sábado, 14 de novembro de 2020

- O FIM E AS RUÍNAS - A IMAGEM DO FINITO - O FIM COMO CONCEITUAÇÃO DE TRANSITÓRIO -

 O Fim esta no final da estrada da vida sobre o caminho do tempo.

O Fim é uma Realidade tridimensional presente a cada dia, a cada instante.
Em cada ruína parcialmente ainda erguida sinalizando as ruínas das vidas que outrora ali estiveram vivendo silenciosas ou ruidosamente suas histórias.
Raros são de fato os momentos épicos pelos quais passamos. E quando os tais chegam duram tão pouco em relação ao mais comezinho que poucos de fato ficam marcados a ferro e fogo no memorial da humanidade.
O que se vê geralmente são marcas humanas nas pedras, nas rochas, na terra... imagens ou construções, muitas outrora imponentes, erguidas quais dedos em riste aos céus como apontando ao divino a eterna acusação: de tudo isto de fato TU és o verdadeiro culpado. Como a famigerada Torre de Babel, idealizada para chegar até aos céus e demolida em seu intento por uma divindade criteriosa e caprichosa assim são as ranhuras de nossas obras neste mundo. Ali se diz que confundida sua linguagem, ela, a humanidade, a deixou de construir, tornando-se no primeiro registrado monumento pós dilúvio a virar ruínas. E os demais, que depois vieram, como uma sentença muda de danação perecem como aquela, vítimas todos da confusão agora, não só da linguagem mas da própria humanidade em si, em se perceber como fraternal e Una.
Pode ser que eu esteja equivocado mas acredito que a ampla maioria das ruínas humanas são resultado de uma ruína maior, mais profunda... muito mais até que a confusão das tais línguas... bem lá dentro... semeado pelo veneno daquele momento único e nefasto no inconsciente coletivo onde pela primeira vez um irmão matou outro irmão. Ali, tudo o que há de mais nefasto se manifestou na Raça... todo o potencial de destruição e ruína nasceu ali pois foi ali que a loucura de Pandora ganhou vida.
Assim, o Fim se iniciou bem lá, no começo para então vir dar cá... no final. E talvez um pouco mais ainda além neste começo... quando homem e mulher percebendo-se nus não atinaram que aquele conhecimento lhes era mortal, de fato a nudez da ruína e morte e mais; ali começava a insana guerra entre os sexos. O mais antigo e doloroso dos conflitos amor/ódio que se tem notícia e cuja culposa se tornou a poderosa energia serpentina metamorfoseada em ente individual!
E entendam, a questão aqui não é ver literalidade nua e crua nos mitos da Torah mas enxergar nestes a eterna busca dos humanos por saber e se perceber AQUI e o que tudo isto fatalmente implica pois seja quem foi, ou o que foi...um dia cada grupo humano passou a interagir entre si em diferentes linguagens de outros grupos não? Um dia, pela primeira vez um humano matou um outro não? Um dia pela primeira vez homem e mulher se viram diferentes e um supostamente acima do outro não? Um dia... um ser... seja criado do jeito que somos hoje ou com feições bem mais rústicas ou até animalescas teve a primeira percepção de estar nu, de precisar cobrir sua nudez, quer pelo clima rigoroso ou por algum senso moral e de pudor nele surgido não é mesmo? Ou um dia alguém ou algo em alguém o levou a desviar-se da Rota do Integral para a insanidade do parcial não é?
Então... seja lá com quem e de que forma nossas maiores tragédias e as barreiras que nos separam começaram, um dia em alguém ou em alguns elas encontraram seu caminho no mundo...
E assim nossas ruínas de alma, de mente, de coração, de ego e de corpo se refletem nas ruínas que deixamos mundo afora! Um retrato de algo um dia perdido e que O Paraíso é a mais sublime analogia!
Encontrar-se primeiro, reconstruir-se no âmago deveria ser o único motivo de construção de fato, de direito(e dever) de cada ser humano e de toda coletividade para nos perenizarmos neste mundo...
na memória individual e coletiva da Raça. E dai, quem sabe nossas construções externas seriam mais duradouras...E quando não, pelo menos saberíamos contar com mais acuidade cada história de cada monturo que encontrássemos no rio temporal, neste caminho rumo a um oceano desconhecido pavimentado por esta estrada chamada vida... pois cada uma destas histórias seriam memórias genéticas vivas, perenes... de fato seriamos eternos pois cada um dos que vieram antes não só viveriam em nossos traços mas suas histórias chamejariam vivas através de nosso olhar, ao contemplar as marcas de seus passos.

Pax et Lux

Valter Luís Taliesin




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