Jesus Cristo e Maria Madalena
A beleza da história do amor entre Maria Madalena e Jesus Cristo transcende a mera necessidade de vermos neles um casal convencional mas não invalida isto.
Tanto estão tremendamente errados a meu ver os que afiançam isto como uma necessidade capital para entendermos o mistério de Deus através do Cristo, quanto estão aqueles que o negam peremptoriamente.
Na verdade nós não temos nenhum dado factível, definidor do status civil do Cristo quando de sua passagem na terra, se casado ou se solteiro.
E sinceramente a meu ver isto pouco importa.
Para a ortodoxia contudo , devido a necessidade de ver-se em cada manifestação do Cristo um ato de Divindade, fica praticamente impossível imaginar-se um casamento deste com uma mulher e muito menos relações sexuais entre eles.
Apesar de sempre afiançarem que o Cristo era perfeitamente humano como era perfeitamente divino contudo na hora H sempre o lado humano perde na comparação e na definição de seus atos na terra em relação ao divino.
Exemplo; para a ortodoxia seria impossível o Cristo ter fracassado tanto na tentação no deserto quanto no Gólgota apesar de enfatizarem sempre que nós não temos justificativa diante de Deus porque exatamente Deus se fez carne em nosso lugar e mostrou que é possível vencer-se e fazer o que é certo.
Para eles por mais que o Inimigo tenta-se o Cristo este NUNCA cairia pois é impossível para Deus pecar.
Por mais que ele sentisse medo e fosse tentado jamais desistiria da cruz pois estava destinado à mesma.
Assim sem o perceberem superlativam de tal forma a parte divina do Cristo que anulam totalmente a humana.
Perde-se completamente o grau de comparação entre ele e nós, se é que alguma vez teve-se de fato este interesse ou seja; o de mostrar-nos que apesar de humanos podemos vencer tudo se confiarmos em Deus.
Se a ênfase dos tais se fixa-se nisto ou seja; é impossível para alguém ser tentado e cair se confiar-se plenamente em Deus tudo bem, mas fixa-se na divindade da entidade crística não na sua fé indescritível em Deus para definir tais coisas é um desserviço para a visão de que ele era 'humano como nós', ele seguiria sendo alguém totalmente à parte de nossa evolução e jamais poderíamos ser julgados pelo parâmetro de sua vida na carne pois seria um Deus vencendo não um ente humano.
A meu ver o drama, o clímax da restauração humana perante Deus esta no fato de que o Filho de Deus ao fazer-se carne e habitar entre nós em TODOS os seus momentos decisivos mostra que um ser humano consagrado a Deus pode vencer qualquer coisa, é impossível perder porque esta centralizado na vontade de deus e assim vencer tudo, não que não poderia de fato pecar porque era Deus...sim entendo que isto seria um paradoxo....ou seja; Deus pecando, mas por outro lado a encarnação de Deus em si já é um paradoxo tremendo portanto de paradoxo em paradoxo eu arrisco dizer que se Cristo não fizesse o que se propôs ou seja; despir-se totalmente de sues atributos divinos como disse Paulo ao Filipenses e se predispusesse vencer todas as tentações humanas como um humano, de nada valeria suas ações pois seriam .....MERA ENCENAÇÃO já que NUNCA poderia ter como nós temos , a espada de Dâmocles no pescoço podendo ou não falhar!
E se ele falhasse teríamos um terceiro paradoxo que seria um Universo onde seu Deus criador falhou e perdeu a batalha como uma criatura sua(seu corpo) para outra criatura sua(O Satan ou Diabo da tradição)!
Por isso o cristianismo em todas as suas nuances e vertentes(ortodoxa, fundamentalista, católica,protestante, evangélica,espírita,gnóstica etc...) me extremamente instigante e desafiador pois nos leva a enxergarmos todos estes paradoxos e nos posicionarmos dia a dia em relação a eles. Sempre enxergando no processo coisas novas, sempre vendo como o livre arbítrio e a predestinação combatem e duelam de forma magníficas na visão do mito cristão em si.
Assim neste contexto obviamente um casamento entre Jesus e Maria seria não só implausível mas uma blasfêmia.
Para estes só a hipótese de pensar-se em tais coisas equivale a uma condenação sumária ao fogo do Inferno.
Todavia sabemos que existiu uma corrente do cristianismo antigo que mostrava de fato um relacionamento tão estreito entre Jesus e Maria que muitos arriscam dizer que definitivamente eles eram um casal se não oficial pelo menos de mestre e discípulo em um grau elevado, especial e único.
Maria Madalena é dito na Bíblia foi aquela da qual Cristo expulsara 7 demônios.
7 na Bíblia significa plenitude, completitude e aqui provavelmente o texto pode aferir que Maria estava de tal forma possessa por estas entidades que não havia descrição possível para definir o grau disto.
Alguns preferem ver nestes 7 os tais 7 pecados capitais vendo na figura de Madalena uma pecadora contumaz de todos os orbes.
Seja como for realmente não é fácil desassociar a figura de alguém que é possuída por 7 demônios de alguém pecadora. Por mais contorcionismos textuais que possamos fazer. Pois pelo menos no contexto cristão a visão sobre os demônios era bem diferente da grega.
Quanto a associação de Maria com a mulher pecadora tanto do vaso de alabastro quanto a que seria apedrejada e Jesus a salvou e por fim sua junção com a figura de Maria irmã de Marta e Lázaro temos seríssimos problemas pois, é meio complicado entendermos uma figura tão devota como Maria irmã de Lázaro com alguém que pudesse ter sido tão dissoluta(obviamente que isto não seria de fato impossível e a visão de que Maria e a pecadora que ungiu Jesus são a mesma pessoa parece bem mais forte do que a visão que falam de duas unções). Ainda mais sendo como tudo indicava de uma alta casta social e com ligação muito estreita com a liderança espiritual dos judeus a ponto de a ressurreição de Lázaro ser um buchicho só no sinédrio e em toda Jerusalém , bem diferente das outras ressurreições perpetradas pelo Cristo.
Muitos pensam que isto advém do fato de Lázaro fazer 4 dias que estava morto o que por si só denotaria um milagre de ressurreição maior. Não penso assim, entendo que o burburinho e o efeito desta ressurreição foi diferente devido ao fato de quem era Lázaro e do grau de importância e influência que deveria ter sua família entre os judeus.
Neste cenário fica difícil imaginar-se sua irmã Maria sendo uma pecadora contumaz.
Hoje em dia as pessoas preferem ver aqui a figura de 3 mulheres distintas.
1. Maria Madalena.
2. A mulher pecadora(que tanto pode ser ou não a que seria apedrejada mas identificada com a que lavou seus pés e secou com os cabelos na casa de simão).
3. Maria irmã de Lázaro.
Ou pelo menos duas.
1. Madalena e Maria irmã de Lázaro.
2. A mulher pecadora.
Entretanto poucos ou mais especificamente ninguém conseguiu explicar a contendo o porque desta ter sido expulsos 7 demônios e o que significavam tais demônios.
Este fato por si só parece anular a ideia de que Madalena fosse alguém desde sempre consagrada, separada ao Cristo como companheira e esposa, dando nitidamente a ideia de alguém que foi LIBERTA, CONVERTIDA por ele e A PARTIR DAI parece ter se tornado de importância capital em seu ministério(Um texto interessante que vai por este caminho....http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL644103-9982,00-MARIA+MADALENA+E+JESUS+TINHAM+RELACAO+DE+ALUNA+E+MESTRE+DIZEM+ESPECIALISTAS.html)
Sendo controvertido do jeito que o mestre era todavia NÃO SERIA impossível que desafia-se as convenções da época e casa-se com ela!
Os textos acusatórios que o apresentam como um amigos de publicanos, beberrões e prostitutas nos mostram que ele não tinha muita consideração pelos escrúpulos preconceituosos de sua época.
A interpretação mais corrente entre os alternativos hoje em dia é que a ortodoxia 'deturpou' a figura de Maria quer ela fosse a irmã de Lázaro ou não.
