sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A lenda da Religião Perfeita

‘A religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai, é esta: guardar-se incontaminado do mundo.’ — Tg. 1:27




A arte na pré-história e as primeiras formas de comunicação

Uma das primeiras formas que o ser humano encontrou para deixar seus vestígios foi a pintura. A arte rupestre consistiu na maneira utilizada para se ilustrar sonhos e cenas do cotidiano. Símbolos da vida, da morte, de céu e da terra foram encontrados nas paredes cálidas das cavernas.

Pintura Rupestre
A aguda sensibilidade do homem (sentimento de suma importância para o desenvolvimento da arquitetura e escultura), levou-o a pintar. Muitos dizem que os antigos pintavam por fome, teorias mais recentes asseguram que o faziam por uma "predeterminação sexual". É sabido que a tela primordial em que nossos parentes longínquos plasmaram suas idéias pictórica foi a rocha pura. As cores deviam ser aplicadas com aglutinantes para assegurar a aderência. Das cavernas francocantrábicas (Altamira, Lascaux - imagem a esquerda) às levantinas (Cogul) resulta uma evidente transição técnico-estilística: do realismo estático ao dinâmico, primeiro, e depois à uma acentuada estilização. A temática é comum: animais e cenas de caça e dança, as primeiras; homens e cenas várias, as segundas.
Um grande acervo de arte rupestre na América Latina é La Cueva de Las Manos, na Argentina. Nesta caverna encontram-se centenas de gravações de mãos além de ricas gravuras multicoloridas. Já no Brasil, temos a Serra da Capivara, no Piauí. Lá os primeiros habitantes das Américas trataram de deixar seus vestígios na rocha.
É uma verdadeira galeria de arte rupestre que se confunde com a beleza natural das cavernas locais. Observando a pintura, podemos notar cenas que ilustram a vida pré-histórica, caçadas, ritos religiosos, sexo, enfim...

A natureza do registro rupestre

Considerações extraídas do trabalho de pesquisa (A questão da teoria semiótica da interpretação da arte rupestre) executado por Carlos Xavier de Azevedo Netto, pesquisador do Instituto Superior de Cultura Brasileira (ISCB) e professor da UNESA.
O registro rupestre é uma das facetas com que o arqueólogo se depara no decorrer de suas atividades, sendo aquela que implica em maior subjetividade nas diferentes tentativas de análise e interpretação deste fenômeno. O que o debate sobre arte rupestre parece deixar claro é a nova visão que se tem sobre estas manifestações, não mais como um fenômeno específico e isolado dos demais componentes do registro arqueológico, mas sim como um integrante, importante, desse mesmo registro. Além disso parece começar a surgir um consenso de que estas manifestações estão imbuídas de uma intenção, e esta intenção é de comunicação. Então a arte rupestre é uma manifestação comunicativa.
Mas atualmente, embora mantida pela tradição, a própria expressão "arte rupestre" vem sendo questionada, na medida em que muitos pesquisadores acham que as manifestações rupestres estariam fora da esfera artística, e mesmo se pertencer a esta esfera estaria fora de qualquer análise científica.
Este posicionamento denota uma certa confusão quanto ao caráter de comunicabilidade que este fenômeno possui, já que há uma tendência de se ver a arte rupestre, enquanto comunicação, como uma forma de linguagem, passível de ser analisada e compreendida pelo parâmetro da lingüística, o que leva à um grande desvio quanto à natureza desse registro do passado, ainda apegado à postulações de Leroi-Gourhan (1983/85).
Aceitando-se estas expressões como gráfico-icônicas, de cunho comunicativo, não se pode deixar de notar, que as mesmas não estão ordenadas, organizadas ou mesmo pensadas, como uma linguagem estruturada, e até uma pré-linguagem. Estas expressões não estão inscritas no mesmo universo das línguas, mas são compostas por arranjos completamente diferentes daqueles que encontra-se nas diversas formas lingüísticas em qualquer tempo. (...)
Então a arte rupestre seria uma criação artística, não relacionada com o conceito, ou conceitos, que se tem da arte ocidental.
Estas formas estéticas teriam como caráter fundamental exprimir alguma forma de comunicação, sendo que o repertório, definido por Coelho Netto (1989:123), e de acordo com a teoria exposta por Bense (1975), dos grupos que produziriam esta arte seria mais limitado do que aquele que as culturas mais modernas possuiriam, já que para haver este potencial de comunicabilidade, a forma de expressão desse indivíduo, em particular, teria que ser estendida pelos demais membros de seu grupo, admitindo-se que a produção e o entendimento dos signos que compõe os painéis, pode, por vezes, apresentar algumas modificações, derivadas ora da interpretação de seu executor, ora da própria dinâmica cultural do grupo a que pertence. (...)
Pintura Rupestre
Por fim, observa-se que a natureza do fenômeno arte rupestre, é em si mesma, a natureza de uma expressão artística, independente do conhecimento, ou não, do significado ou intenção, deste ato criativo. Caso seja necessário uma maior especificidade na conceituação do caráter de arte deste tipo de manifestação, pode-se entendê-la a partir do conceito de arte étnica, definido por Ribeiro (1986), no qual estabelece um diferenciação entre o que seria e esfera estética e a esfera funcional da cultura material, e como estes elementos estéticos estariam arranjados e compreendidos dentro de suas comunidades.
Então a arte rupestre seria uma expressão estética de grupos pré-históricos, os quais produziram e manipularam um conjunto de signos, formando um repertório, que seria entendido pelo restante do grupo. Isto não quer fazer crer no esquecimento da esfera individual na criação artística, mas esta mesma criação estaria contida dentro do repertório de signos disponíveis para tal veículo de expressão, fato, aliás, que ocorre em vários outros contextos artísticos.
Este conjunto de colocações vai fornecer uma compreensão do conceito de arte a ser aplicado às manifestações rupestres, com as noções de modelo reduzido e repertório fundindo-se. E passando a entender a arte rupestre como um modelo reduzido, com um repertório específico e comum à cultura produtora, afirmando assim o caráter comunicante deste sistema simbólico, que atenderia os parâmetros estéticos e simbólicos de determinada cultura. Então, a arte rupestre seria aquele conjunto de expressões estético-simbólicas, inseridas em determinada cultura, que a reconhecia.

Levas migratórias e a busca arqueológica

Pintura Rupestre
Mas como será que estes "artistas" chegaram às Américas e ao Brasil? Veja no quadro ao lado (esquerda), um esquema das levas migratórias que adentraram ao continente.
A Arqueologia juntamente com a Antropologia busca informações a respeito das comunidades humanas que produziram belos objetos e representações gráficas. Sabe-se que a arqueologia se ocupa do estudo das antigas sociedades e conta somente com os seus vestígios para poder entendê-las. Por isso devemos conservar todo o nosso patrimônio arqueológico.
Fonte: www.arqueologyc.hpg.ig.com.br
Pintura Rupestre
Do francês rupestre, o termo designa gravação, traçado e pintura sobre suporte rochoso, qualquer que seja a técnica empregada. Considerada a expressão artística mais antiga da humanidade, a arte rupestre é realizada em cavernas, grutas ou ao ar livre. Estão excluídas as manifestações artísticas contemporâneas como o graffiti e a arte ambiental. Alguns especialistas criticam o uso do termo "arte" para fazer referência às inscrições sobre pedra que remontam, em geral, aos povos de épocas pré-históricas, na medida em que pinturas e gravuras descobertas pelas pesquisas arqueológicas nem sempre teriam, hoje, um sentido estético evidente. Apesar disso, convenciona-se chamar de "arte" essas expressões plásticas que fornecem acessos valiosos para o estudo de várias fases da história da humanidade.
Outros estudiosos alertam para o equívoco de considerar a arte rupestre como restrita à pré-história. Se exemplos mais antigos remontam aos tempos glaciais, é possível localizá-la nas eras neolítica e paleolítica e até mesmo em épocas recentes, indicam eles. Na Califórnia e no sul da África, por exemplo, a arte rupestre continua a ser produzida no século XIX.
Pinturas e gravuras rupestres apresentam-se em diferentes épocas e lugares. A dispersão geográfica, aliada às dificuldades de conservação desses grafismos, é um dos problemas colocados em seu estudo.
Avaliações numéricas aproximadas calculam de 350 mil a 400 mil sítios arqueológicos com arte rupestre em todo o mundo. A África é o continente mais expressivo, com algo em torno de 100 mil sítios, pertencentes a épocas mais recentes, como os localizados na região do Saara e na região sul (Tanzânia, Angola, Namíbia e Zimbábue).
A Austrália é outro território rico em arte rupestre (região de Laura, Pilbara e terra de Arnhem - Parque Nacional de Kakadu). A Ásia, por sua vez, é o menos conhecido, fala-se em 10 mil sítios na China, além dos existentes na Ásia Central, Oriente Próximo e Índia. As Américas - do Canadá à Patagônia - apresentam diversos sítios arqueológicos importantes. No Brasil, os sítios de São Raimundo Nonato, no Piauí, são os mais antigos (ver Fundação Museu do Homem Americano - Fumdham). Os exemplares europeus são mais recentes - a localização de Altamira, na Espanha, data do século XIX - e sobre eles os pesquisadores se detêm por mais tempo. Isso faz com que se considerasse, durante algum tempo, ser a arte rupestre européia a mais antiga. A despeito dos de Chavet, na França (região de Ardèche) e de La Viña (Astúrias, Espanha), parecem se localizar na Austrália (Carpenter's Gap, Kimberley) os exemplos mais remotos de arte rupestre (entre 30 mil e 40 mil anos). De qualquer maneira, as controvérsias em torno da datação permanecem apesar dos novos métodos de aferição com radiocarbono.
Ainda que os estudos mencionem ser a arte rupestre mais freqüentemente realizada ao ar livre, a arte das cavernas do paleolítico europeu é a que conhece maior popularidade (como a gruta de Lascaux, na França). A escolha dos espaços - grutas, fissuras de rochas, proximidade de lagos e outros -, longe de casual, está repleta de sentidos. Há uma tendência a interpretar as pinturas realizadas com auxílio de tochas na escuridão das cavernas, por exemplo, como feitas por xamãs em estado de transe. Divergências à parte, o fato é que o meio natural e suas relações com o mundo sobrenatural são elementos fundamentais para a análise dessas manifestações gráficas, cercadas de significados rituais, religiosos e cerimoniais.
As técnicas empregadas constituem outro aspecto explorado pelas análises. A pintura parece ter sido a realização mais antiga, mesmo que as gravuras - quando a forma é obtida pela retirada de matéria ou por incisões - sejam mais numerosas (vale lembrar que as pinturas ao ar livre praticamente desapareceram). Os traços podem ser feitos com os dedos ou com a ajuda de utensílios; as cores, obtidas do carvão (preta), do óxido de ferro (vermelha e amarela) e, às vezes, com cera de abelha. Substâncias líquidas - água, clara de ovo, sangue etc. - são empregadas nas pinturas. Às diferentes técnicas e cores (muitas vezes superpostas) são atribuídos sentidos variados. No sul da Califórnia, por exemplo, o vermelho é considerado apropriado às cerimônias femininas.
Do ponto de vista do repertório, a arte rupestre compreende temas considerados universais. As linhas e os traços circulares, em geral gravados sobre a pedra, são fartamente utilizados: no Havaí estão associados à fertilidade, sendo considerados freqüentemente femininos; na Califórnia, apresentam-se ligados a formas de controle do tempo. Mãos e pés, juntos ou isolados, assim como pegadas de animais são outra recorrência. Alguns são vistos como ligados à mitologia, outros interpretados como "assinaturas". Sobre os signos abstratos - linhas, ziguezagues, grafismos e formas geométricas - recaem as maiores dúvidas interpretativas (afinal, de que falam eles?).
Formas humanas e animais, por sua vez, abundam na arte rupestre.
Também se fazem presentes figuras fantásticas, objetos e cenas, domésticas ou de trabalho. A falta de registros sobre boa parte das sociedades que produziram arte rupestre, a ambigüidade dos símbolos e as dificuldades em separar o universo profano do religioso colocam problemas para os intérpretes que mesmo assim, arriscam classificações. Fala-se em arte que "afirma uma presença" (indicando uma forma de dizer "estive" ou "estivemos aqui") por meio da representação de mãos, pés e figuras; e em outra que tem o sentido de "testemunho", na medida em que representa visualmente narrativas, eventos, cenas e mitos. Certos grafismos parecem representar mais diretamente o xamanismo; outros indicam formas de intervenção no mundo.
Do ponto de vista de seus realizadores, classifica-se a arte rupestre mundial como a dos povos "caçadores-coletores arcaicos" (as cenas são raras; os animais e signos, freqüentes); a dos "caçadores evoluídos" (cenas numerosas); a dos "criadores de rebanhos" (com animais domésticos e cenas da vida cotidiana) e das "sociedades complexas" (mais variadas, com representações mitológicas e signos de todos os tipos). Em termos de estilo, fala-se no levantino (entre 6.000 e 4.000 a.C.) - quando a figura humana ganha importância e sua representação vem acompanhada de grande movimento, em cenas de dança, luta e caça - e na arte esquemática (localizada no fim da Idade do Bronze, entre 4.000 e 1.000 a.C.), quando ocorre maior simplificação e esquematização do desenho. As representações figuradas - homens e animais - convivem aí com uma profusão de inscrições abstratas.

(Fonte: www.itaucultural.org.br)

(Texto retirado do Portal São Franciscohttp://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/arte-na-antiguidade/pintura-rupestre-1.php)





A busca do ser humano pelo sagrado transcende a própria criação da civilização como a conhecemos.


Naquilo em que estudiosos viam na arte rupestre registros do cotidiano dos humanos podemos também ver a busca pela compreensão de SI mesmo e do mundo que girava ao seu redor e ALÉM dele.


Aliás; se avançarmos mais um pouco e adentrarmos o estudo das estrelas veremos isto...








A ASTRONOMIA NA ANTIGUIDADE
A ASTRONOMIA NO MÉDIO ORIENTE
Desde a Antiguidade até ao século XVII, a Astronomia teve dois objectivos relacionados um com o outro. Por um lado, mostrar que os movimentos dos planetas não eram aleatórios mas sim regulares e previsíveis e, por outro, ser capaz de prever esses mesmos movimentos com grande acuidade.
O primeiro dos dois objectivos foi definido pelos Gregos, tendo o esforço quanto ao rigor das primeiras medições sido primeiramente desenvolvido pela distinta civilização da Babilónia.
Quando Alexandre, o Grande, invadiu a Pérsia no século IV A.C., as duas formas de estudar o céu fundiram-se.
A cidade da Babilónia, situada na margem esquerda do rio Eufrates, 70 km a Sul da moderna cidade de Bagdad, foi, durante um período chamado Babilónia Antiga (provavelmente 1830-1531 A.C.), reinado pela dinastia Hamumurabi. A Babilónia foi então tomada pelos Hititas mas rapidamente caíu nas mãos dos Cassitas, após o que se seguiu um longo período de dominação Assíria. Este período terminou com a destruição de Niniveh e a destruição da Grande Biblioteca em 612 A.C.. Após um período de independência, Babilónia caíu nas mãos dos Persas, até que em 331 A.C. foi tomada por Alexandre, o Grande, pelo que a partir desse momento as duas culturas ficaram directamente em contacto.
As tabelas em pedra que chegaram até nós desde esta época são mais importantes para a história da Matemática que para a história da Astronomia. No entanto, apresentam uma técnica fundamental para o desenvolvimento posterior da Astronomia: o emprego de uma notação numérica eficiente.
Para escrever o número 1, o escriba babilónico pressionava o escopro verticalmente sobre a pedra ( ); para marcar o 10 pressionava inclinado (). Combinações destas duas marcas eram usadas até 59. No entanto, para 60 era de novo usado o símbolo 1. Embora só tardiamente tivesse aparecido um símbolo para o zero, a notação babilónica permitia fazer calculos sérios e elaborados com alguma facilidade.
A nossa divisão da hora em 60 minutos compostos por 60 segundos, e a divisão similar dos ângulos, reflecte esta notação babilónica.
Os primeiros observadores celestes da Babilónia são muitas vezes encarados como astrólogos no sentido grego do termo, isto é, como estudiosos das consequências directas e inevitáveis para os indivíduos, como consequência da configuração dos corpos celestes. No entanto, esta visão não está correcta. Os babilónicos estavam extremamente alertas relativamente a quaisquer fenómenos ou ocorrências da Natureza em qualquer área do saber, tentando prevê-las de forma a evitar eventuais desastres provocados pelas mesmas.
7000 interpretações de fenómenos estranhos (omens) foram acumuladas ao longo dos anos em 70 lâminas de pedra, conhecidas pelas suas palavras de abertura como Enuma Anu Enlil, tendo a sua versão final sido terminada cerca de 900 A.C..
O corpo celeste mais vezes citado no Enuma é a Lua; o calendário babilónico era lunar, pelo que o ciclo da Lua era de extrema importância.
Tendo os meses lunares cerca de 28 dias, o calendário das culturas, determinado pelo ano solar, tinha entre doze e treze meses. Durante muito tempo os babilónicos tiveram que fazer ajustes, mas por volta do século V A.C. descobriram que 235 meses lunares eram exactamente 19 anos solares. Assim, passaram a intercalar 7 meses em cada 19 anos de forma regular.
O calendário lunar da Babilónia foi o primeiro a ser dividido em quatro períodos correspondentes às quatro fases da Lua. Esta divisão em períodos de sete dias deu origem às semanas tal como as conhecemos hoje. De facto, como se pode ver da Tabela 1, o nome dos dias da semana advém do nome do objecto celeste adorado em cada dia na Babilónia.

Figura 1 - Parte de uma tabuleta Babilónica de Sippar, construída em 870 A.C., actualmente no British Museum. Um texto próximo evoca a restauração de uma imagem antiga do deus-Sol Shamash.
MESOPOTÂNIA
INGLÊS
FRANCÊS
ESPANHOL
Dia da Lua
Monday
Lundi
Lunes
Dia de Marte
Tuesday
Mardi
Martes
Dia de Mercúrio
Wednesday
Mercredi
Miercoles
Dia de Júpiter
Thursday
Jeudi
Jueves
Dia de Vénus
Friday
Vendredi
Viernes
Dia de Saturno
Saturday
Samedi
Sabado
Dia do Sol
Sunday
Dimanche
Domingo
Os babilónicos verificaram que o Sol na sua viagem aparente em relação ao céu de fundo não mantinha uma velocidade constante. Durante metade do ano a velocidade do Sol aumenta de forma constante até atingir um máximo e na outra metade do ano diminui até atingir um mínimo. Como não possuiam as ferramentas matemáticas que lhes permitissem analisar completamente o movimento, assumiram que durante metade do ano a velocidade aumentava de forma constante e durante a outra metade diminuía de forma constante, como representado na Figura 2.

