No centro de todo este processo de transformação, de transmutação, estou eu, esta você, estamos nós...
O que sairá dele é uma responsabilidade NOSSA não do processo. Quem estará em julgamento, se presta ou não será o vaso, não o oleiro...
Alguma interpretações equivocadas do texto bíblico que versa sobre este tema(Jeremias. 18. 1-10) dão a entender que o oleiro é arbitrário e por sua livre escolha faz vasos para honra e para desonra ou seja; que há PREDESTINAÇÃO, mas em verdade o que o texto quer dizer é que:
O OLEIRO FAZ O VASO CONFORME A QUALIDADE DA ARGILA...
E se esta é de qualidade superior ele seleciona seus melhores modelos e formas, seu melhor acabamento para estes vasos de argila superior, do contrário dá o uso básico ou o mais simples possível para os vasos de argila inferior.
NÃO ESTA IMPLÍCITO que ele considere estes como "condenados" por antecipação ao contrário; ao servir nos ambientes mais inóspitos estes de suposta argila inferior ou menos nobre deverão se revelar MAIS RESISTENTES, mais úteis, mais disponíveis que os outros, de esmerado acabamento e que servirão para tarefas menos exigentes, menos trabalhosas porque sua argila revelou-se de melhor qualidade e mais predisposta aos ambientes ditos nobres.
Em verdade cada um TEM SUA FUNÇÃO e deve se sair o melhor possível nela...
O suposto menos nobre mas mais útil ao grosso dos humanos deve estar na linha de frente do combate da vida diária, como vasilhames do trabalho pesado do dia a dia; e os mais belos ou supostamente nobres devem enfeitar a vida, colorir o mundo com sua graça, tornar a vida mais bela e cristalina enquanto os demais levam o peso dos trabalhos mais duros porque assim pede a qualidade de sua argila.
Veja, cada um tem sua função, cada um deve exerce-la e o que definirá sucesso ou não é o bom desempenhar em cada função, em cada lugar em que se esta e não se, se é vaso a ou b!
No texto assim esta implícito o mistério das encarnações humanas; de Deus(o oleiro) do Dharma(a feitura de vasos), da roda das encarnações ou Samsara(a maquina ou roda em que se faz, formata os vasos), dos vasos(almas), da argila(o material ou bagagem com que encarnam tais almas) e do carma de cada um(o formato que dá o oleiro a cada vaso conforme sua presciência da qualidade da argila)...
Mas cada vaso sendo útil ou não é que definirá no final de tudo se foi um sucesso ou um fracasso naquilo que foi colocado a fazer neste mundo!
E o que nos define como vasos diferenciados?
NOSSOS DONS, TALENTOS, CAPACIDADES, CRIATIVIDADE, ADAPTAÇÃO E SEDE POR CONHECER MAIS E MELHOR NÃO SÓ DO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS QUANTO MAIS ALÉM...
Existem vasos que somente suportam a capacidade para a qual foram feitos, e deveriam fazer este " feijão com arroz" da melhor forma que sabem e podem fazer. Se mais se colocar de água(sabedoria)) ou barro(conhecimento) neles, se rompem e para nada mais se aproveitam e perdem esta roda de encarnação(mas no macro universal nada se perde no computo final das coisas mas tudo se transforma, dai que mais à frente, noutra ronda, o oleiro trabalhará novamente este barro)...e existem vasos que ao se quebrarem na roda(ronda evolutiva presente) contudo são refeitos, reaproveitados, reformatados pelo oleiro porque se revelaram aptos a receberem nova forma, novas capacidades para novas tarefas que outrora ou noutras formas não se viam capazes! O oleiro percebeu que ao quebrarem-se o que quebrou neles não foi suas almas, suas essências, mas aquilo que lhes enrijecia os movimentos da alma, do Ser...e os quais agora livres podem ser reconfigurados(e é o que esta a acontecer neste momento com o DNA de boa parte dos humanos deste planeta)em novos corpos tanto conscienciais, quanto psíquicos, emocionais e físicos...para executarem o que o novo a lhes surgir lhes pedirá.
Enfim, tudo se relaciona e se inter-relaciona neste ir e vir de almas que encarnam e coopera para o bem da Grande Obra!
Valter Luis Taliesin
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