sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O MITO DA GRANDE GUERRA CÓSMICA E A BUSCA DA SÍNTESE ENTRE FEMININO E MASCULINO...

RAGNAROK. - A GRANDE GUERRA FINAL...
"Quando a Estrela negra surgir nos céus, e a Grande Serpente de Midgard acordar, Deuses e Gigantes do Gelo duelarão como nunca antes haviam feito...Thor pelejará como a Grande Serpente e será mortalmente ferido, mas também mortalmente a ferirá...e assim, neste choque entre sagrado masculino e feminino o mundo parecerá ter chegado ao fim...tudo sumirá....nada restará...a não ser... a não ser o Ser e o Ser dará à Luz a um novo céu e uma nova Terra."
Dizem que o Ragnarok nórdico em verdade foi influenciado pelo cristianismo(acreditam que a composição dele advém da Islândia já cristianizada e tentando adaptar seus deuses ao novo conceito), este pelo judaísmo e este pelo dualismo zoroástrico.
Não sei, o que sei, é que o conceito de ciclos espirais e ascendentes, que se iniciam e se findam parece estar incrustado em TODAS as grandes tradições espirituais do mundo antigo, e se este advém de uma FONTE COMUM, aquilo que as tradições bíblicas chamam de descendência dos filhos de Noah(Sem, Cão e Jafeh) ou o que a teosofia chama de Sabedoria das idades, nada mais natural em que tal tradição existisse entre os nórdicos independente de cristianismo, judaísmo ou zoroastrismo pois com eles teria no fundo, uma Fonte comum!
A meu ver estes confrontos entre Thor e os deuses(masculino) e a Serpente de Midgard e os gigantes(feminino) retratam estes inícios e fins de ciclos; e este progressivo e espiralante ascender não será sem fim ou seja; indefinidamente conflituoso como acreditam os que advogam o "eterno retorno", mas TERÁ UM FIM, e este será um ciclo final de síntese desta grande ronda evolutiva de 7 grandes ciclos ou eras, contendo cada uma outras 7 eras, perfazendo um total de 49, onde masculino e feminino se reunificarão em UM, e dai um novo conceito de mundo advirá disto e outros contextos evolutivos se apresentarão para quem estiver ali para ver e vivenciar.
Valter Ludwig Taliesin

TITANOMAQUIA - A GUERRA ENTRE DEUSES E TITÃS...