Figura 2 - Uma representação em termos modernos dos dados apresentados numa lâmina datada de 133/132 A.C..

Figura 3 - A deusa egípcia Nut (o firmamento) suportada pelo deus Shu e separada do seu amante (a Terra).
Não é claro se os astrónomos da Babilónia possuíam algum modelo do Universo ou não. O que sabemos é que transferiram para os gregos as suas aritméticas envolvendo o tempo e distâncias angulares. Era isto precisamente que faltava aos gregos para transformar as suas cosmologias especulativas em modelos geométricos a partir dos quais se puderam determinar com elevada precisão as efemérides.
Os egípcios tinham um sistema dos mundos profundamente mitológico. No entanto, tinham noções observacionais muito concretas e correctas; de facto, verificaram que o céu possuía um movimento aparente em torno do Pólo Norte Celeste. Devido à precessão do eixo da Terra, a estrela polar era nessa altura a estrela "Thuban", na constelação do Dragão.
Para a construção das pirâmides era importante achar o alinhamento a Norte, pois uma das faces deveria ficar perfeitamente virada a Norte. Os Faraós, com a ajuda de uma sacerdotisa e de escravos, alinhavam estacas na direcção Norte, buscando-a com as guardas da Ursa Maior (que nesse tempo eram "Phecda" e "Megrez" e não "Dubhe" e "Merak") (Figura 4). O alinhamento obtido era então usado para construir as partes laterais da pirâmide, perpendicularmente às quais deveriam ficar os topos sul e norte (Figura 5).
Figura 4 - O alinhamento das pirâmides era efectuado pelo faraó com a ajuda da sacerdotisa-mor.
Figura 5 - Durante a construção da pirâmide, primeiro eram alinhadas as faces Este e Oeste e as faces Sul e Norte eram alinhadas perpendicularmente às primeiras.
O facto da transmissão do conhecimento ser empírico, e não actualizado, faz com que as pirâmides do Egipto, além de possuirem desfasamentos ligeiros relativamente ao Norte verdadeiro, tenham desfasamentos diferentes de pirâmide para pirâmide à medida que o eixo da Terra foi precedendo.
As primeiras observações da Grécia Antiga são melhor conhecidas pelo conjunto de lendas e mitos que até nós chegaram do que pela existência de documentos escritos.
De facto, os gregos observaram a maior parte dos movimentos aparentes do céu e documentaram-nos de forma por vezes não muito científica. Porém, sem sombra de dúvidas, rigorosa quanto às observações por eles efectuadas.
Quando dizemos que a forma como as observações eram documentadas não era muito rigorosa, não podemos esquecer que nos encontrávamos na fase do mito, em que as entidades divinas eram a explicação do inexplicável à luz dos conhecimentos vigentes. Assim, todas as observações que não possuíam explicação de acordo com os seus conhecimentos, davam origem a "novelas", em que os protagonistas eram os deuses, sendo o conjunto dessas "novelas" uma explicação da aparentemente inexplicável Natureza, constituíndo aquilo que se chamou mais tarde de mitologia grega.
Vejamos um exemplo da forma como foi documentada uma constatação observacional. Já na Mesopotâmia, no Egipto e na Grécia Antiga era sabido que a esfera celeste rodava em torno do Pólo Norte Celeste, havendo algumas estrelas que, à sua latitude, nunca desapareciam, como é o caso das estrelas que constituem as constelações da Ursa Maior e Ursa Menor. Diz-se que essas estrelas são circumpolares, por se encontrarem suficientemente próximas do Pólo Celeste para que tal ocorra.
Figura 6 - Movimento aparente das estrelas em torno do Pólo Celeste. No Hemisfério Norte o movimento dá-se no sentido directo e no Hemisfério Sul em sentido retrógrado.
Figura 7 - Constelação da Ursa Maior.
Crédito: "Roteiro do Céu", Guilherme de Almeida, Plátano Ed.
Podemos constatar que os gregos tinham noção de que as "Ursas" eram circumpolares a partir de uma das novelas mitológicas por eles criadas acerca destas constelações. A Ursa Maior tem um grande número de variantes mitológicas, havendo um mínimo de quatro, apenas na mitologia greco-romana.
Dizia-se que Zeus (o Deus dos Deuses) era um grande namoradeiro, e que se apaixonava por humanas com grande facilidade. Devido à sua habilidade em tomar o aspecto que entendesse, rapidamente as encantava e cativava. Assim, aconteceu que Zeus foi pai de Hércules, entre outras "escapadelas".
A Deusa Hera, esposa de Zeus, que era infelicíssima com estas traições constantes, conseguiu que Zeus lhe prometesse que não voltava a enganar. Mas, passado algum tempo, Zeus conheceu uma humana lindíssima chamada Calisto, filha do Rei Licaone de Arcádia, tendo-se perdido de amores por ela. Da sua paixão resultou uma filha.
Ao descobrir esta nova infidelidade, Hera ficou perfeitamente possessa e, dado que não podia castigar Zeus, transformou as duas humanas, mãe e filha, em ursas.
Passado algum tempo, Zeus descobriu o que Hera tinha feito. Infeliz pelo que havia provocado e dado não poderem os deuses anular os castigos de outros deuses, colocou as duas ursas transformadas em estrelas no céu, num local que passasse no zénite ao longo do ano.
Quando Hera se deu conta desta ocorrência, ficou furiosa e aplicou um novo castigo nas duas ursas, dizendo: "Ficam no céu, mas hão-de ficar sujas para toda a eternidade, pois jamais tomarão banho", e colocou-as no local onde hoje se encontram.
De facto, à nossa latitude, se estivermos olhando para o mar, as "Ursas" parecem girar em torno da Estrela Polar, sem nunca entrarem dentro de água, tal como diziam os gregos.
Esta lenda de grande rigor observacional é válida às latitudes da Grécia e de Roma. Como veremos adiante, a Estrela Polar vai ficando mais baixa à medida que nos aproximamos do equador, deixando de haver estrelas circumpolares a essa latitude. Mas os gregos nunca foram a latitudes tão baixas, pelo que era difícil terem conhecimento desse facto.
A primeira visão do mundo terá obviamente assumido uma realidade local, isto é, que a Terra seria plana.
Os primeiros cosmólogos gregos que são conhecidos a partir de documentos escritos são da próspera ilha grega de Jónia. Anaximenes sugeria que o Sol não se punha, mas apenas era tapado por zonas mais elevadas que existiam a Norte (Figura 8). Claro que isto não explicava porque existia a noite cerrada.

Figura 8 - O mundo de Anaximenes.

Figura 9 - As estrelas e o Sol são massas de fogo aprisionadas que apenas chegam até nós através de "respiradouros" na abóbada celeste.
Thales de Mileto (c.625-c.547 A.C.) pensava que existia uma unidade material entre os fenómenos transientes a que os nossos olhos assistem; alegadamente essa unidade material seria garantida pela água e a Natureza seria muito mais inteligível que o que seria de esperar da aparente variedade interminável de materiais que nos rodeia.
Anaximandro (c.610-c.545 A.C.), também de Mileto, tentou explicar a forma dos corpos celestes como sendo continuamente transportados de e para o infinito sucessivamente mantendo-se a Terra (que era um cilindro onde, numa das faces, vivia o Homem) permanentemente na mesma posição relativamente ao Universo. O Universo para além da Terra era constituído por Fogo que chegava à Terra através de orifícios na esfera celeste, constituindo as estrelas e o Sol. A esfera celeste rodava de forma constante a cada 24 horas.
Embora o seu modelo cosmológico tivesse já limitações óbvias, representava um salto relativamente aos modelos mitológicos desenvolvidos anteriormente, pois substituía os mitos por uma lei natural impessoal.
Empédocles viria a explicar os dias e as noites através do modelo da dupla esfera. Uma esfera interior era luminosa numa metade e transparente na outra metade e dava uma volta a cada 24 horas. A outra esfera continha o firmamento visível à noite e que rodava uma vez a cada 365 dias.
Os Pitagóricos, por seu turno, tentaram criar relações geométricas, aritméticas e mesmo harmónicas que explicassem os fenómenos. Estabeleceram relações entre números abstractos e os fenómenos naturais, tendo generalizado o conceito de que o número seria a base de todas as coisas. Estes mesmos Pitagóricos conseguiram um feito notável na história do reconhecimento da Natureza, que foi o assumir de uma Terra esférica. Os argumentos que utilizaram não são conhecidos, mas a prova dada mais tarde por Aristóteles (que a sombra da Terra na Lua durante os eclipses é sempre circular) é convincente.
Os Pitagóricos introduziram ainda a ideia de Cosmos, como conjunto ordenado de sobretons e harmonias, que regiam todos os corpos celestes. Esta intuição de que o Universo devia ser harmonioso viria a ser uma grande força motriz da Astronomia do Renascimento.
Platão e Aristóteles foram o segundo e terceiro grandes filósofos de uma escola iniciada por Sócrates em Atenas. Sócrates, embora não tenha deixado nada escrito, ficou imortalizado nos Diálogos de Platão. Aristóteles, pelo contrário, escrevia imenso e uma grande quantidade dos seus escritos resistiu até aos dias de hoje.

Figura 10 - O sistema da dupla esfera de Empédocles.
Embora, quer Platão, quer Aristóteles, concordassem com a existência de um cosmos ordenado, Platão acreditava, contrariamente a Aristóteles, que as respostas que explicariam essa ordem apenas poderiam vir de um raciocínio matemático.
Até Aristóteles, os filósofos haviam encontrado dois pares contrastantes na natureza: frio versus calor e seco versus húmido.

Figura 11 - Visão Aristotélica da Terra.
De acordo com Aristóteles, corpos que eram frios e secos eram na sua maioria constituídos por Terra, os que eram frios e húmidos eram na sua maioria constituidos por água, aqueles que eram quentes e húmidos formados por ar e os que eram quentes e secos formados por fogo. A Terra era na sua maioria formada por terra com uma camada mais exterior de água (os mares), sobre as quais havia uma fina camada de ar (a atmosfera). Sobre a atmosfera havia uma camada de fogo que acaba imediatamente antes da Lua. Dentro desta região - que constituía o mundo terrestre ou sublunar - existia vida, morte e mutabilidade. Qualquer corpo tinha um lugar natural - altura natural ou distância ao centro da Terra - que estava associado à proporção em que os quatro elementos entravam na sua composição. Se não fosse impedido, qualquer corpo seguiria em linha recta, definida a partir do centro da Terra, para o seu lugar natural.
Havia para Aristóteles uma diferença fundamental entre as regiões terrestres e celestes, entre a imprecisão e variabilidade encontrada na região terrestre e a perfeição geométrica encontrada nos corpos celestes, contituídos por pontos ou círculos de luz. Nos céus não havia qualquer vida ou morte, aparecimento e desaparecimento. Pelo contrário, os corpos celestes mantinham o seu movimento de translação eternamente, num perfeito movimento circular uniforme (o problema dos cometas foi rapidamente resolvido, pois estes corpos, como iam e vinham, tinham, por isso, natureza terrestre).
Mas se a estabilidade do seu modelo da Terra não estava em dúvida, o status dos céus como um Cosmos onde prevalecia a ordem esteve em questão até que se conseguiram criar leis de movimento que conseguissem explicar os astros "errantes". Com sete pequenas excepções, os corpos celestes moviam-se de uma forma perfeitamente racional, rodando com uma regularidade extrema em torno da Terra com posições fixas, uns em relação aos outros.
Figura 12 - O Cosmos de Aristóteles.
Figura 13 - O fenómeno da retrogradação para indicar um carácter aleatório para o movimento dos errantes.
Uma vez que os astros "errantes" parecem errar entre os "fixos" de noite para noite ao longo do ano, foi-lhes dado o nome de planetas (derivado do verbo grego equivalente a "errar"). Os sete "planetas" - o Sol, a Lua, Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno - moviam-se individualmente entre as estrelas fixas, com velocidades diferentes e com um movimento que aparentemente parecia aleatório (como se verificava nas retrogradações), daí que se dissesse que erravam (Figura 13).
Aristóteles e Eudóxio propuseram sistemas dos mundos em que os planetas girariam em esferas concêntricas, com o centro das esferas dado pela Terra; no entanto este sistema não explicava quer o carácter errante dos astros, nem as variações de velocidade que os mesmos apresentavam em relação ao fundo cósmico.
Uma explicação para a retrogradação foi proposta geometricamente por Eudoxo de Cnidius (c.400-347A.C.). A explicação estaria associada à revolução dos planetas descrevendo hipópodes (Figura 14) à medida que se dava a sua translação ao longo da sua esfera.
No entanto, esta explicação não coincidia com a trajectória observada dos planetas.
O carácter errante dos planetas apenas viria a ter pela primeira vez uma descrição convincente com o trabalho de Ptolomeu no século II D.C..


Figura 14 - Hipópode da descrição da revolução de um planeta
ERATÓSTENES DE CIRENE - PRIMEIRA DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA TERRA

Figura 15 - Eratóstenes.
Eratóstenes nasceu em Cirene (actualmente na Líbia) em 276 A.C.. Foi astrónomo, historiador, geógrafo, filósofo, poeta, crítico teatral e matemático. Estudou em Alexandria e Atenas com Zenão e Calímaco. Por volta de 255 A.C. foi o terceiro director da Biblioteca de Alexandria. Trabalhou com problemas matemáticos como a duplicação do cubo, os números primos e escreveu inúmeros livros que foram quase todos perdidos quando do incêndio da Biblioteca de Alexandria e dos quais apenas se sabe da existência pela referência nas obras de outros autores. Por esta razão muitos põem em dúvida que algumas das determinações que lhe são atribuídas sejam de facto suas.
Certa vez, ao ler um papiro da Biblioteca, encontrou a informação de que na cidade de Siena (actualmente chamada Assuão), a cerca de 800 Km a sul de Alexandria, ao meio dia de 21 de Junho (solstício de verão) podia observar-se o fundo de um poço iluminado pelo Sol, ou seja, o Sol situava-se a prumo. Desconhece-se quem teria sido o autor dessa observação.
Eratóstenes resolveu verificar o que acontecia no mesmo dia do ano, em Alexandria ao meio dia solar. Para sua surpresa, em Alexandria as colunas projectavam sombras, devido à incidência dos raios solares sobre os objectos, que indicavam um desvio de 7º relativamente à vertical do ângulo de incidência dos raios solares.
Por que seriam as sombras diferentes, no mesmo dia e à mesma hora? Eratóstenes intuiu correctamente a resposta: porque a terra é redonda. Se fosse plana, as sombras seriam necessariamente iguais.

Figura 16 - Se a Terra fosse plana, o ângulo de incidência dos raios solares seria igual em toda a superfície da Terra.
É fácil ver que o ângulo que o raio do Sol faz com a vertical em Alexandria é exactamente a diferença de latitudes entre Alexandria e Siena. Reza a lenda que Eratóstenes terá mandado um escravo medir a passo a distância entre Siena e Alexandria. Este terá determinado uma distância entre as duas cidades de cerca de 4900 estádios (cada estádio corresponde a cerca de 190 m).
Assumindo que a Terra, além de redonda, era esférica, Eratóstenes calculou que se à diferença de 7º na latitude correspondiam a 4900 estádios, então os 360º do meridiano teriam um perímetro de 252 000 estádios (há autores que defendem que terá calculado 250 000 stadia).
Um estádio é uma medida grega equivalente a 600 pés gregos. Assume-se que terá entre 154 m e 215 m, sendo os valores mais prováveis entre 155 m e 170 m. Para qualquer destas medidas o valor obtido por Eratóstenes tem um erro inferior a 10% relativamente ao valor real. Este facto é notável, sobretudo se tomarmos em consideração que a distância foi medida a passo!
Eratóstenes também estimou a distância ao Sol em 804,000,000 stadia e a distância à Lua em 780,000 stadia. Obteve estes dados usando dados obtidos durante os eclipses de Lua.

Figura 17 - Determinação de Eratóstenes.
Ptolomeu referiria mais tarde que Eratóstenes mediu o desvio do plano da eclíptica relativamente ao equador celeste com grande precisão, obtendo o valor 11/83 de 180º, o que significa 23º 51’ 15", o que é bastante próximo dos actualmente aceites 23º 27’ 30". Compilou ainda um catálogo de 675 estrelas.
Eratóstenes viria a cegar nos últimos dias da sua vida, tendo-se suicidado à fome, em consequência disso, em 194 A.C..
PTOLOMEU
Claudius Ptolemaeus, conhecido como Ptolomeu, foi o ultimo grande astrónomo da antiguidade clássica. À parte do facto de viver em Alexandria, e possuir o mesmo nome que os membros da dinastia real egípcia à qual pertencia a famosa Cleópatra, não é sabido mais nada sobre a sua vida ou personalidade, excepto que fez grandes contribuições para a Ciência (não apenas à Astronomia, mas também à Matemática e à Geografia, pois desenhou o primeiro mapa do Mediterrâneo a ser construído com medidas científicas, apresentando também parte do Norte europeu). Provavelmente nasceu cerca de 120 D.C. e morreu cerca de 180 D.C., tendo o seu melhor período de actividade decorrido cerca de 150 D.C..
Ptolomeu escreveu um livro de valor inestimável para os historiadores da Ciência, o Almagest, onde compilou um excelente catálogo de estrelas, baseado no trabalho prévio realizado pelo grego Hiparco (ca.140 A.C.) e acrescentando-lhe muitas contribuições pessoais. Também fez medidas cuidadosas dos planetas e elevou o sistema geocêntrico a um nível de funcionamento quase perfeito, tendo em consideração as medidas que são possíveis de serem tiradas no espaço de uma vida. Não acreditava na rotação da Terra e não tinha qualquer ideia sobre a natureza das estrelas, mas o seu sistema encaixava nos factos observados e pode dizer-se que dadas as circunstâncias seria impossível fazer melhor.


