagrado
que sorve o real perfume e pela alquimia
interna do pequeno ser é alimento tornado.
Alimentam-se as/os filhas(os) das(os) humanas(os)
deste néctar divino que d'ouro tem cores e brilho,
brilho tal que denunciou Jônatas a Saul que o
jejum forçado do rei houverá quebrado sem o
querer. Dele força obteve Sansão quando em vez
de flor, dos restos de um senhor das selvas, de juba imensa, morto pelo grande herói, foi ele formado pela graciosas senhoras de belas asas qual fadas.
O singelo ser beija a ferina e poderosa fera leonina
morta e de sua carcaça cria como mestra transmutadora, do pútrido pura delicia, e a morte ganha auréola de vida.
Se sumir nas brumas da insanidade humana, como a ciência humana constata, descobrirá tarde talvez o humano, que não somente Sansão dela retirava força e prazer mas que o grito de toda a vida jaz agonizante nas pequenas e delicadas asas de uma simples mas vital abelha e seu beijo.
Valter Luis (Taliesin)
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