O 4, o grande quadrado é o símbolo do universal.
Não disse aqui nos três textos anteriores, afinal são tantas coisas para serem ditas, mas o ponto é o sinal e símbolo do Um, a reta ou dois pontos ligados por uma reta do Dois; o triângulo o símbolo do três e aqui estamos no quadrado como um símbolo do quatro.
O universo é a expansão da vida divina por todos os lados!
Como vimos no 3, a conceituação da trindade implica numa leitura em que a divindade manifesta é vista como um Mistério em 3...geralmente o termo usual da trindade é: Pai, Filho e Espírito Santo mas retorna cada vez com mais força a trindade antiga: de Pai, Mãe e Filho, daqueles mistérios antigos e mesmo uma mais neutra, ou não sexualizada como a hebraica; Ain, Ain Soph e Ain Soph Aur.
Mas as coisas acabam ai?
Não!
Esta divindade naquilo que se entende Eternidade é o Transcendente(Deus além de conceituação). Não sabemos se este é o único universo criado(ainda que cada vez mais a possibilidade disto se torne cada vez mais remota); nem se é o primeiro Fiat de Lux criativa(outra coisa que vai ficando cada vez mais remota); mas o que sabemos é que o Imanifesto não pode se conceituar. Ponto! Portanto quando falamos de Deus, estamos parcamente falando do Manifesto. Do que Ele nos revela, do Imanente(o potencial divino em todas as coisas ou O Todo), e do Emanente(O Tudo que se expande a partir deste Todo).
Nesta leitura, que a título de compreensão é sequencial, este Universo expandido pode ser visto como a Árvore da Vida, e em verdade é mais que um universo; são todas as possibilidades possíveis de expansão e de vida. são portanto todas as possibilidades teóricas sobre a vida desde um universo simples até a multiplicidade de universos, mundos e dimensões.
Alguns estudiosos preferem ver o conceito Filho neste universo...eu de minha parte de há muito prefiro ver o conceito Filha na Árvore da Vida...ou seja; em Ain, Ain Soph e Ain Soph Aur apreendo para compreensão humana os conceitos de Pai, Mãe e Filho... AINDA que saiba que estritamente tais termos não conceituam o divino neste nível...mas como leitura progressiva do Mistério penso que sim, que podemos fazer esta leitura sequencial. Assim a Árvore da Vida surge como o quarto ramo do mistério sequencial divino; A Filha.
Mas tanto a trindade quanto a quaternidade não param aqui...este Mistério se estende dentro desta mesma árvore com a Sephira Kether fazendo as vezes do Uno, Chokmah de Pai, Binah de Mãe e Tipharet de Filho com Malkuth cá embaixo como Filha por exemplo. Vejam que esta sequencial só se lateraliza entre as 3 superiores e se verticaliza na coluna central da Árvore. Obviamente que outras leituras podem ser feitas e os conceitos Pai, Mãe, Filho e Filha se expandem ad infinitum à medida que a vida se expande. Kether por exemplo; pode ser vista como o conceito Pai para Chokmah e nesta leitura Chokmah seria a Mãe, e assim subsequentemente, com uma Sephirah revelando em si tanto uma potencialidade quanto a outra para a seguinte.
Nesta árvore da vida existem o que comumente ficou estabelecido como 4 mundos do Ser...o quaternário mater...ou seja; se vista como o quarto Mistério a partir do divino transcendente ela contem em si um mistério quaternário não só como revelação divina como vimos acima, mas também dos mundos da expressão divina.
1. O Mundo da Emanação: Olam HaAtzilut...Onde podemos dizer que tudo é Deus, tudo é UM...e todos os seres individuais encontram Nele plena bem aventurança.
Aqui o Movimento, o que move as rodas cármicas NÃO EXISTE. É o Nirvana, o verdadeiro e único Céu. Mesmo a Vida enquanto entendida como se é para nós cá neste mundo "embaixo" não faz sentido neste "acima". O Ser aqui é puramente Deus...não é um Nirvana negativo, ou uma leitura negativa da divindade como fazemos em Ain, Ain Soph e Ain Soph Aur que transcendendo tudo estão além do Ser enquanto definição positiva. Aqui é ao contrário; o Ser é pleno...Deus em sua perfeita manifestação sem máscaras ou disfarces ou véus. O máximo da revelação aqui se encontra. O Todo que revela o Tudo.
2. O Mundo da Criação: Olam HaBriá...Onde Deus e seus atributos, como raios expressos de Si são uma realidade criadora. Aqui os atributos divinos deixam de ser vistos como energias divinas e passam a ser captados como entidades divinas. Diversas hierarquias criadoras conscientes de Deus e de si mesmas atuando sobre a massa criativa doam de si mesmas luzes e mais luzes para novos mundos virem a ser.
3. O Mundo da Formação: Olam HaIetzerá...Aqui os mundos começam a ganhar fisicalidade. Aqui os modelos de todas as humanidades ganham vida. Aqui os modelos de todos os seres vivos ganham molde. Aqui as belezas idealizadas no mundo criativo ganham imagem.
4. O Mundo da Ação: Olam HaAssiá...Aqui a vida ganha drama e comédia. Aqui riso e choro se tornam parte de uma mesma moeda. Não que esta dualidade seja de fato necessária. Mas ela é potencial pois aqui é tanto o Éden de delícias quanto o é como "jardim da tentação" onde a "Serpente" testa a fidelidade das individualidades concernente ao divino em si.