Figura 18 - Ptolomeu (quadro do Século XV).
O Almagest é considerado por muitos como a maior compilação de conhecimentos da Antiguidade. Tem havido muitas tentativas de minimizar a importância de Ptolomeu. No entanto, muitos dos que estudam a história da Astronomia cognominaram-no de "Príncipe dos Astrónomos". No Almagest, Ptolomeu sugere um sistema dos mundos geocêntrico, baseado em conceitos de geometria dados por Apolónio de Perga. O sistema geocêntrico resultante é muitas vezes chamado sistema ptolemaico. Este sistema possuía pela primeira vez explicação para o carácter errante dos planetas, para além de explicar as diferenças de velocidade entre os diferentes pontos da alegada órbita do planeta em torno da Terra.
Era um sistema extremamente complexo conjugando movimentos circulares uniformes em combinações variadas.
Para explicar a diferença de velocidades relativamente às estrelas de fundo, a Terra foi retirada pela primeira vez por Hiparco, do centro da esfera ocupando uma posição excêntrica. Desse modo, mesmo que o planeta descreva um movimento circular uniforme em torno do centro de curvatura, visto da Terra, esse movimento em relação às estrelas de fundo parecerá ocorrer a velocidades diferentes quando o corpo estiver no perigeu (ponto mais próximo da Terra) e no apogeu (ponto mais afastado da Terra).
O sistema excêntrico explicava também as conhecidas variações de brilho dos planetas nos diversos pontos da órbita.




Figura 19 - Visão geocêntrica do Universo.
Figura 20 Figura 21 - Deferente e epiciclos no modelo ptolemaico.
Assumia-se que o ponto P se movia uniformemente no círculo de referência ou deferente. No entanto, as velocidades obtidas ainda não reflectiam bem as velocidades dos planetas e muito menos as retrogradações.
O ponto P era apenas um ponto imaginário no deferente em torno do qual se definia o epiciclo. O epiciclo era uma circunferência centrada no ponto P e sobre a qual o planeta descrevia a sua trajectória num movimento circular uniforme. Para tornar o movimento do planeta idêntico à observação era apenas necessário adaptar os tamanhos do deferente e dos epiciclos até se obter a curva ajustada às observações.




Figura 22 - A partir do equanto o planeta varre ângulos iguais a intervalos de tempo iguais.


(fonte:http://www.ccvalg.pt/astronomia/historia/antiguidade.htm)




Penso que agora seria interessante adentrarmos um pouco no estudo dos conceitos que definem o Divino entre os humanos....conceitos estes que a milhares quiça milhões de anos nos fazem com que a humanidade faça as 3 perguntas basilares da existência...


O QUE EU SOU!?


DE ONDE EU VIM!?


PARA ONDE EU VOU!?






DIVINDADE


O conceito de Divindade transcende o conceito particularizado de uma deidade específica....vejamos então...



O conceito de divindade assumiu, ao longo dos séculos, várias concepções, evoluindo desde as formas mais primitivas provenientes das tribos da antiguidade até as dogmáticas definições das religiões.

Índice

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[editar] Conceito

Divindade é um ser sobrenatural, usualmente com poderes significantes, cultuado, tido como santo, divino ou sagrado, e/ou respeitado por seres humanos. Normalmente as divindades são superiores aos seres humanos e à natureza.
Divindades assumem uma variedade de formas, mas são freqüentemente antropomorfas ou zoomorfas. Uma divindade pode ser masculina, feminina, hermafrodita ou neutra, mas é usualmente imortal.
Por vezes, as divindades são identificadas com elementos ou fenômenos da natureza, virtudes ou vícios humanos ou ainda atividades inerentes aos seres humanos.
Assume-se que uma divindade tenha personalidade e consciência, intelecto, desejos e emoções, num sentido bastante humano desses termos. Além disso, é usual que uma determinada divindade presida sobre aspectos do cotidiano do homem, como o nascimento, a morte, o tempo, o destino etc. A algumas divindades é atribuída a função de dar à humanidade leis civis e morais, assim como serem os juízes do valor e comportamento humano.
É também comum atribuir às divindades, ou a interações entre elas, a criação do universo e sua futura destruição.

[editar] Visão histórica

Historicamente, não é possível definir qual foi a primeira tribo a manifestar uma idéia de divindade. As primeiras dessas concepções teriam surgido nos períodos Paleolítico e Neolítico, e teriam sido manifestadas pelo sentimento humano de um vínculo com a Terra e com a Natureza, os ciclos e a fertilidade.[1] Contudo, os escritos mais antigos até hoje encontrados referem-se às concepções vindas das religiões suméria, védica e egípcia, as quais surgiram por volta de 3600 a.C..
No intuito de criar explicações para a existência dos elementos e dos seres da natureza, bem como para conhecer o sentido dos fenômenos naturais (a tempestade, o vento, o dia e a noite, as estações, etc.), os povos e tribos da antiguidade conceberam diversas divindades que, no mais das vezes, passaram a ter sentimentos e emoções idênticas às dos humanos. Daí derivaram os rituais, cerimônias e sacrifícios, que tinham como objetivo agradecer as benesses enviadas por essas divindades ou aplacar sua ira, que castigava a humanidade com alguma calamidade.

[editar] Cronologia

  • 300.000 – primeira (questionada) evidência de uma cerimônia de enterro de mortos. Num sítio arqueológico como o de Atapuerca na Espanha, formam encontrados ossos de 32 indivíduos no buraco de uma caverna.[2]
  • 130.000 – Evidência de uma cerimônia de enterro. Neanderthals enterravam os mortos em sítios como os de Krapina na Croácia.[2]
  • 100.000 – O mais antigo ritual de enterro de seres humanos modernos é considerado como originário de Qafzeh em Israel. Há duas cerimônias do que se supõe serem uma mãe e uma criança. Os ossos foram manchados com ocre vermelho.[3][4]
  • 100.000 a 50.000 – Aumento do uso do ocre vermelho em vários sítios arqueológicos da Idade da Pedra. O ocre vermelho é considerado de grande importância nos rituais.
  • 70.000 – traços de culto a cobras descobertos em Ngamiland, região da Botswana.[5]
  • 50.000 – Humanos evoluem em gestos associados com o comportamento do homem moderno. Muito desta evidência tem origem na Idade da Pedra Tardia em sítios africanos. Este comportamento denominado de moderno abrange habilidades com a língua, o pensamento abstrato, simbolismo e religião.[4]
  • 42.000 – cerimônia de rituais de humanos no Lago Mungo (Austrália). O corpo aparece respingado por grande quantidade de ocre vermelho. Isso é considerado como uma evidência de que o povo australiano importou os rituais que eram praticados na África.E ai se criaram as deliciosas abóboras.
  • 40.000 – início do Paleolítico Superior na Europa. Há uma abundância de fósseis incluindo cerimônias elaboradas de enterro de mortos; registro arqueológicos das chamadas vênus paleolíticas e arte rupestre. As estatuetas de Vênus são consideradas deusas da fertilidade. As pinturas de caverna em Chauvet e Lascaux são consideradas representativas da manifestação de um pensamento religioso.
  • 30.000 – O mais recente registro da cerimônia de enterro de um shaman (pajé ou sacerdote).[6]
  • 11.000 – início da Revolução Neolítica.

[editar] Visão contemporânea

Atualmente, muitos intelectuais questionam e especulam sobre o próprio conceito de Divindade, como também diversas investigações históricas e arqueológicas tentam desvendar os acontecimentos e circunstâncias em que os homens primitivos criaram os primeiros conceitos religiosos.

[editar] A visão oriental


No Oriente a partir dos séculos VII e VI aC., surgiram sistemas filosóficos (budismo, taoismo, confucionismo, que não veneram divindades, mas se baseiam em conceitos não-teísticos, os quais chegaram aos nossos dias, com centenas de milhões de adeptos espalhados por vários países dos mundo.
No Extremo Oriente (China, Japão e Índia) foram desenvolvidos complexos conceitos filosóficos não-teísticos, os quais, ao longo do tempo, tem se mesclado com as tradições de primitivas religiões politeístas, que sempre ali existiram e que estavam profundamente enraizadas no espírito do povo.
  • Xintoísmo – É uma religião nativa do Japão. Envolve a adoração dos Kami, que representam deuses, ou os espíritos da natureza, ou ainda, simplesmente uma presença espiritual. O tema principal e mais importante na religião Xintoísta é um grande amor e reverência pela natureza. Assim, a Lua, uma Cachoeira ou uma Rocha podem ser observados como um Kami. Os Kamis não são divindades transcendentes, mas sim seres divinos que estão próximos a nós, que habitam o mesmo mundo que nós, cometem os mesmos erros que nós, e têm sentimentos e pensamentos semelhantes aos nossos. Uma pessoa que morre pode automaticamente ser transformado em Kami, não importando o tipo de vida que ela tenha levado. Os Kamis podem ser bons ou maus. O Xintoísmo é uma coleção de rituais e métodos que regulam as relações entre os seres humanos e as divindades (Kami). A vida após a morte não é uma preocupação primária para os xintoístas, pois uma ênfase maior é colocada em encontrar a felicidade na vida nesse mundo.
  • Taoísmo – É uma filosofia não-teística criada por Lao-Tsé, que expôs seus pensamentos no livro: Tao Te Ching. O conceito Deus, conforme é conhecido na tradição ocidental, não existe nesta filosofia. Tudo o que existe é o Tao, que significa “O Caminho”. Tao é um conceito que transcende as dimensões espaço-tempo e, portanto, não pode ser compreendido pela limitada mente humana. Constitue a essência do universo, a realidade última e indefinível, e é através do Tao – termo e meio eterno da evolução – que passam todas as coisas. Tudo é cíclico, pois Tao é a energia que flui através de toda a vida. De Tao deriva-se Yin e Yang – o número dois, que representa a natureza dual de todas as coisas (bom-ruim, vida-morte, dia-noite, claro-escuro, felicidade-tristeza, saúde-doença). De Yin e Yang nasce implicitamente o três (Céu, Terra e Humanidade) e, finalmente, por extensão, se produz a totalidade do mundo na forma como o vemos e conhecemos.
  • Budismo – Criado por Siddhartha Gautama, o Buda ou o Iluminado, é geralmente visto como uma religião não-teística, embora pregue a existência de deuses – os devas – que são criaturas que gozam de grande felicidade em seus mundos celestiais. Contudo, esses seres, não são eternos e estão sujeitos à morte e a eventuais renascimentos como seres inferiores, amarrados a um determinado aspecto da natureza, no qual terão que incondicionalmente trabalhar. A existência do homem é passageira e cíclica – o Samsara (conjunto dos ciclos de nascimento e morte). O homem somente estará livre desse “Ciclo de Renascimentos” quando eliminar definitivamente seu auto-apreço atingindo a libertação ou Nirvana. Para os budistas somente os seres-humanos podem atingir o nirvana ou a iluminação, os deuses por desconhecerem o sofrimento são incapazes de gerar renúncia ou compaixão. O ser Iluminado confunde-se então com a Mente Universal. Diversos Tantras budistas declaram sobre esse Ser Iluminado: “Eu sou o Núcleo de todas as coisas que existe. Eu sou a Semente de todas as coisas que existe. Eu sou a Causa de todas as coisas que existe. Eu sou a Raiz da Existência”.

Vênus de Willendorf, do Paleolítico.
  • Confucionismo - Sistema filosófico, religioso e ético desenvolvido a partir dos ensinamentos de Confúcio. O objetivo principal dessa filosofia consiste - não em subjugar as pessoas a um Ser Superior (Deus) - mas sim, através de Ritos, trabalhar no interior delas, a fim de moldar seu comportamento e dar auto-controle sobre seus desejos. Nesse sentido, todos reconhecerão sua posição relativa diante de seus semelhantes, identificando a cada instante quem é o mais jovem e quem é o mais sábio, quem é o visitante e quem é o dono da casa, e assim por diante; e atingirão o conhecimento sobre sua obrigação entre os outros e sobre o que esperar deles. Há obrigações específicas prescritas para todos os participantes em todas as ramificações do relacionamento humano. "Não faça aos outros, aquilo que voce não quer que eles façam a você", é a máxima chinesa conhecida como Regra de Ouro do Confucionismo. A solidariedade e a educação são os grandes ideais buscados por essa filosofia, e em Confúcio está o maior exemplo dessas virtudes.
  • Deusa Mãe - Precedido por cerimônias de cultos aos mortos (300 mil a.C.), data de 30 mil anos a.C. o primeiro registro humano de um sentimento de culto e de religião a uma divindade feminina;[1] segundo alguns autores, o vínculo com a Terra, a Natureza, a fertilidade e os ciclos teria formado o primeiro sentimento humano de divindade e o mito do útero de uma Deusa mãe ou Mãe Cósmica. Inicialmente cultuada na Índia, como Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o nome de Tiamat (Babilônia), Temut (Egito), Nu Kua (China), Têmis (Grécia pré-helênica) e Tehom (Síria e Canaã) ou Abismo (Bíblia). Esta concepção teve origem na experiência do nascimento humano, que consistia na única origem possível das coisas: a visão de um útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. A partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitava este sangue, surgia os "frutos", a própria maternidade. Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" organizou, separou e definou os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa. Os egípcios, nos hieróglifos, chamaram este coração de ab e os hebreus foram os primeiros a chamar de pai. O coração e o sangue definiriam um elo imanente a todos os seres que dele nasciam e a idéia de coração oculto do universo que pulsa e mantém o ritmo de ciclos das estações, dos nascimentos, mortes, destinos. Este é o significado que está no Livro dos Mortos ou das mutações. No mesmo sentido o livro chinês I Ching é denominado Livro das Mutações.[7]

[editar] Outros conceitos

Além da visão teística (politeísmo ou monoteísmo), a divindade pode ainda ser visualizada sob a ótica dos seguintes conceitos filosófico-religiosos:
  • Ateísmo – Contrapondo-se à visão do teísmo, o ateísmo afirma a existência somente deste mundo não existindo outros deuses a não ser o proprio homem. Para alguns ateus, o conceito Deus deixou como sequela para a humanidade uma inumerável quantidade de tradições e costumes, mantidas em seu nome, que conduziram o ser humano a um segundo plano, fato este que fez girar a roda da história contra ele mesmo, subjugando-o à vontade deste conceito intangível, e limitando sua vida e sua criatividade por gerações e gerações.
  • Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racionalmente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O politeísmo e o monoteísmo enquadram-se dentro de uma visão gnóstica de deus, isto é, Deus ou os deuses são seres cujos atributos estão perfeitamente definidos ou revelados em seus livros sagrados. Para um agnóstico, no entanto, Deus pode até existir, porém suas características são incompreensíveis para a razão humana.
  • Panteísmo – A visão panteísta sustenta que o Universo inteiro é o próprio Deus. Assim: "Deus é o Universo, e o Universo é Deus". No panteísmo dá-se ênfase às divindades imanentes, enquanto que no Panenteísmo (visão em que o Universo está inteiramente contido em Deus, porém Este é alguma coisa maior que o Universo) dá-se ênfase às características transcendentais de Deus.
  • Animismo – Crença na qual se atribui a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite) um princípio vital e pessoal, isto é, uma Alma. Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos, e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são Vivas", "Todas as coisas são Conscientes", ou "Todas as coisas têm uma Alma". Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e a todos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outros afirmam que foram os cultos animistas.

Referências

  1. a b Revista Artemis - UFPB
  2. a b When Burial Begins
  3. Museum of Natural History article on human human evolution
  4. a b The beginning of religion at the beginning of the neolithic
  5. Vogt, Yngve; Alan Louis Belardinelli (translation) (30 de novembro de 2006). World's oldest ritual discovered. Worshipped the python 70,000 years ago. Apollon. Universidade de Oslo. Página visitada em 17 May 2009.
  6. Tedlock, Barbara. 2005. The Woman in the Shaman's Body: Reclaiming the Feminine in Religion and Medicine. New York: Bantam.
  7. Walker, B. O I Ching da deusa

DEIDADE

Deidade é o conjunto de forças ou intenções que materializam a divindade. A deidade é a fonte de tudo aquilo que é divino. A deidade é característica e invariavelmente divina, mas nem tudo o que é divino é deidade necessariamente, ainda que esteja coordenado com a deidade e tenha a tendência de estar, em alguma fase, em unidade com a deidade – espiritual, mental ou pessoalmente.

 Etimologia

A palavra "deidade" deriva do Latim "deus". Relacionando os conceitos de céu ("divum", em latim) e dia ("dies"), além de estar relacionada ao termo "divino" e "divindade", no latim "divinus", oriundo de "divus". Pode-se fazer propor uma influência do Sânscrito que também possui termos como "div" (céu) e "diu" (dia).


