Canções e lembranças de terras e eras distantes...
Na Anatólia descemos do imenso barco, da imensa nau, da grandiosa arca e desfrutamos de um mundo renovado, curado da chaga e mau antigos.
Nos jardins suspensos de Babilônia caminhávamos e na beira do Eufrates e do Tigre nos banhávamos olhando um nos olhos do outro... Inana/Ishtar/Semíramis e Tammuz/Gilgamesh/Ninrod.
Nas selvas do hindustão nos escondemos dos vorazes demônios de Mara... Rama e Sita e o toque da eternidade como um fio a nos envolver, cintilante... vibrante...
Nas altas montanhas medo-persas erigimos altares ao Fogo Vivo e estabelecemos as mais puras leis do universo espiritual.
Na frente da grande pirâmide tecemos magias e sortilégios dos grandes mistérios de Isis e Osíris... as três estrelas irmãs nos protegendo, derramando sobre nós sua proteção e mistérios.
No palácio real dos hebreus eu e você abraçamos o pequeno infante e louvamos a YHVH... Davi e Bathshebá relembrando a dança de Abraão e Sara e encontrando até no ilícito, no proibido, o sentido real do amor indefinível.
Na grande montanha dos druidas contemplamos o alvorecer futuro de Camelot, da ode de Arthur/Morgana/Merlin/Guineverre/Lancelot/Viviane/Mordred/Nimuhê… e o ir e vir de cavaleiros e dissemos um ao outro - isto é bom.
Quando Tróia caiu estávamos tão distantes um do outro, mas com fios ligados e tecidos sentíamos eu no campo de batalha e você no lar distante o que só duas almas sagradas sentem…Ulisses e Penélope.
Nas alamedas de Roma subíamos e descíamos evitando as intrigas palacianas e sonhando com uma sociedade mais justa.
No topo da pirâmide do Sol trocamos nossos últimos olhares no Yucatan...com efeito Sol e Lua na Terra éramos ali... perfeita sintonia das ideias e idades.
Singramos os mares e oceanos do mundo como os “selvagens” do norte e aterrorizamos os corações civilizados do planeta... mas éramos infinitamente mais que isto... éramos deuses.
Nas terras de Constantinopla nos encontramos de novo, eu com uma cruz vermelha no peito e você nas salas do grande imperador.
Em Lanquedoc nas paredes do castelo, gravamos nossa história, na esperança que os futuros pudessem ler e escapar do avanço dos intolerantes...
Fizemos inúmeras vezes o circuito... Coimbra/Tomar/Sintra na passagem do tempo, na terra do Porto do Graal...
E por fim nas pradarias do grande norte novo quantas vezes brincávamos de pique esconde entre os bisões?
Nem falarei de Atlantis, Mu ou de Lemúria … Thule…Hiperborea…pois sabes o quanto sentimos saudades daqueles momentos...só direi uma coisa...somos antigos...muito antigos....
Texto originalmente feito 18/04/2014 e acrescido com alguns outros insights em 18/04/2021... 7 anos depois...
Pax et Lux
Valter Luis (Taliesin)
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