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A História que vou contar não é lendária mas o são as desculpas, as argumentações, que as pessoas utilizam para justificarem suas 'razões' quando complicam demais suas vidas..
Quando relacionamentos amorosos terminam na maioria dos casos falta bom senso e sobram razões,motivações e argumentos egoístas, geralmente de ambas as partes.
Isto é que trato como lendas aqui...
O caso em questão é um exemplo disto e foi real; só não citarei nomes de envolvidos e algumas situações foram mudadas propositalmente para evitarmos identificações inconvenientes de a, b ou c mas a ESSÊNCIA do mesmo se manteve e é isto o que nos interessa.
Dois homens e uma mulher viveram por 6 anos em 1980/1986(esta data é fictícia mas tanto a década quanto o tempo corrido entre os anos é real) um triângulo amoroso que apesar de não funcionar realmente como um triângulo de fato o era de direito já que a mulher em questão ficou com os respectivos caras em momentos distintos deste tempo mas sempre quando estava com o outro seu coração estava dividido entre os dois e eles por outro lado não a esqueciam.
A mulher no caso não era nenhuma miss beleza internacional mas tinha aquilo que define para o contexto brasileiro o tipo mais desejado de mulher.....bonitinha, morena,baixinha, cheinha naquelas partes eróticas e erógenas(coxas grossas, seios fartos, bumbum saliente)e sempre primando por se vestir de forma provocante ainda que não vulgar.
Os dois homens eram bons espécimes masculinos...altura mediana naqueles tempos 1m 70 cm(hoje este parâmetro subiu) um moreno claro e o outro branco,corpos bem feitos e que se encaixavam no que veio a se convencionar chamar de 'tipão'.
Enfim um trio de respeito...
A mulher em questão se apaixonou primeiro pelo moreno...
Ela que lhe fez a corte, assediou com cartas, recadinhos, presentes , durante um período de dois anos sua vida girava em torno do cara, tudo o que fazia, respirava tinha o cara como centro.
Este por sua vez estava envolvido com outras coisas, com outros desejos, outras paixões e tinha um padrão idealizado de mulher que fugia um pouco dela senão fisicamente pelo menos no contexto social em que viviam ou seja; ele queria uma mulher dedicada a certas coisas que ele gostava de fazer, que atuasse na mesma área em que ele atuava que fosse cúmplice dele na religião, nos estudos, enfim em absolutamente tudo.
Enquanto isto o outro, o branco, estava ainda distante e completamente alheio ao drama em que os outros dois viviam, seu contexto era um namorar descompromissado sem se ater a um embate específico por alguém.
O tempo passou e a garota um dia o encontrou em uma festa que amigos de ambos planejaram e por ambos serem do circulo de cada um destes amigos foram convidados...
Lá o rapaz ao ver a garota pela primeira vez simplesmente caiu de quatro e a partir de então lhe fez a corte noite e dia...
Esta ainda inebriada de sonhos pelo outro mas extremamente desgostosa porque este a excluía de sua vida pouco a pouco foi cedendo aos encantos do outro que pelo menos estava ali e lhe queria.
A ironia disto tudo é que ela não sabia que sua corte ao outro de anos(2) já tinha feito seu efeito e este apenas lutava com seus pudores em aceitá-la. Na verdade no coração ele sentia que ambos poderiam sofrer com esta relação pois suas visões de vida eram muito opostas.
Queria este, alguém mais atinente consigo mas ...QUEM É QUE DISSE QUE O CORAÇÃO TEM LÓGICA!?
E se tem a maioria dos humanos tem comido o pão que 'o bicho' amassou para encontrá-la sem com isto sofrer no processo!
Quando acordou um belo de um dia percebeu que não conseguia mais ficar um minuto sem pensar nela, sem se preocupar se estava bem ou não, com quem estava, se ainda gostava dele etc...
Diante desta situação deu-se por rendido e se predispôs ir até ela, abrir-lhe o coração e dizer que a vida só tinha sentido se ela estivesse com ele.
MAS...
As vezes a vida parece uma obra de cinema...uma temática, mas quem escreve o roteiro e a dirige parece ser um outro , alheio ou acima dos envolvidos e o que estes podem de fato fazer é darem a alma e o coração para interpretarem soberbamente seus papeis, deixarem suas marcas indeléveis na vida e na alma uns dos outros mas sem quase nenhum controle sobre como tudo isto terminará.
Quando ele tomou esta decisão e se propôs ir falar com ela...chegou-lhe a noticia de que ela ....estava namorando com o outro...
