quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

POSEIDON...Paganismo e o antagonismo Monoteista....

POSEIDON


O senhor dos 7 mares, oceanos, das grandes ilhas, dos terremotos e das tempestades.






De todas as divindades gregas que sempre tive afinidade as figuras de Poseidon, Palas Atena, Hermes, Ártemis, Zeus, Apolo, Héracles, Afrodite, Dioniso, Perséfone, Hades e Deméter sempre foram os conceitos que mais me chamaram a atenção(de 26 anos para cá a figura de Gaia ganhou grande proeminência pelo grande crescimento do conhecimento interior em relação à figura da Mãe universal).

Se tivesse que formar um conselho dos grandes deuses olímpicos seriam eles que escolheria....

Hera, Hefestos, Ares e Tétis nunca tive muita afinidade com os mitos e é sabido que os 3 primeiros em lugar de Perséfone, Héracles e Hades formavam o conselho dos 12 grandes olímpicos com os demais apesar de Zeus, Poseidon e Hades serem os senhores reinantes dos 3 mundos(Céus, terra e inferno)!

Quando pequeno me trancava na biblioteca da escola e folheava um imenso calhamaço de mitologia grega e me deleitava com as gestas e as heróicas histórias daqueles tempos.

Conceitos como reencarnação sequer me passavam pela cabeça mas de todos os reinos do passado distante 10 lugares me chamavam a atenção de forma insistente e incisiva como se neles tivesse vivido ...
O Israel antigo, 
A Grécia antiga, 
A Índia antiga, 
ATróia antiga, 
A Roma antiga, 
A Bretanha dos tempos de Arthur, 
O Lanquedoc no sul da França na época dos cátaros, 
A Europa da era dos templários, 
Os reinos maias e aztecas da América central e os reinos Nórdicos das sagas vikings....
Fora eles 2 que eram tidos como lendários e míticos; 
Atlântida e Lemúria.

E foi conhecendo o mito de Atlântida que minha admiração e ligação com Poseidon(fundador mítico do mais famoso reino perdido já existente) se tornou ainda maior a ponto de fazer dele, de sua arquirrival Atena(paradoxal isto rs) e de Hermes dentre os 12 olímpicos que gostava os meus favoritos.

A majestade e a beleza com que o reino e a figura do deus dos mares e oceanos é pintada, o poder de que é investido sempre me cativou, talvez porque algum ponto em comum tenha minha alma com o mar.

Reparem que a maioria destes reinos e civilizações  citados por mim acima, se não todos, tem ligações estreitas com o mar, o oceano e seus mistérios, como se tudo fizesse parte de uma mesma sinfonia que me direcionasse sempre para os mesmos mitos em roupagens diferentes...

Tanto é verdade que, exemplo; dos orixás afro- brasileiros adivinha qual me chama mais a atenção? 

Iemanjá ...depois Ogum, Xangô e Oxalá.

Não, não tenho nenhuma pratica relativa a eles e o máximo que fiz foi uma vez com uma namorada de então, em uma véspera de réveillon em Copacabana jogar flores ao mar para Iemanjá e numa festa de interior receber bençãos de agua benta expargida com ramalhete de arruda sobre os assistentes de um desfile, num carnaval de rua, por mãe de santo e filhas e filhos de santo de um quilombo da região de Conservatória - RJ(cidade que por sinal tem uma das imagens de ninfa da água que mais me fascinam)...confesso que nenhum dos rituais atingiu seu objetivo muito pelo contrário, mas não vejo isto como culpa dos mesmos ou sinal de que sejam fajutos ou coisa pior; apenas que talvez as coisas tinham que ser como são...os deuses conhecem o interior dos humanos pois afinal são expressões deste mesmo interior...e se não viram tanta sinceridade ali não tinha como ser diferente...ou de repente viram e tiveram que fazer exatamente o que fizeram para que estivessemos hoje no ponto em que estamos pois nem sempre nosso pedidos e orações são respondidos como entendemos que sejam as bençãos mas como REALMENTE necessitamos para nossa evolução...as vezes também somos antes de tudo testados para ver se o que pedimos realmente é o que queremos e se subsequentemente vibraremos o necessário para merecermos receber...enfim...é isto.

Portanto apesar de não ser minha expressão religiosa é um culto que de certa forma a seu modo me fascina...

Mas repito...

O QUE REALMENTE É UMA ORAÇÃO ATENDIDA?

A que faz o que supostamente entendemos ser nosso bem?