O Ragnarok de certa forma pode ser visto na mitologia grega na titanomaquia...a guerra entre os olimpianos versus os titãs seus antecessores no trono divino.
Zeus, o deus dos raios e trovões, ajuda seus irmãos a escapar de dentro do pai Cronos - deus do Tempo, e o senhor divino entre os Titãs - pois o pai para impedir uma profecia a qual dizia que um filho iria destroná-lo, engolia os mesmos ao nascer. Escondido pela mãe - a deusa da Terra Réia - em uma caverna no monte Ida em Creta(ela deu uma pedra enrolada em um cobertor para o marido comer no lugar do filho)e alimentado pelo leite da cabra da Ninfa Almatéia, Aix, Zeus cresce sendo guiado pela mãe e pela Ninfa para sua grande missão - Parece sina nos mitos gregos a Mãe dos deuses colocar a prole contra o pai(e este devorar a prole). Me parece que isto seria um símbolo, do fato de que o antigo matriarcado foi engolido pelo patriarcado, a deusa pelo deus, de forma violenta e trágica no inconsciente coletivo deles...foi assim entre Gaia e Urano, Réia e Cronos e somente Zeus conseguiu resistir às investidas de Hera contra seu domínio, não sendo deposto; sua sorte foi que, a deusa prognosticada como possível candidata a tirar-lhe o trono, Palas Atena, tornou-se fiel seguidora do pai contra a usurpação quando este, ao invés de esperar-lhe nascer para a engolir, engoliu a Mãe desta; a deusa da Justiça, Prudência e dos talentos ou habilidades... sua tia e primeira esposa, a titânide Métis, que grávida dentro do deus dá à luz e Atena nasce da própria cabeça deste, e inteiramente a ele devota - Libertos os irmão, deuses e titãs por anos a fio iniciam uma guerra terrível que abala as estruturas do universo, cuja similaridade pode ser encontrada não só no Ragnarok nórdico, mas no embate entre Seth e Hórus dos egípcios, a guerra entre Miguel versus o Dragão cristãos, o encontro de Marduk versus Tiamat dos sumérios e por ai vai...
Mais uma vez, o que vemos é um embate entre o sagrado feminino e masculino; se em Ragnarok, foi na guerra entre Thor e os deuses versus a Serpente de Midgard e os gigantes, aqui esta nas Grandes Mães, que oprimidas pelos Grandes Pais, evocam sua prole para as libertar, mas a ironia é que o governante seguinte parece fazer de tudo para ser mais ditatorial que o antecessor. Talvez no fato de Palas Atena nascer da mente de Zeus esteja embutido muito mais que uma artimanha de Zeus para vencer, onde os ancestrais perderam contra as Grandes Mães....talvez esteja embutida a ideia de que, querendo o sagrado masculino vencer o sagrado feminino ao comê-lo, em verdade vê nascer de si um Ser que é a síntese de si mesmo com este feminino. Talvez Atena não seja fiel a Zeus, mas ao novo Zeus, que surge ao dar à luz através de Métis dentro de si à ela, pela cabeça; um Zeus que sintetizou ele mesmo, no interior, o sagrado feminino e masculino...o Zeus anterior e Métis como um só. Um deus agora infinitamente mais poderoso e acima dos conceitos pois em si vivenciou plenamente os dois. Enquanto Hera e os demais permanecem presos à dualidade do conflito, o novo Zeus e Palas Atena acenam para a Síntese entre os dois...masculino e feminino pois assim como o pai adquire a capacidade feminina de conceber Atena nasce com a capacidade masculina de guerrear e MUITO melhor até do que o próprio deus da guerra, Ares, pois ela concentra em si o sentido do guerrear justo, que é o guerrear para defesa das pessoas, em detrimento do domínio, ou da violência bruta que Ares representa....ou seja; a perfeita síntese entre as duas polaridades é a Grande Palas Atena!
Valter Ludwig Taliesin

O OLHO DE HÓRUS - A BATALHA ENTRE HÓRUS E SETH...

As batalhas entre os deuses: Hórus e Seth pelo domínio universal, entre os egípcios, é a versão destes de Ragnarok e da Titanomaquia.
Ragnarok, como vimos, para o mito nórdico é uma batalha cíclica, uma espécie de LEI DO ETERNO RETORNO onde os deuses nascem, passa um ciclo, perecem e renascem de novo sem lembranças do que foi. Ali, disse que entendi este símbolo mas o interpreto diferente: penso que o eterno retorno não existe, que cada ciclo é UM NOVO CICLO, com novos e não repetidos desafios, e que MESMO que assim seja, isto só se repete enquanto a lição não for aprendida, pois o objetivo de cada ronda evolutiva é um ascender na consciência que É dentro dos seres, para novo patamar neste Ser. ..terminou a Ronda acabam-se os ciclos e os que ascenderem terão diante de si um novo contexto que não mais se engrada nestas descrições.
Também percebi, tanto no Ragnarok quanto na Titanomaquia que o confronto em verdade é entre o sagrado feminino e o sagrado masculino. Aqui estas duas forças encontram coro nas figuras de Hórus e Seth.
Se observarmos bem, o Egito ou seu panteão, era governado em paridade pelo casal Isis e Osíris. Havia equilíbrio de poder entre o feminino e o masculino. Uma coesão plena que dela desfrutava de início os irmãos destes; Seth e Néftis. Não sabemos porque, Seth começa a desenvolver dentro de si o sentido de separação. Em verdade um quarteto e não um casal governava o Egito. Enquanto Osíris e Isis representavam as polaridades masculina e feminina na Luz, Seth e Néftis o faziam nas trevas. Néftis não se rebela contra os irmãos, e sofre com Isis, dos feitos loucos do marido. O mundo cai no caos. O equilíbrio termina! Mâat, a Justiça é violada por Seth ao matar e desmembrar o irmão em 14 partes dispersadas pelo mundo. A busca de Isis com a irmã e Toth o deus da Sabedoria, pelas partes do grande deus é um dos textos mais belos e trágicos da mitologia universal.
De forma supranatural, depois de encontrar o pênis do marido Isis dá forma novamente ao seu corpo e coabitando com este dá à luz Hórus, que ao crescer vem a se tornar vingador do pai e aquele que irá restabelecer o equilíbrio universal das polaridades violado por Seth. A batalha dura anos a fio e é cruel. No embate, Hórus perde seu olho, que se torna um dos maiores símbolos da espiritualidade universal! "O olho que tudo vê", mas no fim ele vence Seth e restabelece o equilíbrio cósmico entre DEUS E DEUSA na figura dele e de sua esposa Hathor.
Valter Ludwig Taliesin

