quinta-feira, 1 de agosto de 2013

MONTSÉGUR

"Matem todos, Deus saberá quem são os seus." (monge Arnold Amaury)

As trilhas que levam à poderosa montanha ainda guardam o cheiro e as lembranças daqueles dias.
Dias de bravos gestos...dias de heróis e heroínas.
Dias em que os perfeitos tiveram que provar sua perfeição no aço e no fogo.
O que é ser um perfeito?
É você buscar Deus em si...
Você olhar dentro de si e ouvir a VOZ que fala em todos os sêres.
O perfeito ama o conhecimento...
O perfeito NASCE na Gnose.
Nas muralhas de Montségur, na morte mais infame nasceu o mito mais sagrado.
Nas muralhas de Montségur eu e você morremos abraçados querida.
Nas muralhas de Montségur onde o rei do dia incidia nos soltícios perfeitamente o rei da luz eterna encontrou seu melhores e mais sublimes mártires.
Tú te lembras dos anos de cerco?
Tú te lembras das palavras de desafio dos selvagens de um deus irado?
Porque o deus deles tem que ser irado?
Ainda hoje este deus cospe seu veneno e fogo contra a liberdade de sêr.
Ainda hoje este deus se sente ameaçado pela busca, pelo coração livre, pela alma leve, pelo espírito curioso!
O que faz com que os humanos amem e venerem um deus irado?
Ele só muda de roupagens mas sua carranca hedionda continua a mesma!
Nas escarpas acidentadas de Montségur os infames escalaram para destruirem um sonho mas o que fizeram foi perpetuar a ferro e fogo, na memória dos livres e libertários do mundo a imagem dos destemidos, dos corajosos, dos verdadeiros amantes de Deus, do sagrado, daqueles que enchem o mundo de luz, côres e sons e alegram o coração da Mãe universal.
No último dia eu te vi correr querida e pular para meus braços ferida e ultrajada pelas setas dos besteiros enfurecidos e orgulhosos de sua fé em seu deus ensandecido.
No último dia do cerco dos verdadeiros derrotados eu te abraçei e vi teu álido sumir aos poucos como se no abraço nos mesclássemos e nos tornássemos um só.
Depois disto vieram a rendição e o sacrifícios de muitos no fogo da infâmia dos senhores deste mundo.
Mas então querida, nós já não estavamos mais aqui, ou lá... estavamos bem longe no lugar onde moram os sonhos verdadeiros e legítimos da humanidade esperando nossa próxima aventura.
Muitos procuram o Graal que ocultávamos naqueles dias.
Muitos acham que o encontraram, o interpretaram, o entenderam.
Muitos não sabem como dizem os próprios magnatas do poder, da 'missa a metade'...
Mais que tudo o Graal éramos eu e você...o Graal era cada um dos perfeitos...o Graal era cada um dos iluminados...o que ocultávamos do olho profano? Nada que o profano hoje mereça ainda conhecer.
Nunca a cruz e o crucifixo foram usados com tanta ignomínia quanto naqueles dias e olha que eles tentaram, como tentaram, conspurcar a imagem do nazareno várias e várias vezes antes e depois daqueles dias.
O que vai no coração dos humanos que dizem crêr quando matam irmãos e irmãs por crêrem diferente?
Não sei e nem você amor pois faz tanto mas tanto tempo que cometemos loucuras iguais em eras de desconhecimento e ignorância que pouco saberiamos dizer de todas estas coisas.
Só o que nos resta ainda hoje é a perplexidade diante do vazio de mentes entorpecidas pelo deus do ego.
Nas muralhas de Montségur te segurando nos braços recebi eu também a seta infame e juntos passamos para outra esfera.
Nas muralhas de Montségur ouvimos pela última vez o cântico dos que preferem morrer livres a sobreviver como subservientes de bestas em forma de gente e seu deus iracundo.
Nas muralhas de Montségur 'Ialdabaoth' comemorou o que imaginava nossa derrota e viu suas forças diabólicas superarem a pureza e a firmeza de caráter.
'Ialdabaoth' o senhor dos infâmes e destituídos de SI.
'Ialdabaoth' a fera enjaulada no mundo da matéria por seu próprio desejo e vontade que cegado pelo orgulho atroz se sente mais sagrado que todos os sagrados.
'Ialdabaoth' o trevoso que se diz luz, o deus dos senhores deste mundo, o deus dos narcisos e hedonistas.
Nas muralhas de Montségur eu vi finalmente a carranca pútrida do pavoneador supremo encontrar a verdadeira felicidade e chorar de ódio de não poder matar de fato o que nunca pode morrer.
Ainda hoje os antigos perfeitos em novos corpos, em novos trajes visitam as antigas ruínas depois conspurcadas pela reconstrução dos servos do defunto com nome de vivo e sentem entre a obra dos profanadores as verdadeiras muralhas que um dia abrigaram sua fé e esperança.
Ainda hoje sabem eles localizar cada ponto, cada segredo secreto escondido naqueles recantos, cada marco de sua História e de sua saga.
Nas muralhas de Montségur nossas almas subiram para as altas esferas das luzes radiantes.
Hoje o que restam de ti muralhas nós guardamos na lembrança, no coração.
E quando contemplamos as escarpas, as ruínas, sentimos que nada foi em vão.
Que a perfeição dos perfeitos hoje é mais visível e acessível do que outrora e que a liberdade e a busca encontraram no meio do mais trevoso flagelo a seara perfeita para florescer e prosperar.
NADA PODE IMPEDIR A VERDADE DE SER VERDADE!
Assim hoje estamos aqui de novo eu, você, irmãos e irmãs que carregam consigo a antiga marca dos que se fizeram e se auto geraram...e ESTA é a sentença de 'Ialdabaoth' e seus servos...esta é sua derrota. E este ao saber que pouco tempo lhe resta ruge com mais furor ainda porque NADA pode impedir O PERFEITO DE SER...PERFEITO...E A VERDADE DE SER VERDADE!

