A poesia, a poética me encanta e inebria…
O senso de iniciação a um mundo dentro,
interno e contudo tão ligado a esta coisa
vasta, imensa… mundo ecossistema que
rodeia, envolve nossas experiências…
Experimento…
Penso que a poética capta isto melhor
que a própria ciência… mais dura, rígida e fria…não a verdadeira… a divina… mas aquela que se faz nas humanas universidades…engessada pelo racional ainda que não carente de intuição e por vezes pior; sem reconhecer o vasto legado desta às grandes descobertas e ao próprio experimento.
A poética entretanto não é mais intuitiva que a ciência mas mais reconhecida diria à esta(intuição) e nisto capta interno e externo por filtros mais sensíveis, mais diversos e assim consegue a meu ver resultados mais condizentes com o humano em si. Não com a contradição neste mas este vasto e no entanto pequeno ponto de lucidez interna, luz divina, centelha espelhada de algo muito maior, profundo do qual este vasto ainda que ponto é como um dedo… apontando o caminho…ou círculo concêntrico e espiral interminável para ser mais hermético…ou seria poético?!
A poesia tanto antecede o experimento quanto dele faz parte e torna a conclusão mais assimilável…
A poética, a poesia encanta e unifica mente e coração à ponto do maior e mais famoso cientista… Albert Einstein, muitas vezes em frases se referir às descobertas com verve de poeta. Aliás, dizem que dava muita liga a seus sonhos… coisa de poeta não?
As descobertas da alma em si e no que lhe circunda assim só é possível quando cientista e poeta numa expressão personalística se debruça ante os grandes mistérios. Quer dizer, falo das grandes descobertas que não só mostram lógica e esquemas teóricos intrincados mas que conseguem mudar e moldar vidas e todo o contexto social vigente.
Muitas pessoas dizem … eu não sou poeta, associando poesia a rima e métrica somente na escrita mas veja… um poeta, uma poetisa o é sobretudo na alma… uma alma verdadeiramente encantada com a vida, inebriada desta… tanto com sua luz quanto com suas trevas…
Bêbada de alegrias ou acossada por dores a alma poética capta o essencial em cada fio de Ariadne que se estende mundo afora. Esta imensa…talvez infinita teia de Indra onde todo este grande e gigantesco drama chamado Vida se encena, se manifesta. Alguns nesta teia se sentem aranha e outros insetos. Predador e Presa…entretanto A Grande Aranha Cósmica mais que predadora é fiandeira… talvez simbolizar o Grande Mistério com esta roupagem não lhe faça tanta justiça se ater-se tão somente ao estereótipo mais comum da Aranha… mas num mundo onde A Morte faz tanto parte da Vida quanto o próprio ato de viver não vejo conflito mas lições a se apreender. Provavelmente foi uma verve poética que conseguiu captar nos fios de Ariadne ou na teia de Indra lições universais da grande aventura cósmica das almas!
A poesia nasce naquele ponto onde morre a rigidez dos sentidos e ganha contornos de véus de diversas cores de uma Isis apaixonada e apaixonante…
Pax et Lux
Valter Luis (Taliesin)
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