sábado, 16 de outubro de 2021

- BATALHA BILIONÁRIA - UM ESTRANHO RETALHO - VERDADE OU ENGANO?! -


 Batalha Bilionária: O Caso Google Earth - Minissérie em 4 episódios - Netflix - nota 8 🌟🌟🌟 - 


Poderia ter sido uma nota muito maior se não fosse um detalhe que me irritou: É realmente só BASEADO em fatos reais e não realmente biográfico e fidedigno. Entendo a tal “liberdade criativa” mas num caso assim… onde te propões denunciar o que aqui se vê esta tem que ser a mínima possível sob pena de perca da credibilidade. Não digo que chegou a isto mas beirou, por tudo que explico a seguir. A frustração foi grande pois depois de uma experiência acachapante de boa com a minissérie em si vieram certas descobertas que empanou muita coisa. 


A minissérie foi feita à revelia, tanto dos dois caras quanto do Google pelo que entendi. Dai, tomou diversas liberdades(e até agora não entendi porque… medo de processo não era pois citam a gigante então… ) que só percebe quem vê o documentário feito sobre a minissérie também da Netflix, onde finalmente eles entrevistam os envolvidos e percebemos que os dois protagonistas da minissérie na verdade não existem. Estes não são seus nomes reais e na verdade os dois são uma colagem de 4 pessoas reais. De fato, dois caras processaram o Google mas eles não tinham os nomes da minissérie e nem eram especificamente aquelas pessoas com aquela história mas são a colagem de 4 pessoas e não há muita preocupação em fidelidade com enxertos das histórias delas. A empresa por exemplo, Art+Com foi criada sim por um artista gráfico chamado Joachim Sauter homenageado na minissérie (faleceu este ano) mas em 1988 não 1993(ano aliás que ele ja era um cara prá lá de “balzaquiano”…bem longe de um garoto de 20 anos como na minissérie…)portanto antes e não depois da queda do muro de Berlim como insinua a minissérie. Até aí tudo bem mas a minissérie da a entender que foram os dois protagonistas ou os dois  caras que processaram a Google, os criadores da mesma quando na verdade os da vida real me parece eram empregados, quando muito sócios tardios do fundador. Obviamente esta liberdade advém do fato de na criação dos protagonistas usarem 4 pessoas reais; sendo uma delas Joachim, as outras duas os dois caras que processaram o Google e uma quarta um outro associado. Com todas estas “liberdades narrativas” fica-se com um sabor amargo na boca de: até quanto do que a minissérie quer denunciar… a apropriação criativa do Google sobre o TerraVision da Art+Com … é real ou também fictícia… se tudo aquilo que a minissérie nos levar a crer e torcer pelos protagonistas é real ou miração ou pior… invenção?  Quando termina a minissérie tu esta a favor da Art+Com contra a decisão judicial que benefíciou o Google entretanto quando você vê o documentário de 28 minutos sobre a minissérie você no mínimo fica desapontado em perceber tantas colagens que fizeram. No máximo como eu tu te sentes vítima de uma elaborada manipulação para chegar àquela conclusão! Ainda bem que depois de ver a minissérie fui pesquisar sobre o assunto e obviamente quase nada há no Google (com certeza outro tipo de manipulação ou no mínimo ocultação) a não ser publicações sobre a minissérie em si da Netflix e não do caso em si. E estas publicações infelizmente parece, foram escritas por pessoas que, ou não perceberam ou não se importaram com estas colagens ou se quer viram o documentário sobre a minissérie. Foi uma sorte que ao navegar na Netflix descobri o documentário explicativo  e então percebi que a minissérie pode ser vista mais com um excelente exercício ficcional sobre um acontecimento real do que algo realmente claro e cristalino sobre tudo o que aconteceu. Quando terminei a minissérie achava que tudo aquilo poderia realmente ter acontecido… quando terminei o documentário achei que, apesar da existência do TerraVision anterior ao Google Earth ser um fato inegável as conclusões que a minissérie me levou a ter de todo o processo foi no mínimo questionável e sinceramente o Google não era mais aquele vilão da minissérie! Merecia no mínimo o benefício da dúvida! Uma pena se realmente a alma dos fatos narrados proceder ou seja; a apropriação intelectual do Google sobre a Art+Com… a colagem feita e a narrativa tendenciosa a nos fazer crer nesta termina, pelo menos em mim, em um grande desapontamento mesmo sabendo que SIM… aquilo poderia ter sido possível ou exatamente por causa disto; da possibilidade daquilo tudo ter ocorrido que preferia ter visto um relato o mais veraz possível, sem tantas colagens para mim desnecessárias pois se localizaram os caras depois de feita a minissérie para darem seus depoimentos para o documentário porque não fizeram ANTES e assim apresentassem algo mais fidedigno?! Os caras não quiseram? Mas porque quiseram depois? Sinceramente não me faz sentido e me faz questionar muita coisa! 


Pax et Lux 


Valter Luis (Taliesin)

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