Que ela nunca foi pecadora mas foi descrita como tal pelo grupo de apóstolos contrários a sua liderança entre eles, e que isto passou como tradição para o grupo oficial da Igreja que ganhou a batalha final entre o que deveria ser ou não a visão oficial sobre a vinda do Cristo na terra.Nesta versão os 7 demônios não passam de invenção e intriga do escritor do evangelho que seria do partido contrário a Madalena.
Outros até abrem-se a hipótese de que tenha sido uma pecadora mas entendem que isto foi superlativado pelos contrários para empanarem sua figura capital no relacionamento do Cristo com os seus, enquanto sua liderança foi completamente eclipsada na visão oficial.
Seja como for vejamos alguns textos sobre estas duas figuras tão emblemáticas da espiritualidade ocidental e mundial e com certeza o mais falado casal daquilo que chamam 'heresia' cristã.
JESUS CRISTO
Jesus
O mais antigo painel iconográfico do Cristo Pantocrator, datado do século VI. Nome completo Jesus de Nazaré Nascimento 8-4? a.C.[1]
Belém, Pronvíncia romana da Judeia [nota 1] Morte 29-36? d.C.[1]
Jerusalém, Judeia[nota 2] Etnia Judeu Ocupação Carpinteiro, profeta itinerante e rabino.
Jesus[nota 3][nota 4] (8-4? a.C. – 29-36? d.C.[1][2][3]) é a figura central do cristianismo.[4][5] Para a maioria dos cristãos Jesus é Cristo, a encarnação de Deus e o "Filho de Deus", que teria sido enviado à Terra para salvar a humanidade.[6][7][8] Acreditam que foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos e ressuscitou no terceiro dia (na Páscoa).[4] Para os adeptos do islamismo, Jesus é conhecido no idioma árabe como Isa (عيسى, transl. Īsā), Ibn Maryam ("Jesus, filho de Maria").[9] Os muçulmanos tratam-no como um grande profeta e aguardam seu retorno antes do Juízo Final.[10][11] Alguns segmentos do judaísmo o consideram um profeta,[12] outros um apóstata.[13] Os quatro evangelhos canónicos são a principal fonte de informação sobre Jesus.
Embora tenha pregado apenas em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judeia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos séculos após a sua morte, ajudando a delinear o rumo da civilização ocidental.[14]
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus
MARIA MADALENA
Santa Maria Madalena
Maria Madalena
por Pietro Perugino (c. 1500). Penitente Nascimento Século I AD em Magdala (?) Morte Século I AD em Éfeso (?) Veneração por Igreja Católica,
Igreja Anglicana e
Igreja Ortodoxa Festa litúrgica 22 de Julho Atribuições Ocidente: Alabastro com pomada, cabelos longos e agarrada à parte inferior da cruz.
Oriente: pote de pomada de mirra, segurando um ovo de páscoa (símbolo da Ressurreição), abraçando os pés de Cristo após a Ressurreição. Padroeira Atrani, boticários, cabeleireiros, Casamicciola Terme, convertidos, curtumeiros, Elantxobe, fabricantes de perfumes, fabricantes de luvas, farmacêuticos, La Magdeleine, mulheres, pecadores arrependidos, pessoas ridicularizadas por sua piedade, prostitutas, tentação sexual e vida contemplativa.[1] "Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar."
Jesus conversando com Madalena
(São João 8.10-11) Portal dos Santos
Maria Madalena é descrita no Novo Testamento como uma das discípulas mais dedicadas de Jesus Cristo. É considerada santa pelas igrejas Católica, Ortodoxa e Anglicana, sendo celebrada no dia 22 de julho. É também comemorada pela Igreja Luterana com festividades no mesmo dia. A Igreja Ortodoxa também a celebra no segundo domingo após a Páscoa. O nome de Maria Madalena a descreve como sendo natural de Magdala, cidade localizada na costa ocidental do Mar da Galileia.
Em Lucas 8:2, faz-se menção, pela primeira vez, de "Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios". Não há qualquer fundamento bíblico para considerá-la como a prostituta arrependida dos pecados que pediu perdão a Cristo; também não há nenhuma menção de que tenha sido prostituta.[2][3] Este episódio é frequentemente identificado com o relato de Lucas 7:36-50, ainda que não seja referido o nome da mulher em causa.
Teoria
Alguns escritores e estudiosos contemporâneos, principalmente Margaret George, Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh, autores do livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada (1982), e Dan Brown autor do romance O Código da Vinci (2003), narram Maria Madalena como uma apóstola, mulher de Cristo que teve com ele, inclusive, filhos. Nessas narrações, tais fatos teriam sido escondidos por revisionistas cristãos que teriam alterado os Evangelhos.
Estes escritores teriam baseado suas afirmações nos Evangelhos Canônicos e nos livros apócrifos do Novo Testamento, além dos escritos gnósticos. Segundo os evangelhos aceitos e selecionados pela Igreja Católica, Jesus Cristo, o suposto "filho de Deus", não veio à Terra para se casar com uma humana e muito menos ter filhos com ela. Portanto, para os preceitos desta Igreja, Maria Madalena não foi e nem poderia ter sido a esposa de Jesus Cristo.
Tornou-se muito célebre, com a divulgação do livro de Dan Brown, o argumento de que na tela A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, a personagem que está à sua direita, com traços femininos, seja Maria Madalena e não o apóstolo João, como outros defendem. O facto de Jesus não envergar nenhum cálice - o Graal - poderá levar a interpretações que muitos fanáticos cristãos consideram "flagrantemente abusivas" do ponto de vista histórico e religioso, como acreditar que Maria Madalena é, de facto, o "cálice sagrado" onde repousa o "sangue de Cristo" ou seja, que ela estaria grávida de Jesus Cristo.
Praticamente todos os teólogos cristãos consideram inaceitável a história narrada no romance de Dan Brown. Argumentam que Leonardo da Vinci se inspirou no Evangelho de João (no texto João 21:20) em que se fala do discípulo amado - que seria o próprio apóstolo João - e não propriamente nas passagens referentes à instituição da Última Ceia.
Outros estudiosos consideram a teoria válida, afirmando uma vez que a própria existência de Jesus Cristo não está comprovada até hoje, e que qualquer hipótese relativa a tão obscuras e confusas tradições e escritos pode ser levada em consideração para análises à luz indispensável da Ciência. Mas a história filosófica escreve sobre Jesus, como é o caso de Flávio Josefo e Públio Cornélio Tácito; o primeiro um historidor judeu e o último um bibliotecário romano que escreveu a biografia de Nero César.
"Pedro disse: "O Salvador realmente falou com uma mulher sem nosso conhecimento? Devemos nos voltar e escutar essa mulher? Ele a preferiu a nós?". E Levi respondeu: "Pedro, você sempre foi precipitado. Agora te vejo lutando contra a mulher como a um adversário. Se o Salvador a tornou digna, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece muito bem. Foi por isso a amou mais que ama a nós"."
Outros sites interessantes sobre o assunto:
http://linhagemsagrada9.blogspot.com/2011/11/jesus-cristo-e-maria-madalena-visiveis.html
http://super.abril.com.br/religiao/jesus-cristo-teve-filhos-445124.shtml
http://www.misteriosantigos.com/jesus_mmada_davinci.htm
http://www.opusdei.org.br/art.php?p=16279
http://www.sobrenatural.org/materia/detalhar/3993/o_evangelho_de_maria_madalena/
http://www.gotquestions.org/portugues/Jesus-casado.html
Os textos acima quer favoráveis , quer contrários, ou questionadores sobre se Jesus e Madalena formavam ou não um casal convencional são extremamente interessantes.
Espero que os mesmos possam trazer alguma luz a quem se propôs buscar novos fatos e evidências sobre o tema.
Existem hoje em dia principalmente desde O Código da Vinci de Dan Brown inúmeros livros sobre este assunto que se tornou o mais palpitante da cristandade, superando até o possível retorno de Jesus Cristo.
