sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

- A ESTRELA DE DAVID/MAGEN DAVID - O SÍMBOLO E FORMA DE EXPRESSÃO DE SHEKINAH -

E se a Shekinah de fato tivesse uma forma?!

Um símbolo que representasse um mistério profundo que, ao ser visto e seguido pelo povo israelita (e demais povos que o acompanhou pois os textos sacros dão a entender que uma “mistura” de povos, também escravizados o seguiu), revelasse a cada um ou coletivamente... verdades que o divino queria lhes comunicar?!
E se a Luz brilhante na noite densa e Trevas luminosas no dia claro fosse o Hexagrama ou Magen David ou Estrela de Davi?!
Segundo se diz, as descobertas mais antigas do uso do símbolo entre os judeus são do IV século AC. Mas, com certeza, para o símbolo ter sido adotado naquele tempo ele reflete uma anterioridade ainda mais antiga!
Seria dos tempos do célebre rei, fundador da mais famosa, mística e mítica dinastia planetária?!
Ou mais antigo no tempo?!
Viria dos tempos de Moisés o supremo legislador e da saída dos hebreus do Egito? Ou quem sabe do maior dos patriarcas, Abraão?!
Ou seria um símbolo da noética, de Noé, trazido dos tempos anteriores ao Dilúvio universal?!
Seria, quem sabe, o mais poderoso símbolo revelado a Enoque ou talvez Adão?!
Estes nomes, destas figuras bíblicas mais que literais denotam eras e grau de consciência em diversas fases da evolução e odisseia humana!
1. Adão/Eva(e a oculta Lilith) é a humanidade outrora paradisíaca que em busca de mais consciência eclipsou o vasto conhecimento que tinha não obtendo perfeitamente o mais que tanto almejava! Marca uma era ancestral, principalmente nos mundos interiores com depois, a posterior “queda” no mundo exterior, ou entre os grandes primatas terrestres, em meio aos quais(peles), teve que evoluir. O como e porque deste evento “queda” envolve um contexto moral: desobediência, mas por outro lado trás a indagação: porque aconteceu? Quem permitiu a tal Serpente ali? O que aconteceria se não caissem? Veja, falamos de mitos explicativos da confusão em que vivemos... o contexto espiritual dos mesmos importa muito mais se são ou não literais. Tenha sempre isto em mente: simbolo, figura, alegoria, analogia e leitura espiritual aqui são bem mais importantes que a literal AINDA que a meu ver a mesma não deva ser descartada, até porque, ser lendária ou envolta em mitos não desmerece a possibilidade de uma base factual para que os mesmos sejam forjados.
2. Enoque mostra um ponto de ruptura no conhecimento lento e cada vez mais alijado do outrora perdido paraíso na consciência humana e é um verdadeiro salto rumo à divindade a ponto de, segundo os mitos judeus, Enoque tornar-se METATRON, O Anjo da Face ou Presença... sempre presente ante a divindade e reveladora dos mistérios desta ao mundo.
Enoque é o mais próximo que temos de um “humano glorificado” ou divino antes de Cristo, passando por Elias. Aliás, no judaísmo, se Enoque é Metatron, A Grande Face Divina Revelada, Elias é Sandalphon, a Pequena Face Revelada. Um simboliza o Céu e o outro a Terra!
O livro de Enoque é um manancial de símbolos, figuras, analogias e alegorias do mundo divino mas também interessantes revelações sobre o próprio mundo natural, tanto na Terra como nas estrelas.
3. Noé é a consciência preservada! Todo o conhecimento antediluviano, tanto o decaído de Adão até Enoque quanto a nova revelação deste! Tudo isto é simbolicamente preservado do mundo de então para o mundo de agora, do qual Noé torna-se um novo Adão, inclusive mais melhorado já que não somente é o novo patriarca-mor mas o preservador de todo conhecimento humano de então, inclusive sobre o divino!
Seus 3 filhos Sem, Cam e Jafet explica porque, se a analisarmos a FUNDO a gigantesca maioria das tradições espirituais da Terra, vamos encontrar pontos comuns que parecem refletir que uma bebeu da outra; veja, isto pode ter ocorrido vez ou outra mas tem certos contextos tão antigos, tão ancestrais sobre a vida, o universo e Deus, ainda que desfigurados pelo tempo, crendices e superstições, entranhados na maioria das religiões mais antigas do globo, que só encontra explicação sim numa origem comum mas MUITO antiga e não recente como alguns entendem. Santo Agostinho falava isto quando dizia que o que se entende por cristianismo é de fato um conjunto de mitos que vem das origens humanas e a Teosofia encoraja seus adeptos a estudar todas as tradições exatamente porque entende também desta forma.
De certa forma Adão é como Shiva... Destruidor/Reconstrutor, Enoque como Brahma...Criador e Noé como Vishnu... Preservador!
