domingo, 17 de janeiro de 2021

- O MISTÉRIO E A PRESENÇA - DEUS(A) EM E ALÉM DE NÓS -

As Trevas Abissais é O Útero onde A Luz Primordial É e vem a Ser Múltiplas. No judaísmo estas Trevas é AIN, o Nada Conceitual e a Luz é Ain Soph Aur, A Grande e Única Entidade de onde tudo procede.

Onde esta Deus(a) aqui?!
Ele(a) é tanto o que não tem conceito(Trevas) quanto o que conceitua-se(Luz) nos limites de cada compreensão.
Dai que a Shekinah, símbolo da Presença Divina é descrita como uma nuvem escura(trevosa) mas luminosa dentro de si... como se do interior desta nuvem trevosa viesse a luz.
Esta visão, com pequenas variações encontra espaço nas duas religiões que lhe são em maior ou menor grau derivadas; cristianismo e islamismo. Mas não só nelas; quem tem “olhos para ver” enxerga-a em diversas outras grandes religiões planetárias, como a pagã por exemplo, onde a Deusa/Ain dá à luz ao Deus/Ain Soph Aur depois de intrincadas e misteriosas interações entre os Dois que são Um e que fazem do Deus Pai e Filho ao mesmo tempo.
Vejam que Grande Mistério...
Ain é O Nada conceitual referendado nas Trevas Abissais.
Ain Soph ou o espaço ilimitado é o Grande Útero Cósmico...
Ain Soph Aur é a Luz Ilimitada da Consciência Primeva...
Não é que nada existia antes... em verdade o que havia antes não pode ser mesurado ou explicado!
Esta aí porque é um Nada CONCEITUAL!
Este é o significado do Nada nesta questão teológica!
Por outro lado, Deus(a) enquanto Ser somente pode ser apreendido pelas criaturas TENUEMENTE e em graus variados de consciência ao longo da linha espiral de Manifestação da Vida que parte deste Centrum que é Ain Soph Aur.
O que veio antes disto?
Teorias é que não faltam!
Uma das melhores visões é aquela do bramanismo, cepa do hinduísmo, que diz que a cada VIDA de Brahma os universos primeiro, se expandem; depois se contraem ou seja; a cada vida de Brahma ou Manifestação da Consciência Primordial... universos, mundos, dimensões e seres veem à tona! Isto duraria em torno de 100 anos de Brahma...o que seria trilhões e trilhões de anos humanos. Mas quando Brahma se contrai ou “morre” então tudo finda com Ele neste recolher. Não se apercebe se tudo se extingue, se tudo fica em sono absorto e inanimado ou se tudo fica, digamos, em uma esfera última... um tipo de Paraíso enquanto os elementos externos se fundem e encontram seu fim. No último caso, a “morte” tanto de Brahma quanto das criaturas seria meramente alegoria, no segundo caso uma figura de linguagem...somente no primeiro exemplo teria real sentido. Seja lá o que for, depois de um “tempo” indefinido Brahma renasceria e com Ele todo o processo de Ser de novo.
Neste caso eu apenas vejo algum sentido evolutivo real no terceiro... tanto o primeiro quanto o segundo... extinção da consciência ou consciência dormente a meu ver implicam em um recomeço arbitrário e sem sentido já que o experimentado antes não tem valor prático nenhum para o que virá a Ser e SE força-se a compreensão que teria me parece muito pior, pois qual o interesse espiritual real evolutivo num processo onde estamos condenados eternamente a viver e depois morrer sucessivamente (falo das mortes de Brahma não de consciências menores particularizadas) quer adormecendo nossas consciências ou tendo-as extinguindo ad eternum?
Eu não vejo nenhum!
Já no último caso ou hipótese, ficamos indefinidamente neste, digamos, último universo ou dimensão... ou Centrum quiçá “Nirvana” onde Deus(a) esta em pleno repouso criativo ou Shabbat (a tal contração ou morte)e de lá saímos, SE saimos( a tal expansão ou vida) a meu ver não para sermos consciências evolutivas inferiores como outrora mas para sermos co-criadores da Grande Obra da nova Manifestação de Vida Divina! Alguns até, por merecimento ainda maior ou opção talvez até fiquem ali... Na Ilha Paraíso, que de Facto é o Centrum e em Si mesma, como O ilimitado que a envolve... ilimitada... mas os demais serão os deuses e as deusas criativas(os) ou Elohim desta Nova Manifestação... e assim sucessivamente.
Ou então não... ou então os bramanistas estão errados e no vasto e infinito ventre de Ain Soph haverá tanto o Retorno ao Centrum das Consciências que evoluem quanto um expandir eterno e sem fim deste Ain Soph Aur, desta Luz Criativa criando novas dimensões, mundos, universos e seres variados. Assim, nesta última meditação... expansão e contração é um ato eterno e infinito e de certa forma continuo e sincrônico do Criador perenemente.
Seja como for, vivamos os presentes dias conscientemente como se O Último Dia fosse ... enxergando este ir e vir de energias dissociadas que ora envolvem os corpos físico, astral, etéreo e mental inferior terrestres que é, onde creio, este vírus terrível, surgido da nuvem do inconsciente coletivo de ações e não ações humanas tem de facto atuado, de lá para cá inclusive...e prossigamos com fé as trilhas espirituais que nossa alma anela na Grande Aventura do Ser que é infinitamente MAIS que este presente e dolorido momento no Momentum.
Pax et Lux
Valter Luís (Taliesin)

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