DEUSA MÃE


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Uma estátua da cultura de Cucuteni, cerca de 4000 anos a.C.
Uma deusa mãe (ou deusa-mãe) é uma deusa, amiúde representada como a Mãe Terra; é representada como deidade de fertilidade geralmente sendo a generosa personificação da Terra. Como tal, nem todas as deusas podem considerar-se manifestações da Deusa Mãe.
O termo refere-se a um mito universal[1] de divindade feminina relacionada à Natureza, aos ciclos, à fertilidade, e seu culto remonta ao início da história humana, como pode ser observado nas retratações de Vênus da Pré-história. O culto à Deusa Mãe, ou religião matriarcal, foi observado inicialmente na Pré-história[2] (Paleolítico[3] e Neolítico), aonde foram encontradas estatuetas de culto, estendendo-se ao reino da Frígia,[4] aonde ficou mais conhecida como Cibele, e daí à civilizações grega, romana, egípcia e babilônia aonde consolidou-se um enorme panteão de deusas. A existência do culto em várias culturas não-frígias[5] evidencia no entanto que Cibele é tão-somente a manifestação local desta divindade, a qual era identificada, entre os gregos, à deusa Réia.
Estudos apontam que a ascensão do patriarcado, iniciada com os hebreus, na religião fez com que a tradição de adoração à deusa se tornasse ameaçadora à consolidação do poder pelos homens, como no culto de Maria (mãe de Jesus), cuja intensa adoração instaura uma competição com a própria idéia de Deus e de Jesus, como reclamaram os protestantes na Reforma [6] [7] [8].
Esta deusa é representada nas tradições ocidentais de muitas formas, das imagens talhadas em pedra de Cibele a Dione, deusa invocada em Dodona, junto com Zeus, até finais da época clássica. Entre os hinos homéricos (séculos VII-VI a.C.) há uma dedicação à Deusa Mãe chamado «Hino a Gea, Mãe de Todo». Os sumérios escreveram muitos poemas eróticos sobre a deusa mãe Ninhursaga.[9]

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[editar] Controvérsia

As deidades que se encaixam na moderna concepção de deusas mães tem sido claramente adoradas em muitas sociedades até a atualidade. James Frazer (autor de A rama dourada) e aqueles a quem influenciou (como Robert Graves e Marija Gimbutas) avançaram a teoria de que todo o culto na Europa e Egeu que incluiu qualquer tipo de Deusa Mãe tinha origem nos matriarcados neolíticos pré-indoeuropeus, e que as diferentes deusas de localidades distintas eram equivalentes.
Ainda que esta idéia tenha tido boa aceitação como categoria útil para a mitografia, a idéia de que na antiguidade se cria que todas estas deusas eram intercambiáveis não tem sido continuada pelos investigadores modernos, notavelmente por Peter Ucko.[10]

[editar] Perspectiva não-cristã

A arqueologia pré-histórica, como por exemplo no sítio de Çatalhüyük, e a mitologia pagã registram esta origem do culto à´Deusa Mãe e do ocre vermelho. As mais recentes descobertas de uma religião humana remontam, inicialmente, ao culto aos mortos (300.000 a.C.) e ao intenso culto da cor vermelha ou ocre associado ao sangue menstrual e ao poder de dar a vida. Na mitologia grega, a chamada mãe de todos os deuses, a deusa Réia (ou Cibele, entre os romanos), exprime este culto na própria etimologia: réia significa terra ou fluxo.[11] O acadêmico Joseph Campbell argumenta que Adão --do hebraico אדם relacionado tanto a adamá ou solo vermelho ou do barro vermelho, quanto a adom ou vermelho, e dam, sangue-- foi criado a partir do barro vermelho ou argila. A identidade da religião com a Mãe Terra, a fertilidade, a origem da vida e da manutenção da mesma com a mulher, seria, segundo Campbell, retratada também na Bíblia: ...a santidade da terra, em si, porque ela é o corpo da Deusa. Ao criar, Jeová cria o homem a partir da terra [da Deusa], do barro, e sopra vida no corpo já formado. Ele próprio não está ali, presente, nessa forma. Mas a Deusa está ali dentro, assim como continua aqui fora. O corpo de cada um é feito do corpo Dela. Nessas mitologias dá se o reconhecimento dessa espécie de identidade universal.[12] Diversos autores modernos analisam a estória da criação do "Gênesis" sob uma perspectiva não-cristã a qual seria definir a Bíblia como uma narrativa alegórica sobre a divindade hebraica Yavé suplantando a Deusa mãe, representada pela árvore da vida, e a religião hebraica suplantando este culto. Isto é demonstrado na passagem sobre a origem do pecado em que o conhecimento proibido relaciona-se a sexo, sexualidade, e reprodução, especialmente o conhecimento de que os homens participam da reprodução e que a estória descreve o processo pelo qual sociedades matriarcais tradicionais foram substituidas por sociedades patriarcais [13]. Diversos autores discutemm sobre várias religiões do Oriente Próximo, muitas das quais representavam a Deusa mãe por uma serpente e outras por uma simbologia de comunhão realizada pelo ato de comer uma fruta de uma árvore que crescesse perto do altar dedicado à Deusa. Estas deusas, primeira e única Deusa Criadora, também representava o Conhecimento, a Criatividade Humana, sexo, sexualidade, reprodução, novos ciclos e/ou Destino [14].
Gênesis e Enuma Elish
São várias as similiridades entre a história da criação no Enuma Elish e a história da criação no Livro do Génesis. O Génesis descreve seis dias de criação, seguido de um dia de descanso, enquanto que o Enuma Elish descreve a criação de seis deuses e um dia de descanso. Em ambos a criação é feita pela mesma ordem, começando na Luz e acabando no Homem. A deusa Tiamat é comparável ao Oceano no "Génesis", sendo que a palavra hebraica para oceano tem a mesma raiz etimológica que Tiamat [15].

[editar] Exemplos de deusas mães


Gravura neolítica de Deusa mãe (representada com quatro seios) num dólmen
Não há disputas sobre fato de muitas culturas antigas adorarem deidades femininas como parte de seus panteões que encaixam com a concepção moderna de «deusa mãe». As seguintes são exemplos:

[editar] Pelasgos

Eurínome foi a princípio o protótipo da Deusa Mãe Criadora grega e a mais importante divindade dos pelasgos, o povo que ocupou a região da Grécia em tempos pré-históricos antes da invasão jônica e dórica. Após a ascensão do patriarcado, Eurínome foi injustamente rebaixada aos status de amante de Zeus, e de Criadora passou a ser considerada apenas uma titanide filha de Oceano e Tétis. Todavia, mesmo na versão patriarcal da mitologia grega, Eurínome e seu consorte Ofíon reinaram sobre o monte Olimpo até serem derrotados por Réia e Cronos.

[editar] Deusas sumérias, mesopotâmicas e gregas

[editar] Elam

Uma das mais importantes figuras do panteão foia deusa Pinikir um nome com cognatos encontrado em outros sistemas de crença de povos desta região. "O fato de que a precedência foi dada a uma deusa, a qual estava acima dos demais deuses do panteão elamitas, indica que os devotos elamitas seguiam o matriarcado nesta religião... No terceiro milênio, estas deusas exibiam um indiscutível poder à frente do panteão elamita" [16].

[editar] Deusas celtas

A deusa irlandesa Anann, às vezes conhecida como Dana, tem um impacto como deusa mãe, a julgar pelo Dá Chích Anann cerca de Killarney (Condado de Kerry). A literatura irlandesa nomeia a última e mais favorecida geração de deuses como ‘o povo de Danu’ (Tuatha de Dannan), Ceridween.

[editar] Deusas nórdicas

Entre os povos germânicos provavelmente foi adorada uma deusa na religião da Idade de Bronze Nórdica, chamada por Jörð que mais tarde foi conhecida como Nerthus na mitologia germânica, e que possivelmente seu o culto persistiu no culto a Freya da mitologia nórdica. Sua equivalente na Escandinávia era a deusa aclamada por "natureza" Jörð e o deus dos mares e da fertilidade Njörðr. Jord possui diversos aspectos parecidos com as outras Deusas, como por exemplo seu nome no Islandês que é Gyðia e quer dizer "Deusa".

[editar] Deusas gregas

Nas culturas do Egeu, Anatólia e no antigo Oriente Próximo, uma deusa mãe foi venerada com as formas de Cibeles (adorada em Roma como Magna Mater, a ‘Grande Mãe’), de Gea e de Rea.
As deusas olímpicas da Grecia clássica tinham muitos personagens com atributos de deusa mãe, incluindo Hera e Deméter.[17] A deusa minoica representada em achados arqueológicos como selos ou outros restos, a quem os gregos chamavam Potnia Theron, ‘Senhora das Betas’, muitos de cujos atributos foram logo absorvidos também por Artemisa, parece haver sido un tipo de deusa mãe, pois em algumas representações amamenta os animais que carrega. A arcaica deusa local adorada em Éfeso, cuja estátua de culto era adornada com colares e fajas dos que colocavam protuberâncias redondas,[18] mais tarde identificada pelos gregos como Artemisa, foi provavelmente também uma deusa mãe.
A festa de Anna Perenna dos gregos e romanos no Ano Novo, sobre o 15 de março, cerca do equinócio do inverno, pode haver sido una festa da Deusa Mãe. Dado que o Sol era considerado fonte de vida e alimento, esta festa também se assemelhavam com a Deusa Mãe.

[editar] Deusas romanas

A equivalente de Afrodite na mitologia romana, Vênus, foi finalmente adotada como figura de deusa mãe. Era considerada a mãe do povo romano, por ser a de seu ancestral, Eneias, e antepassado de todos os subsequentes governantes romanos. Na época de Júlio César se apodava Vênus Genetrix (‘Mãe Venus’).
Magna Dea é a expressão latina para ‘Grande Deusa’, e pode aludir a qualquer deusa principal adorada durante a República ou Império romanos. O título Magna Dea podia aplicar-se a uma deusa a origem de um panteão, como Juno ou Minerva, ou a uma deusa adorada monoteisticamente.

[editar] Deusas mães túrquicas siberianas

Umai, também conhecida como Ymai o Mai, é a Deusa Mãe dos turcos siberianos. Se representa com sessenta tranças douradas, que parecem raios de sol. Se crêem que uma vez foi idêntica a Ot dos mongóis.

[editar] Conceitos de deusas mãe no hinduísmo


A deusa Durga é considerada como a deusa mãe suprema por alguns hindus.
No contexto hinduista, o culto a a Deusa Mãe pode seguir se até as origens da cultura védica, e talvez mais além. O Rig Veda chama o poder divino feminino Mahimata,[19] um termo que significa literalmente ‘Mãe Terra’. Em alguns lugares, a literatura védica alude a ela como Viraj, a mãe universal, como Aditi, a Mãe dos Deuses, e como Ambhrini, a nascida do Oceano Primordial. Durga representa o poder e a natureza protetora da maternidade. Uma encarnação de Durga é Kali, que nasceu de sua frente durante a guerra (como meio para derrotar o inimigo de Durga, Mahishasura). Durga e suas encarnações são especialmente adoradas em Bengala.
Atualmente, Devi é considerada em múltiplas formas, todas representando a força criativa do mundo, como Maya e prakriti, a força que galvaniza a raíz divina da existência em autoproteção como o cosmos. Não é, pois, meramente a terra, inclusive apesar de esta perspectiva seja coberta por Párvati (a encarnação previa de Durga). Todas as diversas entidades femininas hinduístas são consideradas como muitas facetas da mesma divinidade feminina.

[editar] Conceito de Deusa Mãe no Paganismo

As religiões pagãs são, no ocidente, aquelas que mais focalizam os cultos em uma Deusa Mãe.
Na religião Wicca acredita-se em uma força superior, a Grande Divindade, de onde tudo veio. Essa força superior é adorada sob a forma de duas divindades básicas: a Grande Mãe e o Deus Cornífero. Esse Casal Divino representa todos os demais deuses das diversas mitologias adotadas pelos wiccanos. Como algumas tradições wiccanas seguem uma infinidade de Deusas e Deuses, a crença pagã é que todas essas deusas e todos esses deuses são aspectos diferentes da Grande Deusa e do Grande Deus. Daí o ditado da Wicca que diz que "Todas as deusas são uma Deusa e todos os deuses são um Deus. A Deusa Mãe é a geratriz de Todo o Universo e de tudo o que ele contém, daí a frase: Tudo vem da Deusa e tudo para ela retorna.
Uma conseqüência do culto à Deusa Mãe na Wicca é a super-valorização da natureza, justificada pela sua ligação à Terra, na forma de Gaia. Além da Terra, outro símbolo muito importante da Deusa é a Lua, onde se manifesta de três maneiras, na forma de Deusa Tríplice, sendo a Lua Cheia associada ao seu aspecto de Deusa Mãe.
Uma questão que muitas vezes se levanta na Wicca é se A Deusa é mais importante do que O Deus. O que se pode dizer é que é uma discussão inócua. A Deusa e O Deus são de igual importância na Wicca. As duas divindades básicas da Wicca são complementares. Não há hierarquia entre elas.

[editar] Ver também

Referências

  1. Encarta, Neolithic Art
  2. Encarta Goddess Worship
  3. The Mystica
  4. Encarta, Cybele
  5. Encarta, Dana
  6. [http://www.veritatis.com.br/article/5198 Veritatis, Maria santíssima
  7. Encarta, Goddess Worship
  8. [1]
  9. G.. Sex and eroticism in Mesopotamian literature. [S.l.: s.n.], 1994. ISBN 978-0-585-44873-2
  10. Some Critiques of the Feminist/New Age "Goddess" Claims, por Robert Sheaffer.
  11. Theoi, Rhea
  12. As máscaras de Deus, p. 104
  13. Prodema
  14. Triplov
  15. [2]
  16. Google Books
  17. «As deusas do politeísmo grego, tão diferentes e complementares, são ainda assim consistentemente similares numa etapa inicial, com uma outra simplesmente convertendo-se em dominante em um santuário ou cidade. Cada uma é a Grande Deusa presidindo sobre uma sociedade masculina, cada uma é representada em seu aspecto de Senhora das Bestas Senhora dos Sacrifícios, incluindo Hera e Deméter.» W.. Homo necans; interpretationen altgriechischer Opferriten und Mythen. [S.l.: s.n.]. 1983:79 y sig. p. ISBN 978-3-11-003875-0
  18. A descrição destes como mamas múltiplas ou testículos de touro parece estar equivocada: véase Templo de Artemisa em Éfeso.
  19. Rig Veda 1.164.33.

[editar] Bibliografia

  • Erich Neumann. (1991). The Great Mother. Bollingen; Repr/7th edition. Princeton University Press, Princeton, NJ. ISBN 0-691-01780-8.
  • J.F. del Giorgio. The Oldest Europeans. A.J. Place (2006). ISBN 980-6898-00-1
  • Goldin, Paul R. (2002) "On the Meaning of the Name Xi wangmu, Spirit-Mother of the West." Paul R. Goldin. Journal of the American Oriental Society, Vol. 122, No. 1/January-March 2002, pp. 83-85.
  • Knauer, Elfried R.(2006)"The Queen Mother of the West: A Study of the Influence of Western Prototypes on the Iconography of the Taoist Deity." In: Contact and Exchange in the Ancient World. Ed. Victor H. Mair. University of Hawai'i Press. Pp. 62-115.ISBN 978-0-8248-2884-4;ISBN 0-8248-2884-4

(fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Deusa_m%C3%A3e)

Reconhecida como a pátria ancestral do pai das religiões judaica/cristã e islâmica (Abraão nascido e criado eu UR dos caldeus) a Suméria tem sido considerada a 'mãe' de todas as civilizações dos ditos tempos históricos(5000 AC em diante) e seus deuses e deusas protótipos das deidades das demais civilizações que vieram depois


Deuses e Deusas da primeira civilização reconhecida como tal pela arqueologia oficial 


PEQUENO GLOSSÁRIO DE RELIGIÃO DA MESOPOTÀMIA



Diariamente, adore seu/sua Deus(a) pessoal
Com oferendas, preces e incenso perfumado
Dê seu coração ao seu Deus/sua Deusa,
Pois Ele/Ela foi o/a Escolhido/a para ser seu Deus/sua Deusa pessoal.
Preces, súplicas, erguer a mão num cumprimento,
Tais atos deves ofertar a cada manhã
Para que seu poder seja maior,
E desta maneira você, através do seu Espírito Protetor, ter enorme sucesso.

Provérbio Babilônico

Absu (Apsu, Abzu, Apzu): Literalmente, água doce. Na cosmologia suméria, o imenso espaço e fonte das águas primordiais, onde mora Ab, o pai das águas e senhor da sabedoria. Na cosmologia babilônica, o marido de Tiamat, pai dos primeiros deuses, e após a morte deste, o reino das águas doces subterrâneas, lar de Ea e dos Sete Sábios. Também é nome do templo de Ea em Eridu.
Abubu: Personificação do dilúvio como arma, torrentes e enchentes. Usado como um epíteto e como arma por vários deuses, como Ninurta, Nergal e Adad. Também descrita como a voz de Humbaba.
Adad (Sumério Ishkur, Semítico Oriental Hadad, Adar, e Addu, também Rimmon, Ramman, "o que faz a terra tremer"): Deus das tempestades, controlador de canais de irrigação e filho de Anu. Deus dos relâmpados, chuva e da fertilidade. Identificado pelos romanos com Jupiter. No Épico de Gilgamesh, o deus dos ventos, trovões e tempestades. Símbolo: touro e relâmpado. Deus oracular. Centro de culto: Aleppo.
Na Mesopotâmia, sua presença surge após os tempos pré-Sargônidos. Reverenciado principlamente pelos povos ao Norte da Babilônia, conforme evidências encontradas nas cidades de Mari e Ebla. No segundo milênio antes de nossa era, Adad era o deus da cidade de Aleppo, mas em outras áreas da Síra, seu culto se funde com o de outros deuses do tempo, como Baal e Dagan.
Adad foi um deus importante na Assíria. Tiglath-Pilesar I construiu um santuário para ele e Anu na capital Ashur. Adad é freqüentemente invocado em maldições, bem como em documentos especiais e privados, como figura de proteção e advertência para todos.

Adapa (Uan, Oannes): De acordo com o mito, Adapa é filho do deus Ea/Enki, o deus da sabedoria, bem como também o Sacerdote-Rei de Eridu, a cidade mais antiga da Babilônia. Ele foi o primeirodos Apkallu, os Sete Sábios enviados por Ea, que trouxeram as artes e civilização para a humanidade. Enki deu a Adapa conhecimento, mas não a vida eterna. Adapa também era um pescador, e um dia, quando estava pescando para prover o templo de Ea, o Vento Sul, Sutu, entornou seu bote, atirando-o contra as rochas, e Adapa, furioso, quebrou a asa do Vento Sul. Por este ato, ele teve de responder frente a Anu nos céus. Ea aconselha Adapa a não beber ou comer da mesa de Anu, e com isto, Adapa acaba não recebendo a vida eterna. Adapa é o precursor do Adão bíblico, o primeiro homem.

Acádia (Ácade): Primeira cidade babilônica, escolhida e fundada por Sargão I em 2475 ANE.
Ácade/Acádio: Idioma semítico do leste, semelhante ao hebreu e ao árabe; inclui dialetos dos babilônicos assírios, escrito em sistema cuneiforme, que são sinais que possuem valores logográficos, silábicos e freqüentementerminativos. Idioma usado a cerca de 2400 a 100 Antes da Nossa Era (Antes de Cristo, AC).
Alala: Canção da colheita, ou talvez o deus a quem tal canção é dedicada.
Allat/Allatu: Deusa babilônica da cópula, esposa de Nergal. Veja Ereshkigal.
Allulu: Ser metade pássaro, metade humano, que amou Ishtar, e que teve suas asas quebradas.
Amurru: Deus principal dos Amoritas, chamado de Deus do Oeste da Natureza, mas de templos e atribuições ainda incertas. Nome do Vento do Oeste em acádio.

Anu: Deus sumério do firmamento, filho de Nammu, pai de Enlil, esposo de Ki. deus de Uruk, templo Eanna; filho de Anshar e Kishar, consorte de Ki/Antu, pai de Ellil, Adad, Gerra, Sharra, e (em algumas tradições) Ishtar. Seu vizir é o deus Ilabrat. Deus principal da geração mais antiga. Símbolo: coroa de chifres sob o sinal de templo/altar..

