segunda-feira, 6 de agosto de 2012

AVALON e a busca da utopia...

Entre montanhas e brumas ela reina...

Fugidia para este mundo,mundo este perdido em meio a tanto caos e egoísmo...

Solitária em sua dimensão ela vela pelos seus filhos e filhas...

Seus herdeiros espirituais que aqui ainda estão.

Avalon terra da magia, da liberdade, da sabedoria, do conhecimento...

Avalon terra de seres cuja beleza somente pode ser imaginada...

Nunca o mundo precisou tanto de ti quanto agora e de teu povo de luz....


DENTRE TODAS AS UTOPIAS UNIVERSAIS A ILHA SAGRADA DOS DEUSES E DEUSAS CELTAS É TÃO BRILHANTE E RELUZENTE QUANTO LEMÚRIA, ATLÂNTIDA, SHAMBHALLA, AGARTHA, ASGARD, JERUSALÉM E ÉDEN...

O que é uma Utopia?

É  a idealização de algo, de alguma coisa que consideramos perfeita, completa em si mesma ...

Avalon é uma utopia plena em todos os sentidos pois engloba o filosófico, o espiritual, o religioso, o mágico o natural e o social.

Na mitologia ocidental perde apenas para as bíblicas Éden e Jerusalém e também para  Atlântida. As duas primeiras evidentemente pelo apelo do predomínio da religião dominante no ocidente nos ultimo 1500 anos e a última por ser simplesmente o protótipo da mais famosa civilização ideal e suprema que os humanos já teve oportunidade de conceber  explicitado por um dos maiores filósofos da História...Platão, baseado nos relatos de Solon e segundo este em mitos antigos egípcios.

Filosoficamente podemos imaginar Avalon como o centro de iniciação de toda a cultura celta. Dali teriam saído bardos, sacerdotes, sacerdotisas, curadores e líderes que forjaram toda a cultura de seu entorno. O centro desta filosofia era o estudo da natureza e da interação do homem com esta. A Natureza era vista como a grande Mãe de todas as coisas e cada coisa era vista em íntima relação entre si e os demais seres.

Espiritualmente Avalon era o centro da vida espiritual celta. E esta espiritualidade era mágica em toda a sua essência. A magia permeava toda a vida celta de tal forma que cada detalhe da vida cotidiana tinha um ingrediente mágico. Cada reino da natureza era visto como o campo de ação de forças mágicas  como os elfos, os duendes, as ninfas e as salamandras e as mais famosas de todas.....AS FADAS....além dos deuses e deusas evidentemente.

Religiosamente o culto de Avalon era o druidismo e sua visão de mundo e de Deus era não somente pluralista em manifestação mas matriarcalista e unicista em essência. Grandes magos , grandes sacerdotisas respondiam por uma religião onde a Fonte da vida era A GRANDE MÃE E SEU CONSORTE que também seria seu filho em última instância...portanto a FONTE ÚLTIMA seria A MÃE...

Mãe e Filho era os pais, a primeira manifestação dual de toda a prole de grandes deuses e deusas que vieram depois.

A magia era não só tolerada como o centro da vida de Avalon e dos celtas. Grandes magos como Merlim e Morgana não eram exceção mas regra na cultura destes. Até hoje quando pensamos em Avalon pensamos em magia, pensamos em bruxaria, pensamos em um mundo supranatural evocado por homens e mulheres sagrados para o bem da comunidade celta.

A Natureza, o mundo natural, era mais que o lugar de pouso, de morada, era o reino da Deusa e do Deus. Em cada árvore, bosque, fonte, riacho etc..os celtas viam a divindade presente.

Avalon assim era a própria Mãe natureza em pura expressão de êxtase de vida irradiando esta  luz sobre toda a cultura celta.