Precisavam ver sua feição e sua reação diante deste fato....era como se um castelo de cartas engenhosa e caprichosamente construído caísse diante de seus olhos...
Xingou, esbravejou, gemeu de raiva mas o fato é que era a pura verdade...tinha perdido a garota sem nem esta saber que de fato tinha conseguido o que tanto desejará por dois anos.
Enquanto isto os pombinhos se refastelavam do outro lado, ela aparentemente esquecida da antiga paixão e ele completamente fascinado pelas curvas de desejo da beldade que tinha nas mãos.
Tudo parecia decidido e definido mas ...o outro não conseguia sossegar e não tinha paz...sentia que errara ao não perceber que era suscetível à garota, e se recriminava por não ter ao menos percebido isto com mais tempo...
Passaram-se os meses e um belo dia ela soube por o que convencionamos chamar de 'boca de matildes' o drama do antigo desejo...
A princípio ela sarreou, deu risadas, fez piada, sentia-se a mais poderosa das mulheres pois agora estava com um cara que lhe dava tudo o que ela queria e ainda viera saber que o outro descobrira-se gostando dela...
Que pessoa não gosta disto?
É como se anos de 'humilhação' fossem finalmente resolvidos e vingados.
Mas será que houve humilhação de fato?
Ou isto estava na mente e no coração não correspondido?
Estes detalhes geralmente passam batidos quando o assunto é paixão pois o que interessa ao apaixonado é ser correspondido ....mais nada...o resto são detalhes que não se dá nenhuma importância!
Disposta a vingar-se ela não percebeu que brincava com fogo...pois sangue frio nestes assuntos é coisa para poucos e o seria como ela descobriria mais a frente, mas não para ela ou seu antigo afeto...
Por um tempo não se viu alcançada pela situação em si. Enquanto isto seu romance com o outro começou a ter viézes estranhos... começaram a pipocar traições de ambos os lados, ele e ela pareciam sentir que o romance naufragava e tentavam culpar um ao outro e a forma que encontravam para isto era...traírem-se mutuamente com pessoas que não estavam envolvidas de fato!
Coisa estranha não?
Como isto pode ser lógico para duas pessoas que se curtem ?
É difícil de se entender pior ainda quando afirmo....aconteceu de fato!
Ele não sabia contudo mas depois viria a entender que o que de fato acontecia era que ela se encontrava dividida entre o presente e o passado...
Seu desejo por ele no presente e pelo outro no passado, sua vontade de estar com os dois ao mesmo tempo, de ser mulher de ambos, a levava a ter atitudes injustificadas no dia a dia dos dois o que o magoava e o fazia descontar indo atrás de outras o que quando chegava ao conhecimento dela ....ela lhe retribuáa a 'gentileza'... e assim os meses passaram!
Era um mês de festa de junina, uma lua cheia maravilhosa dominava o céu como que antevendo o que iria acontecer ou de repente até propiciando acontecer quando tudo se deu...
Ela caminhava na rua perdida em pensamentos quando encontrou-se repentinamente com seu antigo amor, as pernas bambearam ante aquele olhar devorador, de lobo, potente que ele lhe lançou, parecia como que enfeitiçada por aquele homem, sentiu sua respiração curta, quente, incontrolada e quando se viu estava beijando e sendo beijada...sem um som nem palavras que não os barulhos do desejo de ambos, ali, na rua, com todo mundo passando ao redor, como dois amantes de novela ou de cinema, alheios aos olhares que lhes eram dirigidos, ambos se entregaram ao mais visceral e inebriante dos beijos!
Quando acabaram ela gemia e soluçava baixinho em seus braços e ele a olhava intensamente com desejo ainda mas este mais aplacado, como que saciado, mais carinhoso que predador, mais envolvente que abrasante...contemplá-la assim nos seus braços... mole como uma maria mole, o fez perceber o quanto tinha perdido de tempo e prazer...
Os acontecimentos subsequentes beiraram as páginas policiais quando o outro veio saber do que acontecera novamente pelas tais 'bocas fuxiqueiras de Matilde'.
Saber que ela as vezes se vingava dele ficando com outros era uma coisa já que ele também o fazia com outras, mas saber COM QUEM ela estava foi demais para ele, pois sabia que estava diante de alguém com potencial para tira-la de fato dele, alguém que tinha sido por anos a fio o sonho e o objeto de desejo dela mais acalentado.
