Esse é tão comum no meio em que vivemos…
O dito preconceito religioso alcança qualquer indivíduo não importando o seu nível cultural, classe social e nem tão pouco o local onde habita. Para falar a verdade, creio que o preconceito religioso está ao alcance até mesmo daquele que se julga ateu. Mas isso não é porque a pessoa que é atéia não crê em nada ou em ninguém, penso que tal preconceito está na verdade, embutido em nossa sociedade e de uma forma um tanto quanto escancarada. E por que isso acontece? Pelo simples fato da intolerância existir em nosso meio; é como atribuir ao preconceito à descrença e o incômodo por parte de outra religião. Por exemplo, como pode um evangélico conviver com um espírita, um católico com evangélico e assim por diante? Veja a Irlanda que é dividida em dois países, onde de um lado estão os católicos e do outro os protestantes, isso sem mencionar nas brigas políticas que essa diferença gera. Mas falando do nosso imenso Brasil, o que falar então de mais de 170 milhões de pessoas? São mais de 170 milhões de opiniões e convicções, testemunhos e exemplos de fé.
Não vou aqui levantar a bandeira da religião A, B ou C, até porque creio em um Deus vivo, e o mesmo está acima de qualquer religião, credo, cor ou simpatia (mas essa é minha opinião). Como irmãos, não devemos jamais julgar ao próximo, condená-lo ou acusá-lo. Claro que em muitas vezes encontramos pessoas que divergem da nossa opinião formada, e isto é natural, agora a partir deste momento vir a condená-la, jamais! Discutir religião ou o próprio Deus em si é muito amplo para o nosso entendimento, mas mesmo assim, aquilo que compreendemos da Palavra devemos sempre levar adiante, porém nunca de uma forma “superior”, onde a crença que tenho em meu Deus seja maior do que a sua crença… A vida de alguém deve por si só testemunhá-LO, e isto já basta como crença e dependência no Senhor Jesus.
Vale lembrar que a liberdade religiosa é garantida pela nossa Constituição, e quem fere o próximo quanto à crença alheia, pode ser submetido a penas pesadas; imagine o que dirá o próprio Deus, que de tão perfeito, atribuiu a nós o livre arbítrio, isto é, cabe a cada um de nós segui-LO se assim achar que deve fazer ou não. Portanto, creio que aquele que levanta o preconceito religioso contra o próximo, na verdade está ferindo o poder de escolha atribuído a nós pelo próprio Deus. Acredito que tal preconceito está fundamentado na soberba de cada um. Ele está cravado no momento exato onde uma pessoa julga-se superior a outra. Saiba que Deus condena o fanatismo e uma série de outros “pecados” cometidos e praticados em diversas religiões, e tão certo quanto Suas Leis, está o Seu amor por nós… Portanto, como parte de Sua “obra”, devemos sempre nos amar igualmente e em todos os sentidos.(fonte...http://www.apone.com.br/blog/?tag=preconceito-religioso).


Comentando....


Sempre que tratamos deste tipo de assunto temos que ter um cuidado REDOBRADO para não cairmos na mesma armadilha daqueles que estamos querendo analisar.

Dai o porque de no titulo do tópico eu colocar a palavras 'ALGUMAS' para deixar bem claro que sempre houve e haverá exceções em qualquer regra.

De fato o fundamentalismo ortodoxo de QUALQUER religião deixa muito pouco espaço para que esta não seja preconceituosa mas considerar isto uma unanimidade também seria preconceito e conceitualizar de forma discriminativa pois uma pessoa ou religião pode muito bem ser dogmaticamente religiosa e conservadora quanto às doutrinas, tradições e dogmas de sua religião sem com isto julgar ou pré-julgar crenças alheias.

Eu já vi pessoas extremamente conservadoras quanto a forma como seguiam suas religiões e crenças que eram extremamente tolerantes concernente a pessoas 'de fora' do seu rebanho.
Poderiam até dentro de SI considerarem que encontraram 'o caminho' mas nunca externalizavam isto como algo que as separasse como entidades humanas de outras pessoas ou as fizesse melhores. Creditavam geralmente à Graça Divina a melhoria de suas vidas como seres humanos e entendiam ser de livre escolha das pessoas aderirem a suas respectivas religiões ou não.
Seus proselitismo era geralmente brando, calcado apenas no fator de evangelizar pessoas quanto a sua verdade sem constrangê-las apenas apresentando os conceitos de sua religião e deixando a critério do dito evangelizado querer aderir ou não.

Obviamente que tais pessoas não deixavam de crêr seguirem 'a verdadeira verdade' mas sua forma de fazer isto era....tolerante com o outro lado ainda que não ecumênica, muito menos sincrética.

É o que depreendemos por exemplo do evangélico que escreveu o ultimo texto postado por mim logo acima....percebam que ele em nenhum momento descrê de sua fé mas atenda com cuidado para o RESPEITO a fé de outrém e vou mais longe; diria que mais que tolerante ele chega a ser de certo modo ecumênico em alguns pontos.

'DEUS como ele diz esta acima de religiões!'