Portanto quando a alma julga a vida como um "vale de lágrimas" somente está se esquecendo de que nossa compreensão "cá embaixo" esta muito condicionada ao que captamos de dualidade excessiva, por conta do próprio livre arbítrio humano e das escolhas que fazemos. Usando um termo usual, estamos em verdade aqui, vivendo em um universo holográfico onde nada é o que parece ser, e que possibilita que a própria máscara ganhe mais consistência sensorial para nós do que o ser em si.
É realmente uma experiência assustadora para a alma mas tremendamente atraente, e aqui esta o segredo...NINGUÉM nos manda para cá arbitrariamente...muito menos Deus...este mundo de expressão ATRAI a alma como o imã atrai o metal...as experiências nesta "holografia" são irresistíveis para nós porque implicam em GANHO CONSCIENCIAL! Dai, colocando na balança percas e ganhos, perigos e aventura a alma percebe que encarnar é a única coisa que realmente quer para conhecer-se e conhecer a Deus de forma individualizada, já que até então pertenceu ao Mar, ao Oceano Infinito das probabilidades em Deus.
É a busca de afirmar-se como ser, testando-se ao limite em ambientes nem sempre propícios mas extremamente desafiadores para que suas potencialidades aflorem.
Neste sentido a vida aqui é um jogo, uma batalha; pois estão em cena individualidades que arriscam muito para conseguir ainda mais. Mas aqui mora um outro segredo...geralmente as individualidades que vencem são aquelas que percebem que este jogo e estas guerras...SÃO ILUSÃO...são Maya...Aquelas que, como Krishna ensina no Bhagavad Gita imerso na imensa guerra do Mahabharata, percebem neste drama todo a essência das coisas, exemplificada Nele mesmo. O Ser se afirmando sobre o pequeno ser, O Ser se revelando através do fazer, na onda e vibração certas segundo as cósmicas leis que regem este mundo da ação pois mesmo as holografias tem regras e leis para que sejam captadas em nestas falsetas.
Vale dizer ainda aqui que um outro símbolo poderoso do 4 são os querubins diante do trono de Deus. Ezequiel viu 4 animais ou o que parecia-se com isto fazendo as vezes de "carruagem de Yahveh" cada um de umlado...bem, esquecendo um pouco toda a interpretação alien que atualmente dão e focando apenas no símbolo e metáfora...estas entidades simbolizam os 4 mundos divinos...Vejam que tem 4 rostos...HOMEM...TOURO...ÁGUIA...LEÃO...cada Querubim é um dos mundos... e cada rosto de cada Querubim um tipo de hierarquia nestes mundos. Estas enigmáticas figuras repetem-se novamente no Apocalipse e conjunto aos 7 Espíritos ante o trono divino e aos 24 anciões também ante o trono parecem simbolizar entidades que são não só hierarcas e expressões divinas mas reinos desta expressão.
Concernente a estas coisas voltemos nosso olhar para uma pessoa com 4 como número importante em seu mapa. O que manifestaria tal pessoa? Se não esta a manifestar o que fazer para tanto?
Por sua ligação com a manifestação dos mundos, o 4 é um número bem pratico concernente à vida como um todo. Um bom quatro é: prático, trabalhador, determinado, honesto, digno de confiança, um construtor, uma pessoa bem regrada ou seja; que sabe usar as leis da vida e sociais em benefício seu e dos demais...um verdadeiro alicerce comunitário, social, religioso etc...
Um bom quatro constrói em si e através de si o melhor dos mundos para que a vida universal possa crescer, expandir, criar raízes, alicerces e fundamentos no mundo. Um bom quatro é um bom fundamento para o reino de Deus neste mundo.
Obviamente há que se olhar no mapa onde este quatro se manifesta para saber-se se a pessoa já o é ou se isto é um potencial ou missão de vida. Se são dons e talentos para serem usados ou algo a ser conquistado.
Um quatro negativo por outro lado torna-se exatamente o oposto disto. Torna-se num desconstrutor social, num pária, numa pessoa dissociativa, e a energia que lhe seria absolutamente natural, em verdadeiro demônio interior.
O perigo de não percebermos o que somos, porque somos, e para o que somos...de não nos conhecermos à nós mesmos esta em vivermos uma paródia da vida que deveríamos viver. E na maioria das vezes esta paródia NÃO É uma comédia pastelão onde rimos de nossas idiotices mas um dramalhão imenso onde culpamos Deus e o mundo por nossas desditas.
Para encerrarmos; a mais poderosa vibração entre os 4 é com certeza a mestra 22/4 considerada dos grandes construtores...construtores de suas vidas, de sociedades...são estes mesmos grandes lideranças em diversas áreas.
Aqui não é um Blog de numerologia, dai que em cada número enfocamos alguns aspectos somente.
Nosso objetivo é despertar nas almas o interesse por se conhecerem e as energias que podem lhes ser úteis neste processo. Dai que arregaçar as mangas e buscar nossa felicidade é algo que começa dentro de cada um de nós e pouco a pouco envolve tudo o que nos cerca. O inverso...NÃO TRAZ FELICIDADE!
É isto...
Em Amor e Luz
Valter Ludwig Taliesin
Paz e Bem
VÍDEOS SAGRADOS
MUSICA DE FLAUTA
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