4. Então temos Abraão o “pais das nações” ...o pai da fé. O homem a quem a divindade convida a ser tão “perfeito” como Ela É! Ali o conhecimento de eras se espalha definitivamente por entre as nações. Muitos rabinos dizem que diversos povos do oriente são descendentes físicos e espirituais de Abraão; inclusive os hindus, dele e de suas outras mulheres que não Sarah e Hagar que são mães de Isaque e Ismael. Alguns, inclusive, o associam ao Pai Ram do mito ariano. Ou seja, o deus Rama! Ora, se isto for verdade não deixa de ser irônico que o pai dos judeus seria o mesmo pai dos arianos ainda que por outras mulheres(e Abraão segundo o Gênesis teve outras mulheres além de Sarah e Hagar... uma delas inclusive nominada: Quetura e é dito que antes de sua morte ele despediu os descendentes desta e das demais para o leste ou seja; as regiões que vão desde o Iraque até a China, passando pela Índia)! Os indícios aliás são tão fortes que um espiritualista racista(?!) do início do século passado, defensor da primazia ariana dizia que os arianos eram os verdadeiros descendentes de Abraão, os verdadeiros israelitas, e que os judeus atuais seriam meros usurpadores desta ancestralidade! Para ele Jesus/Yeshua era ariano ! Veja onde chega o grau de insanidade do preconceito! Não em associar Abraão aos arianos, que como disse, tem até uma certa base mítica lógica, mas em desfazer dos judeus como descendentes deste por sua outra mulher!
5. Depois temos Moisés... aquele que, segundo o livro de Atos, foi criado na casa de Faraó e aprendeu TODA A SABEDORIA do Egito! E quem lê isto entende BEM as implicações deste termo... Sabedoria egípcia...Moisés foi o sintetizador de 3 tradições espirituais. A Egípcia e todos os mistérios fracionados que com a má gestão e pura crueza dos sacerdotes de Amom em seu tempo, no interpretar os mitos, havia perdido sua essência mais profunda e vasta do que significava os deuses ou neterus(poderes ou energias divinas) e toda a rica mítica divina... para uma superstição tremenda (algo MUITO semelhante esta a ocorrer com as igrejas cristãs, começando pela católica, a milênios, o que acaba que SEMPRE surge um novo ramo tentando voltar às origens etc...)...A dos sacerdotes de Midiã, também descendentes de Abraão(um ramo de Quetura que ficou nas terras bíblicas) e preservadores deste ensino entre eles, o mesmo conhecimento do seu povo escravizado no Egito, e que, por ser afastado de seu convívio quando é enviado a casa de Faraó o desconhecia(não acho que nos parcos anos como sua ama de leite, segundo o mito, sua mãe original pode passar-lhe muita coisa) e por fim tudo o que a partir da sarça ardente, todas as revelações com a divindade a partir de então ele tem. Ele sintetizou estes 3 ramos e se tornou o centro de uma nova revelação.
6. E por fim David... na pessoa do rei místico e raiz de toda a mítica messiânica temos a expressão da Shekinah, não sendo só buscada mas perdida como em Adão, nem encontrada mas como um veículo de transmutação de consciência terrestre para divina como em Enoque, nem de tradição a ser preservada como em Noé, ou disseminada como em Abraão e por fim sintetizada e renovada como em Moisés. Em Davi Shekinah prenuncia que vai tomar corpo... encarnar entre o humano. Davi torna-se um símbolo vivo de Shekinah que posteriormente enche de fumo e fumaça o templo construído por seu filho e herdeiro messiânico, Salomão. Shekinah prenuncia a figura futura do Messias! A corporificação física da Restauração Suprema do Humano! E a se crer no que se passou na Judéia a 2 mil anos atrás... primeiro em Mirian/Maria, a hipóstase da Mãe luminosa ou a faceta de Shekinah Sophia/Binah, como Yeshua a expressão de Shekinah, Tipharet, a Beleza Radiante, O Rei e por fim deste em Mirian/Maria de Magdala que corporifica Sophia/Malkuth, A Rainha, em si um símbolo dos libertos, restaurados, da própria coisa a ser chamada como Igreja no futuro e que alguns por outro lado interpretam como mãe dos filhos e filhas ou de uma Linhagem Literal sanguínea que Yeshua tenha feito através dela.
Assim o hexagrama, a estrela real, é o grande símbolo, tanto da busca humana pela divindade exemplificada nas figuras bíblicas e míticas de Adão/Eva(Lilith), Enoque e Noé(Sem, Cam e Jafet) quanto da busca divina por este humano exemplificada nas também bíblicas e míticas figuras de Abraão...suas esposas e descendência, Moisés , os israelitas (e os povos libertos com eles)...e por fim Davi e seus descendentes messiânicos, culminando em Mirian/Yeshua/Mirian de Magdala e uma descendência, principalmente espiritual(sem menosprezar a probabilidade da literal) de todo este vasto, profundo e transcendente mistério...de Shekinah... o triângulo da estrela descendente é o divino manifestando-se entre o humano... o triângulo ascendente é o humano abraçando este divino que desce para si.
Pax et Lux
Valter Luís (Taliesin)

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