quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O HOMEM E A ESPADA: ARTHUR PENDRAGON & EXCALIBUR...Mito e Magia...





Tenho escrito diversos e diversos textos sobre as figuras de Arthur Pendragon, Excalibur, Merlin, Morgana, Avalon, Camelot, Távola Redonda, Santo Graal e toda a mítica em torno do círculo arturiano e quem me 'CONHECE' sabe muito bem porque.


Mas basicamente porque acho este um dos veios mais ricos para entendermos a mitologia ocidental e de certa forma universal e principalmente a alma humana...as coisas que realmente nos moldam e nos movem a vida.


Penso que independente de uma figura como Arthur ter ou não existido(pelo menos da forma como o mito o expõe em sua ampla maioria) creio que isto é deveras salutar.


Nossa alma transborda de mito, nosso ser navega e existe no centro do mito, aliás; é exatamente ELE(nosso Ser) que cria a mítica no e do mundo, é exatamente Ele que manifesta a partir do centro do Ser os ingredientes que formatam o que viremos a conhecer como nosso mitos mais queridos.


Mito não é mentira, estórias, nem histórias com minúscula...Mito é História com H maiúsculo mas estas de um ponto e de um mundo além da finitude e das limitações do nosso. Um mundo que transcende  barreiras temporais e espaciais e revela o quanto somo divinos em meio ao caos que transformamos nossas experiências humanas.


Mito assim é puro potencial sagrado, em evolução dentro de nós, nas nossa mentes, nos nossos corações, nas nossas almas, nos nossos egos, nos nossos corpos e em cada relacionamento que tecemos com nossos irmãos humanos, inumanos, extra humanos e supra humanos ou com o próprio meio ambiente que nos circunda.


No mundo do mito não só seres cientes ou que supomos cientes ganham vida e direito de dizer e interagir como também até aquilo que entendemos inanimado. O mundo se torna assim pura cor, som, interação e relação.


O mito do homem e da espada sagrada é tão velho quanto velho é o mundo e as intrigas entre o Bem e o Mal, os confrontos entre dualidades. 

As dualidades surgiram na mitologia ocidental na tal queda do paraíso e a primeira espada sagrada, o primeiro símbolo de Excalibur surgiu em torno da árvore da vida impedindo o humano decaído de se aproximar e comer do tal fruto da vida e viver eternamente em estado de decadência interior ou espiritual. Seria como uma vida vampírica, uma semi vida(E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.
Gênesis 3:24)


Portanto biblicamente falando, excalibur, a espada da vontade divina, da força, do poder, da fé, da vitória, da verdade e da justiça se manifesta como um objeto vindo da esfera celeste, como uma metáfora do guardião do portal este já por si uma metáfora em si mesmo(vide os querubins que estavam com a espada em torno da árvore). Estamos portanto falando de símbolos dentro de símbolos...metáforas dentro de metáforas...figuras dentro de figuras...


Na esfera do mito pagão o surgimento de Excalibur está associado à deusa,à terra...


Haverá uma associação entre os dois mitos, os dois mundos, o bíblico e o pagão ainda que os 'fundamentalistas' de ambas as religiões insistam que não?


HÁ!!!


Vejam, Excalibur no mito bíblico esta associada a árvore da vida, no paganismo temos também o mito da árvore da vida Yggdrasil na vertente nórdica. 


Excalibur no mito bíblico esta associada a esta árvore plantada no jardim do Éden, um símbolo do paradisíaco na terra... no mito pagão, na vertente celta, excalibur é dada a partir de Avalon, do lago em torno da ilha, das mãos da dama do lago ao rei Arthur...Avalon de certa forma é o Éden do paganismo celta, assim como Asgard o é no nórdico onde esta Yggdrasil.


Excalibur era uma espada forjada no fogo profundo da terra em alguns mitos e de metal extraterrestre... no mito bíblico ela revolve em fogo( um símbolo do fogo interior do sol interior que queima dentro da terra) e é supranatural, vem de Deus(extraterrestre)...


No mito bíblico é associada diretamente à mulher, de forma distorcida a bem da verdade pois aqui a mulher é vista como causadora secundária da queda do homem( a primária seria a serpente) e a terciária o próprio homem. Assim ela executa seu balé da morte em torno da árvore da vida porque a mulher deu ouvidos à serpente e o homem à mulher, ambos caindo e perdendo a corporalidade de luz do paraíso e se tornando densos demais, materiais demais para permanecerem naquela esfera. 

No mito pagão ela vem da Deusa, da Mulher suprema e original(assim como Eva, se desconsiderarmos o mito anterior de Lilith, nublado pela lenda e extrabíblico literalmente, só velado nesta como a coruja da noite dos livros proféticos e pelo versos 26-27 do capítulo 1 de Gênesis em interpretações rabínicas), a Deusa no paganismo tem portanto muito a ver com a Eva bíblica enquanto seu significado como MÃE DE TODA VIDA(significado literal do nome Eva).