Angal (Ishtaran): Deus patrono de Der, a cidade ao leste do rio Tigre.
Anshan: Moderna Tell Malyan. Capital da civilização Iraniana antiga, próxima de Persepolis. Incluída na Lista dos Reis Sumérios.
Anshar: "Céu pleno," deus sumério e acádio da antiga geração, pai de Anu, geralmente tido como consorte de Kishar, e assimilado com Assur por semelhança fonética. Seu vizir é o deus Kakka
Antu (Antum, Anunitu): esposa de Anu in Uruk, mãe de Ishtar. Também chamado Anunitu, especially in Sippar.
Anunaki (Anunna, Anukki, Enunaki): Termo coletivo sumério e acádio para os deuses da fertilidade e do Mundo Subterrâneo, sob a liderança de Anu. Posteriormente, tornam-se juízes no Mundo Subterrâneo, algumas vezes identificados com os Apkalu. Algumas vezes também chamados de Igigi.
Anzu (Sumério Imdugug, Zu em acádio, também Azzu): Águia de cabeça de leão, porteiro de Enlil, nascido na montanha Hehe. Apresentado como o ladrão mal-intencionado no mito de Anzu, mas benevolente no épico sumério de Lugalbanda. Freqüentemente mostrado na iconografia na pose de "Mestre dos Animais". No mito babilônico Anzu, ele era o vizir do deus supremo Enlil. Um dia, quando Enlil estava-se banhando, Anzu roubou as tábuas do destino e escapou para o deserto. Aquele que possuísse as tábuas do Destino, tornava-se no regente do universo. Ea então pede à deusa-mãe Belet-Ili para dar à luz a um herói divino capaz de derrotar Anzu. Belet-Ili dá à luz a Ninurta, mandando-o então para a batalha. Depois de uma luta eletrizante, Ninurta espeta o pulmão de Anzu com uma flecha, recapturando as tábuas do destino. O épico termina com elogios a Ninurta.
Apkalu: De acordo com as tradições mesopotâmicas, e conhecidos apenas por referências indiretas e por Berossus, Ea mandou sete sábios divinos, Apkalu, sob a forma de peixes "puradu" (carpas?), vindos do Absu para ensinar as artes da civilização (sumério "me") para a humanidade antes do dilúvio. Seus nomes são:
1. Adapa (U-an, chamado Oannes por Berossus),
2. U-an duga,
3. E-me-duga,
4. En-me-galama,
5. En-me-bulaga,
6. An-Enlida,
7. Utu-abzu.
Cada um é conhecido por outros nomes ou epítetos, sendo equivalentes a um rei da época anti-diluviana, daí seus nomes coletivos de ‘conselheiros’ ou "muntalku". Nesta capacidade, a eles é dado o crédito de terem construído as muralhas da cidade. Responsáveis por habilidades técnicas, ficaram também conhecidos como artífices, "ummianu" termo que mostra um possível trocadilho com um dos nomes de Adapa ou U-an. Alguns deles foram poetas, sendo a eles atribuídos os épicos de Gilgamesh e Erra. Eles foram banidos de volta para o Abzu por terem desagradado a Enki. Após o dilúvio, certos grandes homens das letras e exorcistas receberam o status de sábios, mas apenas como mortais. Alguns deuses como Ishtar, Nabu e Marduk - também reivindicam o poder de controlar os sábios. Na iconografia, os sábios são mostrados como homens-peixe ou com atributos de pássaros apropriados a seres do Mundo Subterrâneo.
Arali (Arallu): Nome do deserto entre Bad-tibra e Uruk, onde Dumuzi foi aprisionado, e talvez também uma terra mítica onde se achava oura, conhecida como Harallum. Mais tarde também um nome para o Mundo Subterrâneo.
Aruru: Um dos nome da Gree Deusa Mãe na mitologia babilônica. Veja Ninhursag.
Asakku: Veja Demônios.
Asarluhi (também escrito Asalluhi, Asarluxi): Deus de Ku'ara, filho de Ea, assimilado por Marduk. Possui poderes mágicos e de cura, sendo muito evocado na literatura de encantos e mágica..
Ashnan: Deusa dos grãos e cereais, tal qual Ceres. Filha de Enlil. A ela, foram dados por Enki os campos férteis da Suméria. Deusa de gree poder, com um culto forte e tendo Shakkan por consorte.
Asqulalu (arma): Objeto ainda sem identificação definida, arma de atirar. A palavra também pode significar um planta e um fenômeno atmosférico.
Assur (Ashur): Deus nacional da Assíria, epíteto do Enlil Assírio. Substitui Marduk como herói do Enuma Elish, na versão assíria. Patrono da cidade de Assur.
Atrahasis: Em sumério, o mais sábio, o herói do mito do dilúvio. Ensinado pelo deus Enki/Ea para construir a arca e escapar das águas torrenciais. O venerável rei de Shuruppak (próximo a atual povoação de Tell Fara), pai de Uta-Napishtim, o Babilônico Noé. Epiteto de Utnapishtim, e de Adapa.
Aya (Ai): "Aurora," a esposa do deus-sol babilônico Shamash.
Aiabba:O mar, o oceano, em semítico. Veja Tiamat.
Babilônia (Babil): "Portal dos Deuses", capital dos Babilônicos, situada no rio Eufrates. Patrono: Marduk. Residência de grandes reis a partir do segundo milênio. Também chamada de Shuanna.
Babiloniaca: Veja Berossus.
Bel:Título, Senhor, adotado por vários deuses como cabeças de seus panteons locais. O termo se refere a Marduk na Babilônia, Assur na Assiria, e Ninurta no épico Anzu.

Belet Ili (Ninhursag): "Senhora de todos os deuses", nome da Grande Deusa Mãe. A grande Deusa-Mãe dos sumérios, consorte adorada de Enki. Deusa suméria do útero e das formas. Os deuses lhe pediram para criar os homens, para que estes pudessem trabalhar o solo e construir canais, e mulheres, para que estas gerassem as futuras gerações de servos dos deuses. Ela criou inicialmente sete homens e sete mulheres, e como resultado, após 600 anos, homens e mulheres já tinham-se tornado numerosos na terra. Os mitos mais importantes a ela atribuídos estarão aqui nestas páginas.

Belet-seri: "Senhora dos espaços abertos (onde residem os espíritos)" deusa que faz os registros do Mundo Subterrâneo. Epíteto: Escriba da Terra.
Belili:Um dos nomes da deusa Geshtin-anna, irmã de Dumuzi, esposa de Nin-gishzida. Epíteto: ‘ Aquela que sempre chora .
Berossus: Sacerdote de Marduk na Babilônia. Escreveu Babiloníaca em grego, a cerca de 281 ANE para Antióquio I, a fim de narrar as antigas tradições culturais da Mesopotâmia para os gregos. O trabalho apenas é conhecido em partes, de citações feitas por outros escritores gregos.
Birdu: Deus do Mundo Subterrâneo, consorte da deusa Manungal. Assimilado com Meslamta'ea, um nome de Nergal.
Homem-touro: Palavra kusarikku, anteriormente traduzida como bisão. Criatura composta, morta em combate no mar por Ninurta, e um dos seres mortos por Marduk no Enuma. Elish. Presente na iconografia a partir dos primeiros períodos dinásticos.
Caldeus: Habitantes da Caldéia ou Baixa Mesopotâmia, onde se encontra Ur (Genesis 11:28), uma cidade antiga dos sumérios. Foram os sumérios que inventaram a escrita, a astrologia e as artes mágicas no quarto milênio antes da nossa era. Os sumérios foram admirados até os tempos romanos por seus conhecimentos nas artes da adivinhação e interpretação de sonhos. Veja Magos.
Calendário: Os Sumérios provavelmente foram os primeiros povos a terem o calendário, um instrumento importantíssimo sem o qual a agricultura não poderia ser planejada de forma adequada. Havia doze meses lunares no ano, mas como os meses eram menores do que os nossos, em geral era adicionado um décimo-terceiro mês, chamado de Elul. A semana tinha sete dias; o dia, dividido em seis partes de duas horas de duração, contendo trinta partes. Os babilônicos mediam o tempo através de relógios do sol ou da água. Podemos ver que nosso sistema do ano de doze meses e da semana de sete dias deve muito aos mesopotâmicos. O ano começava no Equinócio da Primavera (final de março/abril) e tinha os seguintes meses: Nisan; Iyyar; Sivvan; Tammuz; Ab ; Elul; Tisri; Marchesvan; Kislev; Sebut; Adar.  
Damkina:"Esposa fiel", deusa suméria, consorte de Enki, deus do Absu em Eridu.
Dannina: "Fortaleza", termo para o Mundo Subterrâneo.
Demônios: Na antiga Babilônia, são mencionados muitos demônios nas tábuas de argila, ex. Alu, que esmagava pessoas adormecidas. A demonesa Lamastu, de face clara e relhas de burro, de seios expostos e presas venenosas, matava bebês ainda no seio de suas mães. Doenças e tristezas eram tidas como personificações de demônios, de ambos os sexos. Grupos de demônios são os seguintes:
Asakku: (Sumério Asag), sete criados por Anu e derrotados por by Ninurta, uma vitória também atribuída a Nergal Gallu, termo que originalmente se referia também a polícia local.
Sebitti, "Os Sete".
Nomes acádios:
Bennu "Ataques"
Idiptu "Vento"
Libu "Cascudo"
Lamashtu, demonesa, também uma doença
Mimma lemnu "Algo terrível"
Miqut "parada cardíaca"
Muttabriqu "relâmpagos"
Pasittu "Aquela que tudo elimina" (um epíteto de Lamashtu)
Ugallu (leão demônio)
Rabishu "Aquele que anda de joelhos"
Sidana "Vaciladores"
Suruppu, uma doença causada pelas águas das enchentes
Tirid "Expulsão"
Umma "Febre"
Umu, um demônio das tempestades.
Nomes sumérios::
Saghulhaza, "Aquele que traz o mal"
Guardiôes dos portais do Mundo Subterrâneo:
Engidudu (também um epiteto de Erra), Endushuba, Endukuga, Endashurimma, Ennugigi, Enuralla/Nerulla, Nerubea.
Der: Cidade a Leste do Tigre, no Norte da Babilônia. Deus patrono: Ishtaran.

Dilmun: Cidade ou localidade, provavelmente o nome sumério para o paraíso. Ver Enki e Ninhursag.

Dimkurkurra: "Criador de leis" epíteto sumério de Marduk no the Epic de Creation.
Guardiões do Mundo Subterrâneo: Engidudu (também um epíteto de Erra), Endushuba, Endukuga, Endashurimma, Ennugigi, Enuralla/Nerulla, Nerubea.
Duku: Montanha sagrada, nome smério para o local cósmico em Ubshuukkinakku, onde os deuses se reuniam para decidir os destinos, e presente em todos os templos das maiores divindades da Mesopotâmia.

Dumuzi: " Filho fiel", deus sumério deus, consorte de Ishtar, irmão de Geshtin-anna, rei-pastor de Uruk, guardião do portal dos céus de Anu, junto com Gishzida, e pescador de Ku'ara. Passa metade do ano no Mundo Subterrâneo. Nome pronunciado Du'uzi na Assiria; chamado Tammuz ina Babilônia e Adonis na Grécia. Ver O CICLO DE INANA neste site.

Dunnu: Cidadde nas proximidades de Isin e Larsa na Mesopotâmia Central e importante no Período Babilônico Antigo.
Duranki: Elo entre o céu e a terra, nome do templo de Enlil e também usado para o próprio deus do Ar.
E-akkil: Templo do deus Pappsukkal em Kish.
Eanna: " Morada dos Céus", nome do templo de Anu e Ishtar em Uruk, também chamado de "Puro Tesouro".
Earth: Grande deusa na Teogonia de Dunnu; e um nome para Mundo Subterrâneo.
Ea-sharru: "Ea o rei" , ou nome de Enki.
Ea-engurra: Templo do deus Ea em Eridu.
Educação: Em geral, a educação de um jovem babilônico, de ambos os sexos e das camadas mais elevadas, envolvia o treinamento como escriba. Sabe-se que mulheres ricas tinham considerável liberdade e influência na Mesopotâmia. A educação de um ou uma estudante começava aos oito ou nove anos de idade. Após levantar-se ao nascer do sol, o estudante levava seu lanche para a escola, que era em geral conhecida como a "casa das tábuas". Na casa das tábuas [de escrita cuneiforme] ele encontrava seu(sua) professor(a). O diretor da escola, ou seja, a pessoa de cargo mais importante, tinha um título que pode ser traduzido como Especialista. Diferentes professores especializavam-se nos vários aspectos da cultura e da escrita da região. Em geral, um estudante mais velho tinha sob seus cuidados um estudante mais jovem. Os trabalhos estudantis em geral constituíam em fazer cópias de material contido em tábuas existentes, sendo que estas cópias eram feitas em tábuas de argila molhada. O objetivo da educação era obter o grau de escriba, e entender a linguagem dos homens e dos deuses.
E-galgina: "O palácio do Todo Sempre" nome de um local no Mundo Subterrâneo.
E-galmah: Templo da deusa Gula em Isin.
E-igi-kalama: Templo de Lugal-Marada em Marad.
E-halanki: Altar da deusa Zarpanitum na Babilônia.
Ekur: "Morada da Montanha" O templo do deus Enlil em Nippur, onde nasceu Ninurta.
E-kurmah: "Grande Morada da Montanha" o templo de Ninazu.
Elam: Pais ao Leste da Babilônia no Iraque moderno. Cidades importantes: Susa e Anshan. Idioma não é identificado com qualquer grupo conhecido, escrito em cuneiforme.

Ellil (Illil, Sumério Enlil): Deus sumério deus, cujos atributos e natureza ainda são incertos. O mais importante da geração mais nova dos deuses sumérios e acádios. Centro de culto Nippur. Templo chamado Ekur. Esposa: Ninlil/Mulittu; filho Ninurta. A interpretação antiga de seu nome como Senhor Vento/Ar é incerta. Epítetos: Rei das terras populosas. Símbolo: coroa em forma de chifre sobre o sinal de altar. Filho de Anu e Ki. Veja também Anzu, Ninurta.

E-meslam: Templo de Nergal em Kutha.
Enbilulu: Deus sumério deus da irrigação, canais e agricultura. Assimilado com Adad na Babilônia.
Engidudu: Veja Demônios e Erra.
E-nimma-anku: Nome de um templo desconhecido.
E-ninnu: "House de Fifty" Templo de Ningirsu in Girsu.

Enki: Sumério deus das águas doces, da sabedoria e das artes, que podia trazer os mortos à vida, pois dele era toda a fonte do conhecimento mágico da vida e da imortalidade. Adorado principalmente em Eridu, uma das primeiras cidades do mundo, e chamado de Ea na Babilônico, Rei do Absu. Enki possuía o secredo dos "me", termo que significa 'cultura, civilização", cuja base é o progresso pelo conhecimento que deve liderar a humanidade. Ele trouxe a civilização para as pessoas e assinalou a cada um o seu destino. Enki criou a ordem do universo, encheu os rios de peixes, inventou o arado para que os fazendeiros pudessem trabalhar a terra e criar gado. Enki saiu das águas do Golfo Pérsico como deus dos peixes. Sua esposa é Ninhursag.Veja Ea; ver também Enki e Ereshkigal; Enki e Inana. Ver MITOS DE ENKI neste site.
Enkidu (Previamente Ea-bani): Irmão de alma de Gilgamesh, o homem selvagem primitivo que se torna civilizado pela intercessão de uma iniciada do templo de Inana/Ishtar. Assimilado em parte por Shakkan como mestre dos animais e parte com Lahmu, como o herói primitivo.

Enkimdu: Deus sumério dos fazendeiros, proprietários de terra e agricultores.
Enkurkur: Senhor da Terra, título sumério.

Enlil: Na mitologia suméria, o mais importante e poderoso da nova geração dos deuses, o deus dos ares que também rege sobre a terra.

Enmesharra: Deus do Mundo Subterrâneo.
Enugi: Deus sumério da irrigação, dos canais, diques e atendente de Enlil.
Enushirgal Templo do deus da Lua em Ur.

Ereshkigal(Ninmenna): "Rainha da grande terra", "Rainha da Terra", irmã de Ishtar, esposa de Nergal, mãe de Ninazu. A babilônica Perséfone, esposa de Nergal, a deusa dos mortos do Mundo Subterrâneo. Muitoa hinos são dedicados a ela. Ver o mito de Nergal e Ereshkigal, e Eridan: Rio do Mundo Subterrâneo.

Eridu: Cidade muito antiga, ás margens do Golfo da Arábia. Também o nome de um bairro da Babilônia. Centro de culto do deus Ea/Enki.
Erkalla: "Grande cidade" Veja Mundo Subterrâneo.
Erra: Deus da guerra, da caça e das pragas. Etimologia "terra ardente" provavelmente incorreta. Assimilado com Nergal e Gerra. Templo Emeslam na cidade de Kutha. Epíteto Engidudu "Senhor que caça na noite". Veja Nergal. Deus babilônico da guerra, da morte e outros desastres. Seu maior aliado é a fome causada pelas secas. Pode ser identificado com Nergal, o deus da morte. Ele expressa a morte simbolicamente como letargia e estupor. A guerra tem sido sempre uma grande causa de morte ao longo de toda história da Mesopotâmia. Um dos primeiros poemas épicos a serem descobertos e gravados em tábuas de argila é o Épico de Erra. No início deste épico, Erra senta-se em seu trono no palácio, enquanto que suas armas, que são na realidade o espelho do deus, ou os demônios, Sibiti, se queixam da inatividade de seu senhor. Erra convence então o deus da Babilônia a visitar o Abzu. Erra está a ponto de destruir a Babilônia, quando o velho Ishum, ministro de Marduk, lhe diz: "Aqueles que fazem a guerra são ignorantes / A guerra mata os sacerdotes e os que não tem pecado." E apesar de Erra ter começcado a destruição da terra, ele é pacificado pelo sábio ministro, chamando seus cães de guerra de volta para si. Marduk retorna e tudo acaba em paz.
Erragal, Erakal: Provavelmente outro nome para Nergal, significando Erra, o grande. Provavelmente pronunciado como Herakles em grego.
E-sagila: Templo de Marduk na Babilônia, a "morada do céu e da terra".
E-sharra: Nome de vários templos, incluindo o de Anu em Uruk e de Assur na cidade do mesmo nome.
Eshgalla: "Grande Altar"
Eshnuna: Reino ao leste do rio Tigre, incluiu Ishchali, onde material com o mito de Gilgamesh foi escavado, e Tell Hadad, onde foi encontrado o mito de Erra e Ishum..
E-sizkur: "Morada da prece".
E-sikil: "Pura morada", nome do templo de Tishpak (anteriormente de Ninazu) em Eshnuna.
Etana: 12º Rei de Kish após o Dilúvio, pai de Balih; 13º rei-deus da dinastia suméria que reinou na cidade de Kish. Apesar de ter sido escolhido por Anu e rezar diariamente para Shamash, pedindo por um herdeiro, Etana não tinha filhos. Shamash disse-lhe então para libertar uma águia, que havia sido aprisionada por uma serpente. Etana libertou a águia, e esta, em gratidão, carregou o rei nas costas até os céus. Lá, Etana, em frente ao trono de Ishtar, suplicou por um filho. Ishtar dá a ele a planta do nascimento, que Etana provavelmente teve de comer juntamente com sua esposa. Sabemos que finalmente Etana teve um filho. Foi encontrado um épico incompleto sobre Etana.
E-temen-anki: Nome da grande torre Ziggurat de Marduk na Babilônia.
E-ugal:Nome de the templo de Ellil in Dur-Kurigalzu (Veja também Parsay).
Eufrates:Rio da Mesopotamia. Nome acádio:Purattu, e hittite Mala.
Gerra: Sumério Gibil, deus do fogo, assimilated with Erra e Nergal, filho de Anu e Anunitu.

