Há um sentido profundo no tempo…
Nas marcas que ele deixa, ou melhor; que em nós se manifestam frente a casos e acasos que surgem no tempo.
Quanto mais passa o tempo mais me permito sentir a impermanência das coisas …
Da aparência, da textura, dos gostos, dos sons, dos encontros e desencontros… das idas e vindas.
O tempo é o árbitro de toda querela existencial…
Ele marca começo, meio e fim e entretece o caminho entre eles com todo tipo de de linhas imagináveis e possíveis.
Ninguém escapa dele; alguns tentam mascarar com emendas e remendos… muitos conseguem aparentemente “estender” a experiência e sublimar as marcas mas… um dia a conta chega…
E então o tempo toma a conta e manda a fatura…
Podemos encarar isto da perspectiva do optimismo, da ranhetice, do positivismo, do negativismo, da afirmação, da negação, do desespero, da calma, da passividade, da assertividade, da inanição, da ação, da “vida loka”, da aventura, da materialidade, da espiritualidade, da prostração, de cabeça erguida…
Enfim…
São variadas as formas com que reagimos ao tempo mas se tivermos juízo e tino no lugar uma única coisa devemos ter em mente e de fato é necessária:
A nossa consciência expansiva dentro e fora… fora e dentro… aproveitando cada experiência espaço-temporal para, em nos conhecendo o melhor que pudermos agirmos proativamente no mundo.
Conhecer a Deus tu dirias, é o mais importante?!
Veja bem… este Deus que tu imaginas conhecer é uma fração de ti mesmo… de tua compreensão do divino… do sagrado! Por maiores revelações que Deus faça de sua Augusta Presença metaforicamente ou literalmente em sarças ardentes, colunas de fogo, nuvens de glória e até vozes sublimes e delicadas…ou através de Yeshua etc…NO FIM é o filtro da compreensão humana que definirá em nós e além de nós em nossas ações mundo afora o quanto de Deus de fato apreendemos nas nossas leituras, nos nossos estudos, nas nossas meditações, nas nossas orações, nos nossos sonhos, nas nossas revelações, nas manifestações divinas na natureza e principalmente no nosso viver…
Assim, quanto melhor o ser humano conhece a si mesmo tanto melhor estará apto a compreender Deus da forma mais próxima com que Este gosta de ser conhecido pois só DESTA perspectiva é que podemos falar de conhecermos a Deus… em estrito senso ou um senso limitado…pois nunca nos esqueçamos que Deus de fato é lato senso… infinito… eterno… e só estes dois atributos selam a boca de qualquer sujeito em dizer que o conhece plenamente.
Conhecemos portanto verdadeiramente a Deus, aquilo que cada um de nós Dele pode apreender, quando nos conhecemos melhor; praticando aquilo que foi intuito a eras por grandes luminares que seria eficaz gatilho para abrir o Portal em nós, para as maravilhas dos mundos interiores e superiores.
Por fim um dia nosso tempo aqui terminará…
E então…
O que tivermos feito no espaço-tempo poderá ser ornamento ou carga sobre nossas costa etéreas…
O que escolheremos?!
Pax et Lux
Valter Luis (Taliesin)
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