AVALON...
Num imenso lago, quase um mar interior, repousa uma ilha de razoável tamanho...
Entre lendas e mistérios o povo da região vê a centenas de anos barcas sagradas levarem mulheres imponentes e personagens ilustres; guiados e protegidos nestas naus estão por imensos guerreiros protegidos por portentosas armaduras de couro e belos tecidos coloridos, seus rostos são pintados na cor azul e cheios de desenhos misteriosos.
Da beira do imenso lago é possível ver que no pico da mais alta das 7 montanhas que formam-se na ilha, a central delas, ergue-se um imenso templo de pedras onde à noite pode-se observar ao longe rituais ancestrais serem feitos.
Várias construções neolíticas fazem parte do complexo de casas mas tão bem conservadas e em perfeita sintonia com a natureza ao redor que tornam a visão absolutamente irresistível de tão bela...com elas também podemos ver um imenso mosteiro druídico representante na ilha dos mistérios de outra ilha mítica...Iona...eles são o braço externo do culto que as sacerdotisas fazem nos recessos da ilha...de Iona partem druidas para os quatro cantos do mundo celta e lá as grandes sacerdotisas de Avalon também construíram um centro representante entre os druidas.
Do outro lado da ilha as grandes sacerdotisas da mãe deixaram que seguidores do Deus da palestina construíssem um mosteiro e uma vila com belas casas de estilo judaico(os druidas também permitiram que construíssem um mosteiro em sua ilha). Conhecedores da ilha contudo afiançam que eles são diferentes dos seguidores do Deus palestino que dominam Roma. São mais pacatos, não tem interesse em fazer proselitismo do que acreditam e parecem guardar algum segredo oculto que é importante não só para eles mas para os druidas e também para as grandes sacerdotisas.
Que segredo seria este? Existem várias teorias, mas a mais forte refere-se à família terrestre do Deus palestino. Este ramo do cristianismo parece diretamente ligado ao tronco familiar do Deus e difere enormemente em liturgia e teologia do majoritário grupo que domina o império romano, sendo que em todas as regiões deste são implacavelmente perseguido pelos 'irmãos'.
Estranha esta união entre Avalon, druidismo e este ramo do cristianismo mas dizem que no fundo, na raiz, estas fés tem mais em comum do que supomos, em especial a oposição à tirania de Roma.
O culto à Grande Mãe de Avalon é anterior ao próprio druidismo que chegou na região com os pequenos grupos celtas quase 1000 anos antes do nascimento do Deus palestino. Algumas teorias dizem que na verdade eles são um ramo do próprio judaísmo praticado no norte de uma terra chamada Israel nome do povo do Deus palestino, mesclado a outros cultos e que os celtas nada mais são que as tribos perdidas deste Israel(ou parte delas, principalmente uma tal DAN) exiladas de lá pelos assírios em torno de 700 e poucos anos antes do nascimento do Deus palestino...ao chegarem em Avalon, seja quem forem, eles encontraram as sacerdotisas, descendentes diretas do povo Tuatha que escapou de um grande cataclismo onde sua pátria original afundou no mar e ali o druidismo bebeu nesta fonte ancestral e se tornou o que é hoje...com a chegada dos cristãos desposyni(os seguidores da família do Deus palestino) os 3 grupos uniram suas tradições e chegaram a ver imensas similaridades entre elas. Afinal os Tuatha nada mais eram que o ramo que guardou a tradição original de Atlântida a grande mãe civilizadora do mundo antes do Dilúvio e o judaísmo, o druidismo e o cristianismo desposyni tinham muito em comum com ele excetuando que Deus era Deusa...mas a Shekinah dos hebreus parece ser uma lembrança desta tradição antiga.
José de Rama théia ou José de Arimatéia tio (em algumas teorias irmão)do Deus palestino foi quem trouxe este grupo a mais de quatrocentos anos das terras do galileu para a segurança dos mistérios de Avalon.
A magia de Avalon é poderosa e imensa, os seguidores do Deus palestino da corrente majoritária temem a ilha e nós do entorno dela damos apoio total as sacerdotisas no que precisarem.
Dizem que em Avalon tanto as sacerdotisas quanto os druidas e os seguidores do Deus palestino comungam de tal forma com a natureza que ainda hoje o povo pequeno aparece para eles. Para nós das cercanias um ou outro caso acontece mas percebemos que o tecido da realidade não é tão fino quanto outrora foi.
Hoje fazem 5 anos que o Grande Rei foi levado para dentro das brumas de Avalon, e existe uma profecia que daqui mais 5 anos a ilha toda desaparecerá ante nossos olhos e o que ficará no lugar será apenas um dos montes, o menor, para lembrar onde um dia existiu a terra da promissão.
Não sei se é verdade ou mentira mas estranhamente desde a morte do grande rei(muitos dizem que ele não estava morto quando foi levado mas gravemente ferido) as brumas tem se acentuado e nem sempre conseguimos enxergar direito as construções e o vai e vem das naus...tanto o monastério do Deus palestino aqui nas cercanias quanto o templo druida e o grupo de bruxas seguidoras das sacerdotisas aqui tem nos dito que se a ilha sumir serão estes grupos que responderão externamente pela iniciação de novos seguidores dos mistérios e que este se tornará cada vez mais velado e secreto por causa do crescente poderio do ramo de Roma do Deus palestino.
Ouvimos rumores que a cidade eterna, Roma, esta sitiada por hordas de bárbaros e os dias do império ocidental estão contados. Pois é, houve esperança que Arthur sendo grande rei da ilha e pelo ramo paterno da família descendente dos césares de Roma de que era seu plano rumar para a cidade eterna e toma o o trono imperial para si, se o tivesse feito alguns acreditam que o império poderia ter sido salvo mas Mordred cruzou seu caminho antes disto e então...tudo acabou.
Galahad o filho do príncipe Lancelot do Lago(filho da grande sacerdotisa Viviane e um rei franco) foi quem herdou o trono de Camelot parcialmente destruída após a guerra parricida empreendida por Mordred contra o pai…com ele alguns dos cavaleiros mais jovens da Távola como Percival e Tristão o ajudam com o velho Gawaine sendo o comandante da guarda. Mas teme-se que com a morte destes últimos resquícios da glória de Camelot os saxões finalmente tomem coragem ataquem e dominem a ilha da Grã-Bretanha.
Assim, neste cenário de fim de um mundo e o nascimento de um outro que não sabemos onde vai dar é que percebemos o quanto Avalon esta dentro de nossos corações e sempre estará para sempre. Uma terra que vai deixando saudades ainda que nem sumida esteja mas nada parece impedir a separação dela de nossas vidas.
Dizem que um dia ela reaparecerá e com ela um novo tempo... Um tempo em que os humanos serão finalmente o que a Deusa ou o Deus esperam deles...fraternos e nada mais.
Relatos de um morador importante das cercanias de Avalon...
Este texto foi criado por mim e originalmente publicado por pseudônimo em outro perfil em 05/02/2014
Valter Luis (Taliesin)
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