Gilgamesh (Bilgamesh, Galgamishul, anteriormente também escrito/lido como Izdubar): Rei de Uruk, filho de Lugalbea e Ninsun no épico do mesmo nome. Nome pode significar "o antigo ancestral tornado jovem" em sumério. Chamado de deus em alguns textos antigos. Epíteto mais recente: Rei da Terra.

 Girsu: Importante cidade sSuméria do terceiro milênio antes da nossa era. Deus patrono: Ningirsu.
Gishzida (Gizzida, Nin-gishzida): "Madeira de confiança", deus sumério em geral colocado no mesmo patamar de Dumuzi, filho de o de Ninazu, consorte de Belili, guardião dos portais de Anu. Centro de culto: Gishbea, entre Lagash e Ur. Símbolo: serpente coroada.
.Gudéia: Regente da cidade de Lagash c. 2199-2180 BC. Autor de longas inscrições em sumério.
Gushkin-bea: Nome do deus patrono da metalurgia.
Gucianos:Inimigos bárbaros das cidades mesopotâmicas, que causaram muita destruição no terceiro milênio antes da nossa era.
Haharanu:Um deus, funções e significado do nome desconhecidos.

Hamurabi: Rei da Babilônia 1848-1806 ANE. Autor do famoso código de leis.

Hanigalbat: Nome dado ao reino huriano de Mitani, a Noroeste da Assíria.
Hayyashum: Um deus, de função e significado do nome ainda incerto.
Hehe: Nome de uma montanha mitológica, local de nascimento de Anu.
Hendursanga: "Ldety mace" epithet de Ishum as herald de Sumer.

Homem-Mulher Escorpião: Criaturas compostas, algumas vezes benéficas ao homem. Guardiôes da montanha Mashu. Na mitologia suméria, os guardiões da terra dos imortais. Um dos desafios enfrentados por Gilgamesh em sua busca pela imortalidade

Escravos: Uma grande parte dos trabalhos era feita por escravos. Um homem pobre em geral não os tinha, mas reis e templos tinham muitos deles. Escravos eram marcados, e tinham cabelos curtos, para serem logo identificados, se fugissem. Escravos eram em geral estrangeiros capturados em batalhas e seus descendentes. Havia, entretanto, várias formas de ganhar a liberdade (ver Código de Hamurabi). Por exemplo, se um escravo se casasse com uma mulher livre, ele adquiria liberdade. A vida de escravo podia Ter vantagens, pois em geral escravos eram propriedade de pessoas de posses, e portanto, melhor do que a vida de uma pessoa livre, mas muito probre.
Horticultura: A maior cultura, principalmente na Babilônia, era a cevada, que começava a ser cultivada em Julho ou Agosto. Os campos eram primeiramente arados e trabalhados para tornar a terra seca e lamacenta própria para agricultura. Antes de dezembro começava a plantação. O implemento mais usado era chamado de arado plantadeira. O arado criava uma abertura na qual a semente era jogada usando um funil. Uma pessoa caminhava ao lado do arado plantadeira, colocando a semente em intervalos regulares. Isto significa que todas as sementes eram enterradas a igualmente a uma certa profundidade. Este implemento só passou a ser conhecido e usado na Grã-Bretanha, por exemplo, na época medieval (cerca de 1600 da nossa era.). Entre a plantação e a colheita, havia o uso intensivo da irrigação. Em Maio, começava a colheita, para a qual era em geral necessário alocar mais mão de obra, ex. escravos e crianças, ou seja, os filhos do fazendeiro. Os trabalhos eram feitos em grupo, onde a primeira pessoa cortava a cevada, a Segunda juntava o material e a terceira o empilhava. Os últimos estágios, que exigiam habilidade considerável, eram a separação e seleção dos grãos
Hubur: Em sumério, o rio Ilurugu, situado no Mundo Subterrâneo, um rio de provações usado para resolver disputas. A mesma palavra dá o nome a um afluente do rio Eufrates na Síria.

Humbaba (Humwawa):Guardião da floresta dos pinheiros, derrotado por Gilgamesh e Enkidu, ancestral das Górgonas gregas. Sua voz é chamada de arma de Abubu.

Hurabtil:Deus elamita, também chamado Lahurabtil.
Igigi: Termo sumério para os grandes deuses e deusas da geração mais nova, liderados por Enlil, freqüentemente identificados com os Anunaki.
Ilabrat: Vizir de Anu.

Illil: Veja Ellil/Enlil.

Imdugug: Veja Anzu.
Imgur-Ellil: Nome das muralhas defensoras da Babilônia.
Irnini (Irnina):Deusa da guerra assimilada por Ishtar.
Ishara: Deusa do casamento e do parto, protetora de juramentos. Centro de culto: Kisurra na Babilônia. Símbolo: escorpião.
Ishkur:Veja Adad.

Inana/Ishtar:1. Grande deusa suméria do amor e da guerra, cujo consorte é Dumuzi. 2. Deusa babilônica, "Senhora do Céu e da Terra". Na tradição de Uruk, filha de Ningal e Nana, irmã do deus Sol Utu. Símbolos: roseta, estrela matutina e vespertina. A divindade feminina mais fascinante da Mesopotâmia, Amante e Amada por excelência, consorte sagrada de monarcas. Identificada com a egípcia Isis, com a grega Vênus/Afrodite, com a fenícia Astarte e com a cananéia Astoret. Na Babilônia, a deusa de maior culto, sendo que pelo monumental Portal de Ishtar era um dos portais da cidade. Esposa de Dumuzi/Tamuz, sendo personagem de muitos mitos importantes e hinos. O leão, o touro e dragões também são animais consagrados a ela. Ver O CICLO DE INANA, neste site, tradução do trabalho magistral de Kramer e Wolkstein (1983).

Irkalla: Nome babilônico para a deusa do Mundo Subterrâneo. Veja Ereshkigal.
Ishkhara: Deusa babilônica do amor, sacerdotisa de Ishtar.
Ishtaran:Veja Angal.
Ishullanu: Jardineiro do deus sumério Anu, que oferecia cestas de tâmaras para Ishtar, por quem era apaixonado. Por ter sido extremamente possessivo com relação a ela, Ishtar transforma-o num sapo.
Ishum: Deus do fogo e conselheiro de Erra. Assimilado com Hendursanga. Sábio ministro de Marduk no épico de Erra.
Kabti-ilani-marduk: Descendente de Dabibi, autor de Erra e Ishum.
Kakka: Vizir e ministro de Anu. Personagem de grande importância no mito de Nergal e Ereshkigal.
Kaksisa: Deus babilônico das estrelas; Sirius.
Kalah: Moderna Nimrud, capital dos reis assírio no início do primeiro milênio antes da nossa era. Centro de culto de Ninurta.
Kalkal: Guradião de Enlil em n Nippur.
Kar-usakar: Cáis da lua crescente em Eridu.

(K)huluppu: A Árvore da Vida na cosmologia babilônica, encontrada às margens do rio Eufrates. Sua madeira tem poderes medicinais. Ver A Árvore de Hulupu em O Ciclo de Inana.
Ki: Deusa suméria da terra, mãe de Enlil, o deus dos ventos e do ar.

Kish: Antiga cidade, a primeira a se obter emancipação após o dilúvio, de acordo com a Lista de Reis Sumérios. A parte leste da Babilônia ligava-se a Kish por um canal. Centro de culto de Inanna/Ishtar (templo E-hursag-kalama) e Zababa (templo E-mete-ursag). Veja Etana.
Kishar: Deus da geração antiga, consorte de Anshar.
Kullab: Nome de bairro de Uruk e também da Babilônia.
Kush: Deus dos rebanhos.
Kutha: Centro de culto de Nergal, cidade near Babilônia. Templo Emeslam.
Lamashtu: Veja demônios.

Lugalbanda: Pai de Gilgamesh,rei de Uruk, filho de Emerkar, herói endeusado de muitas histórias sumérias. Consorte de the deusa Ninsun, nativo de Kullab, bairro da cidade da Babilônia..

Lugal-dimmer-ankia: Sumério title "Rei de the deuss de heaven e earth"
Marduk (Assírio: Assur; Sumério: Enlil; Grego: Zeus): Deus patrono da Babilônia, consorte de Zarpanitum. Templo Esagila, zigurate E-temen-anki. Epíteto: Bel (Senhor). Protetor da agricultura, da justiça e do direito. Filho de Enki/Ea, pai de Nabu, criou ventos e tempestades como Zeus. Também lutou e venceu Tiamat para criar a ordem e o universo. Personagem principal do mito da criação Babilônica, outro grande épico mesopotâmico, chamdo de Enuma Elish.

Mashu: Montanha nos confins do mundo, onde o sol nasce. Guardada por seres metade humanos, metade escorpiões. Nome significa gêmeo. Ver A Cura de Gilgamesh.

Melqart: Deus fenício, equivalente a Nergal. Nome significa "Senhor da Cidade" Patrono de Tira. .
Muhra: face que olha nas duas direções, nome dos guardiões do Mundo Subterrâneo.Veja também Ushmu.

Mulliltu, Mullita: Deusa babilônica deusa, chamada Mullissu em assírio, Ninlil em sumério, e Mylitta em Grego. Consorte de Ellil e Assur. Venerada em Nippur. Ver Enlil e Ninlil.

Mummu: Vizir do Absu.
Mundo Subterrâneo: Conhecido por diversos nomes: A fortaleza de Danina; Arali; Kutha (cidade da qual Nergal era patrono); Meslam (templo de Nergal em Kutha); As Regiões Inferiores: saplatu; O Grande Local: kigallu, gingal; Terra da Qual não se Retorna: Kurnugi; Grande cidade: Erkalla; Grande Portal, chamado Ganzir, palácio Egalgina. Regido por Ereshkigal e Nergal; tendo Belet-Seri. Como escriba. Juízes: os Anunnaki e Gilgamesh.
Mushussu: "Serpente rubra/furiosa" , dragão ou monstro composto. Símbolo de Marduk.
Música:- era principalmente usada para acompanhar o relato de uma história ou para entoar um verso. Era usada tanto para cerimônias religiosas como entretenimento. A maior parte delas era acompanhada por instrumentos, como a flauta de junco, a lira, o tambor e tamborins, a trombeta e a harpa
Nabu (Nebo): Deus da escrita e da sabedoria. Templos chamado Ezida, possuindo altares importantes nas cidades de Borsipa, Suza e Tashmetum. Culto começa a Ter proeminência a partir do século VIII antes da nossa era. Como o deus mesopotâmico da linguage, eloqüência e sabedoria, era o padroeiro dos escribas (homens e mulheres). Filho de Marduk, tinha como esposa Nidaba, também deusa da escrita e dos escribas, como mensageiro dos deuses ele podia ser comparado a Hermes. Adorado pelos babilônicos, e um exemplo disso é o nome do famoso imperador Nabucodonossor, que quer dizer literalmente "Nabu triunfa".
 Nabunassar (Nabu-nasir): Rei da Babilônia 747-734 BC, período no qual se acredita ter iniciado uma grande prosperidade.

Namu: Deusa-mãe suméria, mãe de Enki e Ereshkigal. Deusa dos Mares, que criou o céu e a terra.
Nana: Deus sumério da Lua, da cidade de Ur, amado de Ningal. Sumério moon-deus de the cidade de Ur. Também chamado Sin, filho de Enlil e Ninlil.

Nedu/Neti: "Doorkeeper" nome de the doorkeeper de the Mundo Subterrâneo.

Nergal: Também pronunciado Erakal, "Lord de Erkalla (the grande cidade)", escolhido de Ereshkigal no mito "Nergal e Ereshkigal" . Assimilado com Erra, com muitos aspectos depois assimilados pelo grego Hércules. Templo Emeslam. Parcialmente assimilado com Gilgamesh como juíz do Mundo Subterrâneo, e com Ninurta.

Ninazu: Deus de Eshnunna. Templo chamado E-sikil e E-kurmah. Filho de Enlil e Ninlil, concebido durante a descida de Enlil e Ninlil ao Mundo Subterrâneo, pai de Ningishzida. Substituído por Tishpak como patrono de Eshnunna. Deus babilônico da cura, mágica e encantamentos.

Nínive: Capital dos reis assírios, nos séculos sétimo e oitavo antes da nossa era. Centro de culto de Ishtar.

Ningal: Amada consorte de Nana/Suen, o deus da Lua, mãe de Utu, o deus do Sol e Inana, a grande deusa do amor e da guerra.

Nin-shubur: Divindade feminina na Suméria, masculina em acádio. Vizir de Anu e de Ishtar. Assimilada com Ilabrat e Papsukkal. Ver Enki e Inanae A Descida de Inana.

Nummu (Ninsar): Deusa suméria das plantas, filha de Enki. Ela torna-se esposa de seu pai para dar à luz à deusa Ninkurra, que também se casa com seu avô Enki para conceber Uttu, a deusa dos teares e das aranhas. Ver mito de Enki e Ninhursag.

Nin-Sun: Deusa suméria e babilônica, da cidade de Uruk, mãe de Gilgamesh.
Nintu:Nome de Ninhursag.
Ninurta: Provavelmente pronunciado Nimrud e Enurta algumas vezes. Deus guerreiro sumério, vencedor heróico de muitas vitórias, deus da agricultura e da fertilidade. Filho de Ellil. Assimilado com Ningirsu. Templo: E-padun-tila , tendo talvez o seu templo principal situado em Nippur. Líder dos Anunaki no mito de Anzu. Como Marte, Ninurta é patrono daqueles que trabalham com cobre, os primeiros mineiros do planeta.
Nipur: cidade da Mesopotamia central, Centro de culto de Ellil, templo principal: Ekur.
Nisaba (Nissaba): Deusa suméria das artes do escriba, protetora das escolas, professores e estudantes. Seu símbolo é o cálamo, um tipo de junco duro, usado para escrever, colocado sobre o símbolo de altar. Ela também era considerada a deusa protetora da agricultura, da vegetação ordenada e da mágica.
Nisir: O monte bíblico Ararat, onde finalmente aportou a arca de Ut-Napishtim .
Nudimmud: Nome sumério de Ea como deus criador. Ver MITOS DE ENKI, neste site.
Nusku: Deus da luz, com importantes altares junto ao deus da lua em Harran e Neirab. Vizir de Anu e de Ellil. Símbolo: Lâmpada.
Oannes: Grego para Uan, um dos nomes de Adapa.
Oferendas: Oferendas de farinha, "mashatu" eram cozidas e espalhadas.; Oferendas de fumaça "qutrinnu", as quais os deuses podiam sentir o cheio nos céus.;Incenso ou "mussakku"; Oferendas de apresentação "taqribtu"; Oferendas de comida, "nindabu" freqüentementen de pão; Oferendas regulares "ginu"; Sacrifiícios, freqüentementen de ovelhas.
Pabilsag: Deus de Larak, cidade importante antes do Dilúvio.
Pagalguena: "Grande canal de Guenna (governador de Nippur)", outro t´tulo de Marduk no Enuma Elish.
Panigara (Pap-nigin-gara): Deus guerreiro, assimilado por Ninurta. Epiteto: "Senhor dos marcos de pedra."
Papsukkal: Vizier dos grandes deuses, templo E-akkil em Kish. Assimilado com Ilabrat e Ninshubur. Servia principalmente Enki.
Parsay: Nome de Dur-Kurigalzu, capital cassita, próxima a Bagdad.
Puzur-Amurri: "Secredo do Deus do Oeste" nome do barqueiro de Ut-napishtim durante o dilúvio no Épico de Gilgamesh.
Pazuzu: Demônio mesopotâmio do Vento Sul, com quatro asas e cabeça de leão 

Pukku: Na mitologia babilônica, o tambor que Ishtar deu a Gilgamesh. Ver A Árvore de Huluppu.

Puzur-Amurri: O navegador da arca babilônica.
Qingu (Reiu): Nome do líder da batalha do Enuma Elish que lutou do lado de Tiamat. Segura as Tábuas do Destino. Significado do nome desconhecido.
Ramman, Rimmon: "Aquele que faz a terra tremer," nome de Adad. Veja Adad.
Resheph: Deus sírio da guerra, com cabeça de gazela.
Rim-Sin: Rei de Larsa do período dinástico sumério. Rim-Sin excavou o rio Eufrates com suas mãos, pois ele foi um grande gigante.
Salbatanu: Deus babilônico e planeta Marte.
Sargão II: Rei da Assíria, 721-705 Antes da Nossa Era. Escreveu uma longa descrição de sua oitava campanha sob a forma de uma carta ao seu deus pessoal.
Sebitti: O grupo dos sete demônios que marcham com Erra para a guerra. As Plêiades. Demoníacos em algumas tradições, bons em outras. Filhos de Anu e Ki.
Senaqueribe: Rei da Assíria a cerca de 704-681 Antes da Nossa Era. Saqueou a Babilônia em 689 BC. Estabeleceu Nínive como sua capital, com palácio real e biblioteca.
Serpente: O predecessor mitológico da Serpente é o deus sumério deus Enki, o babilônico Ea, deus que rege a terra onde vivem todas as criaturas. Os antigos semitas associavam a serpente com o deus da lua, Nana, talvez pela capacidade de renovação atribuída às serpentes.
Sete Sábios: Veja Apkalu.
Shakkan (também chamado Sumuqan e Amakeu): Deus dos rebanhos e pastores, em geral colocado juntamente com Anshan, o deus dos cereais. Também pronunciado Shahan.
Shamash (Sumério Utu, Hebreu Shemesh, Arábico Shams): Deus-sol, patrono de Sipar e Larsa, templos chamado E-babbar. Espousa Aya/Anunitum: deus da justiça e das profecias. Título "meu sol" significa "majestade", conferido a reis mortais e deuses chefes de um panteon espercífico. Na Babilônia, o deus-sol era o protetor da justiça e da verdade, juiz do céu e da terra, patrono de Gilgamesh. Filho do deus da lua Sin, irmão de Ishtar e marido de Aya. Primeiramente venerado em Sipar e Larsa, seu culto espalhou-se por Canaã e Palestina, Arábia e Pérsia. Shamash é mostrado com raios flamejantes saindo de seus ombos, saltando entre montanhas, com tiara de chamas na cabeça e espada de serra. Foi sob sua autoridade que o rei Hamurabi compôs o primeiro código de leis da humanidade. No Egito, era identificado com Ra.
Shapash: Deusa do sol ugarítica, a forma feminina de Shamash, muitas vezes chamada de ‘a tocha dos deuses’.

