A Arte, quer abstrata ou concreta,
quer moderna ou clássica
quando feita com o coração,
iluminado pela alma e com
a mente fixa e aprofundada no
Infinito tem o poder de curar,
libertar, liberar, pacificar,
apaixonar, transformar um
destino, outrora turvo e
insípido em algo pleno de
vida ainda que as vezes doido.
O sofrimento é parte do processo
iniciático das almas tanto quanto
o contentamento e a verdadeira
felicidade implica em entender
e se permitir usufruir o melhor
que advier dos dois na vida.
A Arte é irmã da Religião exatamente
porque as primeiras expressões
religiosas conhecidas foram
registradas em cavernas e
em encostas de rochas... depois
em vasos, utensílios, templos
e afins...através de imagens...
Portanto a Arte é um portal
para um mundo interior...
trevoso ou luminoso que nos
conecta com o mundo
espiritual, quer revelando
nossos demónios mais
assustadores ou nossos anjos
mais majestosos.
Um(a) artista pode tanto ser
uma alma atormentada como
um Van Gogh
quanto uma alma aparentemente
em contentamento como
Da Vinci... entretanto ambas
tornam-se canais de linhas
inspirativas com o cerne da
humanidade e do divino Espírito
que anima tudo e todos de uma
forma tão profunda que as palavras
tornam-se irrelevantes no descrever.
Quero crer que o canto e a dança
foram a primeira arte seguida imediatamente
pelo desenho e pintura mais instrumentos
musicais, teatro ...não necessariamente nesta
ordem os quatro últimos...
A Arte ao longo das eras
traduz a voz da alma aqui exilada
tentando encontrar nas belezas, quer
bucólicas ou terríveis que lhe cercam
O Caminho de regresso ao Lar.
A Arte paradoxalmente tanto retrata
A Fé quanto A Incredulidade como
irmãs siamesas entranhadas no mais
profundo recesso de cada humano
pois para a Divindade mais vale um
ateu sincero e humanitário do que
um crente hipócrita e ególatra.
Nada passa despercebido ao divino
em cada um de nós...
A Arte, primeiro cênica
(canto, dança, teatro etc..)
evolui em imagens, arquitetura
e por fim na escrita...
tornando-se ainda mais perene ao
unir imagens, arquitetura, escrita
e encenação na, até agora sua mais
perfeita e universal linguagem...
A Imagem Falada...
Cinema, TV, Streaming e por fim
a Holografia revelam o Manto de Maia
que cobre toda a Manifestação do
Espírito através da Alma na Matéria.
Diz, cada vez mais forte e aceito
certo ramo da Ciência que o
universo material é holográfico...
Beleza... uma alma embebida pela
Arte através das eras já sabia disto
a muito tempo!
Por fim...
Nunca a Arte foi tão necessária
quanto em dias como estes que
estamos a viver...
Em TODAS as suas vertentes...
Pax et Lux
Valter Luís (Taliesin)
Nenhum comentário:
Postar um comentário