Jogar a toalha…
Entregar os pontos…
Quando desistir deixa de ser opção e tornar-se obrigação?
Há algum sentido na insistência contra tudo e todos quando não há certeza na alma?
A única luta que merece persistência é aquela que nasce na ciência, alimenta-se da esperança e resiste na fé.
Sem ciência, sem a percepção interior do que o divino em nós, ou seja lá o nome que se de, quer… sem a esperança de que no tempo oportuno ele vai agir…sem a fé de que apesar de tudo somos dirigidos e protegidos… continuar é teimosia absoluta.
Tenho a nítida impressão que neste momento o mundo está cheio de teimosos… pessoas que estão a insistir com coisas… religiões, ideologias, relacionamentos, hábitos, trabalhos, prazeres etc…que de há muito deixou de fazer todo e qualquer sentido. São tão somente meros cascões, que um dia tiveram em si, vida, dinamismo.
Não há vergonha alguma em…percebendo que, tendo tentado absolutamente tudo chegou-se à conclusão que nada mais é… desistir, abandonar, cair fora.
Vergonha é tu estares em um lugar ou situação que não mais te comporta!
Quando a luta é grande, gigante, tudo parece contrário, mas dentro de Si pulsa e vibra um Oceano… então desistir de fato é cobardia…entretanto, quando o Oceano tornou-se um Deserto sem significação alguma, então, talvez chegou a hora de partir para terras e mundos distantes… Porque talvez? Porque às vezes o divino faz brotar Fonte no Deserto então… quem sabe um último ato de esperança e fé dirima a última teia de dúvida não?
Enfim… remar contra a maré indica que o Oceano Interior às vezes precisa ser domado e cá fora as tempestades também…vale a pena resistir e persistir…agora, caminhar no Deserto, penetrar no “Vale da Sombra da Morte” sem que haja mais a percepção de direção e Presença do Espírito… é suicídio.
Pax et Lux
Valter Luis (Taliesin)
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