Os caminhos se abrem ante a Visão...
Sentada, uma linda e morena mulher
olha dentro de um outro mundo,
de um outro tempo.
Hoje, aqui em plena aurora de uma
Nova Era, ela busca olhar para uma
outra utopia. Busca ver a verdade de
si mesma em um outro tempo, onde
sua beleza e morena tez já eram lendárias.
Pouco a pouco a Visão afasta as
imensas brumas que o Tempo usa para
ocultar de olhares profanos e não dignos
o mundo das teias das interações humanas
de outra eras.
Diante de si ela vê um barco...
O barco navega calmo por entre as brumas
águas profundamente escuras,
e vai de encontro a uma imensa ilha no
horizonte mais além.
Sentada, vestida em um belo vestido azul
cobalto, com uma imensa capa/capuz
em torno de si, coroada por uma fina tiara
de viagem, cravejadas de pedras luminescentes,
ela recebe em seu regaço a cabeça portentosa,
ornada de fulgurante cabeleira vermelha
e coroada de glorioso arco dourado, também
cravejado de preciosas pedras, de um homem
tremendamente incomum.
Ao longe ainda podem-se ouvir agonizantes
estertores da batalha que dominou o dia todo
o vale onde se encontra o imenso campo
de Camlann cobrindo-o mais atrás com corpos
de outrora vivazes guerreiros e senhores da guerra.
Um som que vai pouco a pouco deixando de
fazer sentido diante do que ela fora chamada
a presenciar.
Em seu colo jaz o centro das atenções de um
mundo parido com dificuldades 50 e tantos
anos antes; mundo este que fenece agora
na ira insana que corroeu pai e filho, num
imenso mar de sangue familiar.
Seu olhos estão cansados de chorar...
Pois perdeu um filho e agora em seu colo
agoniza o irmão...em uma de suas mãos carrega a
lembrança do filho tão querido e na outra acaricia
o rosto de seu algoz.
Se pudesse atrás no tempo voltar e remodelar
as escolhas suas e dele que os trouxeram até
aquele momento terrível ela o faria.
Mas nem tudo pareceu escolhas; em algum
momento se sentiu vaticinada, como que escolhida
para escolhas importantes e difíceis que simplesmente
tinham que ser feitas e foram.
Sabe que para muitos é a bruxa maldosa que corrompeu
um irmão e seu reino, e que fez nascer no mundo a víbora
que destruiu a dourada era por dentro...
Sabe que nada do que falar poderá mudar a maldade
dos corações que julgam...ninguém estava lá quando
ela e o irmão foram escolhidos à revelia de suas
vontades para o Hieros Gamos; ninguém sabe o quanto
tentou impedir que o fado fosse aquele que agora tocava
em sons de agonia e épica glória; sons cada vez mais
fracos à medida que a barca avança rumo a um outro mundo.
Relembra os momentos em que tentou com todo seu poder
ocultar o Rebento do Casamento Sagrado dos olhos
profanos e como perdeu a batalha contra a Senhora da
Noite mais Fria.
Relembra que quando a venceu e partiu ao encontro do
filho este já estava corrompido pelo veneno da tia infame.
Relembra que então criou estratagemas para que pai
e filho nunca viessem se encontrar, que o amor do irmão
jamais crescesse da forma que cresceu; cegamente, por
um filho que se tornara um instrumento de outra ordem.
Seu coração partido ouve o sussurro do rei tirando-a
de entre as lembranças que a envolvem dolorosamente
no fluir da barca sobre as águas.
As palavras vem a princípio tímidas; mas pouco a pouco
ganham força e ele lhe diz:
- Nada temas! Tu fizeste o que houverá de fazer ante tudo
o que nos colocou o Destino à frente.
As humanidades futuras poderão equivocar-se contigo como
fizeram com Judas, mas eu sei de que estirpe tu és feita.
Um tremor então percorre todo o seu corpo; beija a face
do irmão e suas lágrimas descendo, banham as barbas de
vermelho faiscante e então vê o brilho radiante daqueles
imensos e bondosos olhos de azul intenso.
Perde-se na imensidão daqueles dois pontos de luz
azuis e sente a dor e a carga carmica daquele momento se
esvair entre tanto carinho, afeto e bondade que os envolve.
Lá atrás fechou-se o portal entre os mundos e nada mais
se ouve daquelas dores e então uma brisa leve e um toque
dourado de som os envolve, o corpo do rei treme como que
tocado por correntes elétricas; suas feridas vão cicatrizando-se
o furo mortal desaparece ante os olhos amorosos de sua irmã
e as outras damas na barca que o tempo todo cantavam uma
litania belíssima e melancólica cessam reverentes...
O rei então se levanta, abraça a Grande Senhora e ambos
descem da barca pisando no chão imortal de Avalon.
Do outro lado do véu do Tempo olhos imortais
se fecham e dizem para si mesma...esta na hora de voltar
para Avalon de novo... e então levanta-se a Senhora de eras
e sai para a balburdia dos sentidos deste mundo louco;
mundo este que teve que encarar de novo para preparar
como Grande Rainha que é, para um novo alvorecer dourado
que deixará a lenda do passado para sempre perdida no tempo
do mito, tão gloriosa e resplandecente que o será.
Morgana, a Filha da Mãe e Mãe de filhas e filhos iniciáticos
sem fim esta pronta para novamente ter que fazer escolhas
importantes, determinantes em favor do Grande Reino a vir:
O Grande Ideal dos Pendragon...Jesus...e Arthur...
OM AVALON...OM MORGANA...OM ARTHUR...
Valter Ludwig Taliesin...
VÍDEO SAGRADOS
FADA MORGANA - DISSIDENTEN
FADA MORGANA - ANDRE RIEU DE JAHRE STRAUSS
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