Arthur por sua vez é uma das manifestações sagradas do filho de Eva, da semente da mulher que esmaga a cabeça da serpente, o dragão do caos(Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Gênesis 3:14-15)


A mais famosa de todas estas figuras messiânicas  é com certeza Jesus de Nazaré, mas Arthur também faz parte desta linhagem sagrada. Mesmo os mitos pagãos tinham estas figuras sagradas, homens especiais, filhos dos deuses ou deusas com mortais que nasciam predestinados a serem entidades decisivas na evolução humana, na história da humanidade.

Arthur portanto faz parte como tantos outros grandes vultos messiânicos bíblicos ou heróis pagãos deste veio sagrado da semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente através de uma rivalidade externa entre as duas linhagens por causa da diversidade interna entre elas(uma sendo a manifestação da luz  e outra das trevas).



Obviamente que esta análise aqui é por um outro ângulo do mito da serpente diferente de outros que já fiz aqui( e semelhantes a outros também já que foi um assunto muito comentado por mim). Um ângulo digamos mais tradicional, onde a entidade é vista metaforicamente como uma manifestação do Mal que afasta os humanos de sua imortalidade latente e os leva por caminhos tortuosos a adquirem conhecimento fora do tempo certo e da forma correta. Todavia em outro texto aqui onde analisei este mito sob o prisma de Ea/Enki pudemos ver que as leituras podem ser variadas sobre tal mito e nem sempre desfavoráveis para o ser ofídico mitológico.


Seja como for, homem e espada no mito parecem uma extensão de si mesmos...o cavaleiro sagrado torna sua espada sagrada ou é uma espada sagrada que requer um cavaleiro digno para empunhá-la?


As respostas variam conforme os mitos fazem de um ou de outro o protagonista. 

Mas nesta esfera arturiana tanto um quanto  outro são de certa forma complementares ou seja; tanto Arthur é um homem notavelmente acima da média universal de seu tempo e até de todos os tempos quanto Excalibur é um daqueles objetos sagrados que podem ser definidos como mágicos.


Um e outro foram feitos um para o outro porque dentro do Ser, dentro da esfera onde realmente as coisas valem a pena e são significativas... AMBOS são da mesma essência.


Arthur é assim um daqueles seres predestinados que poderiam se aproximar da árvore da vida e tomar da espada ao invés de temê-la e usar a mesma em prol da vida. Se esta protegia a árvore de seres indignos ele se torna o homem digno que a empunha para estender por todo mundo a filosofia de vida do paraíso, para tornar toda a terra e não só o lugar onde esta plantada a árvore sagrada, um lugar sagrado.


Uma missão de todo grande avatar de luz!


Arthur e Excalibur...
Homem e Espada tornam-se assim UM, porque ambos são UM na esfera do Ser maior... 
ele como a expressão humana do eu maior e ela como a expressão simbólica deste mesmo eu maior.


Homem e símbolo se mesclam e se sintonizam assim de tal forma que hoje em dia falar de um sem falar do outro é completamente anômalo.


São eles os símbolos de uma nova humanidade, de um novo mundo, de um reino fabuloso, nascido no centro do Ser, uma manifestação de Avalon, Asgard e Éden, uma manifestação do sagrado na terra, da Mãe da Vida e da energia da vida(agora vendo a serpente por um prisma favorável, a kundalini, a energia da vida em nós) pois o que talvez mais que tudo o mito nos mostre não é uma serpente que engana e engoda os humanos e é inimiga do sagrado, mas uma serpente - energia - que é mau compreendida, digerida pelo humano e assim torna-se um anátema em si mesma e tornando-se um anátema em si mesma afasta o próprio homem e a mulher da realização plena, a árvore da vida, ficando ambos presos no samsara sensorial, somente da ciência do bem e do mal , sem ir além, sem dar o próximo passo, enquanto não se mostrem dignos de empunhar Excalibur(ela como mater - réia gerando o filho sagrado, ele como este filho sagrado gerado por ela...o mito da Deusa gerando o Deus de praticamente todas as grandes tradições espirituais) a espada sagrada que impede indignos da vida eterna se aproximarem e se apropriarem...é isto ou não um grande mito dos mistérios interiores?


Arthur na esfera interior é a alma que se santificou, que se tornou sagrada e agora pode não só enfrentar a espada que revolve em torno da árvore da vida(o divino em nós) quanto empunhá-la para a partir de si, do centro deste eu recriar o mundo segundo a ótica divina.


E dai Camelot o reino dos céus na terra será sempre uma possibilidade pois o graal que nada mais é que a busca por esta fonte de vida, esta árvore da vida terá sido um sucesso...e então a távola redonda e perfeita dos cavaleiros da luz de todas as eras desde que o mundo é mundo poderão se reunir como uma companhia sagrada e imortal na terra da promissão.


Amor e Luz

Valter Taliesin



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Merlin - Mini-série

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