Ou a que nos leva para caminhos nem sempre dourados mas que pouco a pouco se revelam interessantes e evolutivos?

Neste contexto nem o Deus cristão responde tudo conforme os fiéis deste querem apesar da intolerante e irritante teologia da prosperidade dizer o inverso! 

E esta ai porque o cristianismo, minha religião de origem e ainda muito querida apesar de não mais fazer parte do ramo ortodoxo dela estar na pior de suas crises existenciais...

CRISE DE FÉ e de entender-se com clareza o significado disto num mundo em constante mutação!

Mas não é só Iemanjá mas várias deidades ligadas ao mar e oceanos embaixo ou trovões, relâmpagos, raios e tempestades acima com as quais tenho MUITA afinidade.

Ea/Enki e Oannes dos antigos sumérios e caldeus, Kukulkan/Quetzacoatl a serpente emplumada que veio do mar dos maias aztecas, Varuna deus do mar dos hindus, Zeus o senhor dos raios e relâmpagos dos gregos, Thor o deus do trovão dos nórdicos, o próprio YHVH das tempestades, trovões e nuvens espessas da Toráh, Shiva o senhor da destruição e recriação hindu, Odin o senhor supremo de Asgard etc... 

As divindades do mar e oceanos, tempestades, trovões, raios e relâmpagos parecem falar de poderes, de estados de ser, de manifestações divinas que batem com minha índole de primeiro raio de força, poder, fé e vontade divina.

Falam de entidades fortes, sagradas, que constroem mundos e que o mar e oceanos, céus trovejantes etc...são símbolos desta vontade e força férrea para criarem as coisas.

Estranho pois Ulisses um de meus heróis favoritos era um inimigo figadal de Poseidon, mas no fundo será que minha admiração por ambos não vem deste confronto que parece no fundo revelar a igualdade turrona dos dois?

Fora que era justamente Atena a protetora de Ulisses!

Aliás outro elemento estranho...estes deuses de poder, força e vontade são tão importantes para mim como visto nesta dicotomia Poseidon/Atena tanto quanto os deuses da sabedoria e do conhecimento estilo Kukulkan/Quetzalcoatl, a mesma Palas Atena, Apolo, Dioniso, Hermes, Mitra, Thoth, Dagda, Ártemis, Isis, Osíris...

Interessante este mundo de mitos, lendas, sonhos, deuses , deusas, heróis e heroínas que o monoteísmo 'enterrou' ou pensou que enterrou pois a partir de meados do século 19 no ocidente houve um revivescer destas tradições e hoje temos DIVERSOS tipos de culto pagãos em várias partes do ocidente. 

Algumas tradições mantiveram-se firmes e veladas ao longo destes 1 500 e tantos anos de ditadura sobre vontade e a consciência cultual mas outros vieram importados de lugares onde estes cultos nunca morreram e continuaram maioria como a Índia e a África(hoje talvez já não se possa mais falar de uma África em sua maioria pagã tal a fome e voracidade do monoteísmo em suas duas mais fortes e antagônicas versões sobre ela) por exemplo.

Havia divindade para absolutamente tudo, um dos deuses cananeus por exemplo, que se tornou sinônimo de um dos mais famosos demônios da demonologia bíblica chamava-se Baal Zebub e era conhecido como o senhor das moscas, ou senhor com cabeça de mosca, e deveria ser uma divindade ligada a morte e deterioração.

Havia deuses e deusas do amor, da paz, da alegria, da celebração, das matas, das fontes, do casamento, das pedras, das montanhas, dos bosques, dos vales, do conhecimento, das artes, dos fenômenos climáticos, das esferas intra terrestres e extra terrestres...divindades que englobavam tanto o externo ou emanado(a natureza e seus fenômenos) quanto o interno ou imanente(tudo o que vinha de dentro do humano e se exteriorizava em sua civilização como realização) e um conceito distante de um transcendente, uma Fonte original quer tratada como Mãe ou Pai de onde tudo, absolutamente tudo, até mesmo os deuses provieram.

Não vamos nos iludir; não havia utopia paradisíaca no mundo pagão como querem aventar alguns defensores do mesmo... 
um mundo em pleno contato com o natural, de paz e amor eternos, mas o que havia antes do advento do monoteísmo era uma liberdade cultural e cultual ampla e irrestrita no mundo, reinos e civilizações que se confrontavam e seus deuses também, quando um conquistava o outro havia ou assimilação de deidades(vide Roma e Grécia) ou até morte de um culto mas não o entendimento de que o culto vencedor era do único Deus universal...era um mundo de múltiplas escolhas, visões e realidades onde o Deus monoteísta de Israel tinha que clamar a plenos pulmões divinos... 