Livros de autores como Margareth Starbird, teóloga americana independente de tradição católica com livros como A deusa nos evangelhos e Maria Madalena e o Santo Graal: a mulher com o vaso de alabastro, ou de tradição evangélica mas hoje também independente como o teólogo Bart Ehrman(autor de : Quem Jesus foi, quem Jesus não foi? e O que Jesus disse o que Jesus não disse?) um favorável e outro contrário a Jesus e Maria casados apesar de ambos terem rompido de há muito com a visão oficial da ortodoxia podem trazer alguma luz sobre o assunto se olhado da perspectivas da visão de pessoas contrárias a uma compreensão dogmática dos textos mas ainda assim opostas(...http://mariamadalenaeosantograal.blogspot.com/2007/11/entrevista-com-margareth-starbird.html,http://sites.google.com/site/oespiritualismoocidental/indice-dos-textos/o-problema-com-o-fundamentalismo-cristao).
Agora um vídeo sobre o tema...Jesus e Maria Madalena
Fonte: Youtube
Abraços
Pax e Lux
VALTER TALIESIN
A beleza da história do amor entre Maria Madalena e Jesus Cristo transcende a mera necessidade de vermos neles um casal convencional mas não invalida isto.
Tanto estão tremendamente errados a meu ver os que afiançam isto como uma necessidade capital para entendermos o mistério de Deus através do Cristo, quanto estão aqueles que o negam peremptoriamente.
Na verdade nós não temos nenhum dado factível, definidor do status civil do Cristo quando de sua passagem na terra, se casado ou se solteiro.
E sinceramente a meu ver isto pouco importa.
Para a ortodoxia contudo , devido a necessidade de ver-se em cada manifestação do Cristo um ato de Divindade, fica praticamente impossível imaginar-se um casamento deste com uma mulher e muito menos relações sexuais entre eles.
Apesar de sempre afiançarem que o Cristo era perfeitamente humano como era perfeitamente divino contudo na hora H sempre o lado humano perde na comparação e na definição de seus atos na terra em relação ao divino.
Exemplo; para a ortodoxia seria impossível o Cristo ter fracassado tanto na tentação no deserto quanto no Gólgota apesar de enfatizarem sempre que nós não temos justificativa diante de Deus porque exatamente Deus se fez carne em nosso lugar e mostrou que é possível vencer-se e fazer o que é certo.
Para eles por mais que o Inimigo tenta-se o Cristo este NUNCA cairia pois é impossível para Deus pecar.
Por mais que ele sentisse medo e fosse tentado jamais desistiria da cruz pois estava destinado à mesma.
Assim sem o perceberem superlativam de tal forma a parte divina do Cristo que anulam totalmente a humana.
Perde-se completamente o grau de comparação entre ele e nós, se é que alguma vez teve-se de fato este interesse ou seja; o de mostrar-nos que apesar de humanos podemos vencer tudo se confiarmos em Deus.
Se a ênfase dos tais se fixa-se nisto ou seja; é impossível para alguém ser tentado e cair se confiar-se plenamente em Deus tudo bem, mas fixa-se na divindade da entidade crística não na sua fé indescritível em Deus para definir tais coisas é um desserviço para a visão de que ele era 'humano como nós', ele seguiria sendo alguém totalmente à parte de nossa evolução e jamais poderíamos ser julgados pelo parâmetro de sua vida na carne pois seria um Deus vencendo não um ente humano.
A meu ver o drama, o clímax da restauração humana perante Deus esta no fato de que o Filho de Deus ao fazer-se carne e habitar entre nós em TODOS os seus momentos decisivos mostra que um ser humano consagrado a Deus pode vencer qualquer coisa, é impossível perder porque esta centralizado na vontade de deus e assim vencer tudo, não que não poderia de fato pecar porque era Deus...sim entendo que isto seria um paradoxo....ou seja; Deus pecando, mas por outro lado a encarnação de Deus em si já é um paradoxo tremendo portanto de paradoxo em paradoxo eu arrisco dizer que se Cristo não fizesse o que se propôs ou seja; despir-se totalmente de sues atributos divinos como disse Paulo ao Filipenses e se predispusesse vencer todas as tentações humanas como um humano, de nada valeria suas ações pois seriam .....MERA ENCENAÇÃO já que NUNCA poderia ter como nós temos , a espada de Dâmocles no pescoço podendo ou não falhar!
E se ele falhasse teríamos um terceiro paradoxo que seria um Universo onde seu Deus criador falhou e perdeu a batalha como uma criatura sua(seu corpo) para outra criatura sua(O Satan ou Diabo da tradição)!
Por isso o cristianismo em todas as suas nuances e vertentes(ortodoxa, fundamentalista, católica,protestante, evangélica,espírita,gnóstica etc...) me extremamente instigante e desafiador pois nos leva a enxergarmos todos estes paradoxos e nos posicionarmos dia a dia em relação a eles. Sempre enxergando no processo coisas novas, sempre vendo como o livre arbítrio e a predestinação combatem e duelam de forma magníficas na visão do mito cristão em si.
Assim neste contexto obviamente um casamento entre Jesus e Maria seria não só implausível mas uma blasfêmia.
Para estes só a hipótese de pensar-se em tais coisas equivale a uma condenação sumária ao fogo do Inferno.
Todavia sabemos que existiu uma corrente do cristianismo antigo que mostrava de fato um relacionamento tão estreito entre Jesus e Maria que muitos arriscam dizer que definitivamente eles eram um casal se não oficial pelo menos de mestre e discípulo em um grau elevado, especial e único.
Maria Madalena é dito na Bíblia foi aquela da qual Cristo expulsara 7 demônios.
7 na Bíblia significa plenitude, completitude e aqui provavelmente o texto pode aferir que Maria estava de tal forma possessa por estas entidades que não havia descrição possível para definir o grau disto.
Alguns preferem ver nestes 7 os tais 7 pecados capitais vendo na figura de Madalena uma pecadora contumaz de todos os orbes.
Seja como for realmente não é fácil desassociar a figura de alguém que é possuída por 7 demônios de alguém pecadora. Por mais contorcionismos textuais que possamos fazer. Pois pelo menos no contexto cristão a visão sobre os demônios era bem diferente da grega.
Quanto a associação de Maria com a mulher pecadora tanto do vaso de alabastro quanto a que seria apedrejada e Jesus a salvou e por fim sua junção com a figura de Maria irmã de Marta e Lázaro temos seríssimos problemas pois, é meio complicado entendermos uma figura tão devota como Maria irmã de Lázaro com alguém que pudesse ter sido tão dissoluta(obviamente que isto não seria de fato impossível e a visão de que Maria e a pecadora que ungiu Jesus são a mesma pessoa parece bem mais forte do que a visão que falam de duas unções). Ainda mais sendo como tudo indicava de uma alta casta social e com ligação muito estreita com a liderança espiritual dos judeus a ponto de a ressurreição de Lázaro ser um buchicho só no sinédrio e em toda Jerusalém , bem diferente das outras ressurreições perpetradas pelo Cristo.
Muitos pensam que isto advém do fato de Lázaro fazer 4 dias que estava morto o que por si só denotaria um milagre de ressurreição maior. Não penso assim, entendo que o burburinho e o efeito desta ressurreição foi diferente devido ao fato de quem era Lázaro e do grau de importância e influência que deveria ter sua família entre os judeus.
Neste cenário fica difícil imaginar-se sua irmã Maria sendo uma pecadora contumaz.
Hoje em dia as pessoas preferem ver aqui a figura de 3 mulheres distintas.
1. Maria Madalena.
2. A mulher pecadora(que tanto pode ser ou não a que seria apedrejada mas identificada com a que lavou seus pés e secou com os cabelos na casa de simão).
3. Maria irmã de Lázaro.
Ou pelo menos duas.
1. Madalena e Maria irmã de Lázaro.
2. A mulher pecadora.
Entretanto poucos ou mais especificamente ninguém conseguiu explicar a contendo o porque desta ter sido expulsos 7 demônios e o que significavam tais demônios.
Este fato por si só parece anular a ideia de que Madalena fosse alguém desde sempre consagrada, separada ao Cristo como companheira e esposa, dando nitidamente a ideia de alguém que foi LIBERTA, CONVERTIDA por ele e A PARTIR DAI parece ter se tornado de importância capital em seu ministério(Um texto interessante que vai por este caminho....http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL644103-9982,00-MARIA+MADALENA+E+JESUS+TINHAM+RELACAO+DE+ALUNA+E+MESTRE+DIZEM+ESPECIALISTAS.html)
Sendo controvertido do jeito que o mestre era todavia NÃO SERIA impossível que desafia-se as convenções da época e casa-se com ela!