A GRANDE BATALHA CÓSMICA ENTRE EN-LIL/MARDUK VERSUS TIAMAT...

O embate entre sagrado feminino e masculino no mito, tem talvez sua feição mais antiga no mito sumério/babilônico.
Primeiro En-Lil, o deus ex-machina por excelência versus a Grande deusa Mãe, o Dragão do Caos; Tiamat! Depois em versão tardia, En-lil torna-se no mais recente Marduk que viria a se tornar a posteriori no mesmo Yahveh dos hebreus; e a grande guerra torna-se no mito da criação que vemos em Gênesis 1 e 2.
Vemos um sinal desta figura feminina na divindade, logo de início, quando é dito no texto de Gênesis; que: " O ESPÍRITO DIVINO PAIRAVA SOBRE O CAOS AQUÁTICO E ABISSAL" porque citar aqui o dito "Espírito Divino" se anteriormente já havia sido dito que " No princípio ELOHIM(Deus ou deuses) criou os céus e a terra?
Não vejo nenhuma necessidade a não ser que, o que estamos a ver é um mito mais antigo sendo ajeitado para uma concepção monoteísta do mesmo!
O Elohim nada mais é do que En-lil ou Marduk e sua hostes de deuses guerreiros do mito anterior; e o Espírito divino que paira como uma grande ave chocando o Caos é a Grande Mãe, é Tiamat...
Aqui não pode haver o conceito de guerra, já que o divino é visto como mono, então cria-se o conceito das palavras criativas divinas ditas e que ordenam o mundo a partir do Caos que esta a ser chocado pelo Espírito Divino. 
Em verdade entendido no sentido espiritual pleno o texto de Gênesis faz um favor tremendo à concepção do sagrado divino feminino e masculino como sendo UM só...
Deus tanto é o ativo masculino que ordena como um yod ou espermatozoide(e dai ELOHIM, por conter em si as legiões de possibilidades de vir a ser) potente que tudo penetra e faz quanto o feminino compassivo e passivo que recebe em seu seio, um grande He, e choca e definitivamente cria como vida, aquilo que era potencial no Yod, fazendo brotar as coisas!
Não há guerra, conflito e confronto entre masculino e feminino, mas um atuar coeso entre ambos; dai que o posterior patriarcalismo surgido das interpretações bíblicas me surge como verdadeira ANOMALIA do que verdadeiramente estes texto iniciais são...
DEUS UMA UNIDADE ONDE DEUS E DEUSA SÃO COESOS UM SÓ CRIANDO TUDO!
O YaH Pai e Mãe que se expande para o VaH Filho e Filha, Adão e Eva; universo em expansão!!!
Valter Ludwig Taliesin