Shamhat: Também pronunciado Shakat, "voluptuousa" nome da iniciada mandada até Enkidu. Provavelmente pertencia ao culto pessoal do templo de Ishtar em Uruk. Ver Enkidu e a Sacerdotisae A Cura de Gilgamesh.

Shara: Deus sumério da cidade de Umma, moderna tell Djoha, Nordeste de Uruk. Filho de Ishtar. Epíteto: Herói de Anu.
Sharur: Arma pessoal de Ninurta/Ningirsu.
Shuanna: nome para a Babilônia, originalmente o bairro onde se encontravam os templos principais.
Shullat Deus pouco conhecido, consorte de Hanish. Servo do deus sol. Deus babilônico equivalente a Hermes, o mensageiro divino.
Shulpae: Deus sumério com uma série de atribuições, incluindo fertilidade e poderes demoníacos. Consorte de Ninhursag. Identificado pelo planeta Júpiter.
Shurrupak: cidade de Ut-Napishtim no parte central do Sul da Mesopotâmia. Identificada como a moderna Tell Fara.
Shushinak: Deus patrono de Susa, a oeste de Elam.
Shutu: Deus sumério do Vento Sul.
Sibitti: Na mitologia babilônica, os deuses do inferno e servos de Erra, o deus da morte. Eram os deuses das batalhas e das armas, adoradores do combate e detestando a vida calma das cidades. Erra persuadiu Marduk, o deus da ordem e da justiça, para tirar férias nas Esferas Superiores. Assim que Marduk se foi, confusão e desordem foram instalados. Ver o mito Erra e Ishum.
Sibzianna: Deus sumério do firmamento; Orion.

Siduri (Siduru, Sabatu): Nome da Divina Dona das Tavernas, deusa dos licores e da sabedoria. O equivalente a Hebe, a deusa das bebidas sagradas, mostrada em geral sentada no alto dos céus, tendo uma videira às suas costas. Ver A CURA DE GILGAMESH.
Sin (Suen, Sumério Nana): Semítico Erah, deus da Lua de Ur, Harran, e Neirab. Consorte de Nikkal (Sumério: Ningal). Símbolo: disco em forma de crescente. Protetor dos Juramentos. O deus da Lua na Suméria e da Babilônia, regente do calendário. Frequentelmente pintado com chifres e uma longa barba de lapis lazuli. Seu templo era chamado Enushirgal, onde Gilgamesh orou para ele. Seus oráculos continham comentários que mesmo os deuses deviam escutar. O eclipse da lua era tido como sinal de desastre iminente para a terra.

Sipar: cidade de Shamash e Aya/Anunitum, no Eufrates, ao Norte da Babilônia. Epíteto: a cidade eterna.
Sirsasa (também Saria): Nome do monte Hermon no Líbano.
Sirsir: Deus barqueiro, patrono dos marinheiros.
Subartu: Provavelmente um termo geral para os países ao Norte da Assíria.
Sultanpepe (antiga Huzirina): local próximo a Harran onde arqueólogos acharam textos escolares, incluindo tábuas de exercícios de composições literárias. Estes textos provavelmente foram originados das bibliotecas da Assíria nos séculos oitavo e sétimo antes da nossa era.
Susa: Capital ocidental do reino elamite reidom, nas montanhas de Zagros. Deus patrono: Shushinak.
Suteanos: Nômades semíticos do oeste, que apareceram ao final do segundo e no in[icio do primeiro milênio. Inimigos tradicionais dos acádios.
Tábua dos Destinos: Tábua em cuneiforme na qual eram escritos os destinos. Dava poder supremo a quem a possuísse. Antecedente do Livro do Destino no Livro dos Jubileus e da Lei Pré-Islmâmica al-mahfuz, "tábua da preservação" sobre a qual eram escritos os desígnios de Alah. Acompanhada pelo selo dos destinos.
Taklimtu: Ritual assírio durante o mês de Dumuzi (final de Junho), quando a estátua de culto de Dumuzi Tammuz), ainda jovem e bonito, era colocado em um ponto de Nínive. Este ritual marcava o final da primavera. umuzi é o consorte de Inanna/Ishatar.
Tamuz (Dumuzi): Deus babilônico da primavera, das flores, das plantas verdes e dos filhotes dos rebanhos. Ver O CICLO DE INANA, neste site.
Tarbisu: Povoação antiga, ao Norte de Nínive. Centro de adoração de Nergal.
Tell-Haddad: Local perto do rio Diyala river, a leste do Tigre, antiga Me-Turan.
Tell Harmal: Local perto de Baghdad, antiga Shaduppum.
Tiamat (também pronunciado Tiwawat e Tamtu, provavelmente pronunciado Tethys em grego Iônico, conhecida como Ayabba em semítico ocidental): Mar, águas salgadas personificadas como a grande Deusa-Mãe da primeira geração dos deuses no Enuma Elish. Esposa de Absu. Epitomiza o caos.
Tigre: Rio do Leste da Mesopotâmia, antigo "Idiglat"
Tirana: Nome de Uruk, significa ‘arco-íris’, usada no período Selêucido.
Tishpak: Deus patron deus de Eshnunna. Natureza incerta. Provavelmente assimilado com Ninazu.
Tutu: Nome de um deus criador sumério.
Ubara-Tutu: Pai de Ut-napishtim, Rei de Shuruppak, que reinou por 18.600 anos, de acordo com a Lista dos Reis Sumérios.
Ubshu-ukkinna, Ubshu-ukkinakku: Nome sumério nome para a sala da assembléia dos deuses presente em muitos templos. Contida na montanha sagrada Duku.
Ugarita: Cidade datada da época da Idade do Bronze na Síria, onde foram descobertos muitas tábuas escritas em cuneiforme. Algumas tábuas escritas em cuneiforme, mas em cananeu, também são conhecidos como material de Ugarit.
Ukur: Deus do Subterrâneo deus, vizir de Nergal, talvez também assimilado por Nergal.
Ulaya: Rio de Karkheh a Oeste do Irã.in Western Iran
Ummanu:Os Sete Sábio, que escreveram os grandes poemas épicos, como Erra e Gilgamesh.
Ur: Cidade poro ás margens do rio Eufrates, próxima ao Golfo. Deus patrono: Nana/Sin. Templo E-kishnugal, local sagrado das sacerdotisas Entu, as princesas reais.

Urshanabi:Sumério Sur-sunabu. O barqueiro babilônico. No Épico de Gilgamesh, o barqueiro de Utnapishtim, o Noé babilônico.

Uruk: Cidade na Baixa Mesopotâmia. Reis incluem Enmerkar, Lugalbanda e Gilgamesh. Deuses patronos: Anu e Ishtar. Templo principal: Eanna. Também conhecida como Tiranna, "a cidade do arco-íris" no período Selêucido. Agora chamada Guerraka, no Sul do Iraque.
Ushmu, Usmu, Ismud: Deus sumério, dotado de duas faces, vizir de Enki/Ea. Talvez também conhecido em acádio como Muhra.
Ut-Napishtim: O Noé babilônico Noah, cujo nome significa " aquele que achou a vida", ou seja, tornou-se imortal. Herói do Grande Dilúvio no Épico de Gilgamesh.

Uttu: Deusa suméria da terra e das plantas, filha de Enki, e Ninkurra. Ver Enki e Ninhursag.

Utu: Deus Sol sumério, filho de Ningal e Nanna.
Ventos: Quatro ventos para os pontos do compasso;
O Vento Sul, é caprichoso e feminino, chamado de ´Respiração de Enki`,
O Vento Norte, chamado Istanu, tido como moderado e aprazível;
O Vento Sul, chamado Sadu, literalmente Vento da Montanha;
Vento Leste, ou Amurru.
Também existem sete ventos maldosos, referidos como 'ventos do mal' ou 'Imhullu"
Tempestade: Mehu
Redemoinho: Asamsatu
Tornado Imsuhhu
Wer: Também Mer, Ber, e Iwer, deus das tempestades, patrono de Humbaba, identificado com Amurru e Adad.
Zababa (também Zamama): Deus guerreiro, patrono de Kish, templo E-meteursag. A etimologia do nome é incerta. Ele aparece no Período Sumério Antigo e seu nome consta dos tempos pré-sargônidos. Foi um deus da cidade de Kish, um guerreiro posteriormente identificado com Ningirsu e Ninurta. Diz-se também que Inana em seu aspecto de deusa-guerreira é esposa de Zababa/Baba. Em inscrições hititas o ideograma sumério ZABABA pode signifcar deuses guerreiros de um certo lugar.
Zakar (Dzakar):Deus babilônico dos sonhos, sendo que os sonhos na Antiga Mesopotâmia traziam mensagens dos deuses para os homens.
Zappu:Divindade babilônica das Pleiades.
Zarpanitum (Sarpanitum): Deusa da gravidez, esposa de Marduk na Babilônia. Também chamada de Erua.
Zigurate:torre de templo, com degraus ou subida em espiral leveo ao topo, símbolo da união do céu e da terra. No ponto mais alto do ziggurat, encontra-se um templo ou altar sagrado.

Ziusutra: Sacerdote-rei sumério e sobrevivente do Grande Dilúvio. Ver A Cura de Gilgamesh.

Zu : Na mitologia babilônica, deus-pássaro e inimigo dos grees deuses, por ter roubado as Tábuas do Destino. Os deuses ficam impotentes frente ao acontecido. Finalmente, o rei Lugalbea, pai de Gilgamesh, foi capaz de recuperar as Tábuas do Destino, após matar Zu. Na mitologia assíria, Marduk é quem esfola o crânio de Zu. Num outro mito, foi Ninurta o herói e matador de Zu (versão escolhida nesta obra).

[editar] Ligações externas


(fonte:http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/glossa1.html)

A busca por Deus ou pelo conceito PLENO da Divindade costuma ser encarada pelamaioria dos estudiosos como algo progressivo na História humana que desembocaria no conceito 'perfeito' da Divindade monoteista que temos hoje dominando a maioria das mentes religiosas da Terra.


Mas será que isto procede?


Teria uma lógica embutida nisto!?


Ou Deus e suas peculiaridades continuam infinitamente distantes das conceituações humanas.


Vejamos então o que o monoteismo teria a nos dizer....




DEUS na visão monoteista

Ao longo da história da humanidade a ideia ou compreensão de Deus assumiu várias concepções em todas sociedades e grupos já existentes, desde as primitivas formas pré-clássicas das crenças provenientes das tribos da Antiguidade até os dogmas das modernas religiões da civilização atual.
Deus muitas vezes é expressado como o criador e Senhor do universo. Teólogos têm relacionado uma variedade de atributos para concepções de Deus muito diferentes. Os mais comuns entre essas incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência (bondade perfeita), simplicidade divina, zelo, sobrenatural, eternidade e de existência necessária.
Deus também tem sido compreendido como sendo incorpóreo, um ser com personalidade divina, a fonte de toda a obrigação moral, e o "maior existente".[1]
Estes atributos foram todos suportados em diferentes graus anteriormente pelos filósofos teológicos judeus, cristãos e muçulmanos, incluindo Rambam,[2] Agostinho de Hipona[2] e Al-Ghazali,[3] respectivamente. Muitos filósofos medievais notáveis desenvolveram argumentos para a existência de Deus,[3] tencionando combater as aparentes contradições implicadas por muitos destes atributos.

Índice

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[editar] Etimologia e uso

Tanto a forma capitalizada do termo Deus, quanto seu diminutivo, que vem a simbolizar divindades, deidades em geral, tem origem no termo latino para Deus, divindade ou deidade. Português é a única língua românica neolatina que manteve o termo em sua forma nominativa original com o final do substantivo em "us", diferentemente do espanhol dios, francês dieu, italiano dio e do romeno, língua que distingue Dumnezeu, criador monoteísta e zeu, ser idolatrado. O latim Deus e divus, assim como o grego διϝος = "divino" descendem do Proto-Indo-Europeu*deiwos = "divino", mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus). Na era clássica do latim o vocábulo era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos e atualmente no mundo cristão é usada hodiernamente em frases e slogans religiosos, como por exemplo, Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco",o hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus, "A Vós, ó Deus, louvamos"e a expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina. Virgílio com Dabit deus his quoque finem, "Deus trará um fim à isto". O grito de guerra utilizado no Império Romano Tardio e no Império Bizantino, nobiscum deus, "Deus está conosco", assim como o grito das cruzadas Deus vult, "assim quer Deus", "esta é a vontade de Deus". Em latim existiam as expressões interjectivas "O Deus meus" e "Mi Deus", correspondentes ao português (Oh) meu Deus!, (Ah) meu Deus!, Deus meu!. Dei é uma forma flexionada ou declinada de Deus, usada em expressões utilizadas pelo Vaticano, como as organizações católicas apostólicas romanas Opus Dei (Obra de Deus, sendo obra oriunda de opera), Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e Dei Gratia (Pela Graça de Deus). Geralmente trata-se do caso genitivo ("de Deus"), mas é também a forma plural primária adicionada à variante di. Existe o outro plural, dii, e a forma feminina deae ("deusas"). A palavra Deus, através da forma declinada Dei, é a raiz de deísmo, panteísmo, panenteísmo, e politeísmo, ironicamente tratam-se todas de teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da vida humana. Essa circunstância curiosa originou-se do uso de "deísmo" nos séculos XVII e XVIII como forma contrastante do prevalecente "teísmo".Deísmo é a crença em um Deus providente e interferente. Seguidores dessas teorias e ocasionalmente, seguidores do panteísmo, podem vir a usar em variadas línguas, especialmente no inglês o termo "Deus" ou a expressão "o Deus" (the God), para deixar claro de que a entidade discutida não trata-se de um Deus teísta. Arthur C. Clarke usou-o em seu romance futurista, 3001: The Final Odyssey. Nele, o termo "Deus" substituiu "God" no longínquo século XXXI, pois "God" veio a ser associado com fanatismo religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o Deísmo. São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים, אלהים) para o latim como Deus. A palavra pode assumir conotações negativas em algumas utilizações. Na filosofia cartesiana, a expressão Deus deceptor é usada para discutir a possibilidade de um "Deus malévolo" que procura iludir-nos. Esse personagem tem relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento. Outra é deus otiosus ("Deus ocioso"), um conceito teológico para descrever a crença num Deus criador que se distancia do mundo e não se envolve em seu funcionamento diário. Um conceito similar é deus absconditus ("Deus absconso ou escondido") de São Tomás de Aquino. Ambas referem-se a uma divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de contemplação ou exame ocular de ações divinas in loco. O conceito de deus otiosus frequentemente sugere um Deus que extenuou-se da ingerência que tinha neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um Deus que conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures. A forma mais antiga de escrita da palavra germânica Deus vem do Codex Argenteus cristão do século VI. A própria palavra inglesa é derivada da Proto-Germânica "ǥuđan". A maioria dos lingüistas concordam que a forma reconstruída da Proto-Indo-Européia (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa também "chamar" ou "invocar".[4] A forma capitalizada Deus foi primeiramente usada na tradução gótica Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego "Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar uma distinção entre um "Deus" monoteísta e "deuses" no politeísmo.[5] Apesar das diferenças significativas entre religiões como o Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, a Fé Bahá'í e o Judaísmo, o termo "Deus" permanece como uma tradução inglesa comum a todas. O nome pode significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo primitivo de Akhenaton e Zoroastrismo.

[editar] Nome

A palavra Deus no latim, em inglês God e suas traduções em outras línguas como o grego Θεός, eslavo Bog, sânscrito Ishvara, ou arábico Alá são normalmente usadas para toda e qualquer concepção. O mesmo acontece no hebraico El, mas no judaísmo, Deus também é utilizado como nome próprio, o Tetragrama YHVH, que acredita-se referir-se à origem henoteística da religião. Na Bíblia, quando a palavra "Senhor" está em todas as capitais, isto significa que a palavra representa o tetragrama.[6]
Deus também pode receber um nome próprio em correntes monoteísticas do hinduísmo que enfatizam sua natureza pessoal, com referências primitivas ao seu nome como Krishna-Vasudeva na Bhagavata ou posteriormente Vixnu e Hari,[7] ou recentemente Shakti.
É difícil desenhar uma linha entre os nomes próprios e epítetas de Deus, como os nomes e títulos de Jesus no Novo Testamento, os nomes de Deus no Qur'an ou Alcorão ou Corão, e as várias listas de milhares de nomes de Deus e a lista de títulos e nomes de Krishna no Vixnuísmo.
Nas religiões monoteístas atuais (Cristianismo, judaísmo, zoroastrismo, islamismo, sikhismo e a Fé Bahá'í), o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraico como יהוה (o Tetragrama YHVH). Mas com o tempo deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo por meio de associações e abreviações, ou através de adjetivos como "O Salvador", "O Criador" ou "O Supremo", e assim por diante.
Um bom exemplo desse tipo de associação, ainda estão presentes em alguns nomes e expressões hebraicos, como Rafael ("curado por Deus" - El), e árabes, por exemplo Abdallah ("servo - abd - de Deus" - Allah).
Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS), substituindo a transcrição referente ao tetragrama, YHVH, conjuntamente com o uso de SENHOR em versalete, para referenciar que se tratava do impronunciável nome de Deus, que na cultura judaica era substituído pela pronúncia Adonay.
As principais características deste Deus-Supremo seriam:
  • a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas;
  • a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e:
  • a Onisciência: poder de saber tudo.
Essas características foram reveladas aos homens através de textos contidos nos Livros Sagrados, quais sejam:
Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de seu tempo, tais como:

[editar] A existência de Deus

Há milênios, a questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem, e os principais conceitos filosóficos que investigam e procuram respostas sobre esse assunto, são:
  • Deísmo – Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. O deísmo é uma postura filosófica-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a idéia de revelação divina.