Os textos acusatórios que o apresentam como um amigos de publicanos, beberrões e prostitutas nos mostram que ele não tinha muita consideração pelos escrúpulos preconceituosos de sua época.
A interpretação mais corrente entre os alternativos hoje em dia é que a ortodoxia 'deturpou' a figura de Maria quer ela fosse a irmã de Lázaro ou não.
Que ela nunca foi pecadora mas foi descrita como tal pelo grupo de apóstolos contrários a sua liderança entre eles, e que isto passou como tradição para o grupo oficial da Igreja que ganhou a batalha final entre o que deveria ser ou não a visão oficial sobre a vinda do Cristo na terra.Nesta versão os 7 demônios não passam de invenção e intriga do escritor do evangelho que seria do partido contrário a Madalena.
Outros até abrem-se a hipótese de que tenha sido uma pecadora mas entendem que isto foi superlativado pelos contrários para empanarem sua figura capital no relacionamento do Cristo com os seus, enquanto sua liderança foi completamente eclipsada na visão oficial.
Seja como for vejamos alguns textos sobre estas duas figuras tão emblemáticas da espiritualidade ocidental e mundial e com certeza o mais falado casal daquilo que chamam 'heresia' cristã.
JESUS CRISTO
Jesus
O mais antigo painel iconográfico do Cristo Pantocrator, datado do século VI. Nome completo Jesus de Nazaré Nascimento 8-4? a.C.[1]
Belém, Pronvíncia romana da Judeia [nota 1] Morte 29-36? d.C.[1]
Jerusalém, Judeia[nota 2] Etnia Judeu Ocupação Carpinteiro, profeta itinerante e rabino.
Jesus[nota 3][nota 4] (8-4? a.C. – 29-36? d.C.[1][2][3]) é a figura central do cristianismo.[4][5] Para a maioria dos cristãos Jesus é Cristo, a encarnação de Deus e o "Filho de Deus", que teria sido enviado à Terra para salvar a humanidade.[6][7][8] Acreditam que foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos e ressuscitou no terceiro dia (na Páscoa).[4] Para os adeptos do islamismo, Jesus é conhecido no idioma árabe como Isa (عيسى, transl. Īsā), Ibn Maryam ("Jesus, filho de Maria").[9] Os muçulmanos tratam-no como um grande profeta e aguardam seu retorno antes do Juízo Final.[10][11] Alguns segmentos do judaísmo o consideram um profeta,[12] outros um apóstata.[13] Os quatro evangelhos canónicos são a principal fonte de informação sobre Jesus.
Embora tenha pregado apenas em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judeia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos séculos após a sua morte, ajudando a delinear o rumo da civilização ocidental.[14]
Índice
Fontes textuais
A principal fonte sobre Jesus são os quatro evangelhos canónicos,[18] a que se somam outras fontes cristãs, como os evangelhos apócrifos, e um número escasso de fontes não-cristãs.[14] Estas fontes providenciam poucas informações sobre o Jesus histórico.[19]
Três dos evangelhos canónicos (Mateus, Marcos e Lucas) são conhecidos como sinópticos devido às suas semelhanças. Embora Mateus apareça em primeiro lugar no Novo testamento, acredita-se actualmente que Marcos foi o primeiro a ser escrito.[20] Enquanto que Mateus dirige-se a uma audiência judaica, e Lucas aos gentios, ambos parecem ter usado Marcos como fonte, possivelmente numa versão inicial.[21] João, por seu lado, "é uma produção independente, apresentando os dizeres de Jesus Cristo na forma de discursos que difere do que contam os outros três".[22] De acordo com alguns historiadores, estes textos foram escritos entre setenta a cem anos após a morte de Cristo[23] [nota 6] Eles recontam em pormenores a vida pública de Jesus, ou seja, o período de pregações nos últimos anos da sua vida. No entanto, há limitadas informações sobre sua vida privada. Representam os principais documentos em que convergem os trabalhos hermenêuticos dos historiadores. Na atualidade, diversas escolas com diferentes pontos de vista sobre a confiabilidade dos evangelhos e a historicidade de Jesus têm se desenvolvido.[24] Os livros apócrifos têm um valor histórico direto muito ténue ou quase nulo[25][nota 7] (dada a sua composição tardia, os mais antigos datam de meados do século II, são mais úteis na reconstrução do ambiente religioso dos séculos seguintes [26] [nota 8]), eles fazem uso de fábulas legendárias em grande partes de suas narrativas.[27] Os tipos de livros apócrifos são variados: Os evangelhos apócrifos (como o Evangelho do Pseudo-Tomé e o Evangelho do Pseudo-Mateus) que contém milagres abundantes e gratuitos que muitas vezes chega a se parecer com a literatura fantástica, em nítido contraste com a sobriedade dos quatro evangelhos canônicos. Jesus aparece como uma criança prodígio, por vezes caprichoso e vingativo;[28] Entre os evangelhos apócrifos contam-se os gnósticos (incluindo o Evangelho de Felipe e Evangelho de Tomé),que contêm revelações privadas e interpretações inéditas sobre o "logos", e transforma Jesus como um ser divino aprisionado em carne e osso, que precisa deixar este mundo, a fim de alcançar salvação[29]; Os evangelhos apócrifos da paixão (por exemplo, o Evangelho de Pedro e o Evangelho de Nicodemos) não acrescentam muito às descrições de morte de Jesus dos Evangelhos canônicos, mas têm a característica distintiva de retirar a culpa de Pôncio Pilatos e coloca-las sobre os chefes e autoridades religiosas judias.[30] Em algumas obras de autores antigos não-cristãos estão algumas referências esparsas sobre Jesus ou seus seguidores. A mais antiga destas obras é o Testimonium Flavianum[31]. Alguns historiadores consideram tais referências como interpolações posteriores de copistas cristãos .[nota 9] Etimologia
Nomes e título de Jesus
Nos livros de Novo Testamento, Jesus é mostrado não só com o seu próprio nome mas também com vários epítetos e títulos (A lista está em ordem decrescente de frequência):
Além disso, especialmente no Evangelho segundo João, são aplicadas a Jesus expressões alegóricas como: Cordeiro, Cordeiro de Deus, Luz do Mundo, pastor, Bom Pastor, pão da vida, pão vivente, pão de Deus, porta, Caminho e Verdade.[49] Pontos de vista sobre JesusMétodo históricoNo islamismoA virgindade de Maria é plenamente reconhecida pelo islã.[71] Jesus teria anunciado várias vezes na Bíblia a chegada de Maomé como o último profeta.[72] A morte de Jesus é tratada como complexa, por não reconhecer explicitamente a sua morte e dizer que antes da morte ele foi substituído por outro, do qual nada é dito, enquanto Jesus ascende ao céu e ludibria os judeus.[73] A morte ignominiosa de Jesus não está coberta, porém, afirma-se o seu regresso no dia do Juízo Final [74] e a descoberta, nesse dia, de que a obra de Jesus era verdadeira. [nota 16] O Alcorão rejeita a trindade, considerada falsa, e se refere a Jesus como "Verbo de Deus", mas não o filho dele. [nota 17][75] No judaísmoA Mishneh Torá, escrita por Maimônides (ou Rambam), considerada uma das obras da lei judaica, diz que "Jesus é um "obstáculo" que faz "a maioria do mundo errar para servir a uma divindade além de Deus". De acordo com o judaísmo conservador, os judeus que acreditam que Jesus é o Messias "cruzaram a linha" para fora da comunidade judaica.[79][80] E quanto ao Judaísmo reformista, o movimento progressista moderno, afirmam: "Para nós, da comunidade judaica alguém que afirma que Jesus é seu salvador já não é um judeu e sim um apóstata".[81] [nota 18] No cristianismoDe um modo geral, para os cristãos, Jesus de Nazaré é o protagonista de um único ato [nota 20] e intransferível, pelo qual o homem adquire a capacidade de deixar a sua natureza decaída e atingir a salvação. [nota 21] Tal ato é consumado com a ressurreição de Jesus Cristo. A ressurreição é, portanto, o fato central do cristianismo e constitui sua esperança soteriológica. Como ato, é exclusivo da divindade e indisponível ao homem. De forma mais precisa, a encarnação, a morte e a ressurreição compensam os três obstáculos que separam, segundo a doutrina cristã, Deus do homem: a natureza, [nota 22] o pecado,[nota 23] e a morte. [nota 24] Pela Encarnação do Verbo, a natureza divina se faz humana.[82] Pela morte de Cristo, se vence o pecado e por sua ressurreição, a morte.[83] Historicamente, o núcleo da doutrina cristã foi fixado no Primeiro Concílio de Niceia, em 325, com a formulação do Credo niceno. Este concílio é reconhecido pelas principais denominações cristãs: católica, ortodoxa e de várias igrejas protestantes. O texto do Credo Niceno que se refere a Jesus é o seguinte:
Jesus Cristo de Nazaré é também considerado a encarnação e Filho de Deus, segunda pessoa da Santíssima Trindade cristã. É Filho por Natureza, e não por adoção, o que significa que sua Divindade absoluta e sua humanidade absoluta são inseparáveis. [nota 26] A relação entre a natureza divina e humana foi fixada no Concílio de Calcedónia, nestes termos:
Denominações cristãs com discrepâncias doutrinárias
Novos movimentos religiosos de origem cristã ou supostamente cristãVários movimentos religiosos dito cristãos, geralmente protestantes, surgidos a partir da segunda metade do século XIX, se afastaram das crenças da maioria das denominações cristãs no que concerne à trindade divina, a natureza de Cristo e a sua missão. Discute-se se esses movimentos podem ser considerados como cristãos.[88][89][90]
Biografia de Jesus pelo Novo TestamentoGrande parte do que é conhecido sobre a vida e os ensinamentos de Jesus é contado pelos Evangelhos canônicos: Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, pertencentes ao Novo Testamento da Bíblia. Os apócrifos do Novo Testamento apresentam também alguns relatos relacionados a Jesus. Existem também diversas obras que tentaram harmonizar o relato dos quatro Evangelhos canônicos num único relato cronologicamente coerente e elas são chamadas de "harmonias evangélicas", sendo a mais antiga delas o Diatessarão já do século II d.C.Esses Evangelhos narram os fatos mais importantes da vida de Jesus. Os Atos dos Apóstolos contam um pouco do que sucedeu nos 30 anos seguintes. As Epístolas (ou cartas) de Paulo também citam fatos sobre Jesus. Notícias não-cristãs de Jesus e do tempo em que ele viveu encontram-se nos escritos de Josefo, [nota 28] que nasceu no ano 37 d.C.; nos de Plínio, o Moço, que escreveu por volta do ano 112; nos de Tácito, que escreveu por volta de 117; e nos de Suetônio, que escreveu por volta do ano 120.
GenealogiaNascimentoNão há evidência histórica contemporânea demonstrando a data de Nascimento de Jesus. O calendário gregoriano é baseado em uma tentativa medieval de contar os anos desde o nascimento de Jesus, que foi estimado por Dionysius Exiguus entre 2 AC/ACE and 1 DC/DEC.[106] O evangelho de Mateus afirma que o nascimento aconteceu durante o reinado de Herodes, que morreu em 4 BCE,[107] sugerindo que Jesus pudesse ter até dois anos de idade quando ele teria ordenado o Massacre dos inocentes. O autor do evangelho de Lucas similarmente coloca o nascimento de Jesus como tendo ocorrido durante o reinado de Herodes, mas afirma que o nascimento aconteceu durante o Censo de Quirino das província romanas da Síria e Judeia, o que geralmente se crê ter acontecido em 6 DCE, ou seja, uma década depois da morte de Herodes.[108] A maioria dos acadêmicos dão preferênca à faixa entre 6 e 4 ACE.[109] De acordo com o relato do evangelho de Lucas, na época do rei Herodes o sacerdote Zacarias, esposo de Isabel — ambos já de idade avançada —, recebeu a promessa do nascimento de João Baptista através do anjo Gabriel.[110] No sexto mês da gestação de Isabel, o mesmo anjo Gabriel aparece a Maria na cidade de Nazaré, a qual era virgem e noiva de José, e anuncia que ela viria a conceber do Espírito Santo e que daria ao seu filho o nome de Jesus. Mateus traz a informação de que José, ao saber que sua noiva estava grávida, não teria compreendido inicialmente que Maria recebera a missão de conceber o Messias e se afastou dela. Mas em sonho, um anjo lhe revelou a vontade de Deus, e ele aceitando-a, recebeu Maria como esposa.[110] Segundo Mateus, o imperador Otávio Augusto teria promovido um recenseamento de todos os habitantes do Império, tendo estes que se alistar em suas respectivas cidades. José, por ser da cidade de Belém, teria levado Maria até esta cidade. Chegando ao local de destino, por não terem encontrado hospedagem, Jesus nasce em uma manjedoura. Segundo Lucas, os pastores da região, avisados por um anjo, vieram até o local do nascimento de Jesus para adorá-lo.[110] Completados os oito dias que determinava a tradição judaica, Jesus foi levado ao templo por sua família para ser circuncidado, quando foi abençoado por Simeão e Ana.[110] Segundo o relato do evangelista Mateus, Jesus teria recebido a visita dos magos do oriente, os quais, segundo a tradição natalina, seriam três reis da Pérsia. Os magos teriam chegado a Jerusalém seguindo a trajetória de uma estrela que anunciaria a vinda do Messias ao mundo. E, ao encontrarem Jesus numa casa com Maria, adoraram-lhe e ofertaram ouro, incenso e mirra representando, respectivamente, a sua realeza, a sua divindade e a sua imortalidade. Por causa desta visita Herodes teria se decidido a matar aquele que lhe iria tomar o trono, o chamado Massacre dos Inocentes. Tal notícia teria chegado a José, que então foge com Maria e o menino para o Egito. Jesus e sua família teriam permanecido no Egito até a morte de Herodes, quando então José, após ser avisado por um anjo em seus sonhos, retorna para a cidade de Nazaré. [111] Infância e juventudeA única referência à adolescência de Jesus nos Evangelhos canónicos ocorre em Lucas 2:42-51, conhecido como "Jesus entre os doutores". Segundo este evangelista, aos doze anos Jesus foi com os pais de Nazaré a Jerusalém, para a festa de Pessach, a Páscoa judaica, e lá surpreendeu os doutores do Templo pela facilidade com que aprendia a doutrina, e por suas perguntas intrigantes.[113] Em Marcos 6:3, Jesus é designado como tekton (τέκτων em Grego), normalmente percebido como significando carpinteiro. Mateus 13:55 diz que era filho de um tekton.[114][nota 34] Para além das informações do Novo Testamento, as associações específicas da profissão de Jesus à carpintaria são uma constante nas tradições cristãs dos séculos I e II. São Justino Mártir, que morreu cerca do ano 165, escreveu que Jesus fazia juntas e arados.[117] Batismo e tentaçãoMateus descreve que João estava hesitante em atender o pedido de Jesus para ser batizado, alegando que ele é quem deveria ser batizado por Jesus. Mas Jesus insistiu, "Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça." (Mateus 3:15). Depois que Jesus foi batizado e saiu da água, Marcos afirma que Jesus "viu os céus se abrirem, e o Espírito, qual pomba, a descer sobre ele. e ouviu-se dos céus esta voz: Tu és meu Filho amado; em ti me comprazo." (Marcos 1:10–11). O Evangelho de João não descreve o batismo e nem se refere a João como "o Batista" mas ele atesta que Jesus é aquele sobre quem João tinha pregado — o Filho de Deus. Após o seu batismo, Jesus foi levado para o deserto por Deus, onde jejuou durante quarenta dias e quarenta noites.[119] Durante esse tempo, o diabo lhe apareceu e o tentou por três vezes. Em cada uma das vezes, Jesus rejeitou as tentações respondendo com uma citação das escrituras.