Isto o levou a fazer artes e artimanhas para ferrar e atingir a vida do outro, primeiro tentando difamá-lo, depois querendo acertar as contas mandando-o desta para melhor no que foi graças a Deus, desestimulado pela famosa 'turma do deixa disso'...enfim; toda uma série de situações que poderiam caber num grosso e volumosos romance de Sidney Sheldon ou Harold Robbins.
Diante do quadro deteriorado do seu relacionamento com ele, a garota tomou a decisão mais simples , rompeu com ele e se jogou de vez nos braços do antigo amor.
Foram meses de pura magia e desejo...
Até ali relutante em entregar-se de fato aos prazeres completos das relações(engraçado que ela mesmo com o outro ou com os caras que arrumava para se vingar dele ...nunca tinha ido as vias de fato ou seja;aquilo que vocês estão imaginando...eram outros tempos e estas coisas naquela época tinham consequências imprevisíveis demais e por mais que a liberdade sexual fosse propalada, no meio em que viviam isto ainda era um tabu gigantesco.)se viu completamente sem chão diante do seu antigo amor...
Aquele homem era intenso demais, poderoso demais, inebriante demais e como era um cara que transpirava responsabilidade e ética isto parecia tornar a coisa ainda mais prazerosa para ela...
Ele, aquele cara tão sério tinha rompido seus próprios tabus para estar com ela,e tinha se revelado o melhor dos amantes como não abrir-se totalmente para ele?
Foi o que ela fez...
Sem reservas, sem medida, sem medir consequências...
Se saciando até a ultima gota de desejo ser resolvida...sem medo de ser e fazer feliz...
Enquanto isto o outro preparava sua vingança. Preterido desta forma, arquitetava um tipo de vingança que pudesse lhe trazer a saciedade que todo o sexo do mundo com ela não traria, um jeito que fosse um verdadeiro xeque mate nos dois.
E observando de longe pô-se a construir criteriosamente o que faria...
Primeiro conquistou o afeto de uma figura parental próxima a ela, aliás; uma das poucas que ele realmente tinha favorável a ele nesta história toda, mas que nesta questão chave era realmente a mais próxima dela...amiguinha de todas a horas e coisa e tal....depois passou a assediá-la com juras de amor e promessas sem fim...fidelidade etc...usava a amiga conquistada para intrigá-la com o homem que conquistará finalmente depois de tanto tempo e os argumentos desta eram simples mas se mostraram com o tempo eficazes: mostrava que este sempre a desprezara(pelo menos esta eram as palavras que usava),que ele era um metido e idiota que se achava o máximo sempre posando de sério e coisa e tal mas que não pensará duas vezes em passar por cima de sua ética para chegar junto dela(o que tinha uma dose de verdade pois até ele se surpreenderá quando a beijou daquele jeito) e que quando ele tivesse deixado ela só o bagaço(termo chulo mas muito usado naqueles tempos) ele lhe meteria 'o pé na bunda 'outro termo muito usual e iria atrás do tipo de mulher que de fato gostava .
Por outro lado cobria o outro com elogios, fazendo-o até melhor do que de fato era , e quando a garota lhe lembrava as traições deste ela pintava as tais de tal forma que soavam como provas de amor na sua versão, uma forma, um grito de desespero dele para que ela só pensasse unica e exclusivamente nele.
Bem, não sei como mas o fato é que isto surtiu efeito, com o tempo ela começou a duvidar do amor do homem que desejará por tanto tempo e passou a se questionar se de fato não tinha se precipitado ao romper com o outro.
Este qual um felino sedento, de camarote, observava sua presa e esperava tranquilamente que a engenhosidade de seu plano definisse a situação ao seu favor...
E um belo de um dia alertado pela parente 'militante' da garota, vestiu sua melhor roupa , colocou seu melhor perfume, catou seu carro e foi a um encontro previamente agendado por esta com a garota...
A pauta era colocar os pingos nos ís sobre o que até então tinha acontecido entre os dois mas na realidade a garota sentia dentro de si a dúvida, a semente do mal plantada pela desconfiança em relação ao homem que entendia amar de fato.
Conversa vai conversa vem quando chegou a hora de se despedirem ele pediu um novo encontro, achava que merecia mais uma chance de se explicar e como dizia um refrão de uma musica famosa da época....'e se convencer...se confessar....quero só você' rsrsrs!
E foi o que fizeram... no decorrer de semanas se encontraram várias vezes e o que era para ser um ponto final , uma definição, na história dos dois se tornou de fato e de direito um novo recomeço à revelia do outro envolvido.