Percentagem de pessoas que, na Europa, afirmaram acreditar num Deus. Note que os países da Europa Oriental de maioria ortodoxa (como Grécia e Roménia) ou muçulmano (Turquia) apresentam percentagem mais elevadas.
  • Teísmo – O teísmo é um conceito surgido no século XVII,[8] contrapondo-se ao ateísmo, deísmo e panteísmo. O teísmo sustenta a existência de um Deus (contra o ateísmo), ser absoluto transcendental (contra o panteísmo), pessoal, vivo, que atua no mundo através de sua providência e o mantém (contra o deísmo). No teísmo a existência de um Deus pode ser provada pela razão, prescindindo da revelação; mas não a nega. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que fundamenta sua crença em Deus na Sua revelação sobrenatural através da Bíblia. Existe ainda o teísmo agnóstico, que é a filosofia que engloba tanto o teísmo quanto o agnosticismo. Um teísta agnóstico é alguém que admite não poder ter conhecimento algum acerca de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo assim. A partir do teísmo se desenvolve a Teologia, que é encarada principalmente, mas não exclusivamente, do ponto de vista da . Embora tenha suas raízes no teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito de todas as religiões. Não deve ser confundida com o estudo e codificação dos rituais e legislação de cada credo.
  • Ateísmo – O ateísmo engloba tanto a negação da existência de divindades quanto a simples ausência da crença em sua existência.
  • Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racional e cientificamente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O agnóstico pode ser teísta ou ateísta, dependendo da posição pessoal de acreditar (sem certeza) na existência ou não de divindades.
Além de estudos de livros considerados sagrados como a Bíblia, muitos argumentam que pode-se conhecer sobre Deus e suas qualidades, observando a natureza e suas criações. Argumentam que existe evidência científica de uma fonte de energia ilimitada, e que esta poderia ter criado a substância do universo, e que por observarem a ordem, o poder e a complexidade da criação, tanto macroscópica quanto microscópica, muitos chegaram a admitir a existência de Deus.

[editar] Concepções de Deus


Detalhe da Capela sistina fresco Criação do sol e da lua por Michelangelo (completada em 1512).
As concepções de Deus variam amplamente. Filósofos e teólogos têm estudado inúmeras concepções de Deus desde o início das civilizações.
As religiões indianas diferem no seu ponto de vista do divino: pontos de vista de Deus no hinduísmo variam de região para região, seita, e de casta, que vão desde as monoteístas até as politeístas; o ponto de vista de Deus no budismo praticamente não é teísta.
Nos tempos modernos, mais alguns conceitos abstratos foram desenvolvidos, tais como teologia do processo e teísmo aberto. Concepções de Deus formuladas por pessoas individuais variam tanto que não há claro consenso sobre a natureza de Deus.[9] O filósofo francês contemporâneo Michel Henry tem proposto entretanto uma definição fenomenológica de Deus como a essência fenomenológica da vida.
  • Doutrina espírita – Considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. Todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor.
  • Martinismo – Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente… No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero -estou em todos os lugares."
  • Teosofia, baseada numa interpretação não-ortodoxa das doutrinas místicas orientais e ocidentais, afirma que o Universo é, em sua essência, espiritual e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus.
  • Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propõem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.
  • Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: "Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo".
  • Outros especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses.
    Dessa forma, a religião é simplesmente um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: "o povo não precisa de Deus, mas precisa de religião", o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que Deus é um detalhe meramente secundário.

[editar] Abordagens teológicas

Teólogos e filósofos atribuíram um número de atributos para Deus, incluindo onisciência, onipotência, onipresença, amor perfeito, simplicidade, e eternidade e de existência necessária. Deus tem sido descrito como incorpóreo, um ser com personalidade, a fonte de todos as obrigações morais, e concebido como o melhor ser existente.[1] Estes atributos foram todos atribuídos em diferentes graus por acadêmicos judeus, cristãos e muçulmanos desde épocas anteriores, incluindo Santo Agostinho,[2] Al-Ghazali[3] e Maimonides.[2]
Muitos argumentos desenvolvidos por filósofos medievais para a existência de Deus,[3] tentaram compreender as implicações precisas dos atributos de Deus. Conciliar alguns desses atributos gerou problemas filosóficos e debates importantes. Por exemplo, a onisciência de Deus implica que Deus sabe como agentes livres irão escolher para agir. Se Deus sabe isso, a aparente vontade deles pode ser ilusória, ou o conhecimento não implica predestinação, e se Deus não sabe, então não é onisciente.[10]
Os últimos séculos de filosofia tem-se visto vigorosas perguntas sobre a argumentos para a existência de Deus levantadas pelos filósofos, tais como Immanuel Kant, David Hume e Antony Flew, apesar de Kant considerar que o argumento de moralidade era válido.
A resposta teísta tem sido de questionamentos, como Alvin Plantinga, que a fé é "adequadamente básica", ou a tomar, como Richard Swinburne, a posição evidencialista.[11] Alguns teístas concordam que nenhum dos argumentos para a existência de Deus são vinculativos, mas alegam que a não é um produto da razão, mas exige risco. Não haveria risco, dizem, se os argumentos para a existência de Deus fossem tão sólidos quanto as leis da lógica, uma posição assumida por Pascal como: "O coração tem razões que a razão não conhece."[12]
A maior parte das grandes religiões consideram a Deus, não como uma metáfora, mas um ser que influencia a existência de cada um no dia-a-dia. Muitos fiéis acreditam na existência de outros seres espirituais, e dão-lhes nomes como anjos, santos, djinni, demônios, e devas.

[editar] Teísmo e deísmo

O teísmo sustenta que Deus existe realmente, objetivamente, e independentemente do pensamento humano, sustenta que Deus criou tudo; que é onipotente e eterno, e é pessoal, interessado, e responde às orações. Afirma que Deus é tanto imanente e transcendente, portanto, Deus é infinito e de alguma forma, presente em todos os acontecimentos do mundo.
A teologia católica sustenta que Deus é infinitamente simples, e não está sujeito involuntariamente ao tempo. A maioria dos teístas asseguram que Deus é onipotente, onisciente e benevolente, embora esta crença levante questões acerca da responsabilidade de Deus para o mal e sofrimento no mundo. Alguns teístas atribuem a Deus uma auto-consciência ou uma proposital limitação da onipotência, onisciência, ou benevolência.
O Teísmo aberto, pelo contrário, afirma que, devido à natureza do tempo, a onisciência de Deus não significa que a divindade pode prever o futuro. O "Teísmo" é por vezes utilizado para se referir, em geral, para qualquer crença em um Deus ou deuses, ou seja, politeísmo ou monoteísmo.[13][14]
O Deísmo afirma que Deus é totalmente transcendente: Deus existe, mas não intervém no mundo para além do que era necessário para criá-lo. Em vista desta situação, Deus não é antropomórfico, e não responde literalmente às orações ou faz milagres acontecerem. É comum no deísmo a crença de que Deus não tem qualquer interesse na humanidade e pode nem sequer ter conhecimento dela.
O pandeísmo e o panendeísmo, respectivamente, combinam as crenças do deísmo com o panteísmo ou panenteísmo.

[editar] Posições científicas e críticas a respeito da ideia de Deus

Stephen Jay Gould propôs uma abordagem dividindo o mundo da filosofia no que ele chamou de "magistérios não sobrepostos". Nessa visão, as questões do sobrenatural, tais como as relacionadas com a existência e a natureza de Deus, são não-empíricas e estão no domínio próprio da teologia. Os métodos da ciência devem ser utilizadas para responder a qualquer questão empírica sobre o mundo natural, e a teologia deve ser usada para responder perguntas sobre o propósito e o valor moral. Nessa visão, a percepção de falta de qualquer passo empírico do magistério do sobrenatural para eventos naturais faz da ciência o único ator no mundo natural.[15]
Outro ponto de vista, exposto por Richard Dawkins, é que a existência de Deus é uma questão empírica, com o fundamento de que "um universo com um deus seria um tipo completamente diferente de um universo sem deus, e poderia ser uma diferença científica ".[16]
Carl Sagan argumentou que a doutrina de um Criador do Universo era difícil de provar ou rejeitar e que a única descoberta científica concebível que poderia trazer desafio seria um universo infinitamente antigo.[17]

[editar] Antropomorfismo

Pascal Boyer argumenta que, embora exista uma grande variedade de conceitos sobrenaturais encontrados ao redor do mundo, em geral seres sobrenaturais tendem a se comportar tanto como as pessoas. A construção de deuses e espíritos como as pessoas é um dos melhores traços conhecidos da religião. Ele cita exemplos de mitologia grega, que é, na sua opinião, mais como uma novela moderna do que outros sistemas religiosos.[18] Bertrand du Castel e Timothy Jurgensen demonstram através de formalização que o modelo explicativo de Boyer corresponde ao que a epistemologia física faz ao trabalhar com entidades não diretamente observáveis como intermediários.[19] O antropólogo Stewart Guthrie afirma que as pessoas projetam características humanas para os aspectos não-humanos do mundo, porque isso torna esses aspectos mais familiares. Sigmund Freud também sugeriu que os conceitos de Deus são projeções de um pai.[20]
Da mesma forma, Émile Durkheim foi um dos primeiros a sugerir que os deuses representam uma extensão da vida social humana para incluir os seres sobrenaturais. Em linha com esse raciocínio, o psicólogo Matt Rossano afirma que quando os humanos começaram a viver em grupos maiores, eles podem ter criado os deuses como um meio de garantir a moralidade. Em pequenos grupos, a moralidade pode ser executada por forças sociais, como a fofoca ou a reputação. No entanto, é muito mais difícil impor a moral usando as forças sociais em grupos muito maiores. Ele indica que, ao incluir sempre deuses e espíritos atentos, os humanos descobriram uma estratégia eficaz para a contenção do egoísmo e a construção de grupos mais cooperativos.[21]
O anarquista Mikhail Bakunin critica a idéia de Deus como sendo uma idéia criada pelas elites (reis, senhores de escravos, senhores feudais, sacerdotes, capitalistas) que busca justificar a sociedade autoritária projetando ideologicamente as relações de dominação para o universo como um todo (Deus como senhor ou rei e o universo como escravo ou súdito). A idéia de Deus serviria como um instrumento de dominação cuja função seria fazer os dominados aceitarem sua exploração como se fosse um fato natural, cósmico e eterno, ou seja, um fato do qual não podem fugir, restando-lhes apenas a opção de resignarem-se.[22]

Referências

  1. a b Swinburne, R.G. "God" in Honderich, Ted. (ed)The Oxford Companion to Philosophy, Oxford University Press, 1995.
  2. a b c d Edwards, Paul. "Deus e os filósofos" em Honderich, Ted. (ed)The Oxford Companion to Philosophy, Oxford University Press, 1995.
  3. a b c d Plantinga, Alvin. "Deus, Argumentos para a sua Existência," Enciclopédia Routledge de Filosofia, Routledge, 2000.
  4. A etimologia ulterior é disputada. À parte a hipótese improvável de adoção de uma língua estrangeira, o OTeut. "ghuba" implica como seu tipo pretérito também "*ghodho-m" ou "*ghodto-m". O anterior não parece admitir explicação; mas o posterior representaria o neutro "pple" da raiz "gheu-". Existem duas raízes arianas da forma requerida ("*g,heu-" with palatal aspirate) uma significando 'invocar' (Skr. "hu") a outra "a derramar, para oferecer sacrifícios" (Skr "hu", Gr. χεηi;ν, OE "geotàn" Yete v). OED Compact Edition, G, p. 267
  5. Michaelis Deus - sm (lat Deus) (em português). "1 O Ser supremo; o espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo. 2 Teol Ente tríplice e uno, infinitamente perfeito, livre e inteligente, criador e regulador do Universo. 3 Cada uma das pessoas da Santíssima Trindade. 4 Indivíduo ou personagem que, por qualidades extraordinárias, se impõe à adoração ou ao amor dos homens. 5 Objeto de um culto, ou de um desejo ardente que se antepõe a todos os outros desejos ou afetos. 6 Cada uma das divindades masculinas do politeísmo. Pl: deuses. Fem: Deusa. Deus-dará: na locução adverbial ao deus-dará: à toa, descuidadamente, a esmo, ao acaso. Nem à mão de Deus Padre: por forma nenhuma, apesar de todas as contradições."
  6. Barton, G. A.. A Sketch of Semitic Origins: Social and Religious. [S.l.]: Kessinger Publishing, 2006. ISBN 142861575X
  7. Hastings 2003, p. 540.
  8. R. Cudworth, 1678.
  9. DOES GOD MATTER? A Social-Science Critique. by Paul Froese and Christopher Bader. Página visitada em 2007-05-28.
  10. Wierenga, Edward R. "Divino conhecimento", em Audi, Robert. The Cambridge Companion to Philosofy. Cambridge University Press, 2001.
  11. (1991) "God Among the Philosophers". The Christian Century. Página visitada em 2007-02-20.
  12. Pascal, Blaise. Pensées, 1669.
  13. Philosophy of Religion.info - Glossary - Theism, Atheism, and Agonisticism. Philosophy of Religion.info. Página visitada em 16 de julho de 2008.
  14. Theism - definiton of thesim by the Free Online Dictionary, Thesaurus and Encyclopedia. TheFreeDictionary. Página visitada em 16 de julho de 2008.
  15. Dawkins, Richard. The God Delusion. Great Britain: Bantam Press, 2006. ISBN 0-618-68000-4
  16. Dawkins, Richard. Why There Almost Certainly Is No God. The Huffington Post. Página visitada em 2007-01-10.
  17. Sagan, Carl. The Demon Haunted World p.278. New York: Ballantine Books, 1996. ISBN 0-345-40946-9
  18. Boyer, Pascal. Religion Explained,. New York: Basic Books, 2001. 142–243 p. ISBN 0-465-00696-5
  19. du Castel, Bertrand. Computer Theology,. Austin, Texas: Midori Press, 2008. 221–222 p. ISBN 0-9801821-1-5
  20. (1996) "Conceptualizing a Nonnatural Entity: Anthropomorphism in God Concepts".
  21. (2007) "Supernaturalizing Social Life: Religion and the Evolution of Human Cooperation". Página visitada em 2009-06-25.
  22. Mikhail Bakunin, Deus e o Estado (1882)

[editar] Ver também

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(fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus)

Reflexões

Tentarei agora dentro de minhas limitações e do conhecimento que tenho analisar um pouco todos estes dados que coletei na Internet, muitos calcados em estudos de pessoas religiosas ou não religiosas mas que traçam um panorama interessante da busca humana por Deus ou mais especificamente pelo Divino em si.


O que me chama a atenção mais claramente é que NÃO EXISTE perfeição na visão humana sobre a Divindade.


Mesmo as religiões ditas 'reveladas' trazem muito mais do humano presente nesta suposta revelação que do Divino em si.


Desta forma como elencar como fazem os fundamentalistas de QUALQUER religião, uma religião 'perfeita' ou 'verdadeira' senão calcadas as mesmas nos pré-conceitos nossos de cada dia?


A busca humana pelo divino como vemos é UM FATO inconteste desde priscas eras.


Alguns aventam a hipotese de que houvesse existido uma revelação original que com o tempo foi deteriorada e originou toda a miscelânea de deuses e deusas antropomorfizado(inclusive o bíblico diga-se...) que vieram depois.


Outros que pelo contrário; o humano partiu do ponto da multiplicidade de deuses e deusas para uma posterior monoteização do conceito.


Na visão primeira Deus revela-se ao homem e este gradualmente se afasta do conceito deste Divino adentrando na multiplicidade de visões sobre o tal.


No segundo o homem vai pouco a pouco descobrindo o Divino em si , ao seu redor e além de si, primeiro divinizando o mundo que lhe cerca, as forças da natureza, a si mesmo as vezes ou seus líderes e heróis, para dai tentar entender conceitos mais digamos, 'sofisticados' de Divindade.


Seja como for, a discussão percute e repercute sempre na postura dogmática que cada frente religiosa procura adotar diante do Mistério maior.


Esta coisa de religião perfeita é coisa humana não Divina.


DEUS EM EXISTINDO TRANSCENDE OS CONCEITOS HUMANOS QUE FAÇAMOS DELE!!!


É pura e simplesmente assim....


Hoje a religião X discrimina e condena a Y porque esta faz por exemplo, sacrifícios de sangue,  muito bem; mas se você pegar o dito livro sacro desta mesmíssima religião verá que a mesma foi calcada em cima daquilo que condena na outra!!!


Um mar de sangue sacrificial a Deus inunda as páginas do chamado Velho Testamento....


Como condenar por exemplo as religiões afros por causa de seus sacrifícios animais meramente calcados no conceito de que MEU DEUS ou MINHA religião é melhor que o seu ou sua?


IMPOSSÍVEL se focar-se o passado , a origem, de judaismo, cristianismo e congêneres.


Entretanto se focarmos pela perspectiva do humanismo dai sim teria sentido pois entendendo a religião e seu conceito como uma evolução da busca do homem pelo transcendente o sacrifício de sangue se torna não só anacrônico mas desumano.


REPITO pelo contexto humanitário ou humanista NUNCA bíblico ou religioso pois quem condena hoje tem sangue no balaio também.


E justificar-se isto no sacrifício sanguinolento de Cristo não alivia nem um pouco o passado de sangue sacrificial de um dos ramos monoteistas mais famosos.


O fato é que a perfeição pertence a DEUS não a religião nenhuma!


E Deus em suma Imanência vive em cada humano desde o menor ao maior tescendo o caminho evolutivo de cada um....


Por outro lado...


Deus em sua Emanência criou tudo do NADA ou seja; a partir de Si mesmo já que se interpretarmos este Nada como alheio a Deus fazemos do Nada algo à parte de Deus o que com certeza é um contrassenso ao conceito seguinte sobre a Divindade...


A Transcendência...


Deus trancendendo conceitos é o Deus que abarca em si o criado e mora dentro dele mas paradoxalmente esta ALÉM dele....


Deus transcendendo doutrinas, dogmas, tradições, revelações é de FATO E DE VERDADE A ÚNICA VERDADEIRA REALIDADE PERFEITA....




Qualquer culto ou religião que busca o sagrado pode no mínimo se considerar UM CAMINHO pois O CAMINHO é o ESPÍRITO DE DEUS DENTRO DE CADA HUMANO VIVENTE!


Somente este Ser Sacro sabe a rota certa e definida para cada um de nós adentrarmos cada vez mais no coração do MISTÉRIO SOBRE TODOS OS MISTÉRIOS!!!




Abraços....


Pax e Lux


Valter Taliesin....






É evidente que Ptolomeu não se preocupou na questão de saber se há epiciclos, deferentes ou equantos "reais" nos céus. Na verdade, preocupou-se em construir um modelo, mais que representar a realidade, o que quer que isso seja.A atitude de elaborar um modelo que tenha equações que se ajustem às observações e que permita fazer previsões, mesmo que o modelo pareça ser demasiado complicado matematicamente, não é totalmente diferente daquilo que muitas vezes ocorre com os físicos dos nossos dias.
De facto, ainda hoje, na ausência da possibilidade de arranjar uma solução física satisfatória, procura-se uma equação que se ajuste aos fenómenos observáveis e que permita fazer previsões.

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