[120] Em seguida o diabo se foi e os anjos vieram para cuidar de Jesus.[121] MinistérioO evangelho de João descreve três Pessachs durante o ministério de Jesus, e isso implica dizer que Jesus pregou por pelo menos dois anos e um mês,[125] apesar de algumas interpretações dos evangelhos sinóticos sugerirem um período de apenas um ano.[126][127] Jesus desenvolveu seu ministério principalmente na Galileia, tendo feito de Cafarnaum uma de suas bases evangelísticas e se deslocando várias vezes a Tiberíades pelo Mar da Galileia. Esteve também em cidades como Samaria, na Judeia e sobretudo em Jerusalém logo antes de sua crucificação. Esteve em outros lugares de Israel, chegando a passar brevemente por Tiro e por Sidom, cidades da Fenícia.[128][129] MandamentosOs principais temas da pregação de Jesus foram, de acordo com os Evangelhos, o anúncio do Reino de Deus, o perdão divino dos pecados e o amor de Deus.[130] Expostos, entre outros, nas inúmeras parábolas e acções de Jesus, no Pai-Nosso,[131] nas Bem-aventuranças[132] e na chamada regra de ouro.[133] Jesus resumiu também "toda a Lei e os Profetas" do Antigo Testamento em apenas dois mandamentos fundamentais,[134] a saber: "Amar a Deus de todo coração, de toda alma e de todo espírito e ao próximo como a ti mesmo"(Mateus 22:37-39).[134] A doutrina católica sobre os Dez Mandamentos considera que os dez mandamentos do Decálogo são uma refracção destes dois mandamentos referentes ao bem da pessoa.[135]Além destes ensinamentos, Jesus trouxe um novo mandamento: "que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei" (João 15:10).[136] A transfiguraçãoA paixãoA entrada triunfal em JerusalémSegundo os quatro evangelhos, Jesus foi com seus seguidores a Jerusalém para celebrar ali a festa da Páscoa. Ele entrou na cidade no lombo de um jumento.[nota 35] Foi recebido por uma multidão, que o aclamou como "filho de Davi".[139] Nos evangelhos de Lucas e João, também é chamado de rei.Segundo Lucas, alguns dos fariseus, ouvindo o clamor da multidão dos discípulos, chegaram a pedir a Jesus que os repreendesse. Jesus então responde aos fariseus dizendo: "Se eles se calarem, as próprias pedras clamarão" (Lucas 19:40). Ceia anterior à crucificaçãoO Evangelho segundo João oferece maiores detalhes sobre os momentos da última ceia entre os capítulos 13 e 17, relatando o momento em que Jesus lavou os pés dos discípulos com água, os diálogos com os apóstolos, os últimos ensinamentos que transmitiu antes de morrer e a oração sacerdotal. A prisãoMais tarde, na mesma noite, segundo os sinóticos, Jesus teria ido para o jardim de Getsêmani, na encosta do monte das Oliveiras, em frente ao Templo, para orar. Três discípulos — Pedro, Tiago e João — faziam-lhe companhia.Judas havia realmente traído Jesus, e o entregou aos sacerdotes e aos anciãos de Jerusalém, que pretendiam prendê-lo, por trinta moedas de prata.[141] Acompanhado por um grupo de homens armados, Judas chegou ao jardim enquanto Jesus orava, para prendê-lo. Ao beijá-lo na face, revelou a identidade de Jesus e este foi preso. Por parte de seus seguidores houve um princípio de resistência, mas depois todos se dipersaram e fugiram.[142][nota 36] O julgamentoOs soldados levaram Jesus para a casa do Sumo Sacerdote Caifás.[143] A lei judaica não permitia que o Sinédrio, a suprema corte judaica, se reunisse durante o Pessach[144] e a lei romana proibia que se condenasse um homem à morte.[144] Jesus foi acusado primeiramente de ameaçar destruir o templo, mas as testemunhas entraram em desacordo.[145] Depois, perguntaram a Jesus se ele era o Messias, o Filho de Deus e rei dos judeus. Jesus respondeu que era,[146] e foi então acusado de blasfemar ao dizer-se Deus.Após isso, os líderes judeus levaram Jesus à presença de Pôncio Pilatos,[147] que então governava a província romana da Judeia.[148] Acusavam-no de estar traindo Roma ao dizer-se rei dos judeus. Como Jesus era galileu, Pilatos enviou-o a Herodes Antipas[149] — filho de Herodes, o Grande[150] — que governava a Galileia.[151] Lucas conta que Herodes zombou de Jesus,[152] vestindo-o com um manto real, e devolveu-o a Pilatos.[149] Era de praxe os governantes romanos libertarem um prisioneiro judeu por ocasião do Pessach. Pilatos expôs Jesus e um assassino condenado, de nome Barrabás,[153] na escadaria do palácio, e pediu à multidão que escolhesse qual dos dois deveria ser posto em liberdade.[154] A multidão voltou-se contra Jesus e escolheu Barrabás.[155] Pilatos entregou então Jesus para morrer na cruz.[156] A crucificação era uma forma comum de execução romana, aplicada, em geral, aos criminosos de classes inferiores.[157] A crucificaçãoConduzido para fora da cidade, Jesus foi pregado na cruz pelos soldados romanos. João conta que escreveram no alto da cruz a frase latina "Iesus Nazarenus Rex Iudeorum".[nota 38] Puseram a cruz de Jesus entre as de dois ladrões.[159][nota 39] Antes de morrer, Jesus exclamou: "Elí, Elí, lamá sabactani" que traduzido seria "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mateus 27:46). Depois de três horas, Jesus morreu. José de Arimatéia e Nicodemos puseram o seu corpo num túmulo recém-aberto, e o fecharam com uma pedra. Um erro de tradução da Bíblia é tomar staurós como estaca ou estaca de tortura e, baseando-se nisto, dizer que Jesus foi pregado em uma estaca ao invés de uma cruz.[160] Isto pois, na época que se diz ser a da morte de Jesus, o significado da palavra já havia passado a abranger duas estacas cruzadas.[160] A ressurreiçãoEntretanto, os evangelhos discordam em relação a quantidade de pessoas que foram com Maria Madalena naquela manhã. João 20:1 faz referência apenas a uma pessoa, Mateus 28:1 cita Maria Madalena e a outra Maria. Marcos 16:1 faz referências a Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e Salomé, já Lucas 24:1, 2, 3 e 10 não deixa tão evidente a quantidade de pessoas. Os Evangelhos dizem que os onze apóstolos fiéis encontraram-se com ele, primeiro em Jerusalém e depois na Galileia onde chegou a ser visto por algumas centenas de pessoas. Porém, é o relato de Mateus que mais oferece detalhes sobre os acontecimentos que envolveram o momento da ressurreição. Segundo o Evangelho de Mateus, a ressurreição de Jesus teria sido precedida de um grande terremoto em razão da remoção da pedra que estava na entrada do sepulcro:
Além dos quatro Evangelhos e do livro de Atos dos Apóstolos, há outras fontes que falam da ressurreição de Jesus. Uma delas, também encontrada no Novo Testamento, seria um breve relato de Paulo nos versos de 3 a 8 do capítulo 15 em sua primeira epístola aos coríntios, escrita por volta do ano 55 da era cristã, onde o apóstolo menciona duas outras aparições de Jesus após a sua ressurreição, não registadas nos Evangelhos. Numa delas, Jesus teria sido visto por mais de quinhentas pessoas. Na outra ocasião, teria aparecido ao seu parente Tiago,[162][163] o qual, após esta experiência, teria se tornado um seguidor e líder da Igreja de Jerusalém, escrevendo ainda um dos livros do Novo Testamento.[163] A ascensãoEm Atos, Lucas narra que Jesus, após ressuscitar, apareceu durante quarenta dias aos apóstolos, passando-lhes ensinamentos e confirmando que receberiam o Espírito Santo. Prossegue o evangelista informando que, após esses dias, Jesus foi elevado às alturas até ser encoberto por uma nuvem. Marcos, em seu resumido Evangelho, apenas comenta que Jesus, depois de ter falado aos seus discípulos, foi recebido nos céus e se assentou à direita de Deus. É Lucas quem dá mais detalhes sobre esse momento, informando ter sido em Betânia que Jesus se despediu de seus discípulos, abençoando-os enquanto era elevado ao céu (Lucas 24:50-52). Por sua vez, em Atos, o seu segundo livro, Lucas relata que, durante a ascensão de Jesus, os discípulos permaneceram olhando para o céu até que tiveram a visão de dois anjos que lhe indagaram sobre aquela atitude, os quais teriam proferido as seguintes palavras:
Já nos Evangelhos escritos pelos apóstolos Mateus e João, não há nenhuma descrição sobre a ascensão de Jesus. Em Mateus, por exemplo, o texto termina na segunda parte do seu último verso com a frase de que Jesus permanecerá todos os dias com os seus discípulos até o fim do mundo (Mateus 28:20). Mesmo depois da ascensão, as obras que compõem o Novo Testamento trazem outros relatos de aparições de Jesus, como ocorre na conversão de Saulo e também na visão de João quando o apóstolo é arrebatado aos céus durante sua prisão em Patmos [164] e recebe a missão de escrever o Apocalipse.[165] Relíquias de JesusNa contemporaneidade, a mais conhecida, estudada e discutida[nota 40] relíquia de Jesus é talvez o Sudário (σινδών, sindón, que significa "pano" em grego), atualmente armazenados em Turim e de posse pessoal do Papa. Segundo a tradição, é o pano em que estava envolto o corpo de Jesus no túmulo. O tecido é de linho e mede 442 x 113 cm. Apresenta uma dupla imagem (frente e verso) de um homem com barba, bigode e cabelos compridos, ostentando as marcas no corpo correspondente à descrição da paixão: marcas de flagelação, a coroa de espinhos, mãos e pés perfurados por pregos e a ferida por lança ao lado. O quadro não é uma pintura, mas o resultado de um gradual amarelecimento da fibra têxtil - como se fosse um negativo de um filme fotográfico.[nota 41] Na parte mais profunda das feridas há vestígios de sangue tipo AB. As outras relíquias atribuídas a Jesus são os supostos restos do corpo de Jesus (incluindo vários traços de sangue, uma costela e os restos da circuncisão de Jesus - o Santo prepúcio) e os objetos com os quais ele entrou em contato, como as lascas da cruz (uma das quais, provavelmente original encontra-se no Obelisco do Vaticano), a coroa com espinhos, a lança que o perfurou, o título que foi pregado à cruz[nota 38] e taça que ele teria usado na última ceia (o Santo Graal). Jesus na ficção e na arteNa arteNum primeiro momento, a arte do cristianismo evitou representar Jesus em forma humana, preferindo invocar sua figura através de símbolos, tais como o monograma formado pelas letras gregas Χ y Ρ, iniciais do nome grego Χριστός (Cristo), a união as vezes de Α y Ω, primeira e última letras, respectivamente, do alfabeto grego, para indicar que Cristo é o princípio e o fim; o símbolo do peixe em grego (ΙΧΘΥΣ, «ikhtus», acróstico de Ἰησοῦς Χριστός, Θεοῦ Υἱός, Σωτήρ (Iesous Khristos Theos uios Soter; "Jesus Cristo Filho de Deus Salvador"). Ele também já foi representado como um cordeiro (o Cordeiro de Deus); e também em símbolos antropomórficos, como o Bom Pastor.[167][nota 42]Mais tarde apareceram representações de Cristo, primeiro representado como um jovem, muitas vezes com o rosto de Alexandre Magno, sem barba e sem cabelos longos [168]. A partir do século IV foi representado quase exclusivamente com barba. Na arte bizantina se tornou habitual uma série de representações de Jesus. Algumas das quais com a imagem do Pantocrator, que tiveram um grande sucesso na Europa medieval.[169] Na literaturaDesde finais do século XIX, inúmeros autores de obras literários têm dado sua interpretação pessoal da vida de Jesus. Entre as obras mais destacadas que trataram do tema podemos citar:
No cinemaA vida de Jesus de acordo com os relatos do Novo Testamento e normalmente sob um ponto de vista cristão, tem sido frequente. De fato, Jesus de Nazaré é um dos personagens mais interpretados no cinema.[170][171] O primeiro filme sobre a vida de Jesus foi La vie et la passion de Jésus-Christ de Georges Hatot y Louis Lumière.[172] No cinema mudo, o filme que mais se destacou foi O Rei dos Reis (1927) de Cecil B. DeMille.O tema foi abordado em diversas ocasiões, e de diversos pontos de vista: Desde a grandiosa produção de Hollywood O Rei dos Reis (Nicholas Ray, 1961) até as visões mais austeras de cineastas como Pier Paolo Pasolini (Il vangelo secondo Matteo, 1964). Também deram sua interpretação pessoal à figura de Jesus autores como Buñuel (Nazarín, 1958), y Dreyer (Ordet, 1954). Alguns dos filmes mais recentes sobre a vida de Jesus não estão isentos de polêmicas. É o caso de A Última Tentação de Cristo (1988), de Martin Scorsese, baseado no romance homônimo de Nikos Kazantzakis, muito criticado por sua interpretação pouco ortodoxa de Jesus. O filme de Mel Gibson, A Paixão de Cristo (2004) recebeu a aprovação de vários setores do Cristianismo, mas foi considerado anti-semita por alguns membros da comunidade judaica.[173][174] A personagem Jesus tem sido tratado no cinema de vários ângulos. [nota 43] Existem interpretações satíricas da figura do criador do cristianismo, como A Vida de Brian (Terry Jones, 1979). Musicais, como o célebre Jesus Cristo Superstar (Norman Jewison, 1973), e também filmes de animação, como The Miracle Maker (Derek W. Hayes y Stanislav Sokolov, 2000). No teatroA vida de Jesus também tem sido levada aos palcos da Broadway e a outras partes do mundo através dos musicais. Entre as representações líricas da vida e da obra de Jesus pode-se destacar o popular musical Jesus Cristo Superstar, uma ópera rock com músicas de Andrew Lloyd Webber e arranjos de Tim Rice, representada pela primeira vez em 1970, e que posteriormente viria a se espalhar pelo resto do planeta.[175] Também se destaca a peça de teatro Godspell, com música de Stephen Schartz e arranjos de John-Michael Tebelak, que foi encenada pela primeira vez também em 1970.[176] No teatro do Brasil, destaca-se Auto da Compadecida, peça de Ariano Suassuna escrita em 1955 e publicada em 1957, que retrata um jesus negro.Notas
Referências
Bibliografia
Ver também
Ligações externas
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FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus
MARIA MADALENA
Santa Maria Madalena
Maria Madalena
por Pietro Perugino (c. 1500). Penitente Nascimento Século I AD em Magdala (?) Morte Século I AD em Éfeso (?) Veneração por Igreja Católica,
Igreja Anglicana e
Igreja Ortodoxa Festa litúrgica 22 de Julho Atribuições Ocidente: Alabastro com pomada, cabelos longos e agarrada à parte inferior da cruz.
Oriente: pote de pomada de mirra, segurando um ovo de páscoa (símbolo da Ressurreição), abraçando os pés de Cristo após a Ressurreição. Padroeira Atrani, boticários, cabeleireiros, Casamicciola Terme, convertidos, curtumeiros, Elantxobe, fabricantes de perfumes, fabricantes de luvas, farmacêuticos, La Magdeleine, mulheres, pecadores arrependidos, pessoas ridicularizadas por sua piedade, prostitutas, tentação sexual e vida contemplativa.[1] "Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar."
Jesus conversando com Madalena
(São João 8.10-11) Portal dos Santos
Maria Madalena é descrita no Novo Testamento como uma das discípulas mais dedicadas de Jesus Cristo. É considerada santa pelas igrejas Católica, Ortodoxa e Anglicana, sendo celebrada no dia 22 de julho. É também comemorada pela Igreja Luterana com festividades no mesmo dia. A Igreja Ortodoxa também a celebra no segundo domingo após a Páscoa. O nome de Maria Madalena a descreve como sendo natural de Magdala, cidade localizada na costa ocidental do Mar da Galileia.