'EU SOU O SENHOR E FORA DE MIM NÃO EXISTE NENHUM OUTRO DEUS'(Isaías 45. 5)

Ou então...

'OS DEUSES DAS NAÇÕES SÃO VAIDADE'(Jeremias 10.3;Salmo 96. 5; I Crônicas 16. 26; Jeremias 16.20)...

E ainda...

'O SENHOR SE ASSENTA NA ASSEMBLÉIA DOS DEUSES'(Salmo 89.5-8 em muitas versões 'santos' é traduzido como 'deuses')...dando a entender que se ao menos não exterminassem os demais seguidores e seus deuses os cultores de YHVH tinham de vê-lo pelo menos como o Senhor soberano entre todas as deidades.

Enfim, desde os primórdios NUNCA houve grau de tolerância do monoteísmo em relação ao paganismo e politeismo e a reação posterior do paganismo perseguindo o monoteísmo em tempos mais recentes(Roma pagã por exemplo, afirmava serem os monoteístas...ATEUS...por negarem a pluralidade de deuses e religiões e o culto ao imperador o representante dos deuses na terra) talvez se explique nesta aversão doutrinal dos monoteístas aos demais deuses que desde ídos tempos deixou os pagãos mais que irritados.

Um dos cenários e histórias mais interessantes sobre o confronto entre monoteísmo e paganismo é a triste história da cientista Hipatia de Alexandria e seu trágico fim que marcou definitivamente o fim oficial do paganismo como religião importante no império romano já quase cristianizado do século 5.

Assim enfocando o contexto rivalidades entre religiões pagãs...

Os pagãos tinham divindades rivais, até na mesma religião, como Osíris e Hórus versus Set no Egito, Enlil versus Ea na Suméria, e o já citado Poseidon versus Atena na Grécia mas estas idéias de que os tais deuses rivais não eram deuses não passava pela cabeça de ninguém.

Por outro lado soa estranho que também surja uma divindade única, que se diga o único Deus e que pregue a conversão ou exterminação de quem não crê segundo seus textos sacros e seja uma divindade ao mesmo tempo de amor e justiça e mais...TODA PODEROSA!

Porque uma divindade única e real, toda poderosa, senhora de si e de tudo precisaria primeiro de seguidores? 

Depois de sacrifícios de sangue como os demais deuses? 

Por fim, marcar território, espaço sagrado para que seu poder se efetivasse? 

E pior; que seus seguidores exterminassem os incréus?

Não soa tudo muito estranho e paradoxalmente muito 'semelhante' em se tratanto de violência e necessidade da mão de terceiros(seus seguidores) aos demais 'deuses das nações' que não são deuses estas atitudes? 

Ficando assim sob suspeita os relatos sobrenaturais e milagrosos já que para o resto dependeu-se do velho bom ferro de espadas e lanças para se efetivar?

Um Deus único e real em detrimento de um monte de mentiras não teria um poder digamos, mais supra natural, interno, sistemático e amoroso para converter pessoas?

Comecei nos deuses dos mares e terminei na guerra dos deuses!

Talvez porque falar de mar, de oceano é mirar de alguma forma no inconsciente coletivo humanos...

O mar, o oceano são uma metáfora, um símbolo do inconsciente coletivo humano.

Através deles, do mar e do oceano os humanos conseguiram sair do estado de meros anfíbios para o de seres cada vez mais complexos e intrincados.

O mar, o oceano são portanto a metáfora perfeita da vida, da origem da vida, e literalmente a fonte de toda a vida na terra.

Assim Poseidon e seus modelos são na verdade modelos que nosso inconsciente forja, de verdades da vida que esperamos explicar através destes símbolos, destas verdades.

Sempre que leio as histórias míticas me proponho tentar entender, e principalmente  abrir-me para meu eu maior em constante contato com nosso inconsciente coletivo e mais ainda, com toda a energia de vida universal para tentar obter os melhores e mais profundos insights sobre Deus, a vida, o humano e o universo.

E geralmente consigo antever coisas MUITO interessantes!

Amor e Luz 

Valter Taliesin

Vídeos

DAVID ARKENSTONE

Atlantis -The dream of the gods

Atlantis - Tower of light

The Espirit of Atlantis -  Below the ocean
Fonte Youtube





Fonte de imagens de Google

Um comentário:

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