A MULHER VESTIDA DE SOL, DOMINANDO A LUA E COROADA DE ESTRELAS - A GRANDE BATALHA NO CÉU...MICAEL VERSUS O GRANDE DRAGÃO...
O mito de guerra celeste mais famoso é este!
A grande guerra entre o supremo Arcanjo e o Grande Rebelde!
Mais uma vez contudo mais que a grande batalha, o que salta aos olhos é o MOTIVO dela: 
A RESTAURAÇÃO DO SAGRADO FEMININO EM PARIDADE COM O SAGRADO MASCULINO!
Isto vemos nas figuras centrais deste mito, mais até do que os dois grandes contendores: UMA MULHER(a Grande Mãe) vestida de Sol( a Luz) tendo a Lua debaixo dos pés(as Trevas) , coroada com uma coroa com 12 estrelas( o poder das encarnações e dos ciclos),,,,como o Espírito que paira sobre as águas primordiais que chocava o caos primordial que vimos no post sobre Tiamat e Marduk; ela esta grávida; prestes a dar a luz com dores escruciantes...mas não tem sossego; um Grande Dragão vermelho esta atento à ela é quer lhe devorar o fruto de seu ventre...uma batalha tremenda então se segue e Micael o Supremo arcanjo comanda os Elohim, ou deuses, contra o Grande Dragão do Caos e o vence. Este caindo na terra e trazendo consigo a terça parte dos exércitos dos Elohim, continua a perseguir a Mulher que aqui tentou se ocultar, mas não o consegue e esta dá a luz a um REBENTO, que se torna o Deus Nascido da Deusa! O Supremo governante de todas as coisas!
Este mito da guerra entre Micael e o Dragão é visto por alguns no passado remoto, e remetem à antiga rebelião do anjos contra Deus. Mas o que se vê em Apocalipse é um drama cósmico prenhe de um novo futuro e de uma nova humanidade!
Então como conciliar este mito com o que estamos a perceber?
Bem, vejo esta mulher como: 
"A GRANDE MÃE QUE ESTA A GERAR A NOVA HUMANIDADE! 
E MICAEL COMO AS HIERARQUIAS QUE ESTÃO AQUI PARA FACILITAR, AJUDAR E PROTEGER ESTA NOVA HUMANIDADE QUE ESTA A NASCER, DE UM MAL MUITO ANTIGO; TALVEZ REALMENTE UMA ENTIDADE OU QUEM SABE UM TIPO DE ENERGIA DISSOCIATIVA, DERROTADA EM OUTRAS ESFERAS DO SER EM PASSADO REMOTO, MAS QUE AQUI NA TERRA SE ALOJOU E MANTÉM CATIVOS OS HUMANOS ATÉ HOJE, E QUE QUER ABORTAR NO NASCENTE ESTA NOVA HUMANIDADE NA TERRA! 
Encontramos então aqui o mesmo tema, não só da disputa entre Marduk e o Dragão, mas como aconteceu quando analisamos Ragnarok e a Titanomaquia, há uma subtil mudança de protagonismo; lá Tiamat, o Dragão do Caos, representa o sagrado feminino; aqui nem o Dragão o faz nem Micael é o masculino como Marduk, não pelo menos da forma como o mito quer que eles sejam entendidos; mas eles são vistos em perfeita harmonia na própria mulher vestida de sol(sagrado masculino cobrindo-a como um amante), dominando plenamente sua feminilidade(sagrado feminino sob o qual reina absoluta, a lua sob seus pés), coroada de 12 estrelas que são o poder de geração desta união sagrada em si e que culmina na geração do FILHO(AVATAR DE SÍNTESE) que vai reinar sobre tudo ou seja; este Filho nada mais é que O CRISTO CÓSMICO MANIFESTO NA HUMANIDADE FUTURA, DAI SEU DOMÍNIO SOBRE TODA A TERRA!
Assim, neste mito Mãe e Filho representam o sagrado feminino e masculino plenos nesta guerra titânica de eras! Enquanto em Micael e no Dragão eles ainda estão em guerra, na Mulher e no Filho eles encontraram a síntese que fará deste um mundo novo!
Valter Ludwig Taliesin


VÍDEOS SAGRADOS
CANÇÃO NATIVA AMERICANA - OS GRANDES GUERREIROS DA LUZ CÓSMICA -

THE WINGS

INDIAN SPIRIT

WONDERFUL NATIVE AMERICAN

LIVE AT INDIAN SPIRIT

POWER ANIMALS


RAGNAROK

TITANOMAQUIA

OLHO DE HÓRUS

EN-LIL/MARDUK VERSUS TIAMAT

A MULHER VESTIDA DE SOL, DOMINANDO A LUA E COROADA DE ESTRELAS E A GRANDE BATALHA NOS CÉUS ENTRE MICAEL E O DRAGÃO

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