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Maria Madalena no Novo Testamento
Ela acreditava que Jesus Cristo realmente era o Messias. (Lucas 8:2; 11:26; Marcos 16:9). Madalena esteve presente na crucificação e no funeral de Cristo, juntamente com Maria de Nazaré e outras mulheres. (Mateus 27:56; Marcos 15:40; Lucas 23:49; João 19.25) (Mateus 27:61; Marcos 15.47; Lucas 23:55). No sábado após a crucificação, saiu do Calvário rumo a Jerusalém com outros crentes para poder comprar certos perfumes, a fim de preparar o corpo de Cristo da forma como era de costume funerário. Permaneceu na cidade durante todo o sábado, e no dia seguinte, de manhã muito cedo, "quando ainda estava escuro", foi ao sepulcro, achou-o vazio, e recebeu de um anjo a notícia de que Cristo havia ressuscitado e foi-lhe dito que devia informar tal fato aos apóstolos. (Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-5,10,11; Lucas 24:1-10; João 20:1,2; compare com João 20:11-18). Nada mais se sabe sobre ela a partir da leitura dos Evangelhos Canônicos.Em Lucas 8:2, faz-se menção, pela primeira vez, de "Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios". Não há qualquer fundamento bíblico para considerá-la como a prostituta arrependida dos pecados que pediu perdão a Cristo; também não há nenhuma menção de que tenha sido prostituta.[2][3] Este episódio é frequentemente identificado com o relato de Lucas 7:36-50, ainda que não seja referido o nome da mulher em causa.
Ensinamentos da Igreja
São Gregório Magno[4] comenta que Santa Maria Madalena amava tanto ao Senhor que não se afastava do sepulcro, chorando, sentia saudade daquela que julgava ter sido roubado. Por isso, somente ela o viu, porque somente ela perseverara. Ele a compara a Davi, quando no Salmo diz: Minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo (Sl 41,3). Ao reconhecer Jesus, imediatamente o coloca acima, chamando-o Mestre. O termo empregado por ela, "Rabuni", é mais solene que o habitual "Rabi", e é usado principalmente quando se refere a Deus, da mesma maneira que o faz, por exemplo, São Tomé.Teoria
Alguns escritores e estudiosos contemporâneos, principalmente Margaret George, Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh, autores do livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada (1982), e Dan Brown autor do romance O Código da Vinci (2003), narram Maria Madalena como uma apóstola, mulher de Cristo que teve com ele, inclusive, filhos. Nessas narrações, tais fatos teriam sido escondidos por revisionistas cristãos que teriam alterado os Evangelhos.
Estes escritores teriam baseado suas afirmações nos Evangelhos Canônicos e nos livros apócrifos do Novo Testamento, além dos escritos gnósticos. Segundo os evangelhos aceitos e selecionados pela Igreja Católica, Jesus Cristo, o suposto "filho de Deus", não veio à Terra para se casar com uma humana e muito menos ter filhos com ela. Portanto, para os preceitos desta Igreja, Maria Madalena não foi e nem poderia ter sido a esposa de Jesus Cristo.
Tornou-se muito célebre, com a divulgação do livro de Dan Brown, o argumento de que na tela A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, a personagem que está à sua direita, com traços femininos, seja Maria Madalena e não o apóstolo João, como outros defendem. O facto de Jesus não envergar nenhum cálice - o Graal - poderá levar a interpretações que muitos fanáticos cristãos consideram "flagrantemente abusivas" do ponto de vista histórico e religioso, como acreditar que Maria Madalena é, de facto, o "cálice sagrado" onde repousa o "sangue de Cristo" ou seja, que ela estaria grávida de Jesus Cristo.
Praticamente todos os teólogos cristãos consideram inaceitável a história narrada no romance de Dan Brown. Argumentam que Leonardo da Vinci se inspirou no Evangelho de João (no texto João 21:20) em que se fala do discípulo amado - que seria o próprio apóstolo João - e não propriamente nas passagens referentes à instituição da Última Ceia.
Outros estudiosos consideram a teoria válida, afirmando uma vez que a própria existência de Jesus Cristo não está comprovada até hoje, e que qualquer hipótese relativa a tão obscuras e confusas tradições e escritos pode ser levada em consideração para análises à luz indispensável da Ciência. Mas a história filosófica escreve sobre Jesus, como é o caso de Flávio Josefo e Públio Cornélio Tácito; o primeiro um historidor judeu e o último um bibliotecário romano que escreveu a biografia de Nero César.
Madalena, o Mito
A face feminina de Deus, como o foi Ísis e Eurídice, a representação da Sofia grega, que Pitágoras e Parmênides encaravam como a uma deusa é representada por Maria Madalena e o seu histórico banimento. Não basta aceitar e declarar a união espiritual da Madalena e de Jesus, para Margareth Starbird, é necessário reconhecer o papel arquetípico da sua união, uma união sagrada, que também ocorreu no plano físico.O Evangelho de Maria Madalena
O Evangelho de Maria Madalena traz uma nova interpretação de quem teria sido Maria de Magdala. Segundo este evangelho, ela teria sido uma discípula de suma importância à qual Jesus teria confidenciado informações que não teria passado aos outros discípulos, sendo por isso questionada por Pedro e André. Ela surge ali como confidente de Jesus, alguém, portanto, mais próximo de Jesus do que os demais.Trechos do Evangelho de Maria Madalena
"O apego à matéria gera uma paixão contra a natureza. É então que nasce a perturbação em todo o corpo; é por isso que eu vos digo: Estejais em harmonia… Se sois desregrados, inspirai-vos em representações de vossa verdadeira natureza. Que aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça. Após ter dito aquilo, o Bem-aventurado saudou-os a todos dizendo: Paz a vós – que minha Paz seja gerada e se complete em vós! Velai para que ninguém vos engane dizendo: Ei-lo aqui. Ei-lo lá. Porque é em vosso interior que está o Filho do Homem; ide a Ele: aqueles que o procuram o encontram. Em marcha! Anunciai o Evangelho do Reino.""Pedro disse: "O Salvador realmente falou com uma mulher sem nosso conhecimento? Devemos nos voltar e escutar essa mulher? Ele a preferiu a nós?". E Levi respondeu: "Pedro, você sempre foi precipitado. Agora te vejo lutando contra a mulher como a um adversário. Se o Salvador a tornou digna, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece muito bem. Foi por isso a amou mais que ama a nós"."
Referências
- ↑ Índice sobre a patronagem dos santos (em inglês)
- ↑ Revista Época, A companheira de Jesus
- ↑ Quadrante, Sociedade de Publicações Culturais
- ↑ [1] Das Homílias sobre os evangelhos, de São Gregório Magno.
Outros sites interessantes sobre o assunto:
http://linhagemsagrada9.blogspot.com/2011/11/jesus-cristo-e-maria-madalena-visiveis.html
http://super.abril.com.br/religiao/jesus-cristo-teve-filhos-445124.shtml
http://www.misteriosantigos.com/jesus_mmada_davinci.htm
http://www.opusdei.org.br/art.php?p=16279
http://www.sobrenatural.org/materia/detalhar/3993/o_evangelho_de_maria_madalena/
http://www.gotquestions.org/portugues/Jesus-casado.html
Os textos acima quer favoráveis , quer contrários, ou questionadores sobre se Jesus e Madalena formavam ou não um casal convencional são extremamente interessantes.
Espero que os mesmos possam trazer alguma luz a quem se propôs buscar novos fatos e evidências sobre o tema.
Existem hoje em dia principalmente desde O Código da Vinci de Dan Brown inúmeros livros sobre este assunto que se tornou o mais palpitante da cristandade, superando até o possível retorno de Jesus Cristo.
Livros de autores como Margareth Starbird, teóloga americana independente de tradição católica com livros como A deusa nos evangelhos e Maria Madalena e o Santo Graal: a mulher com o vaso de alabastro, ou de tradição evangélica mas hoje também independente como o teólogo Bart Ehrman(autor de : Quem Jesus foi, quem Jesus não foi? e O que Jesus disse o que Jesus não disse?) um favorável e outro contrário a Jesus e Maria casados apesar de ambos terem rompido de há muito com a visão oficial da ortodoxia podem trazer alguma luz sobre o assunto se olhado da perspectivas da visão de pessoas contrárias a uma compreensão dogmática dos textos mas ainda assim opostas(...http://mariamadalenaeosantograal.blogspot.com/2007/11/entrevista-com-margareth-starbird.html,http://sites.google.com/site/oespiritualismoocidental/indice-dos-textos/o-problema-com-o-fundamentalismo-cristao).
Agora um vídeo sobre o tema...Jesus e Maria Madalena
Fonte: Youtube
Abraços
Pax e Lux
VALTER TALIESIN
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