OM TAT SAT


Nota - Até hoje a controversa participação de cavaleiros templários na chacina dos cátaros(os perfeitos) fazem pensar que este braço armado do cristianismo era totalmente ortodoxo. O fato é que os templários logo depois encontraram o seu fim também como hereges nas mãos da mesma igreja que 'destruiu' os cátaros. E muitas fontes dizem que eles na verdade ficaram NEUTROS  durante a mesma. Assim apesar da música do Iron Maiden que postarei abaixo falar dos templários atuando na cruzada isto esta longe de ser um consenso e tudo indica é um erro histórico.
http://www.fraternidadeserrana.com.br/Hist%F3ria%20dos%20Cavaleiros%20Templ%E1rios.htm

http://pt.scribd.com/doc/133644605/101/Cruzada-Albigense-A-perspectiva-de-um-estado-templario-autonomo-e-auto


Valter Taliesin

Vídeo sagrados

Esclarmonde de Montségur

O castelo de Montségur

Iron Maiden - Montségur
Fonte de vídeos Youtube

Monstségur - IRON MAIDEN -

Eu estou sozinho neste lugar desolado
Na morte eles estão verdadeiramente vivos
Inocência massacrada, o mal tomou conta
Os anjos queimavam por dentro

Séculos depois eu me pergunto por que
Que segredo eles levaram para o túmulo
Ainda queimando hereges sob nossos céus
A religião ainda queimando por dentro

Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela
Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela
Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela
Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela

A medida que os matamos, Deus saberá o seu próprio
Os inocentes morreram para o Papa em seu trono
A ganância católica e seu zelo paranóico
A maldição do Graal e o sangue da cruz

Templários crentes com sangue nas mãos
Juntaram-se ao coro para matar quando mandados
Queimados na fogueira pela liberdade de suas almas
Para ficar com os cátaros para morrer e ser livre

O livro do velho testamento incompleto e negro
A arma de satanás é a luxúria
Vivendo essa nação carnal de um Deus maligno
Devolta à tortura da vida

Os de má vontade morreram na fogueira
E todos os seus seguidores assassinados
E assim como a inteligencia do Deus a qual clamam
A religião ainda queimando por dentro

Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela
Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela
Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela
Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela

A medida que os matamos, Deus saberá o seu próprio
Os inocentes morreram para o Papa em seu trono
A ganância católica e seu zelo paranóico
A maldição do Graal e o sangue da cruz

Templários crentes com sangue nas mãos
Juntaram-se ao coro para matar quando mandados
Queimados na fogueira pela liberdade de suas almas
Para ficar com os cátaros para morrer e ser livre

A medida que os matamos, Deus saberá o seu próprio
Ria das trevas e do Deus em que confiamos
O olho do triângulo sorrindo com sua sina
Sem festa de páscoa para nós amaldiçoados

Encarando o sol enquanto entram em suas covas
Queime como cachorro ou viva como um escravo
A morte é o preço da liberdade de nossas almas
Para ficar com os cátaros, mortos para nos libertar

Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela
Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela
Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela
Às portas e as muralhas de Montségur
Sangue nas pedras da cidadela




Fonte de imagens Google

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