Não aquentando mais a garota se abriu(não contando o que vinha acontecendo entre ela e o outro mas apenas suas dúvidas e questionamentos) para seu antigo amor...
Este perplexo e sem reação viu quando ela pediu o famoso 'tempo' para pensar... era como se o chão se abrisse sobre o seus pés...chovia torrencialmente no dia em que levara o famoso pé na bunda(sim porque em nenhum momento entendeu diferente já que como vimos tinha uma ética toda particular sobre estes assuntos)e sair da casa dela e descer a avenida para pegar o onibus (tinha vindo do trabalho e passara lá)foi a jornada mais longa e molhada que já fizera na vida e suas lágrimas misturavam-se com o aguaçeiro que lhe envolvia...
Os dias que viriam seriam de uma dor e sofrimento atroz para ele, culpa e reflexão para ela e regozijo intenso para o outro...
Mas para este último seu plano total era um segredo que partilhava só com os amigos mais íntimos e sem saber ,a bobinha da parenta dela não era uma delas e só soube o que ele quis que ela soubesse.
Passados alguns meses e depois de assédio intenso(e até também pelo afastar de cena do outro já que este se sentia humilhado demais para fazer diferente) a garota tomou coragem e assumiu um novo romance com ele e pouco a pouco foi sendo conquistada por ele que lhe cobria de mimos e lhe fazia todos os desejos a ponto de seu antigo amor ir pouco a pouco se tornando uma mera lembrança ...
Os anos passaram e 3 anos depois aparentemente as coisas estavam solucionadas...
Ela amando o homem que lhe conquistara, ele todo fidelidade e dedicação e o outro quieto em seu canto aparentemente sozinho , abatido e sem oferecer perigo até....
Que uma novidade pintou no ar....
Ele apareceu com uma linda e bela garota e se tornou o assunto da roda de amigos de ambos...
De inicio ela pareceu não se importar pois achava que ele era coisa do passado mas... Óh! coração, coração, coração....talvez o mais misterioso e traiçoeiro de nosso orgãos motores... quem te entende?
Pouco a pouco a presença dele, a nítida felicidade dele começou a lhe incomodar, não que ele ostentasse isto mas era algo tão evidente, tão claro, que não dava para esconder, as pessoas se punham a falar , comentar e quando ela viu... todo o desejo e paixão antigos estavam de volta na flor da pele.
Seu coração já não obedecia mais sua mente e começou a assediar fora dos olhares curiosos seu antigo amor de novo, fazia jeito de estar nos lugares que sabia em que ele estava, pegava a condução nos horários em que sabia que ele estaria nela e sempre que podia sentava do lado dele na mesma toda sorrisos e felicidades...
Este educadamente conversava com ela, mas não dava nenhuma demonstração de estar sendo afetado...
Isto até um dia em que esta não aguentando mais se abriu com ele...
Ele então olhou firme, dentro de seus olhos, com um olhar penetrante, profundo e absurdamente frio e lhe perguntou..'.fulana...quando você irá se casar com ciclano?'
Ela tomou um choque e gaguejando não sabia o que responder...
E ele continuando lhe disse... 'sim , sabe porque?'
'PORQUE ESTE SERÁ O BOLO QUE ME DARÁ MAIS PRAZER EM COMER NA MINHA VIDA....PODE ME CONVIDAR QUE VOU NEM QUE SEJA DEBAIXO DO MAIOR TORÓ DE ÁGUA , COMO AQUELE, DAQUELE DIA, LEMBRA?!'
Ela então se levantou devagar...foi-se e nunca mais teve coragem de olhá-lo de novo nos olhos...
Voltou correndo para os braços do outro achando que teria conforto para toda vida...
Bem, como disse antes, este tinha um ás na manga que poucos além de seus amigos íntimos conheciam...e que estava na visão dele em pleno funcionamento e que seria segurá-la o mais tempo possível com ele, usar e abusar em suas palavras e depois de muito tempo cair fora...(só não sabia que por pouco seus planos não goraram, devendo isto a postura do antigo rival em não ceder aos rogos da garota).
E para encurtar a conversa ele conseguiu seu intento...
Por anos e anos a fio manteve o relacionamento até que um belo de um dia caiu fora sem nem dar satisfações deixando a mesma a ver navios...
Seu antigo amor perdido para sempre e aquele que parecia ser dela se indo de vez também, deixando claro que enquanto ela achava que ele estava sendo dela estava de fato usando do mais longo e vingativo plano que eu já tive noticia de alguém usar contra outra pessoa para se vingar desta.