Socialmente de Avalon procediam as leis que regiam toda a cultura celta. Grandes rainhas sacerdotisas, grandes reis consortes de início parecem ter sido a norma de governo deles. A rainha de fato era hereditária, de Mãe para filha mas os reis eram escolhidos por sua bravura e masculinidade e existem dúvidas se reinavam ao lado da rainha por toda sua vida. O desafio do jovem ao velho rei e a consequente morte deste último ritualisticamente nas mãos do primeiro parece ter sido uma constante em certas sociedade celtas.

Quer fosse ou não verdade esta pratica o certo é que as mulheres gozavam de preeminência neste contexto matriarcal social enquanto sacerdotisas e enquanto rainhas cabendo ao homem o papel de guerreiro( se bem que haviam mulheres guerreiras também), sacerdotes subordinados a cultura matriarcal das grandes sacerdotisas de Avalon e reis consortes de grandes rainhas. Com o tempo como pudemos perceber na mítica de Vortigern, Ambrosius,Uther e Arthur isto foi mudando, talvez por influência do longo contato com a cultura romana patriarcalista e dai os reis pelo menos passaram a gozar de um status muito maior.

Seja como for Avalon era visto como o centro perfeito onde estas coisas vigoravam com plenitude e completitude supremas.

Nada perdura mais na mente e coração humano que o senso de felicidade!

Todas as lendas de paraísos perdidos se alimentam disto e com Avalon não haveria de ser diferente.

Olhando nosso mundo atual nós percebemos que à medida em que as coisas se tornam difíceis e complexas mais e mais as utopias, as ideologias utópicas e as religiões que pregam um mundo paradisíaco ganham força e reforço.

Dentro de nós existe uma fome, um senso de plenitude de felicidade que não se satisfaz muito tempo com uma ou outra conquista.

Desejamos sempre mais, precisamos sempre mais!

E paradoxalmente este é o problema do mundo pois com tanta gente querendo mais, precisando de mais as utopias se conflitam e se chocam e criam fraturas na civilização difíceis de serem consertadas.

Cada religião da terra, cada ideologia política, cada corrente filosófica  tem sua fórmula de como deva ser um mundo ideal.

Cada povo, cada raça, cada nação tem sua visão do que seja o mundo do além e do aquém e de como deva ser o mundo do agora.

E são estas visões conflitantes que estão incendiando o mundo!

Em outro lugar coloquei que a visão de Avalon me parece mais interessante por enfocar a liberdade de ser e fazer, a relação com a natureza ou todas as formas de vida ou holismo e a harmonia com as energias da vida e enxergar nestas energias e na interação humana com elas ou seja; na magia a forma correta de viver-se a vida. É uma visão que pertence a muitas outras culturas arcaicas mas que alcançou na visão de Avalon uma amplitude e refinamento ímpares.

Entendo na minha humilde visão que a isto apenas deva ser acrescentado a tolerância coma visão divina diferente do outro e cada religião da terra poderia finalmente atingir seu ápice e coexistirem pacificamente em um mundo renovado e realmente evolutivo.

O problema não esta no DIFERENTE e sim na reação nossa a ele.

Se cada religião da terra, tivesse sua compreensão do que seja Deus(a) mas respeitasse umas as outras e procurassem viver harmoniosamente com a natureza em torno de si ainda que não divinizando-a como a visão de Avalon e com isto permitisse a liberdade de ser e fazer a cada pessoa teríamos de fato um paraíso na terra ainda que em meio à diversidade. A unidade seria o amor, a tolerância e o respeito a particularidade de cada um não uma visão homogênea do que seja a divindade.

Assim Avalon e sua visão de mundo pode e deve ser incentivada neste mundo onde o diferente ainda soa como um palavrão muito feio.

Um mundo que precisa de cura....URGENTEMENTE!

Abraços

Paz e Luz

VALTER TALIESIN


OM TAT SAT


Sites interessantes sobre o assunto...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Avalon

http://www.templodeavalon.com/


Vídeos  interessantes sobre o assunto...AVALON em 3 enfoques...







FONTE YOUTUBE















Fonte Google imagens

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