sexta-feira, 23 de outubro de 2020

- GLADIATOR/GLADIADOR - UM HINO ÉPICO AO AMOR E A LIBERDADE -

 Sessão... nunca deixe de ver um clássico... filmes essenciais...

GLADIATOR/GLADIADOR - GRÃ-BRETANHA/EUA - 2000 - Obra Prima Clássica - nota 10+ - ***** -
O século 20 terminou no cinema com 3 filmes poderosos, que se tornaram em maior ou menor grau síntese do século que findava...
Este ano eles completam 20 anos!
2 paradoxalmente eram grandes dramas-aventuras épicos mas tão fortemente construídos que entraram qual faca no coração e alma das pessoas de então e sintetizaram muito do que vivenciamos nestes mais de cem anos passados. O outro um grande drama suspense/policial com pitadas de documentário que enfocava a pior das pragas que assolou o século 20 e ameaçava ser o grande terror do que chegava(o terrorismo, os virus e as teorias da conspiração ameaçam fortemente esta hegemonia)...as drogas...tanto o consumo quanto o tráfico e o combate a ele.
Gladiador de Ridley Scott, O tigre e o dragão de Ang Lee e Traffic de Steven Soderbergh duelaram pelas bilheterias e principais prémios do cinema na virada, não só de seculo mas de milênio!
Os 3 envelheceram bem e continuam muito significativos mas acredito que Gladiador esta um dedinho à frente no imaginário popular!
Feito numa época do revivescer conservador bushista nos EUA... o filme, apesar de ser uma produção conjunta britânica e americana se tornou mais identificado com os EUA... como se este fosse uma espécie de nova Roma.
Porque alguns sem noção o identificou com o mundo conservador?
Porque o tema central trata de tradição, família, pátria, honra , fidelidade ao amor original... temas caros para pessoas e sociedades ditas conservadoras.
A crítica, formada em sua maioria por pessoas de esquerda radical torceram o nariz para o filme... acharam que fazia apologia ao imperialismo americano, contudo... sinceramente?
Acho que estes caras viram um filme completamente diferente, em um mundo paralelo!
O filme é TUDO... menos uma apologia ao imperialismo!
Ao contrário é... O OPOSTO!
O general romano Máximus, afilhado, protegido e preferido pelo grande imperador romano Marco Aurélio para sucedê-lo no trono em detrimento de seu próprio filho natural, o príncipe Cômodus, é um herói trágico que, de grande defensor da oligarquia romana se torna primeiro vítima e depois em ferrenho inimigo desta.
A vida trágica de Máximus se torna em uma tremenda crítica ao imperialismo, à escravidão, ao egoísmo, ao hedonismo e ao supérfluo. Roma é apresentada como uma sociedade extremamente decadente cujo último grande bastião de moralidade sadia e galhardia de grandes virtudes é o imperador Marco Aurélio. Já Cômodus simboliza toda a corrupção e degradação do império enquanto Máximus faz um fiel da balança entre o que os dois representam ou seja; Máximus é não só o fiel da balança...é M’âat a deusa da Verdade e da Justiça...é Thoth o deus do Conhecimento e da Sabedoria, o grande escriba dos deuses, aferidor da medida e por fim Anúbis... deus da Morte e do Portal do submundo, o grande executor da sentença.
Quando disse que o tema é caro aos conservadores quero deixar claro que em termos absolutos ele deveria ser caro de verdade a todos TODAS as pessoas de bem, do bom e do belo.. independente de sua ideologia! Amar alguém e ser fiel a ela, amar e defender sua família, amar seu povo e país, ter ligação com tradições que trazem um contexto de iniciação e formação da pessoa humana e por fim ser uma pessoa honrada não deveria ser tema controverso mas ao contrário, deveria ser um consenso entre esquerda e direita...revolucionário ou conservador!!! Exemplo... quando pessoas de esquerda defendem as tribos indígenas, as culturas ancestrais e afins não agem no melhor do tradicional? Quando pregam contra a corrupção e pilantragem não agem como defensores da honra? Quando se preocupam com o caos social não estão a se preocupar com a família? Quando querem que seus países sejam mais evoluídos, suas sociedades mais justas não demonstram que os amam? E por fim...será que não tem seriedade com as pessoas com que se relacionam?
Então...
São temas caros À SOCIEDADE HUMANA como um todo!
Máximus não somente perde um pai mas perde a completa crença e identificação com o status quo, o qual por fim tira-lhe dois dos bens mais preciosos de uma pessoa...sua liberdade e sua família!
Sua redenção vem exatamente ao confrontar este status quo na figura do degradante Cômodus.
As cenas finais do combate entre os dois antagonistas no circo romano é a síntese da verdadeira mensagem do filme:
O Amor e A Liberdade são coisas inatas à alma humana!
Quando esta é sadia ela luta por isto até à morte...quando ela é doente ela se torna agente, quer passiva ou ativa de toda dissolução... espiritual, moral e social que isto implica se tornando ou escrava masoquista ou ditadora sádica desta distorção.
Interessante que tudo o que aconteceu no mundo a partir de então, nestes 20 anos, parece nos trazer a mensagem que nossa civilização, e esta agora...GLOBAL, esta debaixo do fiel desta Cósmica Balança de Verdade e Justiça mais do que qualquer outra na História Humana!
A trilha sonora monumental desta obra marcou época... apesar de derrotada no oscar pela igualmente soberba trilha de O tigre e o dragão, a trilha de Hans Zimmer e o tema musical central, a belíssima Now We Are Free cantada por Lisa Gerrard estão hoje entre as mais executadas e veneradas do planeta.
Ridley Scott perdeu o oscar novamente como diretor mas o filme levou como melhor filme... seus dois concorrentes também se deram muito bem... Traffic fez de Soderbergh o melhor diretor e O tigre e o dragão levou como melhor filme estrangeiro.
Russell Crowe levou o oscar de melhor ator pelo show que deu como Máximus e ficamos nos indagando se não seria aqui, 20 anos atrás, que Joaquin Phoenix deveria ter ganho seu primeiro oscar, como coadjuvante, interpretando Cômodus.
Um filme soberbo, inesquecível, com grande condução e um elenco estelar e magnífico o qual forma com Alien o oitavo passageiro e Blade Runner o caçador de andróides o pódio magistral deste diretor genial mas extremamente injustiçado nos prêmios, melhores disto e daquilo deste mundo...Ridley Scott. Em tempo: na na vida real Máximus não existiu, Cômodus não era este demônio e Marco Aurélio fazia jus aos louros que recebeu.
Diretor:
Ridley Scott
Música:
Hans Zimmer
Harry Greenway
e Lisa Gerrard
cantando...
Now We Are Free
Elenco:
Russell Crowe como Máximus
Joaquin Phoenix como Cômodus
Richard Harris como Marco Aurélio
Oliver Reed como Próximo
Derek Jacobi como Gracchus
Djimon Hounsou como Juba
Connie Nielsen como Lucilla
Spencer Treat Clark como Lúcio
David Hemmings como Cassius
Ralf Moeller como Hagen

Pax et Lux

Valter Luis Taliesin




Vídeos Sagrados

Trilha sonora de Gladiador -
acima a canção Now We Are Free
com Lisa Gerrard e abaixo a trilha
completa de Hans Zimmer, Harry Greenway
e Lisa Gerrard.




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