Hoje cada um esta para o seu lado, com suas feridas e história fazendo parte do inconsciente coletivo humano com suas mesquinhezas,egoísmos e desejos domados pelo senhor absoluto das histórias humanas ...O senhor do tempo.
Será que são realmente felizes com suas atuais vidas, com seus atuais parceiros(as), ou apenas encenam um drama que se repete ad infinitum na vida de vários e vários casais humanos com uma ou outra alteração mas repletos de descaminhos e valados próprios?
Porque somos tão passionais quando o assunto é o coração?
E porque os romances mais tórridos parecem os mais condenados a morrerem pelo caminho?
Será que o que de fato realmente funciona é o papai e mamãe de antigamente ou seja; os casamentos arranjados por afinidades sociais/raciais e religiosas e não sentimentais/emocionais?
Será que os nossos sentimentos, nossas emoções são de fato inimigos da união estável?
O que de fato é o amor?
O tesão que achamos que devemos sentir todo o dia quando pensamos no outro, o desejo incontrolável que a paixão nos desperta ou a cumplicidade que parece que alguns casais sentem?
Se for como chegaram a ela?
Será que foi usando e esgotando o tesão e o fogo da paixão até o ponto que só restasse o cuidado, a dedicação com o outro?
Ou este tipo de relação independe deste fogo deste tesão?
Para nossa humanidade atual quando o tesão, o desejo, a paixão mais exacerbada parece acalmar-se no casamento ou na relação, este é um sinal de que a mesma precise ser ou renovada ou abandonada!
Parece que não nos contentamos com nada menos que o fogo da paixão dentro de nós!
Amar você então significa....sentir desejo infinito por você, tesão sem limites, se isto arrefece entendemos que 'o amor' acabou!
Será então que não chegou a hora de deixarmos a carapuça de lado e falarmos claramente que o que sustenta um casamento hoje em dia não é o amor mas a paixão?
Sim, pois se falamos uma coisa mas agimos de outra forma...
Qual o sentido disto?
Na maioria dos casais atuais que se separam geralmente o lado que terminou a relação(quando não foi consenso comum)alega que não sentia mais tesão, desejo de estar com o outro, e que o sexo já não era mais o mesmo...
O que para mim significa isto?
Que de fato para nossa geração o que define um casamento , uma relação não é o amor mas a paixão!
Pura e simplesmente!
Queremos estar dia e noite apaixonados, sentindo nosso coração vibrar, pulsar sempre que vemos o objeto desta paixão. Como isto se revela na maioria dos casos uma falácia , a grande incidência de relacionamentos que terminam é uma prova contumaz de que a paixão e não o amor é o alicerce das relações atuais!
Quando estas mesmas pessoas que alegam terem perdido o tesão terminam uma relação alegam em contrapartida que sentem carinho, afeto, cuidado, algo bom em relação ao parceiro, mas que o sexo, o tesão mudou...
Ora, as coisas que elas definem são o amor, portanto se acham que estas coisas não são suficientes para manter uma relação atestam o que?
Que para elas não é o amor mas a paixão que de fato sustenta uma relação a dois!
O problema contudo é que enquanto o amor parece estável e nunca termina a paixão é volúvel e acaba quando nem bem pensamos!
Sendo assim quantas vezes nos relacionaremos e casaremos para satisfazê-la a contento?
E mais importante; será isto uma coisa intrínseca aos relacionamentos humanos?
Como lidaremos no futuro com nossos relacionamentos?
O que determinará de fato a formação de um casal?
O casamento como o conhecemos esta em franca extinção e tudo indica os relacionamentos também estão cada vez mais superficiais, rasos e inconsequentes!
Nossa busca por tesão determina nossa felicidade ou nossa infelicidade?
O que é felicidade neste contexto?
Realmente a diferença entre amor e paixão é o fator que parece determinante nos dias atuais para manterem pessoa unidas por um longo tempo...
ABENÇOADOS SÃO OS QUE CONSEGUEM MANTER OS DOIS JUNTOS!
ESTES COM CERTEZA DESCOBRIRAM O REINO DOS CÉUS DA UNIÃO CONJUGAL NA TERRA!
TEM ALGUÉM?
PARABÉNS!!!
Para vocês um vídeo daquela época - a belíssima HOME de David Byrne e Brian Eno(reparem no visual 'Boy George' daquela época que Eno ostentava rs)
Fonte : Youtube
Abraços
Pax e Lux
VALTER TALIESIN
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