Esta é uma afirmação profundamente ecumênica!

E com esta afirmação ele se declara tolerante ou respeitoso com o diferente ou as formas diferentes de culto ao Divino.

Obviamente que mesmo quando enfocamos o termo tolerante existe no tal termo uma certa dose de conceitualização se não de pré-conceito já que supostamente define alguém que entende-se 'no caminho' mas que não julga, não discrimina 'os de fora' que podem estar equivocados quanto ao verdadeiro culto prestado a Deus mas merecem respeito.

Assim nesta verdadeira linha tênue, verdadeiro FIO DE NAVALHA, caminham os seguidores religiosos que se propõem tolerantes pois um pequeno desvio à direita ou a esquerda pode revelar na verdade o oposto do que pretendem mostrar.

Mas com certeza é bem melhor que o fundamentalista ortodoxo radical....NEM SE COMPARA!!


Religiões ou pessoas que são extremamente radicais em sua '' são responsáveis pelas maiores barbaridades possíveis em nome das mesmas e jamais se sentem culpadas pois crêem estar prestando um serviço a Deus.

O próprio Cristo já no fim de sua missão deixou isto bem claro a seus seguidores dizendo que 'chegariam tempos em que pessoas entregariam os mesmos as autoridades eclesiásticas judaicas ou leigas romanas pensando que com isto estariam prestando um grande serviço a Deus'(João.16.1-4).

O problema é que alguns séculos depois os próprios supostos seguidores do mestre começariam a fazer a mesmíssima coisa com aqueles que divergiam deles.
Mesmo com irmãos da mesma religião mas com posições doutrinárias e teológicas diferentes da ortodoxia usual.

Sair da visão estreita do ortodoxismo fundamentalista radical não é uma tarefa fácil...

Sim, pois geralmente somos confrontados com duas opções...CÉU OU INFERNO ETERNOS...o primeiro reservado aos seguidores fiéis da dita ortodoxia fundamentalista e o segundo para todos os demais mesmo pessoas não 'pecadoras' mas seguidoras de crenças supostamente equivocadas ou heréticas.

Há que se ter uma vontade férrea, de Leão mesmo para se vencer este tipo de lavagem cerebral e muitas vezes mesmo RACIONALMENTE livres destas coisas percebemos ainda MUITOS fantasmas no fundo do baú prontos para nos assombrarem no menor dos descuidos.

ASSIM COMO A LIBERTAÇÃO DAS DROGAS É UMA LUTA PARA A VIDA TODA!

E sim, comparo o radicalismo religioso em seu efeito de dependência com a pior de todas as drogas viciantes pois domina completamente o coração, mente, ego, alma e corpo das pessoas dominadas por ele e pior; começa a AFETAR a sociedade que lhe circunda, da qual pertence, através de seus atos intolerantes.

Assim, a busca por equilíbrio de quem consegue se libertar de tais grupos é uma constante não uma batalha definitiva....claro, é definitiva no sentido de que você 'despertou' mas não o é no sentido de encarar SEMPRE os efeitos da sua escolha...quer por rejeições familiares e sociais, quer por dúvidas íntimas que podem ou não virem assaltar-te de vez em quando.

E é definitiva porque aquele que verdadeiramente é desperto para a unicidade da vida e a espiritualidade ACIMA de conceitos e religiões mesmo que um dia volte para o 'redil' por N motivos perceberá que sua compreensão sobre tudo aquilo mudou radicalmente e provavelmente se sentirá como uma ovelhinha fora do rebanho a não ser que tenha um SENSO de missão muito forte dentro de si que implique entender que pode atuar ali, naquele meio sem contudo perder o foco dentro de Si,  do que seja real ou ficcional...ilusório.

Libertar-se da conceitualização exacerbada ou pré-conceito passou a ser nos últimos tempos vital para o mundo, para a sociedade humana, pois este tipo de postura poderá colocar nossa própria existência como civilização em xeque.

E neste barco, mesmo um dito ateu pode ser tão radical, e fundamentalista nos dogmas de sua descrença quanto um crente.

SIM, mesmo quem supostamente não crê em Deus tem que ter cuidado para não se tornar tão ou mais intolerante quanto aqueles que condena como o 'mau maior' da sociedade.

Vemos infelizmente isto em muitos dos supostos ateus de grife da atualidade que usam meios de comunicação para despejarem seu féu de amargura contra Deus e cia...você percebe os mesmíssimos problemas detectados no religioso mais radical... nos mesmos!

Assim, caminhamos todos nós no FIO DA NAVALHA, aquela linha estreita de COERÊNCIA, TOLERÂNCIA E EQUILÍBRIO que quando não encarada com o devido respeito e seriedade pode nos fazer resvalar para um dos dois extremos polares que fazem com que as guerras mais fraticidas da humanidade aconteçam....

Entendamos isto enquanto é tempo pois como diz Saint Germain.....


'O TEMPO URGE!!!!'

(fonte da imagem:http://enricows.blogspot.com/2011/05/o-preconceito-religioso.html)

Abraços...

Pax e Lux



Valter Taliesin